Antes de mais nada: um SUPER agradecimento ao querido Pedro, da Ediouro, que foi a pessoa responsável por termos conseguido essa grande oportunidade de entrevistar o Maurício. Obrigada Pedro, um grande beijo!
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São José dos Campos têm dias em que se compara à grande São Paulo, no trânsito. Como acontecera na quinta-feira, dia 5, dia do lançamento do livro de Maurício Meirelles, na livraria Max Sigma.
Já havíamos agendado uma entrevista com o humorista, e agora escritor, e o horário, mas por culpa do trânsito acabamos nos atrasando. Falha nossa! O fato é que ao descer do carro, os corredores do shopping ficaram pequenos e nós corremos, literalmente, pois o evento já estava para começar e, nós ainda nem tínhamos começado a entrevista, aliás, nem tínhamos chegado ao local. Quando chegamos já nos deparamos com Maurício em frente à livraria e, de fato, ficamos constrangidas pelo atraso, mas já começando com uma piadinha ele nos deixou à vontade e foi assim o tempo todo.
Simpatia, e alegria são as palavras mais exatas para definir Maurício Meirelles. Em doze minutos de entrevista nós conversamos, demos risada e pudemos conhecer um pouco mais sobre o livro e a vida desse novo autor que promete trazer mais humor e valor aos nossos artistas e nossas obras.
Com você não será diferente, tenha certeza! O humor “stand-up” chegou para ficar e nós lhe damos, desde já, carta branca para permanecer fazendo a alegria de todos.
Confira a entrevista:
O que influenciou essa grande mudança na carreira, de publicitário a humorista?
O que me influenciou, na verdade, é fazer aquilo que eu gosto. Sempre escrevi crônicas e depois tentei encaixar aonde podia usar isso. Medicina, não! Fazer piada operando eu mato o cara. Publicidade e Cinema foi o que eu escolhi, escolhi publicidade porque eu acho os comerciais muito bacanas, me decepcionei, eu confesso, mas porque o mundo está muito retrógrado, todos têm medo do politicamente correto. Então fiquei pensando aonde eu poderia canalizar esse humor que tenho, e foi aí que pensei em um blog, igual a vocês, e depois de um tempo o blog começou a se destacar tanto que pensei em porque não poderia levar tudo isso para um palco. Então, foi uma ideia minha, eu sempre tive essa veia humorística, e as coisas aconteceram naturalmente. Como em publicidade eu já tinha essa facilidade para escrever textos, roteiros, o fato de não ter censura e eu poder falar o que eu quisesse na hora de escrever textos humorísticos ficou mais fácil ainda. Acho que o maior influenciador e o que é a maior influência de todo mundo é a alegria de se fazer o que gosta, eu recomendo a todo mundo.
O que me influenciou, na verdade, é fazer aquilo que eu gosto. Sempre escrevi crônicas e depois tentei encaixar aonde podia usar isso. Medicina, não! Fazer piada operando eu mato o cara. Publicidade e Cinema foi o que eu escolhi, escolhi publicidade porque eu acho os comerciais muito bacanas, me decepcionei, eu confesso, mas porque o mundo está muito retrógrado, todos têm medo do politicamente correto. Então fiquei pensando aonde eu poderia canalizar esse humor que tenho, e foi aí que pensei em um blog, igual a vocês, e depois de um tempo o blog começou a se destacar tanto que pensei em porque não poderia levar tudo isso para um palco. Então, foi uma ideia minha, eu sempre tive essa veia humorística, e as coisas aconteceram naturalmente. Como em publicidade eu já tinha essa facilidade para escrever textos, roteiros, o fato de não ter censura e eu poder falar o que eu quisesse na hora de escrever textos humorísticos ficou mais fácil ainda. Acho que o maior influenciador e o que é a maior influência de todo mundo é a alegria de se fazer o que gosta, eu recomendo a todo mundo.
Qual dica você daria para os humoristas brasileiros que estão começando suas carreiras?
A primeira coisa é dedicação, porque muitas pessoas acham que stand-up é subir ao palco e falar “bosta”. Não. Aliás, é um pouco isso, mas você tem que ter muita dedicação pra isso, afinal, cada texto é uma guerra. Eu escrevo um texto e refaço, subo ao palco, me ferro ensaiando, mudo uma vírgula, então para ficar bom mesmo leva um mês. Então por isso a dedicação, pois um texto de dez minutos leva um mês para que fique ótimo. Uma dica: “Não vá pelo dinheiro, não vá pelo caminho fácil, pois você não vai se dar bem, como tudo na vida.” Se você quer ser um bom jogador de futebol, tem mesmo que treinar pênaltis. Não adianta jogar bola no campinho e achar que é o Ronaldinho. Tem que ter dedicação, acima de tudo. Então para os que estão começando: Escrevam muito, pois com os erros vocês irão aprender a fazer certo cada vez mais.
A primeira coisa é dedicação, porque muitas pessoas acham que stand-up é subir ao palco e falar “bosta”. Não. Aliás, é um pouco isso, mas você tem que ter muita dedicação pra isso, afinal, cada texto é uma guerra. Eu escrevo um texto e refaço, subo ao palco, me ferro ensaiando, mudo uma vírgula, então para ficar bom mesmo leva um mês. Então por isso a dedicação, pois um texto de dez minutos leva um mês para que fique ótimo. Uma dica: “Não vá pelo dinheiro, não vá pelo caminho fácil, pois você não vai se dar bem, como tudo na vida.” Se você quer ser um bom jogador de futebol, tem mesmo que treinar pênaltis. Não adianta jogar bola no campinho e achar que é o Ronaldinho. Tem que ter dedicação, acima de tudo. Então para os que estão começando: Escrevam muito, pois com os erros vocês irão aprender a fazer certo cada vez mais.
Por que você escolheu o gênero “Stand-up”?
Na verdade foi o stand-up quem me escolheu. O meu humor é muito cotidiano, e eu sempre escrevi crônicas relacionadas ao nada. É achar piada aonde não tem, aliás, é achar piada aonde tem, pois tudo tem piada. Você olha para alguma coisa e pensa “Isso rende uma piada” e foi nisso que a Publicidade me ajudou, já que você tem que vender com humor, muitas vezes, desde pastilhas de frio até cerveja e até pastilhas de freio tem que ter piada. Eu sou muito fã de stand-up desde criança, sempre assisti a vídeos de comediantes que eu sempre adorei, como Jerry Seinfeld, um ídolo meu, Chris Rock e Steve Martin e, ao assistir esses formatos de programa acabava me perguntando o porque de não ter nada assim no Brasil e é isso... Quem me conhece sabe que sou um cara que faz uma piada a cada dois segundos e é até chato. Relacionamento? Não dá, porque eu faço piada o tempo todo. Uma hora cansa! E o stand-up tem um pouco disso e o seu grande diferencial dos outros é que a cada dez segundos você tem obrigação de fazer uma piada. Acabou casando com o que eu faço... e deu no que deu.
Na verdade foi o stand-up quem me escolheu. O meu humor é muito cotidiano, e eu sempre escrevi crônicas relacionadas ao nada. É achar piada aonde não tem, aliás, é achar piada aonde tem, pois tudo tem piada. Você olha para alguma coisa e pensa “Isso rende uma piada” e foi nisso que a Publicidade me ajudou, já que você tem que vender com humor, muitas vezes, desde pastilhas de frio até cerveja e até pastilhas de freio tem que ter piada. Eu sou muito fã de stand-up desde criança, sempre assisti a vídeos de comediantes que eu sempre adorei, como Jerry Seinfeld, um ídolo meu, Chris Rock e Steve Martin e, ao assistir esses formatos de programa acabava me perguntando o porque de não ter nada assim no Brasil e é isso... Quem me conhece sabe que sou um cara que faz uma piada a cada dois segundos e é até chato. Relacionamento? Não dá, porque eu faço piada o tempo todo. Uma hora cansa! E o stand-up tem um pouco disso e o seu grande diferencial dos outros é que a cada dez segundos você tem obrigação de fazer uma piada. Acabou casando com o que eu faço... e deu no que deu.
Primeiramente dedicação é você tentar falar aquilo que ninguém falou. Então você soma a identificação e a observação e aí tem os três fatores que fazem tudo dar certo.
Foi fácil transformar teatro em livro? Já que estamos acostumados com obras literárias que acabam virando peças de teatro.
No meu caso foi muito mais fácil transformar stand-up em livro do que livro em stand-up. Por quê? Porque eu comecei do livro para o stand-up, se pararmos para pensar. Esses textos que compõem meu livro são meus primeiros textos, não que eu fosse amador, mas é porque foram antes de eu me tornar stand-up. A maioria dos textos foram escritos em 2006, logicamente que todos foram adaptados para a linguagem de hoje, e foi na época em que escrevia para o blog, em seguida o Portal Ig me contratou e eu virei cronista de lá. Toda semana tinha que escrever uma coluna e é complicado. Eu poderia escrever sobre bolsa, guardanapo, diversos motivos e foi aí que os textos surgiram. Só depois quando passei os textos pra palco que descobri outras adaptações: a cara engraçada, um jeito, o gesto, uma mão ou uma pausa... Aí começa a surgir uma outra linguagem e surge o stand-up.
Você teve alguma dificuldade no processo de publicação do livro?
Sim, e eu devo muito a Ediouro, principalmente à Márcia Batista, editora, que acreditou muito na ideia. O meu livro é uma linguagem crônica e o Brasil está cheio disso. O país não acredita muito e eu concordo, pois temos muitos cronistas e muitos que se acham capazes de ser, além dos verdadeiros ícones, como Veríssimo, Mário Prata, Walcyr Carrasco, caras que já estão nessa há muito tempo. O que eu fiz foi mandar várias crônicas para diversas pessoas e a Ediouro foi a principal, mas acabou me sugerindo um outro formato. Então pensei no formato stand-up, o que é, na verdade, você entrar em um palco e apresentar uma crônica após outra. Um show de stand-up é isso, uma crônica após a outra e foi o que eu fiz: peguei todos os textos que tinha, em comum, e montei em um texto apenas. Ao ler meu livro, vocês perceberão um texto só que começa em um tema e entra em vários outros. É bem dinâmico e engraçado.
Sim, e eu devo muito a Ediouro, principalmente à Márcia Batista, editora, que acreditou muito na ideia. O meu livro é uma linguagem crônica e o Brasil está cheio disso. O país não acredita muito e eu concordo, pois temos muitos cronistas e muitos que se acham capazes de ser, além dos verdadeiros ícones, como Veríssimo, Mário Prata, Walcyr Carrasco, caras que já estão nessa há muito tempo. O que eu fiz foi mandar várias crônicas para diversas pessoas e a Ediouro foi a principal, mas acabou me sugerindo um outro formato. Então pensei no formato stand-up, o que é, na verdade, você entrar em um palco e apresentar uma crônica após outra. Um show de stand-up é isso, uma crônica após a outra e foi o que eu fiz: peguei todos os textos que tinha, em comum, e montei em um texto apenas. Ao ler meu livro, vocês perceberão um texto só que começa em um tema e entra em vários outros. É bem dinâmico e engraçado.
Qual a sua perspectiva com relação ao livro?
Ah, já passou a minha perspectiva que era vender dois livros, pois já vendi quatro. Não, eu estou muito feliz! Estou vendo que está acabando em vários lugares, no show consigo sentir o calor do pessoal, por exemplo, ao final do show eu vou vender o livro e esgota na mesma hora. E eu também criei um canal, quem estiver ouvindo aí, pois eu preciso muito da risada do público, afinal esse é o meu feedback. E pra ter esse feedback eu disponibilizei meu email para que vocês me mandem as risadas. Então, se você estiver lendo o livro, mande as risadas por email, aí eu consigo entender. E a galera têm mandado mesmo. A ideia é essa, como não posso estar em todos os lugares ao mesmo tempo, tentar fazer um show pra quem está em casa. É acessível trazer o humor para todos. O formato do livro é muito simples, é bacana, gostoso de ler. Você pode ler no avião, no trânsito... A ideia é se divertir, sem compromisso com nada.
Ah, já passou a minha perspectiva que era vender dois livros, pois já vendi quatro. Não, eu estou muito feliz! Estou vendo que está acabando em vários lugares, no show consigo sentir o calor do pessoal, por exemplo, ao final do show eu vou vender o livro e esgota na mesma hora. E eu também criei um canal, quem estiver ouvindo aí, pois eu preciso muito da risada do público, afinal esse é o meu feedback. E pra ter esse feedback eu disponibilizei meu email para que vocês me mandem as risadas. Então, se você estiver lendo o livro, mande as risadas por email, aí eu consigo entender. E a galera têm mandado mesmo. A ideia é essa, como não posso estar em todos os lugares ao mesmo tempo, tentar fazer um show pra quem está em casa. É acessível trazer o humor para todos. O formato do livro é muito simples, é bacana, gostoso de ler. Você pode ler no avião, no trânsito... A ideia é se divertir, sem compromisso com nada.
Rapidinhas
Um filme: Forrest Gump – O Contador de Histórias
Uma música: Bohemia Rapsodia – Queen
Um lugar: Londres
Nossa! Eu ja tinha visto ele no programa do Jô e em alguns videos na internet, mas não sabia que ele era tão legal!
ResponderExcluirOuvi o audio da entrevista ficou muito legal!
Fiquei com vontade de ler o livro, deve ser muitooo engraçado!
Parabéns meninas pela entrevista!
Muito legal as dicas! Eu tenho um amigo que está se aventurando na comedia stand up, nada profissional ainda, mas vou passar o link dessa entrevista para ele, tenho certeza que vai ajudar!
ResponderExcluirE ri muito da entrevista em audio! Parabens!
Se ele é engraçado até na entrevista, eu não posso perder o livro! Deve ser muito divertido! vou comprar!
ResponderExcluirPS: Me diverti muito com o auidio! Sensacional!
Eu, particularmente, ADORO stand-up! Sempre vou aos teatros quando têm peças, pois acho super legal a criatividade. Ler uma comédia stand-up, é algo super criativo e que, sem dúvida, fará um sucesso enorme! Adorei a entrevista! Maurício é muito simpático :)
ResponderExcluirParabéns pela oportunidade, meninas! Estou ouvindo o áudio, ele é realmente bom! Fiquei curiosa com o livro, quero ler e vou mandar as risadas rsrs
ResponderExcluirAdorei a entrevista, meninas, parabéns. Nossa, acabei de ver no twitter que vocês têm só um mês de blog. Choquei, achei que fosse bem mais, no mínimo um ano. Sucesso e longa vida ao Dear Book. Beijos
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