terça-feira, 10 de agosto de 2010

RESENHA “O sumô que não podia engordar” - Eric Schmitt

Frustração é a primeira palavra que nos vem a cabeça ao iniciarmos a obra. Impotência, carência, falta de estímulo, são outras ao decorrer do caminho. O fato é que na pele de Jun, todos os nossos medos parecem voltar a aparecer. Ele sofre, nós sofremos. Ele tem um momento de felicidade, nós também temos. E o que ele vive é o que estamos acostumados a ver na tv, jornais, revistas. Um menino de quinze anos, revoltado, selvagem, sem esperanças. Não é nada novo, se pararmos para pensar na sociedade em que vivemos, mas ele tem um diferencial.

Um encontro é o diferencial que muitos garotos de sua idade não tiveram para vencer. Um encontro com o mestre sumô, Shomintsu, bastou para que o menino magro fosse enxergado como “sumô”. E aí suas esperanças se renovam, apesar de não ter o peso exigido para se tornar um lutador desta arte marcial, mas Shomintsu acredita em Jun e, isso basta para e ainda nos motiva, pois sabemos que finalmente alguém estará zelando por ele.

Um trecho marcante, para mim, nesse livro é um diálogo, entre Shomintsu e Jun, no qual a vida do garoto é conversada.
“_ Você deve se considerar com sorte por ter uma mãe assim.
_ Muita sorte. Mas quanto sofrimento...
_ Por quê?
_ O amor. Faltava-me o amor.
_ Você acredita então que sua mãe...
_ Sendo minha mãe um anjo, ela distribui amor ao universo inteiro. Todo mundo é importante aos olhos dela, o vizinho, um passante, um desconhecido, um estrangeiro. A mim ela não ama mais que a qualquer outro. Ora, eu sou o único filho dela, o único a quem ela deveria amar e mais ninguém.”
Quantas pessoas não passam ou já passaram por isso? Quantas não foram encontrar carinho e amor nos braços de outra pessoa? Muitas e, na verdade, esse fato fez com fosse engrandecidas e recompensadas pela vida. Isso torna a obra ainda mais especial, pois ver Jun vencer depois de tantas batalhas, mesmo que fosse previsível e mesmo que já estivéssemos prontos ou já tivéssemos visto fatos assim, inúmeras vezes, o autor sabe como conduzir a batalha, a verdade de Jun e o que nos resta é uma lição inesquecível, ou como ainda diz a contra-capa: “Este livro não chegou às suas mãos por acaso.” Não mesmo, e essa resenha não chegará a vocês apenas com o intuito de divulgar, mas com a vontade de exercer uma alegria e um verdadeiro estímulo para que à partir de agora comecem a acreditar mais em si, e que procurem a verdade aonde quer que ela esteja. Aparecerão pessoas, estímulos, obstáculos, mas só nós poderemos ultrapassar e vencer a todos eles. E lembrem-se: “Há sempre um céu azul por trás de nuvens escuras...”

4 comentários

  1. Linda resenha, me emocionou! Quero muito ler esse livro!

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  2. Que fofinho esse livro! Parece ser uma lição de vida!
    linda resenha!

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  3. amei a resenha.. esse livro parece ser muito fofo, quero ler já =)

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  4. Que lindo! Quero ler! Muito interessante a historia!

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Ana Liberato