A verdade é que a cada dia que passa tenho me convencido que os livros nacionais estão melhorando e muito. Com Esmera, da autora Ana Paula Ribeiro, não foi diferente. A história foi bem conduzida, exceto por alguns poucos detalhes, que explicarei posteriormente.
Esmera conta a história de Anika Atlantis Magnus, uma garota criada em um orfanato que sequer sabe sua descendência real em um mundo encantado. Logo nas primeiras páginas sentimos o êxtase da aventura, pois a saga começa cheia de ação. Kira, a irmã de Anika, tenta fugir dos demônios que estão atrás de toda a sua família para salvar sua irmã caçula. Anika se salva, mas Kira não.
A garota é criada por Padre Pedro em um orfanato, e é batizada com o nome de Annia, só que não é feliz com a vida que leva, mas quinze anos depois tem uma surpresa: em uma dia de visita em seu orfanato um gato lhe chama a atenção. Ele conversa com Annia, o que a surpreende. No entanto, a conversa não se alonga por muito tempo, pois o orfanato é invadido pelos demônios que estão, agora, atrás de Annia. Uma batalha é travada entre o bem e o mal e um portal finalmente se abre, nesse momento conhecemos Esmera, o mundo encantado, ao qual Annia pertence.
A orfã tem acesso ao mundo que nem imaginava existir e percebe que ali sempre fora o seu lugar. Ali conhece Marisca, Erick, Dante, uns dos integrantes da Guarda dos Nove e muitos outros personagens. O que ela não sabe, no entanto, é que naquele momento é uma foragida do império que se juntou aos rebeldes que são, na verdade, A Guarda dos Nove, soldados que lutam contra o tirano Baltazar, o imperador.
Nesse livro não contamos apenas com a história de Anika, mas sim com o príncipe Iriard, filho do imperador, que por motivos muito contundentes se junta aos rebeldes e proclama guerra contra o império e seu imperador. Pyro, um dos demônios, também se rebela e ao se afeiçoar com a Imperatriz da Água, Anika Magnus, torna-se um dos rebeldes, apesar de esconder sua identidade verdadeira. Katerine, a Capitã do Barco Coração de Esmera, também faz parte do time rebelde e se mostra uma corajosa e excelente personagem, além de Marfinos, um bravo guerreiro e rei rebelde.
_Rebeldes, há algumas horas, a fortaleza de Frontem foi atacada por Baltazar e seu exército. Fomos derrotados, massacrados e humilhados. Perdemos irmãos e irmãs, apenas para alimentar o ego do imperador. Há quinze anos perdemos tudo e todos que amávamos. Mas nossa hora chegou. Todos os que querem vingança, justiça e honra, encontrarão a oportunidade na floresta das almas, ao pôr-do-sol do dia da lua.
A história tem por base a retomada da família de Anika no poder, ou seja, a garota deverá lutar e ser coroada Imperatriz da Água, tirando Baltazar do poder, mas para isso precisa derrotar Os Sete Demônios, que assim como a Guarda dos Nove ostenta um poder incomparável e para sermos mais claros, são imortais, o único diferencial.
O alerta soou no castelo de Aquária. Os soldados que seguiam em direção à forca, correram para os muros da fortaleza. Uma grande bola em chamas aterrisou muito perto de onde estavam. Dante ria cada vez mais alto, e Iriard percebeu o motivo de tamanha alegria. Os rebeldes estavam atacando.
Não vou contar o que acontece, pois vocês têm que ler! Só digo uma coisa: vale a pena ler a batalha que é travada entre os rebeldes e o império. Ana Paula Ribeiro soube explorar muito bem esse lado guerrilheiro.
Agora, um dos detalhes que deixaram a desejar, primeiramente, fora a revisão do texto. Existem muitos erros, alguns gritantes, como omissão de algumas palavras que são necessárias para o entendimento dos diálogos e alguns erros de ortografia. Sério, gente, muitos erros gramaticais fazem uma obra por mais magnífica que seja perder o charme.
Por esse motivo, por favor, editoras, revisem o texto mais uma vez, se necessário.
Outro ponto, em questão, se deve ao desfecho do livro. Julgo o desfecho, pois aconteceu tudo muito rápido, e nas últimas quatro ou cinco páginas ainda estavam acontecendo as coisas, como se fosse último capítulo de novela, sabe? Aqueles que se resolve tudo no final. Poderia, deixo claro que é apenas a minha sugestão, ter um epílogo ou um capítulo a mais, nos contando sobre o que se passou após a batalha e não fatos que ficaram subentendidos.
Contudo, queridos leitores do Dear Book, vale a pena ler Esmera. Vale a pena continuarmos a incentivar nossos escritores, pois eles têm nos dado histórias realmente incríveis.