RESENHA: "Queimada" (P.C e Kristin Cast)

- Atenção! Pode conter spoilers para quem ainda não leu os livros anteriores.

É fato que a cada livro a série “House of Night” fica ainda melhor. O final de “Tentada” foi arrebatador, tudo aconteceu tão rápido e ficaram muitas dúvidas no ar. Podem falar o que for dessa série, mas ela estará sempre entre as minhas favoritas, os personagens são muito envolventes.

Em “Queimada” os personagens chave são Aphrodite, Stevie Rae, Rephaim e Stark, todos eles ajudam de algum forma no plano para trazer Zoey de volta do Mundo do Além.

Aphrodite, como sempre, arraza, enquanto a “horda de nerds” só fica chorando como se Zoey tivesse morrido ela desenvolve melhor seus dons de Profetisa e busca uma maneira de ajudar Zoey. Stevie Rae está cada vez mais encrencada escondendo de todos seu envolvimento com Rephaim, que se torna cada vez mais forte. Nesse livro vemos que os problemas com relacionamento de Zoey não são nada perto do triangulo amoroso: Rephaim x Stevie Rae x Dallas, isso sim é um problemão. Stark precisa ir ao Mundo do Além trazer sua Rainha, Zoey, de volta, mas isso não é uma tarefa nada fácil.

O ultimo pensamento de Rephaim antes de cair no sono foi que finalmente entendia o ódio e o desassossego implacáveis que cercavam seu pai. Se Stevie Era o tivesse rejeitado, enxotado de verdade, seu mundo teria ficado para sempre tingido pela perda. E entender isso era mais aterrorizante para ele do que a possibilidade de ter de voltar a enfrentar as Trevas.

“Eu não quero viver em um mundo sem ela”. Inteiramente exaurido com aquelas emoções que mal compreendia, o Raven Mocker adormeceu.

O começo do livro é morno. Só começa o ritmo frenético de ação e descobertas, típico da série, a partir da descoberta da lendas do touro branco e do touro preto, que representam Trevas e Luz. Há muitas referencias mitológicas se a serem entendidas e esclarecidas para por em pratica o plano de trazer Zoey de volta. Ela aparece pouco no livro.

Os diálogos entre Aphrodite e Stevie Rae e algumas partes das tramas individuais delas, são muito engraçadas.

“Nyx, sou eu. Aphrodite. Sua profetisa”. Ela quase acrescentou pelo menos é assim que todos me chamam, mas se conteve. Respirou fundo mais uma vez e continuou: “Estou pedindo a sua ajuda. Você sabe que eu não sei direito como funciona esse negocio de Profetisa, então não vai ser surpresa para você ouvir que eu não sei como usar o dom que você me deu para ajudar Stark, mas ele de fato precisa da minha ajuda. Tipo, o cara está sendo fatiado em um mundo, e no outro ele está vagando e tentando usar poesia e as palavras confusas de um coroa para ajudar Z. Cá entre nós, as vezes acho que Stark só tem músculos e cabelo, aliais, dos bons, sou obrigada a reconhecer, mas o cérebro não é o forte do garoto.”

Muita ação, humor, romance e algumas cenas calientes, essa é a base de “Queimada”. O final só deixa o leitor desesperado pelo lançamento de “Despertada” pois, como sempre, muitas coisas ficam em aberto para serem resolvidas no próximo livro.

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