Algumas semanas atrás, no programa Estrelas, Angélica, juntamente com Pedro Bial, visitaram a casa de Pablo Neruda, que agora é um museu aberto para visitação, em Isla Negra.
Neruda, como todos sabem foi um poeta chileno de enorme influência para a poesia castelhana. Poeta premiado e cheio de paixões, entre elas a carpintaria, o mar e a gastronomia.
E baseado nestas últimas ele escreveu um de seus mais famosos poemas, o Ode ao Caldillo de Congrio.
O Caldillo de Congrio é um dos pratos tradicionais da costa chilena à base de peixe. Embora eu não coma peixe, ao ler esse poema tão inspirador deu até uma vontade (mesmo que pequena) de experimentar esse prato.
Eis aqui alguns versos traduzidos do poema:
“No mar
Tormentoso
do Chile
vive o rosado congro,
gigante enguia
de nevada carne.
E nas panelas
chilenas,
na costa,
nasceu o caldo
grávido e suculento,
proveitoso.
[...] Enquanto
se cozem
com o vapor
os régios
camarões marinhos
e quando já chegaram
a seu ponto,
quando coalhou o sabor
em um caldo
formado pelo suco
do oceano
e pela água clara
que desprendeu a luz da cebola,
então
que entre o congro
e se mergulhe na glória,
que na panela
se azeite,
se contraia e se impregne.
Já só é necessário
deixar no manjar
cair o creme
como uma rosa espessa,
e ao fogo
lentamente
entregar o tesouro
até que no caldo
se esquentem
as essências do Chile,
e à mesa
cheguem recém-casados
os sabores
do mar e da terra
para que nesse prato
conheças o céu.”
O poema o original e completo pode ser conferido aqui.
Assista Aqui Angélica e Pedro Bial provando a receita preparada pela Chef Sabine:
INGREDIENTES DO CALDO DE PEIXE:
- Um quilo de cabeça e ossos de congro
- Duzentos e cinqüenta mililitros de vinho branco
- Dois litros de água
- Uma cebola cortada
- Dois talos de aipo picados
- Uma cenoura cortada
- Louro, tomilho e sal a gosto
- Sal e pimenta a gosto
PASSO A PASSO DO CALDO:
- Lavar bem os ossos e a cabeça sem deixar vestígios de sangue
- Colocar todos os ingredientes em uma panela
- Deixar ferver e, depois, cozinhar em fogo baixo por mais 25 minutos, mais ou menos.
INGREDIENTES DO CALDO DE CONGRO:
- Um litro e meio de caldo de peixe (já pronto)
- Quatro colheres de sopa de azeite
- Duas cebolas sem casca cortadas em lascas
- Três dentes de alho picados
- Quatro tomates sem casca e sem sementes cortados em pequenos cubos
- Dez camarões calibre 20-26
- Dez postas de congro vermelho
- Cem mililitros de creme de leite
- Uma gema de ovo
- Salsinha picada a gosto
Opcional: Trinta rodelas de batatas pré-cozidas
PASSO A PASSO DO CALDO DE CONGRO:
- Fritar as cebolas e o alho no azeite até obter uma cor dourada e reservar.
- Em outra panela, fritar o tomate em azeite e cobrir com o caldo de pescado
- Dourar as postas de congro no azeite para selar o peixe, evitando que ele perca água
- Colocar uma parte das cebolas fritas, o tomate cozido e os peixes em uma panela de barro
- Adicionar o caldo de peixe
- Cozinhar em fogo baixo até que os peixes fiquem no ponto
- Adicionar o creme de leite diluído em um pouco de caldo
- Acrescentar a salsinha a gosto
E então o que acharam desse poema do grande Pablo Neruda? Quem vai preparar esse magnífico prato tão apreciado no Chile? Não deixem de comentar e até segunda.
Boa Leitura e Bon Apetit.
nã assisto ao programa mas adorei o post ^^ acho as obras dele incríveis
ResponderExcluirEeeu também não como peixe, mas adorei sua postagem, o poema é mesmo inspirador ^^
ResponderExcluirEstou adorando ler seus posts e vou guardar essa receitinha..adoro peixe!!!
ResponderExcluirAdoro os poemas do Plabo Neruda! *-*
ResponderExcluirAte gosto um pouco de peixe, mas achei esse meio estranho por a receita ser com a cebeça e os ossos O__o
Mas depois de pronto ele fica apetitoso, me ariscaria a experimentar!
Adorei a dica, mesmo sendo um peixe meio exotico, gostei bastante!
ResponderExcluirE Pablo Neruda é um dos meus poetas favoritos, adoroooo.
Adoro Pablo Neruda... e por ele até me arriscaria a comer Esse peixe... ele me parece bem gostoso... mas é q eu não gosto muito de peixe...
ResponderExcluirO poema é realmente inspirador e deixa qualquer um com vontade de comer esse caldo!
ResponderExcluirHummm, deu água na boca! No inverno um caldo quentinho é sempre bom e se vem misturado com poesia e com Pablo Neruda, mais ainda! Atiça o corpo e a mente! Bjos, ótima postagem!
ResponderExcluirBom post! Nunca tinha ouvido falar em Pablo Neruda xD Mas agora sei quem é,obrigada :)
ResponderExcluirEu gosto dos poemas do Pablo Neruda, não conheço muitos, mas os poucos que conheço, adoro. Engraçado, eu quase nunca assisto Estrelas, para falar a verdade, quase não vejo TV e quando vejo é mais canal de série e filme na TV por assinatura, mas nessa dia em particular, eu já sabia que o programa ia ter como tema o Pablo Neruda e eu assistir. Eu não aprecio muito peixe, no máximo um salmão grelhado ou alguns peixes assados, mas não é algo que faça questão de comer, esse ai da receita, então não como mesmo, cabeça e osso de peixe, eca, to fora, rsrs, prefiro ficar só com o poema. Bjs
ResponderExcluirO poema é bem legal.
ResponderExcluirTambém não sou muto fã de peixe. Mas a cara do prato ficou ótima.