"O Banheiro da Escola" (Bruno R Pádua)
Stéffane precisava desesperadamente ir ao banheiro e para isto teria que interromper a aula da professora mais chata do colégio.
Ela até que tentou segurar até o intervalo, mas não estava agüentando mais. Stéffane odiava as aulas de Redação, e o pior era que a professora sabia disto. As duas nunca tinham se dado muito bem.
Denise não permitia que seus alunos conversassem durante a aula, levantassem para irem ao lixo no canto da sala, nem ficassem olhando para qualquer outra coisa que não fosse ela própria, e principalmente, em nenhuma hipótese permitia que qualquer aluno fosse ao banheiro no meio da aula.
“Vocês precisam aprender a ter disciplina. É fisiologicamente impossível um aluno precisar ir ao banheiro a cada 50 minutos. Aguardem até o final da aula, tenho certeza de que pelo menos isto vocês conseguem fazer.” Era o discurso constante dela quando algum aluno mais desatento se atrevia a interrompê-la para pedir a ir até o banheiro.
Quando Stéffane chegou ao ponto em que tinha certeza de que se segurasse por mais 30 segundos sua bexiga explodiria ela não hesitou. Levantou mais do que depressa de sua cadeira e saiu correndo da sala de aula sem pedir licença para a professora.
Stéffane avistou a porta do banheiro no final do corredor, estava quase chegando, mas a dor era tanta que ela não conseguia mais correr. Ela estava quase rastejando.
Finalmente ela entrou no banheiro das meninas, que estava totalmente vazio. Mais do que depressa ela correu até um dos boxes, sentou no vazo sanitário sem ter tempo de encapá-lo com papel higiênico, e expeliu todo o conteúdo da sua bexiga para fora do seu corpo. Ela só conseguia sentir alívio naquele momento.
Estava mais frio lá dentro, e tudo cheirava água sanitária misturada com desinfetante. Pelo menos, no início da manhã o banheiro ainda conservava-se limpo.
Depois que Stéffane resolveu o seu problema ela permaneceu sentada por mais alguns instantes. Era melhor enrolar até o final da aula do que voltar a sala de aula e ter de se explicar para a professora e sentir todos os olhares dos colegas direcionados pra ela. Até a próxima aula da semana que vem ela teria tempo para arrumar uma desculpa qualquer.
“Na semana de Halloween, sempre quando alguém fica sozinha no banheiro, a loura aparece, com a camisa branca do uniforme encharcada de sangue, com algodão tampando os ouvidos, as narinas e a boca, sufocando-a. Ela pede ajuda para tirar o algodão. E se você não ajudar ela, você morre afogada na privada. Há muitos anos, ela estudava naquele mesmo colégio, e se escondia no banheiro para matar aula. Até que um dia, quando estava em pé em cima do vazo espiando o Box do lado, verificando um barulho estranho, escorregou, bateu a cabeça e morreu. Sangrou até a morte, deitada no chão. Só no final do fia que encontraram o seu corpo já sem vida.”
Foi quando ela estava lavando as mãos e olhando para o grande espelho na parede que ela se lembrou.
Semana de Halloween. Sozinha no banheiro. Frio. Loura do banheiro.
Sua pele ficou toda arrepiada, e seu corpo teve um tremelique espontâneo.
Ela até que tentou segurar até o intervalo, mas não estava agüentando mais. Stéffane odiava as aulas de Redação, e o pior era que a professora sabia disto. As duas nunca tinham se dado muito bem.
Denise não permitia que seus alunos conversassem durante a aula, levantassem para irem ao lixo no canto da sala, nem ficassem olhando para qualquer outra coisa que não fosse ela própria, e principalmente, em nenhuma hipótese permitia que qualquer aluno fosse ao banheiro no meio da aula.
“Vocês precisam aprender a ter disciplina. É fisiologicamente impossível um aluno precisar ir ao banheiro a cada 50 minutos. Aguardem até o final da aula, tenho certeza de que pelo menos isto vocês conseguem fazer.” Era o discurso constante dela quando algum aluno mais desatento se atrevia a interrompê-la para pedir a ir até o banheiro.
Quando Stéffane chegou ao ponto em que tinha certeza de que se segurasse por mais 30 segundos sua bexiga explodiria ela não hesitou. Levantou mais do que depressa de sua cadeira e saiu correndo da sala de aula sem pedir licença para a professora.
Stéffane avistou a porta do banheiro no final do corredor, estava quase chegando, mas a dor era tanta que ela não conseguia mais correr. Ela estava quase rastejando.
Finalmente ela entrou no banheiro das meninas, que estava totalmente vazio. Mais do que depressa ela correu até um dos boxes, sentou no vazo sanitário sem ter tempo de encapá-lo com papel higiênico, e expeliu todo o conteúdo da sua bexiga para fora do seu corpo. Ela só conseguia sentir alívio naquele momento.
Estava mais frio lá dentro, e tudo cheirava água sanitária misturada com desinfetante. Pelo menos, no início da manhã o banheiro ainda conservava-se limpo.
Depois que Stéffane resolveu o seu problema ela permaneceu sentada por mais alguns instantes. Era melhor enrolar até o final da aula do que voltar a sala de aula e ter de se explicar para a professora e sentir todos os olhares dos colegas direcionados pra ela. Até a próxima aula da semana que vem ela teria tempo para arrumar uma desculpa qualquer.
“Na semana de Halloween, sempre quando alguém fica sozinha no banheiro, a loura aparece, com a camisa branca do uniforme encharcada de sangue, com algodão tampando os ouvidos, as narinas e a boca, sufocando-a. Ela pede ajuda para tirar o algodão. E se você não ajudar ela, você morre afogada na privada. Há muitos anos, ela estudava naquele mesmo colégio, e se escondia no banheiro para matar aula. Até que um dia, quando estava em pé em cima do vazo espiando o Box do lado, verificando um barulho estranho, escorregou, bateu a cabeça e morreu. Sangrou até a morte, deitada no chão. Só no final do fia que encontraram o seu corpo já sem vida.”
Foi quando ela estava lavando as mãos e olhando para o grande espelho na parede que ela se lembrou.
Semana de Halloween. Sozinha no banheiro. Frio. Loura do banheiro.
Sua pele ficou toda arrepiada, e seu corpo teve um tremelique espontâneo.
O vaso sanitário do canto fez um barulho sinistro, como se estivesse vivo e engolindo a água que estava nele.
- Já terminou o que você estava fazendo, Stéffane? A professora me mandou atrás de você, porque saiu da aula dela há 10 anos. – Era Marina, a aluna preferida.
- Eu já estou indo. – respondeu assustada.
- Vamos logo. Você esta encrencada...
Novamente, o mesmo barulho sinistro no vaso sanitário do canto.
- Que barulho foi esse? - perguntou Marina intrigada.
- Não faço a menor idéia. Deve ser o encanamento velho desta escola.
- Eu aposto que é aquela Loura idiota afogando na privada.
Marina atravessou o banheiro e caminho até o box do canto, de onde tinha vindo o barulho. Ao abrir a porta, ela começou a gritar histericamente: Ahhhhhhhhhh!
Stéffane assustadíssima não fazia a menor idéia do que fazer. O susto foi tão grande que ela ficou paralisada. Pálida. Suas pernas quase a derrubaram no chão.
- Hahaha. Você é muito idiota mesmo. Acreditou que a loura do banheiro estava mesmo ali? – caçoou Marina.
Tudo aconteceu ao mesmo tempo e rápido demais. Todas as torneiras se abriram, as portas dos boxes se fecharam bruscamente e o barulho de descarga vinha de todos os boxes simultaneamente. A sensação era de que a temperatura tinha caído muito bruscamente.
Tudo durou apenas alguns segundos, mas que no momento parecera uma eternidade.
- Já terminou o que você estava fazendo, Stéffane? A professora me mandou atrás de você, porque saiu da aula dela há 10 anos. – Era Marina, a aluna preferida.
- Eu já estou indo. – respondeu assustada.
- Vamos logo. Você esta encrencada...
Novamente, o mesmo barulho sinistro no vaso sanitário do canto.
- Que barulho foi esse? - perguntou Marina intrigada.
- Não faço a menor idéia. Deve ser o encanamento velho desta escola.
- Eu aposto que é aquela Loura idiota afogando na privada.
Marina atravessou o banheiro e caminho até o box do canto, de onde tinha vindo o barulho. Ao abrir a porta, ela começou a gritar histericamente: Ahhhhhhhhhh!
Stéffane assustadíssima não fazia a menor idéia do que fazer. O susto foi tão grande que ela ficou paralisada. Pálida. Suas pernas quase a derrubaram no chão.
- Hahaha. Você é muito idiota mesmo. Acreditou que a loura do banheiro estava mesmo ali? – caçoou Marina.
Tudo aconteceu ao mesmo tempo e rápido demais. Todas as torneiras se abriram, as portas dos boxes se fecharam bruscamente e o barulho de descarga vinha de todos os boxes simultaneamente. A sensação era de que a temperatura tinha caído muito bruscamente.
Tudo durou apenas alguns segundos, mas que no momento parecera uma eternidade.
O barulho da torneira e das descargas tinham parado. As duas se olharam, completamente assustadas, e saíram correndo desesperadas.
É claro que ninguém acreditou. A professora principalmente, o que rendeu ainda uma advertência por escrito para as duas. Denise não esperava muito de Stéffane, mas ficou muito desapontada com a Marina.
É claro que ninguém acreditou. A professora principalmente, o que rendeu ainda uma advertência por escrito para as duas. Denise não esperava muito de Stéffane, mas ficou muito desapontada com a Marina.
As duas nunca mais entraram no banheiro da escola.
Que agoniiiia que me deu com a menina querendo ir no banheiro. Senti a dor dela! HAHAHAHA
ResponderExcluirConheço muita gente que já teve/tem medo da loura do banheiro, mas acredita que eu nunca tive?
Quando eu era criança, corajosa era quem ficava no escuro, na frente do espelho do banheiro e falasse Joana D'Arck três vezes.
Muito bom o conto!
Beijos
http://letraslivros.blogspot.com
Oi Mari,
ResponderExcluirFico muito feliz que gostou do meu conto. Escrevi ele de uma vez só, para poder dar tempo de participar da "Semana de Halloween" do Blog.
Na minha época de colégio, a gente entrava no banheiro, e tinha que chutar o vaso três vezes, dar três descargas e chamar ela três vezes no espelho.
Adorei o conto, Bruno! Você escreve MUITO bem, parabéns :D
ResponderExcluirTambém me arrepiei toda quando a Marina gritou! Rsrs
Adoro contos com finais enigmáticos assim *__*
Abraços,
http://leitorasanonimas.com
viiiiiiix ki grande oO akakkakaak nen li ainda mais foi o BOB q feiz entao devi ta legal !!! ou nao ... akkaakakakakakkaakakakakak
ResponderExcluirTEU MANINHO(DINO)
KKKKKKKKKKKK, Sempre quis saber porque as meninas só iam ao banheiro de mínimo duas. kkkkkkkkkkkk.
ResponderExcluirQue louco. As meninas agora vão fazer xixi atrás das árvores no pátio da escola.
Nunca tive medo da loira do banheiro, mas seu conto realmente me deixou agoniada, estava vendo a hora em que ela iria aparecer e matar as dua meninas.
ResponderExcluirVocê escreve muito bem! Parabéns, gostei muito!!
Ficou facinante a historia, parabens soube prender a atenção do leito, talvez seja ai o que falta na literatura hoje em dia.
ResponderExcluirForte abraço!!! Alex...Aquino
Eu nunca ouvi essa história, mas tudo bem.
ResponderExcluirBem que ela poderia ser grandinha, já estava me empolgando :(
=*
Adorei o conto ;D Isso de loira do banheiro me faz lembrar da minha infância, ouvia nessa época várias versões dessa história, saudades desse tempo...
ResponderExcluir;*
Adorei, muito bom mesmo, quem não conhece a historia da Loira do banheiro, nossa na minha infancia não ia em banheiro de escola de jeito nenhum. Prendeu muioto minha atenção, estava esperando um final trágico, rsss. Beijos menino, vc é o talento em pessoa, que orgulho do meu filhão. TE AMO!!!!
ResponderExcluirNossa muito boa a sua história Bruno... se eu tivesse escutado essa versão enqto estava na escola... pode ter certeza q eu nunca mais entraria no banheiro... hahaha....
ResponderExcluirAinda bem que só contavam que vc tinha que dar descarga tres vezes, falar tres palavrões, chutar tres vezes o vaso e ... acho q era só isso... realmente nao lembro se tinha algo mais... haha... mas se alguém já viu a loura do banheiro nunca mais voltou para contar ... hehehe
mas adorei a história... parabéns Bruno...
Bem legal o conto, Bruno! Parabens! ^^
ResponderExcluirFiquei tensa na hora que ela abriu a porta e gritou pensei que a loura ia aparecer mesmo =O UHAUHAUHAUH
Muito bom o conto, realmente de arrepiar.
ResponderExcluirJá vi muitas versões dessa história de "Loura do Banheiro" e a sua particularmente foi uma das que eu mais gostei.
Essa história marcou a infância de muita gente, inclusive a minha.
Na minha época sempre tinha alguém mais corajoso, que tinha a "brilhante idéia" de convocar a loura do banheiro e depois ficava com medo e saia correndo antes mesmo de ver o resultado...
deu até saudade desse tempo...
Adorei! Realmente marcou a infância de muitos, inclusive a minha e cada um tinha uma história diferente sobre a Loira e como chamá-la.
ResponderExcluireu vo te acha nem que seja no inferno seua mostro isso nao vai ficar assim vc nao ainda nao conheceu a furia de uma mulher
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