E para o nosso reencontro resolvi falar de um assunto beeem interessante, que é a cara do Dear Book e do nosso Universo Literário. Eu acho que vocês vão gostar, porque o tema de hoje é nada mais, nada menos que a Academia Brasileira de Letras.
Formação
No fim do século XIX, surge os indícios da nossa Academia Brasileira de Letras (ABL).
Afonso Celso Júnior, ainda no Império, e Medeiros e Albuquerque, já na República, manifestaram-se a favor da criação de uma academia literária nacional, nos moldes da Academia Francesa.
Academia Francesa. Inspiração de alto nível, não? |
Lúcio de Mendonça, fundador da ABL |
Lúcio de Mendonça teve, então, a iniciativa de propor uma Academia de Letras e constitui-se, então a ABL.
Em 20 de julho de 1897, numa sala do Museu Pedagogium, realizou-se a sessão inaugural, com a presença de dezesseis acadêmicos. Fez uma alocução preliminar o presidente Machado de Assis. Rodrigo Otávio, 1º secretário, leu a memória histórica dos atos preparatórios, e o secretário-geral, Joaquim Nabuco, pronunciou o discurso inaugural.
Raro retrato de Machado de Assis, aos 35 anos |
Este é possivelmente o mais antigo registro fotográfico,
em 1909, de uma sessão pública da Academia Brasileira,
realizada, ainda, no Silogeu.
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Os Membros
O Estatuto da Academia Brasileira de Letras estabelece que para alguém candidatar- se é preciso ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário.
Seguindo o modelo da Academia Francesa, a ABL é constituída por 40 membros efetivos e perpétuos. Além deste quadro, existem 20 membros estrangeiros.
Os imortais são escolhidos mediante eleição por votação secreta. Para ficar por dentro desses membros ilustres, suas letras, obras e cadeiras que ocupam, clique aqui.
Prêmios Literários
A ABL contempla escritores de várias vertentes literárias com seus renomados prêmios que, além de tudo, estimulam manifestações culturais diversas.
A Academia Brasileira de Letras iniciou a concessão de Prêmios Literários em 1909, quando nomeou, atendendo ao convite do Prefeito do Distrito Federal, uma comissão para julgar, anualmente, o concurso de peças brasileiras destinadas à representação no Teatro Municipal. Nos anos seguintes, outros Prêmios foram criados, tais como o Medeiros e Albuquerque (1910), o “Gazeta de Notícias” (1910), o Machado de Assis (1911), o Raul Pompéia (1911) e o Prêmio Academia Brasileira (1912).
Momento da entrega do Prêmio Machado de Assis, na Academia Brasileira de Letras-1972 |
Todos os anos, são concedidos: o Prêmio Machado de Assis, para conjunto de obras, o Prêmio ABL de Poesia, o Prêmio ABL de Ficção, o Prêmio ABL de Ensaio e o Prêmio ABL de Literatura Infanto-juvenil. Recentemente foram criados os Prêmios ABL de Tradução e ABL de História e Ciências Sociais.
Há também vários outros que são distribuídos com diferentes periodicidades. Clique aqui para saber de todos, na íntegra.
Há também vários outros que são distribuídos com diferentes periodicidades. Clique aqui para saber de todos, na íntegra.
Petit Trianon Palácio; Austregésilo de Athayde
Petit Trianon (lindo, né?) |
O Petit Trianon foi a primeira sede da Academia Brasileira de Letras. Em 1923, o governo francês doou à ABL um prédio, réplica do Petit Trianon de Versailles, construído no ano anterior.
Petit Trianon - vista noturna |
O prédio funciona até os dias de hoje como local para as reuniões regulares dos Acadêmicos e para as Sessões Solenes comemorativas e de posse de novos membros da ABL. Para conhecer detalhes do Petit, clique aqui.
Já o Palácio Austregésilo de Athayde, foi inaugurado em 20 de julho de 1979, na presidência do Acadêmico Austregésilo de Athayde.
O objetivo do então presidente era de construir um prédio moderno que no futuro se tornasse base sólida do patrimônio da Academia, além de fazê-lo instrumento de promoção da cultura sobre toda a nação brasileira.
Visão externa - Palácio Austregésilo de Athayde |
Vista lateral - Palácio Austregésilo de Athayde |
Atualmente, parte do Palácio Austregésilo de Athayde é espaço para atividades culturais da ABL e local onde se situa a Diretoria e a Biblioteca Rodolfo Garcia.
Curiosidades
Rachel de Queiroz - A primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras - ABL foi a escritora cearense Rachel de Queiroz em 1977.
- Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector. Nenhum deles ocupou cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL). Em compensação, Ivo Pitanguy e José Sarney estão entre os atuais 40 imortais, o que mostra que não são só as letras que contam. (Reflitam)
- A Academia Brasileira de Letras conta com duas bibliotecas: a Biblioteca Acadêmica Lúcio de Mendonça (antiga Biblioteca Acadêmica) que a acompanha desde a fundação, e a Biblioteca Rodolfo Garcia inaugurada em 2005.
Biblioteca Acadêmica Lúcio de Mendonça
Biblioteca Rodolfo Garcia
- O prédio da ABL, baseado no palácio Petit Trianon de Versailles, foi construído para ser o pavilhão da França na Exposição do Centenário da Independência, em 1922.
Então, meus lindos, essa foi a nossa coluna de hoje. O que vocês acharam? Já conheciam algo a respeito da ABL? Gostaram de ficar por dentro dessa história super interessante, afinal, nossa história também, como cidadãos brasileiros?
Nem preciso dizer (já dizendo -rsrs) que estou esperando os comentários de vocês, hein!! *-*
Beijos e até a próxima!!
Fontes: Academia Brasileira de Letras, Ebook, Dignow, Rio Curioso
Nem a ABL escapa das mazelas desse país... uma pena! :(
ResponderExcluirOMG que inspiração maravilhosa haha Que maravilhoso o Petit Trianon. Que linda a Biblioteca Acadêmica Lúcio de Mendonça, procurei por algumas fotos e fiquei de boca aberta de tanta beleza. Muito bonita a frase do cabeçalho. Adorei saber mais sobre a Academia de Letras.
ResponderExcluirPuxa, que post cheio de vida!!!
ResponderExcluirAdorei ver e conhecer um kadim sobre tanta ABL...Adorei a francesa, chic hein?rs
Mas a que me encantou de cara foi a Petit Trianon. Simples e delicada.
Chato foi ler sobre as peculiaridades da Abl brasileira..rs até nisso o rosto queima de vergonha..Sarney e Pytangui?
Tá...parece histórinha pra boi dormir.rs (só no Brasil mesmo)
Post lindo, parabens!!!!!
Ameeeeeeeeeeiiii O Happy Hour de hoje!!!
ResponderExcluirJá conhecia um pouco sobre a ABL por conta das aulas de literatura e do vestibular, mas você falou muitas novidades...
Não sabia que médico podia ter uma cadeira não... (Quem sabe um dia ganho uma?!)
A parte arquitetônica é linda msm!!
Pode ter certeza que está entre a lista dos lugares históricos que eu quero conhecer.
parabéns pelo post! ficou perfeito!
bjinhos!
Maravilhoso! Gostei muito de conhecer a ABL, confesso que não sabia nada disso! "HH" é muita cultura, adoroooo!
ResponderExcluirEstudei sobre a Rachel de Queiroz esse ano (em literatura) e adorei saber que ela foi a primeira mulher a conseguir entrar na ABL!
ResponderExcluirSempre gostei de literatura, então é como se esse post fosse feito pra mim, hahaha!
Adorei saber essas outras curiosidades também (muitas das quais eu não sabia)!
xoxo, Isa =*
Gostei muito de conhecer a ABL, eu não sabia nada disso! "HH" é muita cultura kkk
ResponderExcluirSuper interessante! Ta ai um assunto que todo bookaholic precisa conhecer, mas que muitos nem sabem da existencia! Aprendi muito com esse post, obrigada!
ResponderExcluirNussa, que interessante, não conhecia nada disso =O Seu blog tem muito conteúdo.
ResponderExcluirMuito bom! é sempre legal estar informado õ/ adorei viu, mas... Nem a ABL escapa das mazelas desse país... uma pena!(2)
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