quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Resenha: "O Espião - Uma aventura de Isaac Bell" (Clive Cussler e Justin Scott)

Por Sheila: Oi pessoas! E aí, vocês já conheciam Clive Cussler? Se a resposta for não, então você é tão desinformado quanto eu, tive que pesquisar para saber quem era essa pessoa... Bom, mas para quem não sabe, o escritor é considerado um mestre em romances de espionagem, sempre recheados com muita ação e aventura. Já Justin Scott é especializado em romances policiais, o que me leva ao motivo de toda esta explicação: Em O espião veremos a junção destes dois gêneros de narrativa, ambientada na primeira década do séc. XX.

Além disso, o livro é baseado em filmes noir, o que eu também não sabia o que queria dizer e que, segundo nosso grande amigo google, é um estilo de filme primariamente associado a filmes policiais, que retrata seus personagens principais num mundo cínico e antipático. Ou seja, a narrativa consegue fazer com que você praticamente veja a ação se desenrolando, em preto e branco ainda por cima. Mas vamos ao livro.

Isaac Bell é um detetive particular, trabalhando à serviço da Agência Vandorn, considerada uma das melhores do país. Tudo começa quando um talentoso projetista de canhões morre num aparente suicídio, fazendo com que sua filha procure a agência em busca da verdade, já que as instalações militares onde o pai trabalhava - e onde o aparente suicídio ocorreu - recusam-se a aceitar seus protestos e tentam abafar o ocorrido.
Dorothy Langner recusou a ofert de chá ou água e foi direto ao assunto.
- A Marinha divulgou uma história segundo a qual o meu pai se matou. Quero contratar sua agência de detetives para reabilitar o nome dele.
Van Dorn preparara-se como pudera para a difícil entrevista. Tinha muitas razões para duvidar da sanidade mental do pai dela ...
- A Marinha diz que meu pai causou a explosão que o matou, mas ninguém lá quer me dizer como chegaram a isso (...) Ele não teria se matado daquele jeito.
Impressionado com a veemência da jovem, o detetive Isaac Bell resolve assumi-lo, mesmo que acredite que Langler realmente se matou, e contra as argumentações e reticencias do Sr Van Dorn, dono da agência. No entanto, o que parecia ser um caso simples, destinado a trazer conforto a uma jovem - e bela - filha enlutada, transforma-se em uma caçada perigosa, a um espião fora do convencional.

Em sua busca pela verdade, Isaac irá se confrontar com uma intrincada trama, já que tudo leva a crer que a morte de Langler é apenas a primeira de uma série de assassinatos direcionados às mentes tecnológicas mais aguçadas de seu tempo e atrasar a corrida marítima ao extinguir os principais responsáveis pela criação e aprimoramento dos couraçados dreadnoughts, navios que com as melhorias sendo criadas seria imbatível.

Por trás de tudo, há um ardiloso espião, que não parece seguir as regras do jogo e trona-se um enigma difícil de resolver até mesmo para Isaac Bell, considerado o melhor investigador das Agências Van Dorn. Quem estaria tentando acabar com o poderio militar naval dos Estados Unidos? Seriam, os Alemães? Japoneses? Franceses? Todos são suspeitos e nada é o que parece ser.
- Três suspeitos diferentes - observou Marion - Três nacionalidades diferentes ... É claro, o que poderia ser mais internacional do que uma corrida de couraçados?
- O capitão Falconer inclina-se a culpar o Japão.
- E você?
- Não há dúvida de que os japoneses têm prática em espionagem ... Mas eu não tenho preconceitos. Realmente, acredito que poderia ser alguém de qualquer uma dessas nacionalidades.
O tema é muito bem explorado por Cussler e Scott, não deixando nenhuma ponta solta na estória. Tudo ´s explicado, todos os detalhes são revistos, e existe um conhecimento detalhado a respeito dos navios, em torno dos quais gira a trama, bem como do cenário político em que a trama é ambientada - no ano de 1908, se eu ainda não havia dito.

O livro é bem escrito e desenvolvido, e gostei bastante apesar de esta não ser uma das minhas leituras preferidas. Pelo menos para mim ficou um pouco cansativa a leitura já que não entendo NADA de navios, engrenagens e há tantos personagens e reviravoltas que as vezes eu acabava me perdendo um pouquinho. Mas Cussler realmente merece a aclamação a ele dirigida, o livro é realmente muito bom. Recomendo.

10 comentários

  1. Gizeli Regina Meisterquarta-feira, setembro 19, 2012

    Também nunca tinha ouvido falar de Cussler. Pela sua resenha, o escritoe é muito bom. Já estou bem curiosa para ler o livro.
    Será que ele tem mais livros lançados aqui no Brasil?

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    1. Tem sim! No momento estou lendo outro dele chamado O Reino, vou dar uma pesquisadinha e vejo quais mais e posto aqui


      abraços

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  2. Também faço parte do "clube dos desinformados", rsrs.

    Achei legal a trama, em breve lerei.

    Bjo.

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  3. Adorei o estilo do livro, desde a capa ate o enredo, me conquistou!

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  4. Eu adorei O Espião! Nunca havia lido nada do autor, mas gostei muito do ritmo da trama e não consegui largar até terminar. Normalmente curto histórias de mistério, investigação, policial; e sabe que não achei tão carregadas as descrições mais técnicas dos navios. Mal posso esperar para ler O Reino. =)

    bj
    escrevendoloucamente.blogspot.com

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  5. Eu também li O espião e gostei bastante, apesar de todos os detalhes não achei o livro cansativo e embora não entenda nada de navios, achei que ficou tudo bem explicado.

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  6. Eu ainda não li esse livro embora já tenha lido muitas resenhas e comentários. Estive com ele nas mãos para comprar mas tive que escolher entre os outros quais levar. Ele ficou para depois. Gostei da sua resenha. Ficou muito boa.

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  7. Ainda não li esse livro...Mas eu tenho ele aqui para leitura há sééculos...hehehe...ainda não tive vontade de lê-lo, mas ainda nesse ano eu leio ele...

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  8. Confesso que li esse livro já tem um tempinho e a leitura não conseguiu me prender :/
    Como vc descreveu, achei a leitura cansativa, enrolada...lia, lia e não ia pra lugar nenhum.rs
    Mas li inúmeras resenhas positivas, sinal que o autor agradou né??

    Beijo

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  9. Ainda não tive a oportunidade de ler o livro, e agora fiquei meio receosa, não gosto de leituras cansativas, pois não consigo abandonar o livro, ai fico enrolando com a leitura e atrasa todo o meu cronograma. Gostei da resenha!

    Beijos.

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Ana Liberato