Resenha: "A Seleção" (Kiera Cass)

Por Juny: Dizem que esse livro é uma mistura de “Jogos Vorazes”, o reality show “The Bachelor” e os tradicionais “Contos de Fadas”. Não discordo, porém há muito mais em “A Seleção”.

Como acontece com os livros que eu mais gosto, não consigo descreve-lo, vou ter que apelar para a sinopse do Skoob:

Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer.

America é uma protagonista coerente, algo raro, ela defende seus princípios e ideais, não vai perde-los por causa da competição. Ela é a única garota que não está lá pelo Príncipe e isso faz toda a diferença. Em alguns momentos suas atitudes são bem engraçadas e sinceras.

Aspen, o namorado secreto de América, também tem seus méritos na trama, ele é um Seis (trabalha com a limpeza), passa por muitas dificuldades e nem sempre tem o que comer. Ele quer o melhor para América por isso a incentiva a participar da Seleção.

– Eu te amo, America.
– Eu te amo, Aspen.

Esses momentos secretos bastavam para me dar forças para enfrentar tudo que estava por vir (...) o esforço para ajudar Aspen a juntar dinheiro, a confusão que explodiria quando ele me pedisse minha mão ao meu pai, e todas as outras batalhas que enfrentaríamos depois de casados. Nada disso importava, desde que eu tivesse Aspen.

Mas o Principe Maxon me conquistou, ele vai mostrando sua personalidade aos poucos, ele é surpreendente. Digno de um conto de fadas. *suspiros*

É um romance daqueles que te faz suspirar, você vai se apaixonando junto com América. Será que ela deve voltar para casa e tentar viver uma vida difícil com o seu amado? Ou será que ela deve dar uma chance para Maxon?

Quase todas olharam para mim. Pude ver em seus olhos o mesmo olhar que recebi de Emmica e Samantha. De repente, aquelas encaradas faziam sentido. Minhas intenções não importavam. As outras garotas não sabiam que eu não queria ganhar. Na visão delas, eu era uma ameaça. E dava para notar que me queriam fora.

Pode parecer fútil, mas não é. O livro tem uma narrativa viciante, flui muito bem, mal vi passar 357 páginas.

Fazia tempo que um livro não me empolgava tanto. Uma nova abordagem distópica, que mesmo em meio a um futuro de muita desigualdade social, não cai no mesmo que já vimos em outros livros, consegue apresentar uma historia totalmente nova, cheia de fantasia.

Uma pergunta difícil de responder. Por acaso eu desejaria uma vida que nunca quis? Estaria disposta a vê-lo em encontros alegres com as outras apenas para se certificar de que não estava errado? A assumir a responsabilidade de princesa? Eu queria amá-lo?

– Sim, Maxon. - sussurrei. – É possível.

Além da Seleção, o livro tem outros mistérios, como as motivações por trás dos ataques terroristas dos rebeldes do Norte e do Sul.

Fiquei irada com o final, pois não sabia que era uma série. Não acredito que a autora vai me fazer esperar quase 1 ano para continuar acompanhando essa trama. PRECISO dessa continuação! Uma série mais do que recomendada! ;D