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Por Juny: Trago hoje um resenha difícil de escrever, afinal é um livro do meu amado autor Carloz Ruiz Zafón. Esse foi o primeiro livro que ele escreveu e faz parte de uma série de livros juvenis, que envolve também os livros “O palácio da meia-noite”, “As luzes de setembro”, ainda inéditos no Brasil, e também “Marina” (resenha aqui).
No inicio tem uma breve nota do autor, que pra mim mais pareceu uma conversa com um velho conhecido. Já adianto que o fato desse livro ser juvenil não significa uma história feliz e bobinha, assim como todos os outros livros de Zafón há um misto de gêneros e sentimentos durante a leitura, temos suspense, terror, romance e mistérios. É impossível classificar o livro com apenas um gênero.
Tudo começa quando a família de Max se muda para uma cidadezinha no litoral para fugir das mazelas da guerra. Seu pai está muito otimista com a mudança, ele é relojoeiro e pretende montar uma loja na nova cidade. Max a principio esta muito triste por largar seu antigo lar e seus amigos. Sua mãe está um pouco receosa e suas irmãs parecem indiferentes.
Por Juny: Trago hoje um resenha difícil de escrever, afinal é um livro do meu amado autor Carloz Ruiz Zafón. Esse foi o primeiro livro que ele escreveu e faz parte de uma série de livros juvenis, que envolve também os livros “O palácio da meia-noite”, “As luzes de setembro”, ainda inéditos no Brasil, e também “Marina” (resenha aqui).
No inicio tem uma breve nota do autor, que pra mim mais pareceu uma conversa com um velho conhecido. Já adianto que o fato desse livro ser juvenil não significa uma história feliz e bobinha, assim como todos os outros livros de Zafón há um misto de gêneros e sentimentos durante a leitura, temos suspense, terror, romance e mistérios. É impossível classificar o livro com apenas um gênero.
Tudo começa quando a família de Max se muda para uma cidadezinha no litoral para fugir das mazelas da guerra. Seu pai está muito otimista com a mudança, ele é relojoeiro e pretende montar uma loja na nova cidade. Max a principio esta muito triste por largar seu antigo lar e seus amigos. Sua mãe está um pouco receosa e suas irmãs parecem indiferentes.
“Soube então que não importava qual era o destino daquela viagem, nem em que estação o trem ia parar; daquele dia em diante, nunca mais viveria num lugar onde não pudesse ver, toda manhã ao acordar, aquela luz azul ofuscante que subia até o céu como um vapor mágico e transparente. Era uma promessa que fazia a si mesmo.”
A nova casa é cercada por um mistério, os antigos proprietários demoraram muito tempo para conseguir ter um filho e alguns anos após a alegria do nascimento de Jacob, ele morreu afogado. Tudo nessa história é estranho e cheio de pontas soltas. Para completar o clima sinistro há um jardim de estátuas nos fundos da casa, com figuras circenses. Também houve há alguns anos um misterioso naufrágio com apenas um sobrevivente, que intriga Max.
“A mão da figura, que segundos atrás estava com punho fechado, agora estava aberta, com a palma estendida no gesto de quem faz um convite. Por um momento, Max percebeu que o ar frio do amanhecer queimava em sua garganta e sentiu o coração palpitar em suas têmporas. (...) Sem pensar duas vezes, começou a correr e dessa vez não olhou para trás até chegar a cerca de madeira do pátio de sua casa.”
Com todas essas evidencias só resta a Max querer investigar o que há em comum em todos esses fatos. Ele conta com a ajuda de sua irmã, Alicia, e também de seu novo amigo Roland. Os três se tornam inseparáveis. Só lendo para saber no que isso vai dar.
Max é um personagem adorável, muito esperto e cheio de coragem. Alicia é a irmã enigmática que acaba se aproximando de Max durante essa aventura. E Roland é a chave de toda essa questão, conhece uma parte desses mistérios e tem uma participação marcante.
Max é um personagem adorável, muito esperto e cheio de coragem. Alicia é a irmã enigmática que acaba se aproximando de Max durante essa aventura. E Roland é a chave de toda essa questão, conhece uma parte desses mistérios e tem uma participação marcante.
“Quando o cansaço por fim venceu a excitação acumulada durante o dia, os últimos pensamentos de Roland enquanto mergulhava num sono profundo não foram para a misteriosa incerteza que se fechava sobre eles, nem para a sombria possibilidade de ser convocado no outono. Naquela noite, Roland dormiu placidamente nos braços de uma visão que o acompanharia para o resto de sua vida: Alicia, vestida apenas pela claridade da lua, mergulhando sua pele branca num mar de luz prateada”
Embora haja aventura e um belo romance adolescente, o que mais me chamou a atenção foi o clima sinistro, centralizado na figura de um palhaço macabro e na história do Príncipe da Névoa. O mistério é de muita qualidade, difícil de descobrir com antecedência e com um final surpreendente e tenso. Zafón mais uma vez mostra porque é um autor tão aclamado. Só me resta recomendar MUITO essa leitura.