Por Sheila: Olá pessoas! Como estão???? Mais um livro nacional, com um tema super envolvente - e, diga-se de passagem, uma das minhas temáticas favoritas. Afinal, o título (e as primeiras páginas) já nos entregam do que ele se trata: fim dos tempos, um mundo tendo que se readaptar após algum evento pós-apocaliptico.
E o evento, neste caso, é justamente o que traz a originalidade: num determinado dia, que não nos dizem qual é, à meia noite, uma tragédia atinge a população em escala global: todos os bebês e crianças com menos de um ano de idade começam a morrer de forma totalmente inexplicável.
Casa (...) sua mulher berrava. Ele tinha um filho, um garoto sorridente, gordinho e bonachão de nove meses de idade.Tinha.Sua mulher e a Enfermeira gritavam a mesma coisa.Seu filho estava morto.Todas as crianças da maternidade estavam mortas. Todas.Atrás dele, o relógio marcava meia-noite e cinco minutos. A luz verde do calendário eletrônico brilhava com ar fúnebre. Eram os primeiros minutos do fim do mundo.
Em meio a caos que ameaça se insurgir, um Repórter surge, sendo destacado junto com vários de outros seus colegas para tentar descobrir o que aconteceu com o mundo - e se de fato todo ele foi atingido. Mesmo estando sua Esposa gestante, em vias de dar à luz, ele parte em uma viagem para tentar descobrir o que aconteceu. Até por que, pensando bem, esta pode ser não só a única esperança de fazer algo por seu filho, mas também pelo mundo. Afinal, não são apenas as crianças que morreram subtmente...
Mais uma descoberta que vem abalar as estruturas do mundo: todas as plantas e animais com menos de um ano de vida também morrem, tão subitamente quanto as crianças, e respostas são a única coisa que ninguém parece ter para explicar o que poderia estar acontecendo para provocar este fenômeno. Seria um evento transitório, passageiro? Ou é este o fim do mundo, como era até então conhecido?O gramado estava destruido pela agitacao da multidao. Destruido e sem cor. O habitual verde brilhoso dava lugar a uma maçaroca opaca e levemente amarelada. Um dos soldados olhou para a grama, mas logo perdeu o interesse. Virou de costas e perdeu a acao quando viu pela janela da agenci bancária ... a existência de um aquario ggante; as bolhas ainda subiam pelo motr de oxigenacao mas, a prncipio, nao viu nenhum peixe. ?Vasculhou os corais e as rochas que decoravam o habitat e, por fim, encontru s ocupantes. Todos boiando na superfície. Barriga para cima. Movendo-se conforme os movimentos provocados pelo oxigenador.Mortos.
A obra é narrada em terceira pessoa e tem uma característica peculiar: nenhum dos personagens tem nome. Para Fabio Barreto o Repórter é O Repórter, a esposa dele é A Esposa, o padre da cidade é o Padre, e os personagens secundários tem seus nomes escritos com letras minúsculas. As frases são curtas e de efeito. Se Barreto queria impressionar em seu romance, realmente conseguiu, é um livro apocalíptico diferente e escrito de forma instigante.
Mas ... ou eu ando muito chata mesmo, ou os livros que ando lendo não tem conseguido me despertar o mesmo fascínio que sinto com outras obras. Por mais que a leitura de "Filhos do fim do mundo" não tenha sido maçante, também não chegou a virar um dos meus livros de cabeceira por que, mais uma vez, não consegui me identificar com os personagens, torcer por eles, acompanhá-los em cada nuance oferecida pelas palavras de tinta sobre o papel.
No entanto, espero que você cara (o) leitor (a) (escrito assim para ninguém pensar que há alguma discriminação de gênero) que já leu o livro possa se manisfestar nos comentários e nos dizer o que você achou deste livro. Abraços e até a próxima!
Nossa, super me interessei, mesmo ! agora falta o livro .. =\ rs
ResponderExcluirMe interessei pelo livro por causa da temática. E o jeito que você descreveu é bem instigante. Parece mesmo ótimo. Talvez o próprio fato dos protagonistas não terem nome mencionado contribuiu pra que você não se cativasse. Mas ainda assim quero ler. :)
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
O livro parece original e tal, mas confesso que não me despertou interesse. Pelo que vc falou, parece que é o tipo de livro que dá pra ler sem odiar, e só.
ResponderExcluirLi muitas coisas sobre esse livro e pela resenha, vale a pena dar uma conferida, a história parece ser bem amarrada, a leitura cativante e com um bom ritmo.
ResponderExcluirGosto bastante de livros que abordam o Apocalipse, e achei esse interessante, pois foge do lugar comum de prédios explodindo, invasões extraterrestres, chuvas de meteoros, e etc.
ResponderExcluirO que talvez acharia estranho na leitura, seria essa não-nomeação das personagens, mas creio que seja questão de adaptação.
Legal.
ResponderExcluirOs livros nacionais estão me surpreendendo cada vez mais, e os autores com cada vez mais criatividade!
ResponderExcluirSempre me interessei por livros apocalípticos mas ainda não tive a oportunidade de ler um desse gênero e nacional, agora pode ser uma boa hora
Mais um pra lista de leitura :D
ResponderExcluirMe lembrou o filme (que agora esqueci o nome D:) em que as mulheres não conseguem mais engravidar, e o mundo está cheio de problemas.
Parece bem legal, parabéns pela resenha ;)
Ao ler a resenha desse livro me lembrou a praga dos Primogênitos em Exodo - Bíblia Sagrada.
ResponderExcluirParece bastante tenso! E essa de não dar nomes, diferente/estranho!