Oi pessoal, tudo bem? Minha rotina está uma lou-cu-ra!! Final de períodos, provas, trabalhos, enfim... vocês podem imaginar. Estou aqui me afogando nos cafés, inspirada na Happy Hour #45, para aguentar o ritmo. Mais porque eu gosto do que pelo fato de que "desperta rs. Maas enfim, o importante é que as férias se aproximam. Hoje vai ser, se Deeus quiser - e as notas permitirem - o último dia de aula. \o/
E é nesse clima de férias -adiós Ouro Preto- que me surgiu a ideia do nosso tema. Como todos sabem, já estou morando há um tempo aqui estudando e nunca falei nada da cidade para vocês. Mas hoje vamos falar de um dos lugares que mais gostei quando visitei aqui na cidade. Em uma estreita ruazinha se encontra um dos maiores tesouros da pomposa Ouro Preto, a Casa de Ópera, ou o Teatro Municipal, como queiram.
Puxem uma cadeira que lá vem história boa!
HISTÓRIA
5 anos (1782-1787), 16 mil réis e uma paixão pelo teatro. Isso foi o que custou para que João de Souza Lisboa idealizasse e construísse o que é hoje o mais antigo prédio teatral da América do Sul e tombado como Patrimônio Histórico Nacional.
Certificado do Guiness de mais antigo teatro brasileiro |
Enquanto viveu, Souza Lisboa esteve à frente da Casa da Ópera de Vila Rica, contratando atores em Sabará e no Tijuco, relacionando nomes de personalidades influentes - intelectuais, militares, políticos - capazes de prestigiá-lo em momentos decisivos, preocupando-se com a pintura e a decoração do prédio. O lugar, entretanto, morreu um pouco com seu criador, em 1778.
Ressurgiu oito anos depois, triunfalmente, nas festas dos desposórios do infante D. João, com três noite de ópera e a presença esperada e aplaudida de Joana Maria, Violanta Mônica e A. Fontes. A partir daí, sob diferentes administradores, a Casa da Ópera viveu períodos de altos e baixos, sem, no entanto, deixar de funcionar.
Reviveu os dias de glória por volta de 1820, quando nem a dificuldade do acesso à acidentada Rua de Santa Quitéria impedia que o público lotasse, a cada semana, as galerias e a platéia central.
Casa cheia !! Acervo Luis Fontana. |
O escritor Affonso Ávila, autor de "O Teatro em Minas Gerais: Séculos XVIII e XIX" afirma:
"A quem visita hoje o Teatro Municipal de Ouro preto, antiga Casa da Ópera, parece ainda tomá-lo de uma atmosfera de envolvimento, de impacto dramático, lembrando nisso o clima barroco, que era o ambiente propício de seus primeiros frequentadores e seus primeiros espetáculos."
Mas em 1885, o governo provincial chega a planejar a construção de um novo teatro em Vila Rica que, Capital, merecia. Em grande parte para que evitasse a mudança da capital. Tudo em vão, felizmente. Aliás, vocês já reparam como é comum que grandes patrimônios e construções tenham passado por esta fase de quase demolição?
CURIOSIDADES E IMPRESSÕES PESSOAIS
Conhecida a história, agora é hora de ver outras coisitas, mas não menos interessantes. Algumas deliciosas curiosidades:
- Cláudio Manuel da Costa foi preso e encontrado enforcado em uma de suas celas.
- É uma das poucas casas ouro-pretanas em que ainda existe uma senzala.
- Pertence atualmente ao Ministério da Fazenda e guarda acervo que inclui mobiliário (séculos XVIII e XIX), documentos, cartas, rica biblioteca e curiosa coleção de moedas.
Pessoal, a Casa de Ópera é uma visita obrigatória em Ouro Preto. O local está conservadíssimo e é de uma beleza incrível. É uma simplicidade exuberante, que te faz imaginar em um filme dos anos 20. como entrar em um túnel do tempo. Incrível!! Vá com calma, aproveite o guia e o tour. Entre em cada portinha e dê uma "espiadinha" na vista das portas e janelas... se imagine vivendo os anos de ouro do lugar... é muito bacana!!
Ah, a entrada no local é paga. Se não me engano são R$4,00. Mas para estudantes da UFOP a entrada é franca. =D Assim como em vários outros lugares na cidade. Chegando lá vocês verão uma simpática senhora na recepção que os levará até o guia do local, poliglota e especialista em história da arte que conhece bem a respeito do local, toda a simbologia e passado que o remete. Grande parte dos turistas que tinham assinado o caderno no dia em que fui, eram franceses ou alemães. Estes adoram a cidade! rs
FOTOS
Queria postar aqui umas que eu mesma tirei, mas como já falei com vocês, meu celular foi surrupiado. =/ Mas aproveitem as belas imagens abaixo:
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Para vocês que conheceram a respeito dessa relíquia ouropretana, e ficaram curiosos para conhecer e imergir nessa atmosfera, anotem aí :
Programação Oficial: Acesse direto do site.
Endereço: Teatro Municipal Casa da Ópera - Rua Brigadeiro Musqueira S/N – Centro / Ouro Preto, MG.
Contato: Fone: 35593224, casadaoperaop@gmail.com
Horário: segunda, das 14:00 às 18:00 h, terça a sábado, das 10:00 às 18:00 h, e domingos e feriados, das 10:00 às 16:00 h.
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Bem, povo bonito e inteligente, por hoje é só. Espero que vocês tenham gostado da história e das curiosidades, mas que principalmente resolvam colocar a Casa de Ópera no roteiro das próximas férias. Espero mostrar mais e mais lugares bacanas assim para vocês. '-'
E aí, alguém já veio aqui e visitou o local? Queria saber as impressões de vocês... *-* Ah! Não esqueçam de deixar suas opiniões e críticas nos comentários.
Beijos beijos e até a próxima!
Fontes: CTAC, O Sorriso do Lagarto
Que teatro belíssimo! A cidade é cultura em tudo, história, edificações...
ResponderExcluirAmo casas antigas, casarões e com datas.
Ótimo post, obrigada por nos mostrar um pouco da cidade de Ouro Preto.
Adorei o post Gabi. Amei o Teatro, dizes bem quando citas que ele é uma simplicidade exuberante. Fiquei envolvido com a leitura até o final. Queria mais.
ResponderExcluirUm dia o visitarei.
Parabéns Dear Book!
Lindo teatro! Devemos sim valorizar a cultura em todos os âmbitos. Amei a leitura!
ResponderExcluirAdoro essas viagens do Happy Hour, me senti visitando o lugar. Se algum dia tiver a oportunidade de ir a Ouro Preto, não perco por nada a visita a esse lugar!
ResponderExcluirNossa, adorei. Infelizmente nunca tive a oportunidade de assistir uma Ópera. Acho que onde eu moro nem tem esse tipo de apresentação. Gostei da história tbm. Com tão pouco o João conseguiu fazer algo que permanecesse na memória das pessoas. Lindíssimo!
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