quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Resenha: "O jogo da mentira" (Sara Shepard)

Por Clarissa: Olá pessoal, minha indicação é “O Jogo da Mentira” mais conhecido por “The Lying Games” de Sara Shepard, autora da série bestseller internacional “Pretty Little Liars”. The Lying Game e Pretty Little Liars são séries maravilhosas!

Sutton é uma adolescente popular, rica, bonita, inteligente e esportista, ela criou o jogo da mentira, "sacaneava" todas as pessoas, ela e suas “amigas” faziam trotes de muito mau gosto com as pessoas que odeiam. E um dia suas “amigas” fazem um trote com ela, porem algo dá muito errado.

Emma teve uma infância muito esquisita, sua mãe sempre a esquecia nos lugares que iam, porem um dia sua mãe nunca mais voltou. Então Emma passou a viver em uma casa de adoção, ela não conseguia morar por muito tempo em nenhuma, e foi em sua última família que ela conseguiu morar mais tempo, aguentando muitas coisas, ela descobriu através de um vídeo no youtube que tinha uma irmã gêmea. Então elas marcam de se encontrar, mas Sutton nunca apareceu.
“Somos o que fingimos ser, então devemos tomar cuidado com o que fingimos ser.”
Emma faz de tudo para saber o que aconteceu com sua suposta irmã, descobre coisas horríveis sobre Sutton, suas amigas e até a família. Emma move céus e terras para saber de tudo, até se passa por Sutton, vive sua vida e as mordomias que ela nunca teve, descobre o que é ter uma família que a ama. Descobre também que a pessoa que você mais odeia é a de confiança.

O que você faria se descobrisse que tem uma irmã gêmea, e bem no dia que vocês iam se encontrar uma desaparece misteriosamente?
“Sempre durma com um dos olhos abertos. Dê valor ao que você tem. Seus melhores amigos podem simplesmente ser seus inimigos.”
O livro tem 292 páginas de puro suspense, e toda estória é contada por Sutton, de como foi a mudança radical na vida dela e de Emma. Na nota da autora ela fala que os trotes ficam na estória, não se deve fazer isso com ninguém, particularmente são uns trotes bem violente e de mau gosto. A trama é bem interessante, nos mostra bastante nossa realidade.

Esperava mais no final, uma surpresa quando terminasse de ler. É legal, nos faz enxergar com mais atenção as pessoas que estão ao nosso redor, saber escolher os amigos certos. É uma leitura fácil, bem do jeito adolescente, dos amores não correspondidos, gostar da pessoa errada, fingir gostar da pessoa só por causa da popularidade.

É uma estória cativante, você não vai conseguir parar de ler. Fala muito sobre a escola e as “amizades” de hoje, que cada vez está mais difícil conseguir amigos verdadeiros, os mesmo que te elogiam pela frente, fala mal de você pelas costas. A inveja também é uma grande inimiga. Será que algumas pessoas seriam capazes de matar alguém para estar no lugar dela?

Gosto da série Pretty Little Liars, é uma série maravilhosa, muito bem feita, indico a série pra vocês também. Bom espero que gostem, até em breve, e não se esqueçam de deixar seus comentários, dica e criticas. Beijos fiquem com Deus!

Boa leitura e bom jogo da mentira!

domingo, 27 de outubro de 2013

Resenha: "Trono de Vidro" (Sarah J. Maas)

Por Sheila: Oi todo mundo! Como vão indo? Eu estou com uma clavícula quebrada (no momento em que escrevo, não sei quando a resenha será publicada) mas fora isso tudo tranqüilo. Mas, graças ao meu pequeno acidento, ler é o que mais tenho feito nos últimos dias e o resultado? Resenhas!

Mais uma trilogia ... e sei que elas são inúmeras, mas sabem, eu não consigo me cansar delas. Até estou aprendendo a lidar com a expectativa pela continuação da estória. Talvez seja exatamente por isso que elas estão sendo criadas aos montes: aprendermos a esperar e ter paciência. E vocês o que acham?

Bom, Sarah J. Maas é mais uma daquelas autoras da qual eu nunca havia ouvido falar e que fiquei conhecendo graças ao blog e as editoras parceiras. Apesar de “Trono de Vidro” ser sua obra de estréia, a autora mantém um blog onde já vinha “brincando” e criando tudo o que nos apresenta neste livro.

Celaena é uma assassina e, acreditem ou não, sua criação inspirou-se na estória de Cinderela. Mas ao invés de termos uma jovem perseguida pela madrasta, teremos uma assassina mundialmente conhecida, presa como escrava nas minas e sal de Endovier, um lugar frio, onde os prisioneiros são enviados para morrer.

Apesar disso, Celaena já está prisioneira há um ano, sobrevivendo muito mais que a maioria que é enviada para o mesmo lugar. Mas talvez ela não tenha mais que continuar sendo subjugda a trabalhos forçados. Chaol Westfall, capitão da Guarda Real, a está escoltando, para ouvir uma proposta singular de ninguém menos que Dorian, príncipe herdeiro de Adarlan. Mas Celaena será tudo nesta pequena audiência, menos cordata.
Dorian sorriu.
- Que olhos impressionantes você tem! E como é raivosa!
Perto o suficiente para estrangular o príncipe herdeiro de Adarlan, filho do homem que a sentenciara a uma morte lenta e miserável, o autocontrole de Celaena se equilibrava perigosamente na beira de um abismo.
- Exijo saber – começou ela, tentando se aproximar, mas o capitão da guarda a puxou para trás com toda a força.
- Eu não ia matá-lo seu idiota.
- Cuidado com a língua antes que eu a jogue de volta nas minas – disse o capitão de olhos castanhos.
- Ah, não acho que você faria isso.
- E por que não? – replicou Chaol.(...)
- Porque há algo que vocês querem de mim, algo que querem tanto que vieram até aqui pessoalmente.
E Cealena está certa. O Rei está escolhendo um novo campeão,  ou seja, alguém para matar em seu nome. Para tanto está organizando um torneio em que seus conselheiros e generais apresentarão cada um seu campeão. A proposta de Dorian? Que Celaena seja sua campeã neste torneio. Caso vença, terá que servir ao rei por cinco anos, antes de lhe ser concedida liberdade. Se recusar – ou se perder – será enviada de volta para as Minas.

Apesar de sua repulsa em servir ao rei, Celaena aceita sua proposta. Afinal qual sua alternativa? E dirigi-se junto com o príncipe herdeiro para Adarlan, reino onde ficou conhecid como a maior assassina de todos os tempos.

O Reino inteiro está em guerra, devido a ganância e desejo de poder do rei de Adarlan, pai de Dorian. Conhecido por sua crueldade, não exita em dizimar cidadãos e mandá-los para a escravidão, seja em suas terras, seja nas minas. Além disso, o Rei fez mais do que simplesmente querer expandir suas fronteiras: ele baniu toda a magia do reino, proibindo-a.

Logo, não só os povos que enfrentou foram subjugdos; seu próprio povo foi caçado e queimado em fogueiras, assim como qualquer templo, livro, ou amuleto que indicasse o uso desta arte, considerada profana e contra a Deusa, a quem cultuam como sua maior divindade.

Mas o passado de Celaena está intrinsicamente ligado a magia, por mais que esta tenha criado portas e paredes para lembranças que não quer que cheguem à consciência.
- Floresta maldita ... – rosnou um soldado de pele cor de oliva. Um soldado atrás dele deu uma risadinha. – quanto mais cedo queimarem isso, melhor. – os outros soldados assentiram, e Celaena enrijeceu. (...)
- Cuidado com a língua – respondeu Celaena. – O rei Brannon era do povo Feérico, e Carvalhal ainda é dele. Eu não me surpreenderia se as árvores lembrassem dele.
Os soldados riram.
- Essas arvores teriam de ter uns dois mil anos de idade! – disse um deles.
- Feéricos são imortais – respondeu ela.
 Agora, em meio à fortaleza do Rei, cercada por guardas e repleta de inimigos que querem destroçá-la, Celaena terá que disputar um torneio que não decidirá só seu emprego pelos próximos cinco anos, mas sua vida, enquanto estranhos acontecimentos fazem pensar que a magia não morreu de todo no reino - e infelizmente não está sendo utilizada para bons propósitos.

"Trono de Vidro" nos traz uma leitura envolvente, com diálogos ácidos e situações inusitadas, adorei a originalidade com que foi escrito, e as inúmeras reviravoltas no decorrer da trama. Não tinha me entusiasmado muito até mais ou menos a página 50, quando o livro realmente começou a prender minha atenção.

Só senti um pouco de falta de mais passagens em que Celaena mostrasse seus dons como assassina pois, apesar de isso ter sido alardeado o livro inteiro, as lutas são muito mais internas e em diálogos ferinos do que de qualquer outra forma. Mesmo assim, gostei muito do livro, pretendo acompanhar os outros dois livros da série. Recomendo!

sábado, 26 de outubro de 2013

[Minhas Palavras] Brilho Eterno



A coluna "Minhas Palavras" apresenta textos originais, de diversos temas, produzidos pela equipe do Dear Book.
 
POR: Raquel Morelli
(Colunista de Cinema e autora do blog "Pensamentos e Opiniões")






Lembranças... Este pode ter sido o "tema" do meu final de semana. Na sexta feira, assisti novamente a um filme chamado "Lembranças" e no domingo, vi pela primeira vez "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"...
Os dois são bem diferentes e muito interessantes, mas achei legal essa coincidência no nome.
Porém, após assistir ao segundo filme, pensei em algo...
Eu jamais queria apagar alguém da minha memória.
Porque, por mais que seja, as pessoas que passam na nossa vida, não passam por acaso. Apagar alguém das suas lembranças é, literalmente, apagar você mesmo. Sua história, coisas que você aprendeu a fazer e a gostar, momentos que viveu e que ajudaram você a estar onde está hoje. Não faz sentido apagar tudo isso por causa de uma pessoa.
Guardar lembranças é um dos maiores encantos dessa vida. A raiva é momentânea, mas a lembrança das coisas boas, não. Lembrar de algo pode doer, mas é essencial que se lembre para que você tenha, de fato, uma história de vida.
Não tem porque apagar momentos da sua história que, algum dia, te fizeram feliz. Ou mesmo os ruins, pois foram eles que te fizeram aprender.
Apagando a sua memória, você automaticamente se apagará junto. Desconsertará sua própria vida. Terá um rumo diferente, não saberá o porquê de muitas coisas.
A memória é essencial para nossa própria saúde. Se nossas lembranças às vezes nos enlouquecem, imagina como seria a nossa vida SEM elas?
Mais enlouquecedor ainda...
E eu uso o exemplo de um outro filme baseado em uma história real para firmar tudo o que eu falei: "Para Sempre", a história de Paige que, fatalmente, perde a memória recente e não se lembra mais do marido, da vida que levava e porque optou por essa vida. Apenas se lembra do passado e, ao ser manipulada pelas pessoas que fazem parte dele, gera uma grande confusão em sua cabeça.
Porém, eu sei que tudo o que é verdadeiro permanece, então aprendi a seguinte lição: não adianta tentar apagar alguém de sua vida, porque tudo o que tiver que acontecer, vai acontecer. Se for para você ficar com alguém, esse alguém virá até você, uma, duas, mil vezes até vocês perceberem que é pra dar certo, que é pra construir uma história juntos. Que é pra viver e ter lembranças com essa pessoa.
Ou seja, lembranças nada mais são que o brilho eterno de nossa vida.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Happy Hour #49 - O Centenário de Nascimento de Vinicius de Moraes

Oi gente! Como vão todos hoje? Empolgados para mais um Happy Hour? Bem, espero que sim... Nosso tema de hoje vai ser beeeem diferente dos nossos Jardins Exóticos. Não sei bem se vocês curtiram, já que os comentários foram bastante escassos. =/ 

Mas bola pra frente que essa semana foi comemorado o CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE VINICIUS!! Aquele boêmio e adorador de whisky. Aquele que seduz mulheres e encanta a todos com seu lirismo. Aquele gênio das artes. Sim, o Poetinha! 

Sei que em Belo Horizonte haverá uma programação especial para comemorar a data. Os eventos serão no Sesc Palladium, no Sesc Centro Cultural JK e nas Praças Sete e da Estação. Confira detalhes no aqui. Nós aqui também não poderíamos deixar essa data passar bem branco. Pois bem, hoje a Happy Hour fará sua singela homenagem a esse mestre! 



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Novidades da Semana #48

Oi gente! Que tal conferir algumas novidades do universo literário? Enjoy! ;D

Cassandra Clare anuncia data de lançamento do primeiro volume de "Magisterium"

Em uma conversa informal em seu twitter, a autora Cassandra Clare respondeu uma fã com a data de lançamento para o primeiro volume da série Magisterium. Cassie colocou como outono de 2014, o que para nós do Hemisfério Sul seria na primeira. Essa nova série não tem ligação com o mundo de Os Instrumentos Mortais e é escrita em parceria com a autora Holly Black. [Fonte] 



Nova capa de “Academia de Vampiros”, com cartaz do filme

Com a estreia da adaptação cinematográfica Vampire Academy, a editora que publica o livro nos EUA anunciou sua nova capa, com o cartaz do filme. Escrita por  Richelle Mead, a obra conta sobre um mundo oculto de vampiros no mundo atual. Na adaptação, o elenco conta com Zoey Deutch (Beautiful Creatures), Lucy Fry (Crepúsculo), Danila Kozlovsky (Legenda No. 17 ), Olga Kurylenko (Oblivion) e Sami Gayle (Blue Bloods) e tem previsão de estreia para 14 de fevereiro. [Fonte]



Aliás, temos uma super dica para dar para vocês... Sempre indicamos livros para nossos leitores, mas sabemos como é difícil ficar comprando eles o tempo todo. Não existe budget para isso, principalmente para estudantes! Mas, existem sites hoje em dia que disponibilizam cupons de desconto para os usuários, aí fica tudo mais fácil né. O truque é assinar a newsletter e ficar de olho nas promoções, pois eles normalmente têm vouchers de desconto específicos para determinadas lojas e produtos. Um site muito bom que encontramos é o Cuponzar. O legal deste site, é que não existe a necessidade de cadastro, os usuários podem simplesmente buscar códigos de cupons de desconto por loja ou por categoria, e ao selecionarem o que quiserem, é só inserir o código encontrado no final do pagamento do produto na loja escolhida e pronto! O usuário consegue o desconto.

No Cuponzar dá pra encontrar vouchers para muita coisa, como maquiagem, livros, roupas, eletrônicos, entre outros. Como o nosso interesse é livros, podemos adiantar que eles trabalham com marcas super grandes como a Saraiva, Americanas.com, a FNAC... Muito legal! Na página da Saraiva mesmo, encontramos um vale-desconto para mais de 200 livros diferentes, vale a pena conferir!

Agora de volta aos lançamentos...

Pré-venda de “Deixe a Neve Cair” do John Green!                                     

John Green, Lauren Myracle e Maureen Johnson participam deste livro com 1 conto natalino escrito por cada um deles. O livro será lançado pela Editora Rocco e está previsto para o inicio de Novembro. Deixe a Neve Cair entrou em pré-venda essa semana e você pode adquiri-lo:
O livro já teve os direitos comprados pela Paramount Pictures e em breve ganhará sua versão para o cinema.
“Na noite de Natal, uma tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio para encontros românticos. Em Deixe a Neve Cair, bem sucedida parceria entre três autores de grande sucesso entre os jovens, John Green, Lauren Myracle e Maureen Johnson escrevem três hilários e encantadores contos de amor, com direito a surpreendentes armadilhas do destino e beijos de tirar o fôlego. E provam que o amor verdadeiro pode acontecer quando e onde menos se espera.” [Fonte]

História inédita de Monteiro Lobato é publicada neste mês

O selo Globinho, da editora Globo Livros, lança este mês uma história nunca publicada  de Monteiro Lobato, que esteve guardada por mais de 60 anos. Após uma temporada morando na Argentina, onde seus livros infantis alcançaram grandes tiragens, Lobato escreveu, a pedido de seu editor, mais vinte obras com os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, das quais 6 foram publicadas na Argentina e no Brasil.

Mais tarde, quando organizou suas Obras Completas, o autor deixou de fora algumas das narrativas encomendadas pelo editor argentino. “No tempo de Nero” é uma dessas preciosidades que ficou 66 anos escondida. Agora, com a nova edição lançada pelo selo Globinho, os leitores têm acesso a uma história praticamente inédita.

A história trata de uma viagem feita  pelos personagens do Sítio do Picapau Amarelo para conhecer a Roma Antiga. Dona Benta concorda com a aventura com a condição de visitarem o período governado por Marco Aurélio, que, segundo ela, era um homem nobre e sábio. Mas Emília, que achava os imperadores estourados muito mais interessantes, dá um jeito de levar todo mundo para o tempo do terrível Nero. O livro traz ilustrações de Simone Matias e é indicado para crianças a partir dos 7 anos. [Fonte]

Resenha: "Leviatã" (Scott Westerfeld)

Tradução por André Gordirro

Por Eliel: Quando estávamos na escola aprendemos sobre a Primeira Guerra Mundial e suas consequências, mas e se a História fosse reescrita sob a visão SteamPunk?

Em breve a Primeira Guerra Mundial terá início e as grandes potências europeias já começaram a corrida armamentista. De um lado Mekanistas com suas máquinas gigantescas e do outro, os Darwinistas, com animais fantásticos geneticamente modificados.
As abelhas recolhiam aquele néctar e o destilavam em mel; então, as bactérias no estômago do aeromonstro devoravam o mel e peidavam hidrogênio. Era uma típica estratégia de cientista - não havia sentido criar um novo sistema quando era possível pegar emprestado um que já estava bem desenvolvido pela evolução.
Em meio à essa disputa, Aleksandar Ferdinand, é acordado em plena madrugada para fugir de sua casa. Ser o príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro não o protege de ser caçado pelo seu próprio povo. Tudo o que lhe resta é andador Storwalker e um grupo de leias homens.
A consciência da maioria dos homens não vai além dos pratos do jantar.
Do outro lado está Deryn Sharp é uma garota excepcional que se disfarça de garoto para entrar na Força Aérea Britânica. Isso à obriga estar em constante alerta para que o seu segredo não venha a tona. Com muito esforço ela embarca no Leviatã, a baleia-zepelim Darwinista.
Ela queria fazer um discurso:
Ei, vocês todos, seus manés, eu posso voar e vocês não! Nasci para ser aeronauta, caso não tenham notado. E, para concluir, eu gostaria de acrescentar que sou uma menina e vocês todos podem se danar!
As histórias se cruzam quando o Leviatã faz um pouso forçado próximo de onde Alek está escondido. E esse será o início de uma perigosa aventura em meio à guerra.
Talvez fosse assim que uma pessoa mantinha a sanidade na guerra: um punhado de atos nobres em meio ao caos.
Scott traz um novo tom ao tão sombrio tema que é a Primeira Guerra, com toda a sua criatividade e fazendo uso de humor na medida certa combinado com o encanto do SteamPunk, ele fez uma obra de aventura única.

E a narrativa fica ainda mais vívida com as ilustrações de Keith Thompson, aclamado ilustrador com inúmeros trabalhos publicados em várias mídias.

Posso afirmar, com toda a certeza, de que as aventuras de Alek e Deryn são um novo passo nos romances de aventura. Ótima escolha de literatura.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Resenha: “As 30 coisas que toda mulher de 30 deve ter e saber” (Pamela Satran e diversas autoras)

Por Juny: Embora eu ainda não tenha chegado aos 30 (faltam 5 anos) é sempre bom se preparar, e para isso apresento-lhes o livro “30 coisas que toda mulher de 30 deve saber”.

Tudo começou com “A lista” publicada na revista Glamour com 30 conselhos as mulheres de 30 anos, o texto caiu na internet e virou um fenômeno! O sucesso da lista foi mundial, porém a autoria se perdeu no meio do caminho.
1- Como se apaixonar sem perder a identidade
4- Uma bolsa, uma mala e um guarda-chuva que você não tenha vergonha de usar.
11- Um jogo de chaves de fenda, uma furadeira sem fio e um sutiã preto de renda.
13- Acreditar que você merece.
14- Não se desculpar por algo que não é sua culpa.
Pamela Redmond Satran ao descobrir a proporção do sucesso que sua lista tomou, resolveu se reunir com outras jornalistas, escritoras e celebridades em geral para escrever um livro sobre a lista, item a item. Entre as autoras são destaque Maya Angelou, Rachel Zoe, Taylor Swift, Bobbi Brown e Padma Lakshmi.
“Mas muitos de nós tem a sensação, não importa se correta ou absurda, de que, quando se está na casa dos vinte anos, estamos nos tornando... nos tornando alguém e alguma coisa que, ao fazer trinta, passamos simplesmente a ser. (...)
Quando você desce do primeiro trem, e ainda não subiu no segundo, precisa se certificar de que tem certas coisas – algumas materiais, mas, na maior parte, coisas em seu coração e em sua mente. Coisas que aprendeu pelo caminho, talvez até sem perceber. Ideias da infância que valem a pena guardar e outras coisas que teve de atirar pela janela.”
O livro começa contando a origem da lista, apresenta os itens e depois os detalha, alguns tópicos inclusive contam com ilustrações bem divertidas de “certo” e errado”. Os conselhos são tratados com muita sensibilidade, com relatos de só quem já passou pela situação pode dizer.


O design do livro é um assunto a parte, a capa abre através de um encaixe, as paginas tem as bordas arredondadas, há diversas ilustrações e detalhes.
“Depois de um tempo você começa a achar que não vão encomendar um bolo no seu aniversário de 30 anos, mas um caixão. (...) Eu não vou mentir: estava com medo. Mas tenho boas noticias do outro lado! Seu rosto não vai despencar. Você vai estar exatamente igual no primeiro dia dos seus 30 anos a como estará no ultimo dia dos 20. E enquanto ter 20 anos é divertido, é aos 30 que você passa a perceber melhor o seu corpo e conhece-lo mais. Você o domina. Você assume o poder e se transforma. Com a idade vem o respeito.”
Foi uma leitura bem válida, é bom saber que alguns dilemas nessa idade são universais e ler esses relatos nos ajuda a entender melhor a situação e a maneira que devemos enfrenta-la. Com muita  muita sabedoria e bom humor, o livro é uma ótima pedida para as mulheres que ainda estão chegando nessa “crise” dos 30 e as que já enfrentaram.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Littera Feelings #3 – Tag: Sentimento Literário

Hello, amigos de leituras! Como elas estão?
Folheei O Grande Gatsby por esses dias, tô curiosa e quero ver se vou me jogar nele essa semana. Quem sabe?

~testando "habilidades" no photoscape~

Eis que o post de hoje traz uma Tag tudo a ver com a essa coluna: Sentimentos Literários! Quem iniciou e indicou para o blog foi a Daniella Blanco (thanks, dear!). A ideia é citar um livro que tenha te tocado quanto a esses sentimentos listados: alegria, tristeza, angústia, medo, apego, nostalgia, raiva, indiferença, compaixão e reflexão. Quem mais quiser participar, só compartilhar conosco (não se esqueçam da Daniella, ó).

Bora ver quem bateu certo comigo?

Alegria

É meio difícil não pensar na tia Sophie Diva Kinsella. Nesse quesito encaixo O Segredo de Emma Corrigan, que foi meu primeiro livro dela, me lembro de ter chorado de rir com as situações e reviravoltas. Minha admiração pela Sophie começou aí e dela espero sempre alegria.
A história ronda por Emma que, ao achar que vai morrer numa queda de avião, conta TODOS os seus segredos (a fim de ir na paz se morresse mesmo) para o passageiro ao lado. Só que uma hora o avião pousa e todos seguem sua vida. Ou não...


Tristeza
Gente, eu fujo desses livros. De verdade rs. Fico resistindo para não chorar em livro. Masssss... me passaram A Culpa é das Estrelas e, meu Deus, quanto eu perturbei as minhas amigas durante a leitura e tenho uma prima que me jurou morte por eu ter indicado pra ela. É uma história linda, inegável, tem um senso de humor muito bem colocado e quase arrumei as malas pra ir bater na porta do John Green por todos os feels que ele me arrancou (e ainda tem arrancado com os posts dele sobre o filme). O cara foi no âmago do ser.
A trama conta a esperançosa história de Hazel e Gus na luta contra o câncer e suas realizações mesmo com suas limitações. Vida e morte quase milimetrados.

Angústia
Também evito livros angustiantes só de pensar na agonia (só por isso não leio Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago). Li, no entanto, o thriller Tony & Susan do Austin Wright, um romance de camadas que alterna ficção/realidade e “ficção da ficção”. Com Susan avaliamos o livro (na íntegra!) que seu ex-marido escrevera e tudo que vamos sentindo ou nos perguntando ao longo do suspense que é, Susan vai pontuando e refletindo a respeito. Tony é o personagem do livro de Edward, que faz aí a ponte entre a ficção e a realidade de Susan. Teve uns pontos altos que realmente fiquei na angústia e ansiedade, outros um pouco mais mornos. Um trabalho muito admirado, no entanto. E cheio de marcadores adesivados nos #LitteraFeelings :)


Medo
Eita que é desses que eu corro mesmo. Por enquanto, ainda não tive coragem de enfrentar nenhum.

Apego

Dúvida cruel entre Destino da Ally Condie e Orgulho e Preconceito da Jane Austen. Acho que opto pela família Bennet, em Orgulho e Preconceito, pois, além de me identificar muito em certas linhas de pensamento, eu não consigo mesmo me desapegar de Lizzie Bennet. E olha que tento! Comecei a leitura de Razão e Sensibilidade e parei, por me sentir ainda muito presa ao mundo “OeP”. Quem já assistiu Lost in Austen, sabe o que é se sentir uma Amanda Price.
Eu não amo Darcy. Eu amo a história de amor. Amor Elizabeth Bennet. Amo as maneiras, a linguagem, a cortesia. É parte de mim e do que quero. Quero dizer que tenho padrões. 
Adoro tudo a respeito, filmes, séries e livros relacionados. Tô tentando dessa vez Emma e comecei por adaptações. Sei que tenho que me desgarrar um pouco, conseguir é outra história XD

Nostalgia

Lá vem tia Sophie de novo. Em Menina de Vinte, ao mesmo tempo em que se mantinha um pé no século XXI, outro estava no século XX. Lara é perturbada pelo fantasma de sua tia-avó Sadie que mal conheceu, pela busca de um colar que se perdera. Durante as loucuras em que Lara se mete para se reerguer como mulher independente, tem que lidar com essa senhorinha “materializada” aos vinte anos, cheia de ideias modernas e ousadas até para nossa época. Enquanto mais audácia vai crescendo em Lara, mais ligadas elas se tornam.
A nostalgia que me bateu não foi necessariamente por lembranças minhas, mas delas próprias, o que me lembrou um pouco daquele filme Meia-noite em Paris, quanto ao desejo de viver nos anos de glória e àquilo que se perdeu de nós, mas que teve importância para outros (fui muito enigmática aqui?). Tia Sadie teve esse efeito em mim e em Lara.

Raiva

Meu Deus, Bentinho, volta pro tópico. Não, deixa isso de mão. Não faz isso. Tu num tá nem maluco de tent... Não. Simplesmente não. Nãaaaao. Tá viajando. Volta pra Terra. Lá vai... Foi assim que passei pela leitura de Dom Casmurro. Bentinho me dava um ódio quase a cada página virada e tio Machado nem me ajudava na hora de ralhar com ele. Na verdade, quando Machado de Assis começava a falar comigo, aí que eu ficava com raiva mesmo. Não sei, me irritava profundamente.
E o incrível que posso dizer é: eu gostei do livro. É uma super sacada! Se eu não tivesse tido tanto problema com Bentinho e Machado, teria feito até um estudo mais aprofundado sobre umas teorias que concluí dessa leitura. E só pra constar, Capitu não traiu (talvez possa “comprovar”, talvez...).

Indiferença

Esse eu li, passou por mim e não exatamente me decepcionou... A renomada Agatha Christie não me deu aquele clic, sabe? Entendo que ela deve ter surpreendido muito em sua época, foi algo que chacoalhou a sociedade e tal, massss... por hoje, por aqui, foi isso. Por enquanto li apenas um, O Natal de Poirot e espero que outro não passe como esse. Na dedicatória, Agatha diz que vai ser um de seus mais sangrentos e o porquê disso:

Meu caro James,
Você sempre foi um dos meus leitores mais fiéis e gentis, por isso senti-me seriamente incomodada quando me fez uma crítica. Você reclamou de meus assassinatos, que estavam se tornando muito refinados [...] Então, esta é sua história especial – escrita pra você.
E foi sangrento mesmo. Teve uma sacada e tal, só não me impressionou mesmo. Descobri recentemente que não sou muito fã de literatura policial e de investigação, exceção de uns poucos. Fiquei surpresa com isso porque gosto muito da série Castle.

Compaixão

Quando peguei O Dom, de Nikita Lalwani, minha ideia do livro era de algo totalmente diferente do que é a história, o ritmo e o modo de levar o enredo. Rumi Vasi é uma garota incomum, com altas habilidades para matemática desde que era criancinha. Apesar de indiana, vive no País de Gales, com os pais superprotetores e encanados com sua educação.
Ela vive praticamente isolada e, quando descoberto esse seu dom com números, os pais investiram em horas a fio de estudo sem deixar que Rumi fosse uma menina como gostaria. Cumprindo às ordens e mandamentos de sua cultura, sem por maioria se deixar misturar com outros, Rumi entra na universidade muito cedo e lá ela tem a esperança de se deixar levar pelos seus desejos, simplórios até, que foram arrancados em sua infância.
Tinha pra mim apenas a referência do Sheldon de The Big Bang Theory como o gênio que entrou cedo na vida acadêmica e desenvolvia seu dom. Com Rumi, porém, muito do próprio carinho e amor lhe foi negado, não havia liberdade, sua cultura era fechada e ela mal podia respirar senão treinar matemática. Com uma vida resumida a isso, ela tinha suas escapadas, nem sempre com êxito. Acho que Rumi teria se dado melhor se tivesse trocado de vida com o Sheldon :)

Reflexão

Cito até um momento desses de reflexão: estava eu em sala de aula outro dia, copiando matéria do quadro, quando dei por conta que minha letra tava terrivelmente terrível. Meu Deus, como, quando isso aconteceu? Ela já não era lá muito bonita mesmo, e nessas anotações tava bem desastrosa. Fiquei ruminando isso o resto da aula até vir a luz: fazia um tempo que eu não escrevia mesmo à mão. Hoje tudo é digitalizado e impresso, não manuscrito. Não exercitamos mais a cursiva.
É uma das críticas que Destino, da Ally Condie, levanta em seu romance.
Cassia vive numa sociedade tãaao limitada que até mesmo a identidade lhe é roubada. Você não é quem você quer, você é quem o controle deixa ser. No meio desse mundo, poucas são as pessoas que despertam para a realidade e se questionam o que é esse bem que a sociedade diz que é em prol. Muita coisa nesse livro me despertou a reflexão. Questões como a dominação, a cultura limitada, o controle sobre a população, vigia dos comportamentos humanos, crenças, dilemas, conspiração, identidades, simbologias (e bote simbologia!), exclusão da sociedade, teste da mente humana (alguém mais pensa naquele filme A Ilha?), os artefatos, o papel e moeda de troca das literaturas, o trabalho dos arquivistas... olha, a lista é grande.
É um livro riquíssimo que vai além do habitual triângulo amoroso. Mal posso esperar por Conquista (último da trilogia) estar em minhas mãos.


Espero que tenham gostado, e se bateu divergência aí, conte aí nos comentários.
Até o próximo post,
Bjs,

Kleris Ribeiro. 
domingo, 20 de outubro de 2013

Novidades da Novo Conceito!

Hoje temos um post especial com todas as novidades desse mês que a Editora Novo Conceito preparou para os bookaholics! Enjoy! ;D

Novidades


Hangout com a autora Cecelia Ahern

Na próxima semana teremos um hangout ao vivo com a autora dos livros P.S Eu te Amo, A vez da minha vida, O Livro do Amanhã e do lançamento de novembro, O Presente.

Mesmo que você não possa acompanhar o bate-papo AO VIVO, as perguntas enviadas poderão ser respondidas e ficarão gravadas para você assistir mais tarde.

O bate-papo com a autora Cecelia Ahern é no dia 23/10 às 11hs.



Coluna da autora Marina Carvalho

Entrou no ar esta semana o primeiro texto da autora Marina Carvalho no blog da Novo Conceito. Agora você poderá acompanhar a autora de Simplesmente Ana e Ela é uma Fera mais de perto. Acesse o texto de apresentação da Marina Carvalho, envie suas perguntas e sugestões nos comentários que semanalmente ela terá um espaço especial para bater um papo com os leitores.

Clique aqui e acesse o texto da primeira semana.



Lançamentos

Quero ser seu - Bella Andre
Ryan Sullivan sempre gostou muito de Vicki, a quem conheceu na adolescência, quando ela lhe salvou a vida: no estacionamento da escola, um carro desgovernado só não o atropelou porque Vicki o empurrou para longe. Desde então, eles se tornaram melhores amigos — pelo menos, melhores amigos até onde um homem e uma mulher lindos e sedutores conseguem ser... O tempo passou, Vicki casou-se e se separou, e Ryan seguiu sua vida de solteiro. Até o dia em que Vicki pediu-lhe um favor: será que Ryan poderia fazer as vezes de seu namorado para afastá-la de um homem mal-intencionado e pegajoso? Ryan não negaria esse favor a sua amiga, de forma alguma... Não só pelo carinho que nutre por ela, mas também por uma característica de sua personalidade: Ryan faz o tipo protetor (o tipo de homem com que toda mulher sonha em algum momento da vida).


Anjos À Mesa  - Debbie Macomber
Shirley, Goodness e Mercy sabem que o trabalho de um anjo é interminável — especialmente na véspera do Ano-novo. Ao lado de seu novo aprendiz, o anjo Will, elas se preparam para entrar em ação na festa de fim de ano da Times Square. Quando Will identifica dois solitários no meio da multidão, ele decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar aquele empurrãozinho divino de que eles precisam para acabar com a solidão. Então, por “acidente”, Lucie Ferrara e Aren Fairchild esbarram-se no meio da alegria da festa, mas, assim como se aproximam, acabam se perdendo: um encontro marcado que não acontece os afasta pelo resto da vida. Ou será que não? Um ano depois, Lucie é a chef de um novo e aclamado restaurante, e Aren é um colunista de sucesso em um grande jornal de Nova York. Durante todo o ano que passou, os dois não se esqueceram daquela noite. Shirley, Goodness, Mercy e Will também não se esqueceram do casal... Para uni-los novamente, os anjos vão usar uma receita antiga e certeira: amor verdadeiro mais uma segunda chance (e uma boa dose de confusão), para criar um inesquecível milagre de Natal.

Resultado das promoções de Outubro!

Confira aqui o resultado das seguintes promoções:
  •  "Jogo da Mentira"
quinta-feira, 17 de outubro de 2013

[Gastronomia e Literatura] Comida e Sabedoria

Olá Pessoas,

Para começarmos, aqui vai uma pequena dose da sabedoria de Dalai Lama:

Ame profunda e passionalmente. Você pode se machucar, mas é a única forma de viver o amor completamente.
Dalai Lama

Essa citação me chamou a atenção, pois é exatamente o conselho que dou para todos os que desejam seguir a carreira da gastronomia. Afinal, é uma carreira que exige amor e abnegação profundos. Você acabará deixando muitas coisas de lado nesse árduo caminho, mas será a única forma de aproveitá-lo de forma completa.

Pensem nisso, aplicando a qualquer campo da sua vida.

Reflexões à parte, vamos preparar a comida. Aproveitem os espaços de tempo na cozinha para meditar, isso se reflete nas suas preparações. Agora vamos a receita de Bombom aberto de morango!
quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Resenha: "Alta Fidelidade" (Nick Hornby)

Por Marianne: Resenha de estreia! Antes de tudo, uma breve apresentação: meu nome é Marianne, moro em São José dos Campos e estou integrando o time de resenhistas do Dear Book. Agora vamos ao que interessa!
Alta Fidelidade foi escrito por Nick Hornby e nos apresenta Rob, um cara rabugento quase quarentão, louco por música, dono de uma loja de discos de vinis quase falida chamada Championship Vinyl. Pra Rob música é coisa séria e o gosto musical de uma pessoa pode defini-la completamente. 
O livro é ambientado em Londres e nossa história começa quando a namorada de Rob, Laura, termina o relacionamento e vai embora do apartamento onde moravam. A partir daí Rob decide listar seus cinco términos de namoros mais memoráveis e ai conhecemos um pouco mais da vida amorosa do nosso protagonista.
Achei que o livro fosse se prender a essa análise do personagem a seus relacionamentos anteriores, mas o autor nos leva a conhecer bem a intimidade de Rob de um jeito bem sincero e fiel aos sentimentos de um cara de trinta e poucos anos que foi abandonado pela namorada, sem deixar o personagem muito caricato.
Achei que a grande sacada do livro foi que praticamente lemos a mente do Rob o tempo todo. Seu pensamento é retratado de um jeito tão humano e verdadeiro que sabemos que Rob poderia ser um amigo próximo que está nos contando coisas que não contaria pra ninguém, em hipótese alguma. Passei boa parte do livro sem entender se Rob queria a namorada de volta ou gostava da ideia de estar solteiro, e conclui que na verdade nem o próprio personagem sabia bem o que querer.
"Sabem qual é a pior coisa de ser rejeitado? A falta de controle. Se ao menos eu pudesse controlar quando e como seria chutado por alguém, aí não pareceria uma coisa tão ruim. Mas aí, claro, não se trataria de rejeição, certo? O fim seria por consenso mútuo. Por diferenças artísticas. Eu estaria deixando a parceria pra seguir carreira solo. Sei o quanto pressionar, e pressionar por alguma medida de probabilidade é inacreditável e pateticamente infantil, mas é a única coisa que se pode fazer pra tentar recuperar uma parte do controle que está com ela.
Quando vi a Laura na saída da loja, absolutamente entendi, sem sombra de dúvida, que eu a queria de volta. Mas a razão pra isso, provavelmente, é que o rejeitado da história sou eu.”
Quando Rob resolver saber como estão as cinco ex-namoradas dos cinco términos mais memoráveis tambem temos uma surpresa e o próprio personagem percebe que nem sempre o outro lado da história (o que geralmente não conhecemos) é tão simples quanto imaginamos. Aliás, imaginação é o forte do cara, Rob se diverte imaginando cenas que ele sabe que nunca vão acontecer, como a namorada voltando pra casa arrependida, mas que confortam de alguma maneira (quem NUNCA fez isso?).
Como é escrito todo em primeira pessoa conhecemos todos os outros personagens pelos olhos do Rob. Dick e Barry são seus funcionários na loja de discos e o mais próximo do que ele pode considerar como amigos, Marie é uma cantora que se apresenta nos pubs de Londres, e a minha preferida e mais significante pra vida de Rob: Laura. Laura e Rob são duas personalidades totalmente opostas, em um relacionamento que me irrita o livro todo. Laura é atenciosa e sensata e Rob age quase constantemente como um idiota.
Rob é um personagem que eu amei e odiei. Amei pela sinceridade quase infantil do personagem e odiei pela rabugice e insistência em querer ser um cara chato. 
"Quanto a mim, vou escutar Beatles assim que chegar em casa. Abbey Road, provavelmente, mas vou programar o cd pra pular "Something". Os Beatles eram figurinha de brinde no chiclete, ver Help na sessão de sábado de manhã, brincar com guitarrinhas de plástico e cantar "Yellow Submarine" se esgoelando no fundão do ônibus da escola. Eles pertencem a mim, e não a mim e a Laura, ou a mim e à Charlie, nem a mim e à Alison Ashworth, e, mesmo que ouvi-los me faça sentir alguma coisa, não vai ser alguma coisa ruim."
O livro tem um final bem realista e interessante, que poderia ser o final de um capítulo da minha vida, ou da sua. Eu adoro finais mais realistas quando o livro segue a linha “situações do cotidiano”. O saldo final é totalmente positivo e entrou com certeza pra lista dos meus favoritos. O autor escreve de maneira muito envolvente e nos mostra reflexões muito bacanas através do personagem, está mais que recomendado.
Em 2000 foi lançado o filme "Alta Fidelidade", dirigido por Stephen Frears e com participação de Nick Hornby no roteiro. Eu fiquei muitíssimo curiosa pra assistir e ver se realmente o filme faz jus ao livro (sempre me decepciono com os filmes =(  ).
Espero que tenham gostado da minha primeira resenha, eu adorei fazer =). Até a próxima!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Filme: "Escritores da Liberdade"

Olá leitores!

Falando sério agora...
Hoje, 15 de outubro, é um dia muito especial para mim, por ser o "Dia dos Professores"! Eu, como estudante de Letras, e futura professora de Português (\o/), me orgulho muito da profissão que escolhi e a cada dia me sinto com mais vontade de ensinar. 

Portanto, para comemorar, trago a vocês um daqueles filmes a que assisti pela primeira vez na escola (pela segunda e terceira vezes na faculdade) e que realmente vale a pena.
Acredito que uma boa parte de vocês já devem ter assistido a este filme e deve ter sido na escola também, porque ele é bem requisitado entra os professores de algumas áreas, como a Sociologia, História, etc.

Enfim, apresento primeiramente, uma pequena resenha chamada "O Diário da Mudança" que escrevi para entregar ao professor da faculdade na segunda vez que vi o filme como forma de trabalho.

"O DIÁRIO DA MUDANÇA"
(Por Raquel Morelli)

“Escritores da Liberdade” (Freedom Writers, 2007), é um filme emocionante, baseado na história real de uma professora novata que tem que lidar com uma classe de jovens criados em meio a uma sociedade violenta, onde convivem diariamente com membros de gangues e rixas entre as diferentes etnias.
Inicialmente, Erin, a professora é contratada para lecionar inglês, porém, ao perceber a dificuldade do meio em que os alunos vivem, passa uma tarefa inusitada: todos os alunos da sala devem escrever um diário anotando tudo o que sentem.
Porém, um simples trabalho como esse, muda a vida desses adolescentes rebeldes e é aí que o filme tem seu ponto forte, com cenas excepcionais.
À medida que os jovens passam a escrever sobre seus problemas,começam a se interessar também pelas aulas, sempre diversificadas, onde o Inglês é o de menos.
A professora faz uma excelente comparação entre a vida dos adolescentes e o Holocausto, que, no primeiro dia de aula, ninguém sabia o que era...
segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Littera Feelings #2 – Eu te dedico

Essa pessoa gostaria de ganhar livros de Dia das Crianças (mesmo atrasado).

Quem nunca? Não se preocupem, não estou pedindo não! É que, apesar de não ter visto esse meme rolando dessa vez, posso imaginar que alguém o compartilhou, afinal, desculpa pra ganhar presentes e/ou livros a gente inventa qualquer pretexto, né? Seja Dia das Crianças, seja Natal... – e, convenhamos, de Dia das Crianças pro Natal é só um pulo.

Mas deixe-me cumprimentar vocês primeiro (ou segundo?).
Olá, leitores! Como vão as leituras? O que estão lendo essa semana? – ainda estou pensativa com Minha Vida de Brinquedo (é daqueles que se prolongam, mas tem trazido boas mensagens e reflexões pra mim); não superei minha fofura por Um Gato de Rua chamado Bob, quem lindamente me conquistou *-*; e vi um lado romântico do tio Dosto (F. Dostoiévski) que nunca pensei que iria olhar num conto curto chamado Noites Brancas. Tô vendo ainda quem eu vou puxar da estante depois XD

Como vocês sabem, o Littera Feelings aqui dá oportunidade de o leitor de falar seus momentos relacionados à leitura e/ou literaturas. Para o post de hoje trouxe um “drama” pelo qual acho que todo mundo já passou (não passou?), quando se trata daquele momento único de escrever algo pra alguém quando damos um livro. Pois então, como vão as dedicatórias?

Que gostinho bom tem ganhar um livro de presente, não? E de dar um de presente também, claro, porque se é pra ser feliz com uma leitura, tem que compartilhar com alguém. Agora me diz, na hora de fazer a dedicatória... quem aí empaca?

Não sei vocês, eu levanto logo os dois braços \o/ rs

Adoro ler dedicatórias, e nem precisam ser pra mim. É um toque delicado, sabe, elas trazem um pé na realidade, um pé no conteúdo. O texto pode ser de uma linha, uma frase minúscula, mas ali está o ponto de ligação entre aquele que doa e aquele que recebe. Quase... um abraço.



E que pérolas não podem vir daí? :D Trouxe essa minha desastrosa.
"A caneta falhou como meu cérebro hoje"
A Deyse diz ter sido a “melhor” :)

Pérola ou não, dedicatórias são mimos e já exigi de amigos mesmo depois de ter aberto o pacote de presente. E por gostar tanto delas, eis que descobri faz um tempinho que existe um projeto de divulgação sobre elas (conhecem?), chamado Eu te dedico - tem no Facebook também. Você pode contribuir e até postar como anônimo.

Mas e quando é você quem vai escrever uma e nada em mente passa? Frustrante! (vide meu desastre criativo ali em cima). Olha pra folha, pro espaço em branco, pra caneta, nada. Se as dedicatórias pudessem se deslizar sozinhas, que benção seria. Normalmente me falta inspiração, ou mesmo tenho uma ideia e não sei como começar. Numa outra fui logo sincera, como podem ver logo abaixo, e daí pude desenvolver alguma coisa, quase iniciei uma conversa. Numa mais antiga me disseram que quase escrevi outro livro na folha de rosto (já não tenho a imagem, mas vocês podem imaginar).
"Lice, sou péssima para dedicatórias. Mas lá vai..." 
Como essa última na imagem, resolvi fazer diferente, pois Alice, a amiga que presenteei (apesar de ainda não ter chegado lá rs), não gosta de nada escrito nos livros, nem marcados, assim tive de usar post-its. Curioso, não? Alguém aí com uma mania ou costume desse tipo? Tem alguma preferência?

Espero que mais inspiração, luz, palavras batam na nossa porta (pelo menos na minha, pois vi cada dedicatória linda naquele link do "eu te dedido"). E se você tiver uma história sobre dedicatórias #LitteraFeelings, conte aí nos comentários. Grandes, pequenas, com desenhos, com versos, rabiscos, de canetinha colorida... qual você mais gostou? Ou odiou?? #vaique

E, bom, quem tiver dicas, estamos aí, porque fazer dedicatórias não precisa ser um momento trágico, certo?

Vos dedico o espaço XD
Bjos, Kleris Ribeiro.
 
Ana Liberato