Hello,
amigos de leituras! Como elas estão?
Folheei O Grande Gatsby por esses dias, tô curiosa e quero ver se vou me jogar nele essa semana. Quem
sabe?
Eis
que o post de hoje traz uma Tag tudo a ver com a essa coluna: Sentimentos
Literários! Quem iniciou e indicou para o blog foi a Daniella Blanco (thanks, dear!). A ideia é citar um livro que tenha te tocado quanto a esses
sentimentos listados: alegria, tristeza, angústia, medo, apego, nostalgia,
raiva, indiferença, compaixão e reflexão. Quem mais quiser participar, só
compartilhar conosco (não se esqueçam da Daniella, ó).
Bora
ver quem bateu certo comigo?
Alegria
É
meio difícil não pensar na tia Sophie Diva Kinsella. Nesse quesito encaixo O
Segredo de Emma Corrigan, que foi meu primeiro livro dela, me lembro de ter
chorado de rir com as situações e reviravoltas. Minha admiração pela Sophie
começou aí e dela espero sempre alegria.
A
história ronda por Emma que, ao achar que vai morrer numa queda de avião, conta
TODOS os seus segredos (a fim de ir na paz se morresse mesmo) para o passageiro
ao lado. Só que uma hora o avião pousa e todos seguem sua vida. Ou não...
Tristeza
Gente,
eu fujo desses livros. De verdade rs. Fico resistindo para não chorar em livro.
Masssss... me passaram A Culpa é das Estrelas e, meu Deus, quanto eu perturbei
as minhas amigas durante a leitura e tenho uma prima que me jurou morte por eu
ter indicado pra ela. É uma história linda, inegável, tem um senso de humor
muito bem colocado e quase arrumei as malas pra ir bater na porta do John Green
por todos os feels que ele me
arrancou (e ainda tem arrancado com os posts dele sobre o filme). O cara foi no
âmago do ser.
A
trama conta a esperançosa história de Hazel e Gus na luta contra o câncer e
suas realizações mesmo com suas limitações. Vida e morte quase milimetrados.
Angústia
Também
evito livros angustiantes só de pensar na agonia (só por isso não leio Ensaio sobre
a Cegueira, de Saramago). Li, no entanto, o thriller Tony & Susan do Austin
Wright, um romance de camadas que alterna ficção/realidade e “ficção da
ficção”. Com Susan avaliamos o livro (na íntegra!) que seu ex-marido escrevera
e tudo que vamos sentindo ou nos perguntando ao longo do suspense que é, Susan
vai pontuando e refletindo a respeito. Tony é o personagem do livro de Edward,
que faz aí a ponte entre a ficção e a realidade de Susan. Teve uns pontos altos
que realmente fiquei na angústia e ansiedade, outros um pouco mais mornos. Um
trabalho muito admirado, no entanto. E cheio de marcadores adesivados nos
#LitteraFeelings :)
Medo
Eita
que é desses que eu corro mesmo. Por enquanto, ainda não tive coragem de
enfrentar nenhum.
Apego
Dúvida
cruel entre Destino da Ally Condie e Orgulho e Preconceito da Jane Austen. Acho
que opto pela família Bennet, em Orgulho e Preconceito, pois, além de me
identificar muito em certas linhas de pensamento, eu não consigo mesmo me
desapegar de Lizzie Bennet. E olha que tento! Comecei a leitura de Razão e
Sensibilidade e parei, por me sentir ainda muito presa ao mundo “OeP”. Quem já
assistiu Lost in Austen, sabe o que é se sentir uma Amanda Price.
Eu não amo Darcy. Eu amo a história de amor. Amor Elizabeth Bennet. Amo as maneiras, a linguagem, a cortesia. É parte de mim e do que quero. Quero dizer que tenho padrões.
Adoro
tudo a respeito, filmes, séries e livros relacionados. Tô tentando dessa vez
Emma e comecei por adaptações. Sei que tenho que me desgarrar um pouco,
conseguir é outra história XD
Nostalgia
Lá
vem tia Sophie de novo. Em Menina de Vinte, ao mesmo tempo em que se mantinha
um pé no século XXI, outro estava no século XX. Lara é perturbada pelo fantasma
de sua tia-avó Sadie que mal conheceu, pela busca de um colar que se perdera.
Durante as loucuras em que Lara se mete para se reerguer como mulher
independente, tem que lidar com essa senhorinha “materializada” aos vinte anos,
cheia de ideias modernas e ousadas até para nossa época. Enquanto mais audácia
vai crescendo em Lara, mais ligadas elas se tornam.
A
nostalgia que me bateu não foi necessariamente por lembranças minhas, mas delas
próprias, o que me lembrou um pouco daquele filme Meia-noite em Paris, quanto
ao desejo de viver nos anos de glória e àquilo que se perdeu de nós, mas que
teve importância para outros (fui muito enigmática aqui?). Tia Sadie teve esse
efeito em mim e em Lara.
Raiva
Meu Deus, Bentinho,
volta pro tópico. Não, deixa isso de mão. Não faz isso. Tu num tá nem maluco de
tent... Não. Simplesmente não. Nãaaaao. Tá viajando. Volta pra Terra. Lá vai...
Foi
assim que passei pela leitura de Dom Casmurro. Bentinho me dava um ódio quase a
cada página virada e tio Machado nem me ajudava na hora de ralhar com ele. Na
verdade, quando Machado de Assis começava a falar comigo, aí que eu ficava com
raiva mesmo. Não sei, me irritava profundamente.
E
o incrível que posso dizer é: eu gostei do livro. É uma super sacada! Se eu não
tivesse tido tanto problema com Bentinho e Machado, teria feito até um estudo
mais aprofundado sobre umas teorias que concluí dessa leitura. E só pra
constar, Capitu não traiu (talvez possa “comprovar”, talvez...).
Indiferença
Esse
eu li, passou por mim e não exatamente me decepcionou... A renomada Agatha
Christie não me deu aquele clic,
sabe? Entendo que ela deve ter surpreendido muito em sua época, foi algo que
chacoalhou a sociedade e tal, massss... por hoje, por aqui, foi isso. Por
enquanto li apenas um, O Natal de Poirot e espero que outro não passe como
esse. Na dedicatória, Agatha diz que vai ser um de seus mais sangrentos e o
porquê disso:
Meu caro James,
Você sempre foi um dos meus leitores mais fiéis e gentis, por isso senti-me seriamente incomodada quando me fez uma crítica. Você reclamou de meus assassinatos, que estavam se tornando muito refinados [...] Então, esta é sua história especial – escrita pra você.
E
foi sangrento mesmo. Teve uma sacada e tal, só não me impressionou mesmo. Descobri
recentemente que não sou muito fã de literatura policial e de investigação, exceção de uns
poucos. Fiquei surpresa com isso porque gosto muito da série Castle.
Compaixão
Quando
peguei O Dom, de Nikita Lalwani, minha ideia do livro era de algo totalmente
diferente do que é a história, o ritmo e o modo de levar o enredo. Rumi Vasi é
uma garota incomum, com altas habilidades para matemática desde que era
criancinha. Apesar de indiana, vive no País de Gales, com os pais
superprotetores e encanados com sua educação.
Ela
vive praticamente isolada e, quando descoberto esse seu dom com números, os
pais investiram em horas a fio de estudo sem deixar que Rumi fosse uma menina
como gostaria. Cumprindo às ordens e mandamentos de sua cultura, sem por
maioria se deixar misturar com outros, Rumi entra na universidade muito cedo e
lá ela tem a esperança de se deixar levar pelos seus desejos, simplórios até,
que foram arrancados em sua infância.
Tinha
pra mim apenas a referência do Sheldon de The Big Bang Theory como o gênio que
entrou cedo na vida acadêmica e desenvolvia seu dom. Com Rumi, porém, muito do
próprio carinho e amor lhe foi negado, não havia liberdade, sua cultura era
fechada e ela mal podia respirar senão treinar matemática. Com uma vida
resumida a isso, ela tinha suas escapadas, nem sempre com êxito. Acho que Rumi teria
se dado melhor se tivesse trocado de vida com o Sheldon :)
Reflexão
Cito
até um momento desses de reflexão: estava eu em sala de aula outro dia,
copiando matéria do quadro, quando dei por conta que minha letra tava
terrivelmente terrível. Meu Deus, como,
quando isso aconteceu? Ela já não era lá muito bonita mesmo, e nessas
anotações tava bem desastrosa. Fiquei ruminando isso o resto da aula até vir a
luz: fazia um tempo que eu não escrevia mesmo à mão. Hoje tudo é digitalizado e
impresso, não manuscrito. Não exercitamos mais a cursiva.
É
uma das críticas que Destino, da Ally Condie, levanta em seu romance.
Cassia
vive numa sociedade tãaao limitada que até mesmo a identidade lhe é roubada. Você
não é quem você quer, você é quem o controle deixa ser. No meio desse mundo,
poucas são as pessoas que despertam para a realidade e se questionam o que é
esse bem que a sociedade diz que é em prol. Muita coisa nesse livro me despertou
a reflexão. Questões como a dominação, a cultura limitada, o controle sobre a
população, vigia dos comportamentos humanos, crenças, dilemas, conspiração,
identidades, simbologias (e bote simbologia!), exclusão da sociedade, teste da
mente humana (alguém mais pensa naquele filme A Ilha?), os artefatos, o papel e
moeda de troca das literaturas, o trabalho dos arquivistas... olha, a lista é
grande.
É
um livro riquíssimo que vai além do habitual triângulo amoroso. Mal posso
esperar por Conquista (último da trilogia) estar em minhas mãos.
Espero
que tenham gostado, e se bateu divergência aí, conte aí nos comentários.
Até
o próximo post,
Bjs,
Kleris
Ribeiro.
Gosteeeei muuuuito desse post e posso dizer que concordo muito com você na parte de "Tristeza". Quando acabei de ler fiquei horas pensando em tudo que havia lido e me sentindo triste pela Hazel.
ResponderExcluirTenho um blog e gostaria de pedir se posso fazer esta tag nele. Se quiser dar uma conferida http://vidadeadolescentedamy.blogspot.com.br/ fique a vontade (:
Beijoos
Fique a vontade, todos podem participar! Depois deixa um comentário lá no blog pra eu ler suas respostas. Bjs
ExcluirPode fazer a vontade :) só nos linkar
Excluir(@kleriss)
Faltou Gabriel, Kleris. E A Seleção. E Belo Desastre.
ResponderExcluirHAHAHAHAHA é que eles estão em ooooooooooutros feelings. Inferno de Gabriel tá mais pra admiração (*---*), A Seleção pra... Maxon (sim, ele pode resumir um feel) e Belo Desastre é a leitura alucinada combinada com overdose de amor. Ah, e Estilhaça-me tá no 'wow'. Viu, não foram esquecidos.
Excluirótima tag, mas dos livros citados só li o da Jane Austen, clássico demais, que todas mulheres amam.
ResponderExcluirsó fiquei um pouco decepcionado por você não ter gostado de Agatha Christie, eu adoro, teve uma fase minha que eu só lia livros dela, mas então enjoei e nunca mais li pois são todos parecidos, mas esse eu não li para dizer se é bom ou ruim.
Tem uns três dela que, não sei, me dão vontade. Expresso da meia-noite, Assassinato no Expresso do Oriente e Assassinato de Roger Ackroyd. Qnd comprei esse do Natal de Poirot, tava num momento 'investigação' e não o li pela época. Depois desse li outro envolvendo investigação de assassinato e me veio essa: acho que não me dou pro estilo. A gente já desconfia naturalmente de tudo que é personagem e tal, só que até metade do livro 'parece' que nada acontece. Emoção mesmo só ao fim. Então acho que me decepciono junto... embora goste muito da série Castle!
ExcluirAgora que você disse que são todos parecidos fiquei pensando sobre essa dedicatória dela...