domingo, 27 de outubro de 2013

Resenha: "Trono de Vidro" (Sarah J. Maas)

Por Sheila: Oi todo mundo! Como vão indo? Eu estou com uma clavícula quebrada (no momento em que escrevo, não sei quando a resenha será publicada) mas fora isso tudo tranqüilo. Mas, graças ao meu pequeno acidento, ler é o que mais tenho feito nos últimos dias e o resultado? Resenhas!

Mais uma trilogia ... e sei que elas são inúmeras, mas sabem, eu não consigo me cansar delas. Até estou aprendendo a lidar com a expectativa pela continuação da estória. Talvez seja exatamente por isso que elas estão sendo criadas aos montes: aprendermos a esperar e ter paciência. E vocês o que acham?

Bom, Sarah J. Maas é mais uma daquelas autoras da qual eu nunca havia ouvido falar e que fiquei conhecendo graças ao blog e as editoras parceiras. Apesar de “Trono de Vidro” ser sua obra de estréia, a autora mantém um blog onde já vinha “brincando” e criando tudo o que nos apresenta neste livro.

Celaena é uma assassina e, acreditem ou não, sua criação inspirou-se na estória de Cinderela. Mas ao invés de termos uma jovem perseguida pela madrasta, teremos uma assassina mundialmente conhecida, presa como escrava nas minas e sal de Endovier, um lugar frio, onde os prisioneiros são enviados para morrer.

Apesar disso, Celaena já está prisioneira há um ano, sobrevivendo muito mais que a maioria que é enviada para o mesmo lugar. Mas talvez ela não tenha mais que continuar sendo subjugda a trabalhos forçados. Chaol Westfall, capitão da Guarda Real, a está escoltando, para ouvir uma proposta singular de ninguém menos que Dorian, príncipe herdeiro de Adarlan. Mas Celaena será tudo nesta pequena audiência, menos cordata.
Dorian sorriu.
- Que olhos impressionantes você tem! E como é raivosa!
Perto o suficiente para estrangular o príncipe herdeiro de Adarlan, filho do homem que a sentenciara a uma morte lenta e miserável, o autocontrole de Celaena se equilibrava perigosamente na beira de um abismo.
- Exijo saber – começou ela, tentando se aproximar, mas o capitão da guarda a puxou para trás com toda a força.
- Eu não ia matá-lo seu idiota.
- Cuidado com a língua antes que eu a jogue de volta nas minas – disse o capitão de olhos castanhos.
- Ah, não acho que você faria isso.
- E por que não? – replicou Chaol.(...)
- Porque há algo que vocês querem de mim, algo que querem tanto que vieram até aqui pessoalmente.
E Cealena está certa. O Rei está escolhendo um novo campeão,  ou seja, alguém para matar em seu nome. Para tanto está organizando um torneio em que seus conselheiros e generais apresentarão cada um seu campeão. A proposta de Dorian? Que Celaena seja sua campeã neste torneio. Caso vença, terá que servir ao rei por cinco anos, antes de lhe ser concedida liberdade. Se recusar – ou se perder – será enviada de volta para as Minas.

Apesar de sua repulsa em servir ao rei, Celaena aceita sua proposta. Afinal qual sua alternativa? E dirigi-se junto com o príncipe herdeiro para Adarlan, reino onde ficou conhecid como a maior assassina de todos os tempos.

O Reino inteiro está em guerra, devido a ganância e desejo de poder do rei de Adarlan, pai de Dorian. Conhecido por sua crueldade, não exita em dizimar cidadãos e mandá-los para a escravidão, seja em suas terras, seja nas minas. Além disso, o Rei fez mais do que simplesmente querer expandir suas fronteiras: ele baniu toda a magia do reino, proibindo-a.

Logo, não só os povos que enfrentou foram subjugdos; seu próprio povo foi caçado e queimado em fogueiras, assim como qualquer templo, livro, ou amuleto que indicasse o uso desta arte, considerada profana e contra a Deusa, a quem cultuam como sua maior divindade.

Mas o passado de Celaena está intrinsicamente ligado a magia, por mais que esta tenha criado portas e paredes para lembranças que não quer que cheguem à consciência.
- Floresta maldita ... – rosnou um soldado de pele cor de oliva. Um soldado atrás dele deu uma risadinha. – quanto mais cedo queimarem isso, melhor. – os outros soldados assentiram, e Celaena enrijeceu. (...)
- Cuidado com a língua – respondeu Celaena. – O rei Brannon era do povo Feérico, e Carvalhal ainda é dele. Eu não me surpreenderia se as árvores lembrassem dele.
Os soldados riram.
- Essas arvores teriam de ter uns dois mil anos de idade! – disse um deles.
- Feéricos são imortais – respondeu ela.
 Agora, em meio à fortaleza do Rei, cercada por guardas e repleta de inimigos que querem destroçá-la, Celaena terá que disputar um torneio que não decidirá só seu emprego pelos próximos cinco anos, mas sua vida, enquanto estranhos acontecimentos fazem pensar que a magia não morreu de todo no reino - e infelizmente não está sendo utilizada para bons propósitos.

"Trono de Vidro" nos traz uma leitura envolvente, com diálogos ácidos e situações inusitadas, adorei a originalidade com que foi escrito, e as inúmeras reviravoltas no decorrer da trama. Não tinha me entusiasmado muito até mais ou menos a página 50, quando o livro realmente começou a prender minha atenção.

Só senti um pouco de falta de mais passagens em que Celaena mostrasse seus dons como assassina pois, apesar de isso ter sido alardeado o livro inteiro, as lutas são muito mais internas e em diálogos ferinos do que de qualquer outra forma. Mesmo assim, gostei muito do livro, pretendo acompanhar os outros dois livros da série. Recomendo!

9 comentários

  1. Olá Sheila,

    Recebi o livro, mas não estou empolgada com a leitura!

    Bjss

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  2. Caramba, melhoras para você. =/

    Bem, desde o lançamento do livro eu estou empolgadíssimo para ler. É a primeira resenha que eu leio e a estória já me prendeu. Fiquei curioso como a autora se inspirou no conto da Cinderela para criar uma estória tão antagônica, tão oposta... Achei interessante e curioso o nome da protagonista e as citações que você separou só despertaram ainda mais a minha vontade de ler o livro.

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    1. Pois eh, a idéia era essa mesma - criar uma espécie de anti-heroína! Brigada, vou ficar (só) uns 3 meses em casa, difícil vai ser eu querer voltar a trabalhar depois ...

      abraços

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  3. Estava muito entusiasmada por essa série, até descobri que ela é enorme. Então desanimei. Só quero iniciar a leitura se a editora lançar todos os livros e os contos, então, não sei, pois nem sempre elas lançam tudo, e muito menos os contos. Vou aguardar e acompanhar por resenhas para ver o andamento do enredo. Mas, apaixonei pela capa, sério!

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  4. Só fiquei triste em saber que são 6 livros e que tem mais vários contos Tanta coisa! Vou deixar pra comprar o livro só quando tiver lançado mais da série, senão eu me desespero pq eu odeeeeeio esperar séries concluir . Mas com certeza vou ler este livro um dia.

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    1. Oi Gizeli! sério que são 6!?!? Pox, até eu desanimei um pouquinho agora ... brincadeira, vou ler os outros - assim que lançarem - e atualizando vcs, abraços

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  5. Melhoras!!
    A premissa dele já parece interessante porque temos uma mocinha independente. Mas diz aí... acontece algum romance entre ela e o Dorian? Seria legal.. haha..
    Me chamou um pouco a atenção, mas não a ponto de eu procurar ler.
    Gostei da resenha.

    Beijos.

    http://vivianpitanca.blogspot.com.br/

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  6. respondendo sua primeira pergunta: não gosto muito de trilogias/séries, prefiro livros que não tem continuação alguma, pois gosto de variar bastante minha leitura.
    quanto a essa resenha:
    gosto da capa e a história parece muito boa, pena então que não tem tanta ação quanto deveria.

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Ana Liberato