Por Sheila: Oi pessoas! Como estão todos e tod@s? Trago a vocês hoje a resenha de um livro que versa a respeito da vida de um dos meus autores favoritos: Edgar Allan Poe. Só por isso, vocês já devem imaginar que minhas expectativas quanto ao livro eram bem altas ...
Bom, para quem não conhece Poe, vou dar uma situada ... Ele foi um escritor que viveu na primeira metade do século XIX, e é considerado um dos mestres do suspense e terror. Poe escreveu muitos contos e poemas, que primavam pelo obscuro e sobrenatural, que até hoje impressionam, seja pelo inusitado do escrito, seja pela obscuridade humana que parece revelar. Entre os contos, destaca-se "Os Assassinatos da Rua Morgue" e entre os poemas "O Corvo", por muitos considerado sua obra mais famosa.
Pois bem, apesar de todo o prestígio que viria a desenvolver nos anos vindouros, a vida do romancista, poeta e crítico, pelo que mais se destacou à época, foi no mínimo difícil: a pobreza, orfandade precoce, doença de sua esposa e alcoolismo fazem com que esta mente privilegiada não sobreviva além dos seus 41 anos.
Na verdade, a obra de Nikolaj é um romance com toques de biografia e um suspense psicológico empolgante. Nos falará da vida sofrida de Edgar Allan Poe, desde sua infância, mas também criará um suspense digno de nota e que foi (segundo a contracapa do livro) muito mal plagiado por Hollywood, com o filme "O Corvo".
Mas vamos ao livro. Poe é o mais novo de três filhos, herdeiros de uma famosa atriz de teatro. Aos 3 anos, Poe viverá sua primeira perda: sua mãe é levada pela tuberculose, e ele e seus irmãos são levados para lares adotivos distintos, o que parece em parte ser a responsável pela sua personalidade soturna quando adulto.
Na casa dos pais adotivos, Edgar descobriu outra existência: Riqueza, ordem, indiferença. À noite, ele despertava deitado no caixão de sua mãe, no meio dos restos dela, ossos e poeira ...
- Ajudem-me a sair daqui!
Acordava com a mãe adotiva sentada na beira da cama. Fanny Allan estava imóvel, um pouco constrangida.
- Você precisa ficar quieto à noite Ned - Disse em tom confidencial. o O Sr Allan Precisa dormir.
Em sua juventude, passa por uma tentativa frustrada de estudar, não conseguindo seu intento ao gastar todo o dinheiro que seu pai adotivo lhe enviava no jogo. De volta a casa de seu padrasto, estes acabam rompendo, saindo Poe da casa dos pais adotivos decidido a tornar-se um grande escritor.
Mais tarde, sobrevivendo como crítico literário muito mais do que de seus escritos, Poe passa a ter dois perseguidores: um é o também crítico e escritor Rufus Griswold que passa boa parte de sua vida em antagonismo a Poe. Outra, é um fantasma que o persegue desde sua saída da casa de seus pais adotivos, e que passa a assombrar os sonhos de Poe.
Naquela noite, a cada poema "Reverberante" que lia, crescia nele o maravilhamento à medida que o desesperava a sua impotência a resistir ao seu fascínio.
- Que fazer com essa imundície que me atrai? - Griswold sussurrou às páginas do livro - Este veneno,esta devoção do paganismo?
O que Poe escreve é indigno de um homem respeitável. Ele escreve como gozo do medo, aborda o sofrimento e a cura, mas sem Deus e sem moral.
Afinal, parece que alguém está recriando alguns dos contos que escreveu, assassinando pessoas com os mesmos requintes de crueldade que personagens por ele criado. A ficção passa a misturar-se ao real e agora o escritor, já dominado por pensamentos de morte e por um temperamento intempestivo, terá que lidar com o fato de que seus maiores pesadelos transformados em letra sobre o papel, estão se tornando realidade ...
- Sinto muito, não sei do que se trata isto - declara.
Griswold o encara fixamente.
- Esses acontecimentos me lembram ... um dos seus contos. Qual é mesmo o título?
- Não sei.
- Ora, vamos Poe.
- "Berenice".
- Exatamente. Ela também foi ...
- ... foi enterrada viva num cemitério.
- Não acha isso ... curioso?
- Curioso não é a palavra que me vem à cabeça.
- Não?
- Acho que é ... asqueroso.
O livro é narrado por duas vozes: Por Poe, onde notamos sua vida problemática e os pensamentos obsessivos que por diversas vezes o assolam e impedem sua ascensão como escritor; e por Rufus, onde descobrimos sua grande dificuldade em lidar com sua aversão pelos contos de Poe, aliada a sua admiração a pessoa do escritor, num duelo sem fim.
Desde que vi o livro na livraria fiquei com vontade de lê-lo. Mas devo confessar que tenho medo de misturar o real do criado pelo autor. Principalmente com o Poe narrando algumas partes, o que seria dar voz a alguém morto. E possivelmente isso soa como invenção. É apenas um medo, que talvez eu abandone depois de saber bem sobre ele rs Daí, sim, poderei ler tranquilamente,
ResponderExcluirAdorei a resenha!
Beijos
Mell Ferraz
http://www.literature-se.com/
Não conheço muito sobre a obra do Poe, tendo apenas o Contos Obscuros de Edgar Allan Poe, mas tenho muita curiosidade - em parte por causa da série The Following (assistiu a primeira temporada?)
ResponderExcluirAssisti o filme O Corvo, e não achei de todo ruim, mas também não é bom.
ps chato: está Holliwood na resenha, quando o certo é Hollywood.
Oi, obrgada pelo ps, correção feita!
Excluirabraços
Da capa a história esse livro não me agradou. Muito sombria, e sinceramente não tenho vontade de lê-lo. Não gosto muito de livros descritivos por demasia e nem lento.
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