Hoje é o seu dia! Sim, hoje é o dia do leitor. E para comemorar gostaria de compartilhar uma crônica publicada na Veja São Paulo em Janeiro de 2012 por Ivan Angelo.
Fãs de crônicas se sentem em geral mais à vontade com seus autores do que se sentem com romancistas e poetas, e por uma razão simples. Vivem as mesmas circunstâncias dos personagens, narradores e autores dos textos, a mesma época dos assuntos tratados, as mesmas frustrações com as esperanças e os governos, as mesmas mudanças no dia a dia, tiveram semelhantes impressões, viveram muitas vezes os mesmos fatos, quando havia fatos, e podem até ter conhecido um ou outro personagem, ou pensam tê-lo distinguido sob os disfarces com que o escritor o encobriu. Têm sua própria visão e opinião, que nem sempre coincide com a do cronista.Muitas vezes os autores não falam o que eles querem ouvir, ou não chegam ao ponto que eles esperam, e os frustram. O leitor desse gênero literário não quer apenas ler, ele quer ler o que gostaria de ter escrito. O cronista, por sua vez, busca cumplicidade, cutuca o leitor com o cotovelo: “É isso que nós achamos, não é?”. Às vezes não é.A obra é frágil por isso: ela quer ir de braço dado com o leitor. Quer um cúmplice. Ela não se impõe formidavelmente como um romance ou um poema. O leitor não ousa questionar o mundo de um romance ou de um poema porque aquele não é o mundo de todo mundo; o do cronista é. Ele torna menos efêmero o cotidiano. Não é servil a ele, antes se serve dele. Seu registro não é o do documento, é literário. Tem a liberdade de transitar pelo ambiente da poesia, da memória ou da ficção, buscando a forma formosa, nos melhores casos. O escritor de ficções domina o tempo; o cronista o aprisiona.Nas cartas aos jornais e revistas em que o autor escreve, leitores tentam consertar desencontros, corrigir falhas, achegar seu ponto de vista: “Olha, o senhor está confundindo o poupador com o pão-duro”; “Caro cronista, o motoqueiro estava chorando no elevador porque o senhor não lhe deu a gorjeta”; “Absurdo o senhor dizer que as pessoas que atendem nos hospitais durante o plantão de Natal terão ódio dos pacientes ou que o anestesista vai chegar vestido de Papai Noel”... No afã de participarem, muitas pessoas, talvez não habituadas a textos de ficção, não percebem que quando um personagem age ou fala não é o autor agindo ou falando...Outras escrevem procurando enriquecer o banco de ideias do cronista. Uma confiando-lhe uma boa história sobre seu amor da juventude; outra relatando um assalto em que fez xixi no banco do carro e o ladrão se sentou em cima; outra protestando contra a invasão de palavras inglesas no nosso cotidiano. Na hora do aperto, algumas dicas quebram bem o galho.Quando o assunto é polêmico, o número dos que escrevem é maior, para apoiar ou contestar. Há quem comente crônicas publicadas faz mais de ano, encontradas talvez em salas de espera de consultórios e escritórios, ou em sebos, sinal de que a conversa com os leitores não termina na semana da publicação. As mulheres escrevem mais do que os homens. Não me perguntem por quê.Com o leitor não se discute. Quando há divergência, não chega a haver discussão, ele vai embora. Ao contrário, se a fala da crônica coincide com o que o grande público quer ouvir, chovem cartas simpáticas.Aplauso não é o que o cronista busca. Ele quer é saber se tocou no ponto sensível das pessoas. Já disse em alguma parte que o segredo desse tipo de texto é uma entrega pessoal de intimidades ao leitor. Como se fosse uma confidência, como se só com ele o narrador tivesse aquela intimidade. O cronista imagina um leitor a quem atribui a mesma sensibilidade que a dele. São magicamente pessoas afins.Atenção, porém. O cronista é um fingidor. Convém lembrar Fernando Pessoa: finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.
A receita de hoje é uma deliciosa Salada de Cebola, eu sei que não vai agradar à todos, mas alguém vai gostar.
1 kg de cebolas brancas ou roxas ou ainda 500g de
cada uma (eu prefiro ^^)
Para o molho
1 xícara (chá) de azeite de oliva
1 xícara (chá) de vinagre de vinho branco
1 colher (sopa) de açúcar
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto se possível moída na hora
1 colher (sopa) cheia de ervas da sua preferência
Modo de fazer
Descasque as cebolas e partas ao meio pelo sentido do comprimento então as corte em tiras não muito finas.
Leve ao fogo uma panela com cerca de 1,5 litros de água, quando abrir fervura adicione as cebolas, mexa e quando quando abrir a fervura novamente marque 1 minuto (apenas) e escorra-as bem. Passe-as para um recipiente de vidro com tampa e reserve.
Faça o molho
Numa pequena panela coloque o azeite, o vinagre, o sal e o açúcar, misture bem e leve ao fogo. Quando levantar fervura reduza o fogo e deixe ferver até que o molho reduza e a cerca de 2/3 do volume inicial. Retire e despeje quente ainda sobre as cebolas reservadas, junte a pimenta do reino e as ervas. Cubra bem e aguarde algumas horas, antes de servir prove e corrija o sal. Sirva.
Para o molho
1 xícara (chá) de azeite de oliva
1 xícara (chá) de vinagre de vinho branco
1 colher (sopa) de açúcar
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto se possível moída na hora
1 colher (sopa) cheia de ervas da sua preferência
Modo de fazer
Descasque as cebolas e partas ao meio pelo sentido do comprimento então as corte em tiras não muito finas.
Leve ao fogo uma panela com cerca de 1,5 litros de água, quando abrir fervura adicione as cebolas, mexa e quando quando abrir a fervura novamente marque 1 minuto (apenas) e escorra-as bem. Passe-as para um recipiente de vidro com tampa e reserve.
Faça o molho
Numa pequena panela coloque o azeite, o vinagre, o sal e o açúcar, misture bem e leve ao fogo. Quando levantar fervura reduza o fogo e deixe ferver até que o molho reduza e a cerca de 2/3 do volume inicial. Retire e despeje quente ainda sobre as cebolas reservadas, junte a pimenta do reino e as ervas. Cubra bem e aguarde algumas horas, antes de servir prove e corrija o sal. Sirva.
Uau! Cebolas... gosto de cebolas, mas tanto assim, não sei!
ResponderExcluirDifícil deve ser o hálito...rsss