Por Juny: Muita gente acha que livros de auto ajuda são bobagem e é raríssimo ver uma resenha de algum, talvez por vergonha dos blogueiros ou por simples preconceito. Embora não seja o gênero que mais leio, defendo fielmente pois em meio ao oportunismo de muitos títulos existem coisas realmente boas.
“Vença o medo de dirigir” é um bom exemplo disso. Ressalto que o livro sozinho não faz milagre, mas a sua abordagem e reflexão sobre o tema faz o fóbico ver a situação de outra forma. Esse é um problema que carreguei por 2 anos, e quando mais se adia a busca pela solução mais cresce o trauma. Apesar de relutante me propus a solucionar a questão nessas férias.
“Vença o medo de dirigir” é um bom exemplo disso. Ressalto que o livro sozinho não faz milagre, mas a sua abordagem e reflexão sobre o tema faz o fóbico ver a situação de outra forma. Esse é um problema que carreguei por 2 anos, e quando mais se adia a busca pela solução mais cresce o trauma. Apesar de relutante me propus a solucionar a questão nessas férias.
Se você vive a mesma situação, sabe que, mesmo com a aprovação do órgão competente, você não se aprova, não se considera apto a dirigir. E por que? Novamente, o elevado grau de exigência que tem a seu respeito impede você de se aprovar. (...) Possivelmente o que acontece é que você, por ser muito competente e estar acostumado a lidar com situações complexas, leva essa dificuldade para o ato de dirigir. (...) Por quê? Já pensou em se dar a chance de, aos poucos, passo a passo, aprovar-se?
Assim como a maioria das pessoas, achava que o problema é só comigo. No livro Neuza conta o quanto esse medo de dirigir tem se tornado comum, principalmente nas grandes cidades onde o transito é intenso e há muitos acidentes. Ela mostra que na maioria das vezes esse medo está em pessoas extremamente perfeccionistas, que tem medo de errar e com isso não fazem o treinamento necessário para o aprendizado. Mesmo que a maioria dessas pessoas já tenha habilitação, acha que o exame não foi suficiente, não se sente apto para enfrentar o transito e se sujeitar a possíveis erros.
"O medo de dirigir tem dado a sua vida uma expectativa de perfeição que os outros teoricamente tem sobre você, mas é você que interpreta assim, pois os outros também tem seus afazeres. Essa atitude traz muito sofrimento, é como se estivesse permanentemente ligado numa tomada porque não se permite relaxar. Está sempre em posição de alerta máximo. "
No inicio de cada capitulo há um depoimento de alguma paciente, mostrando as diversas facetas do medo. Há o perfil das pessoas que tem medo de dirigir, em sua maioria mulheres, mas também há uma parcela no publico masculino. A autora faz um comparativo do “volante da vida e o volante do carro”, fazendo o leitor refletir sobre o medo e a forma que ele vem conduzindo a própria vida. Ela também cria um plano de trabalho para dirigir, faz reflexões sobre as mudanças do papel da mulher na sociedade, sobre o comportamento no transito e sobre outros medos relacionados.
(...) De repente, surpreende-se com a fobia de dirigir. Duas forças começam a operar dentro dela: o desejo de dirigir e o medo de dirigir. Instala-se uma situação de conflito, e com ele um grande sofrimento.
O medo só cresce se você o alimenta, a partir do momento que você conhece sua dimensão, consegue buscar forças para superá-lo. O livro ajudou muito, é importante ver a analise do ponto de vista de um psicólogo e relatos de casos semelhantes ao seu, porém sozinho não muda nada, também é necessário contratar aulas com profissionais especializados no assunto, para resolver a questão na prática. Fato é que se hoje consigo ver a questão com mais naturalidade e consigo dirigir, treinando a cada dia, buscando sempre melhorar e se superar, em parte foi por causa desse livro. Leitura recomendada.
[Update] Escrevi essa resenha em outubro de 2013 e só agora, em fevereiro de 2014, tive certeza que poderia publica-la, que dirigir era realmente um medo superado, que eu estava pronta para superar meus limites a cada dia, e que esse relato seria verdadeiro.
Preciso superar esse medo também, Juny.
ResponderExcluirEu me vejo muito destrambelhada e, em alguns momentos, desligada, penso sempre que não vou conseguir dar conta de dirigir com cuidado. Tenho um receio imenso de que não vou conseguir ter segurança para dirigir nem em um milhão de anos. A ideia de dirigir não me aflige, me parece bacana, mas se não houvessem outros carros, pedestres, postes, árvores ou qualquer coisa na qual eu pudesse bater ou cair. Assim é fácil dirigir, né? hahahaha
Beijo.
Parabéns por estar controlando seu medo e avançando cada dia mais nessa coisa de ser feliz dirigindo e pegando estradas bonitas.
Sacudindo Palavras
Juny eu amei! Tirei minha carta e dirigi por uns dois meses com certa frequencia e depois parei porque usava o carro do meu pai (que era aquele co-piloto insuportável que todo mundo que está aprendendo a dirigir "ama"). Depois disso nuncamais peguei num carro, faz uns 5 anos que nao dirijo e hoje percebo que tenho uma certa fobia da coisa. Esse ano combinei com me namorado que ele ia me dar aulas regulares, ainda tá só na promessa, rs, mas vou correr atrás.
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