Por Marianne: Sabe
quando você termina um livro e fica com saudade dos personagens, considera
imediatamente ler mais uma vez só pra fazer parte daquela história de
novo? Ou então fica abrindo em páginas
aleatórias e lendo uns trechos lembrando com saudade daqueles momentos como se
estivesse olhando um álbum de fotos? (Espero de coração que eu não seja a louca e alguém comente “Ah eu também
sempre faço isso! :D”). Pois
bem, O começo de tudo é esse livro.
Ezra
Faulkner é o típico garoto-perfeito-americano-do-colegial-clichê-dos-clichês,
capitão do time de tênis, namorado da garota popular, favorito pro rei do baile
e por ai vai. Mas calma! Não desistam da resenha nem do livro antes de ler
tudo. Numa dessas festas típicas de high school americana Ezra pega na lata a namorada
Charlotte pulando a cerca sem vergonha na cara. Com o saco cheio de tudo Ezra
vai embora da festa e logo depois de sair com o carro é atingido por um
motorista desatento que nem para pra ver o que aconteceu.
Com
o pulso e o joelho fraturado Ezra recebe as péssimas notícias: não vai mais
poder jogar tênis, vai ter que fazer fisioterapia pra se recuperar e vai
precisar usar uma bengala pra andar. Ou seja, o combo do bullying e chamariz do
desprezo das típicas escolas americanas.
Voltando
pra escola Ezra tem que lidar com o fato de que seus amigos não se mostraram
tão amigos assim quando ele sofreu o acidente (NINGUÉM foi visitá-lo no
hospital, ou telefonou pra saber dele) e
com os olhares curiosos voltados pra ele.
É
meio perdido e sem companhia que Ezra se reaproxima do seu amigo de infância,
Tobby. Tobby e Ezra eram melhores amigos
até que um dia, num passeio pra Disney, um acidente bizarro foi divisor de
águas na vida de Tobby, que virou o cara estranho e nerd do acidente enquanto
Ezra caminhou rumo ao posto de garoto perfeito.
— Isso — disse ela, convencida, pois a minha expressão devia ter mudado. — Percebe? Você está entendendo agora, mas eu descobri há muito tempo que, quanto mais inteligente se é, mais tentado se fica a deixar as pessoas imaginarem você. Nós entramos um na vida do outro como fantasmas, deixando pra trás lembranças assombradas de pessoas que nunca existiram. O atleta popular. A nova garota misteriosa. Mas somos nós que escolhemos, no final, como as pessoas nos veem.
E é
assim que Ezra se junta a turma dos nerds, entra no grupo de debate e conhece a
garota nova, Cassydy, que veio de outra escola e é bem esquiva em relação a
perguntas sobre sua vida (e com quem ele obviamente vai ter um romance no
decorrer do livro). Cassidy é um caso a
ser analisado a parte. Típica personagem que vai dividir corações, uns vão amar
e outros odiar. Eu gostei da moça, mas acredito que muita gente vá achá-la
pedante e pretensiosa. Depois ter terminar o livro fiquei pensando se Cassidy
poderia ser associada ao estereótipo de maniac
pixiel dream girl —personagens femininos idealizados pelos homens e comuns
em filmes e livros, que transformam os protagonistas levando-os pra uma vida de
aventuras e apreciação da vida sem se preocupar com os problemas — mas a
própria Cassidy diz no livro que a transformação de Ezra surgiu de sua própria
vontade de se livrar de um padrão de vida onde ele não se encaixava.
Mas eu não fiz nada disso — Cassydi insistiu — Ezra, essa garota que você está perseguindo não existe. Eu não sou uma aventura boemia que leva você a caça ao tesouro e lhe envia mensagens secretas. Sou esta confusão, triste, sozinha, que estuda muito e afasta as pessoas e se esconde numa casa assombrada. E você ainda continua querendo me dar créditos porque você finalmente decidiu que não se sentia contente espremido no corredor estreito das expectativas de todo mundo.
E sabemos que é verdade, não só Cassidy mas sua relação com Tobby foi
mais que fundamental pra Ezra compreender o quão superficial eram suas amizades
anteriores.
O relacionamento de todos os personagens faz a
gente se apaixonar por eles a cada página. Tudo é descrito de modo extremamente
sincero pela autora através da narrativa de Ezra.
O
livro cita um milhão de referências que
a cada momento que eram mencionadas eu ficava ♥ in love ♥. Bob Dylan, Dr. Who, Bansky e Harry Potter e muita zoação
envolvendo vampiros (não sou fã do gênero, portanto amei rs) são só algumas delas.
E
pra arrematar o final é surpreendente, emocionante e coerente com a maturidade
dos personagens.
Eu
amei, eu me apeguei, até agora to sofrendo que eles não existem de verdade pra
sermos todos amigos.
Olá Marianne,
ResponderExcluirO enredo parece fascinante! Quero ler logo ♥
http://www.viajenaleitura.com.br/
Entrou pra minha lista de favoritos e pro coração Thais, pode ler que você não vai se arrepender nadinha! :)
Excluirme empresta!!!!
ResponderExcluirMas é lógico que sim!
ExcluirVocê não é louca. Eu também faço isso ;)
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