quinta-feira, 29 de maio de 2014

Resenha: "Poseidon - O Legado de Syrena" (Anna Banks)

Por Clarissa: Oi, oi gente, tudo bem? Espero que sim, então minha indicação de hoje é “Poseidon- O legado de Syrena” para os amantes de livro de ficção, surpresa e muito charme.

Emma vive com sua mãe em uma casa na beira da praia, e não sabe que tem um dom super poderoso, mas como é uma jovem comum, ela nunca percebeu isso. Até que ela tropeça com um charmoso e lindo Galen, um príncipe das águas, que descobriu sobre seu dom, e agora ele tem que convencer ela a sua real natureza e enfrentar seus desafios.
“- Sou a Chloe e essa é a Emma- diz ela- Costumamos trazer o capacete dela, mas desta vez nós o deixamos no quarto do hotel.
Eu me surpreendo. Tento decidir que flores levarei ao velório dela quando a matar, estrangulada.”
Mas como Emma é muito teimosa e curiosa, a estória vai ficando cada vez mais divertida e complicada. Para Emma não é tão fácil desenvolver suas aptidões, e isso obriga Galen a se dedicar muito sua formação. O temperamento difícil da moça acaba por torná-la ainda mais atraente. Enquanto viaja entre dois mundos, o príncipe articula sua estratégia. E há muita diferença entre esses dois mundos, coisas que ele não sabe e que pode complicar a vida de Emma.

“-Vocês estão com pressa por algum motivo? - pergunta ela, e a animação acende aqueles lindos olhos violeta.
-Ele deve ter sentido saudade de mim- a mãe de Emma chama da cozinha. Ela pisca para Galen, completamente alheia, sem saber que seu mundo está prestes a mudar.”
Emma e Galen têm muitas aventuras para vivenciar e sobreviver, mergulhe nesta fantástica leitura cheia de amor, humor, suspense e mágica.

Poseidon é surpreendente muito charmoso, que no final do livro o leitor fala WOW! Incrível, quero mais. É uma leitura diferente, faz o leitor interagir com o livro, se surpreender a cada página, querer saber o que vai acontecer com cada um dos personagens. Espero ansiosamente pela continuação, a série tem mais quatro livros, volume 1 Of  Poseidon, vol. 2 Of Triton, vol. 3 Of Nephtunevol. 4 The Stranger e vol. 5 Legacy Lost, as continuações ainda sem previsão de lançamento no Brasil.
 Apaixonei-me quando vi a capa, e depois que li esta obra digna de Best-seller do The New York Times admirei mais ainda esta leitura esplêndida. Garanto que vão rir muito, se surpreender e se apaixonar por completo. Este é um dos livros que você lê a sinopse e se apaixona, e quer saber sobre o livro inteiro, não vai conseguir para de ler até a ultima pagina, e esperar pela continuação. 
Os personagens são complexos e divertidos, tem bastante realidade neste conto mágico e além de ser muito engraçado, o leitor tem a sensação que está na estória e vivendo tudo que acontece. Quem não ler "Poseidon" não sabe o que está perdendo, esta série vai dar muito o que falar, há muito charme.

Bem, espero que tenham gostado não se esqueçam de deixar seus comentários, dicas e criticas. Beijos fiquem com Deus, até em breve.

Boa leitura! J

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Resenha: "Manuscritos do Mar Morto" (Adam Blake)

Por Sheila: Oi todo mundo! Como vão? Muito calor por ai? Aqui eu tenho me sentindo num forninho ... E com muitas, mas muitas resenhas meio atrasadinhas, como essa de hoje por exemplo. Já notei que as resenhas que mais demoram para "sair" são justamente aquelas em que os livros acabam me impactando mais - positiva ou negativamente. E "Manuscritos do Mar Morto", bom, ele é um desses livros. 

Antes da resenha uma curiosidade: Adam Blake é um pseudônimo, de um aclamado autor inglês ... eu confesso que não faço idéia de quem possa ter escrito este livro. Há algumas teorias "rolando" por aí, mas até agora nenhuma me convenceu. E você? Já leu o livro? Tem algum palpite?

Mas chega de enrolar. vamos à resenha! Primeiramente, deletem a sinopse do skoob (se vocês sabem o que é, se não desconsiderem ...) Heather Kennedy é uma policial ambiciosa, mas não é por isso que vem enfrentando problemas com seus colegas de trabalho, e sim por que envolveu-se em uma situação com uma vítima fatal, em que negou-se a mentir para encobrir seus colegas.

Relegada ao ostracismo em seu local de trabalho, é por isso que a morte de um professordo Prince Regent’s College, Stuart Barlow, acaba em suas mãos: por que a polícia parece ter feito uma M# bem grande, e ninguém mais quer assumir o caso - nem mesmo a própria Heather.
A foto mostrava um homem morto esparramado ao pé da escada. O enquadramento da cena era perfeito e a nitidez, total, e ninguém parecia ter notado  coisa mais interessante a respeito dela, mas ainda assim não causava a Heather Kennedy nada semelhante a entusiasmo.

Ela fechou a pasta de papel manilha novamente e empurrou-a sobre a mesa. Não havia mesmo muito mais que olhar nela.

- Não quero – disse.
Só que Heather não tem escolha - e sabe disso. Assim, acaba não só com o caso, mas tendo de ser a "babá" de um novo colega transferido, Chris Harper. O caso mostra-se excessivamente intrincado: uma morte aparentemente por acidente, queda de escada, mostra-se um acidente planejado pela perícia médica, fazendo com que o caso seja reaberto.

Além disso, a própria irmã do professor Stuart não acreditou na primeira solução para o caso já que, segundo ela, o irmão vinha sendo perseguido e ameaçado. Mas as provas são inconclusivas, e Heather fica na dúvida: terá ocorrido um assassinato, ou o professor apenas tinha uma mania de perseguição que pode, inclusive, ter precipitado sua queda?

Mas não é só Heather que está em uma investigação: Tillman é um homem sem família. Ela simplesmente desapareceu, sem explicação, num dia como qualquer outro há muitos anos atrás. A única pista de Tilman é um nome que se repete: é o misterioso Brand que, assim como aparece, some de cena sem deixar um único vestígio. Tillman vem caçando seu rastro há anos, sem nunca obter sucesso, como se estivesse sempre um passo atrás de sua presa.
Nos sonhos de Leo Tillman, sua esposa  e filhos estavam vivos e mortos ao mesmo tempo. Conseqüentemente, essas imagens não tinham quase nada em que se apoiar – uns detalhes minúsculos que faiscavam criando associações erradas em seu subconsciente – e descambavam para pesadelos. Eram muito escassas as noites em que ele conseguia dormir até de manhã. Não poucas alvoradas o encontravam já acordado, sentado na beira da cama, desmontando e limpando seu revólver Ùnica ou vasculhando bancos de dados on-line na esperança de uma descoberta.
Outros acadêmicos  são mortos , e o único elo de ligação entre os três parecem ser os Manuscritos do Mar Morto, que são uma descoberta relativamente antiga no mundo dos caçadores de tesouros arqueológicos. Então o que teriam estes três acadêmicos descoberto de novo, que justifique sua morte? Agora Heather, a policial, e Tillman, o quase fora da lei, vão unir esforços para tentar descobrir o que esta por trás deste mistério.

Manuscritos do Mar Morto é um Thriller muito bem escrito; consegue envolver o leitor em todas as suas 480 páginas, ser coerente, não deixar nenhuma ponta solta. A química entre os dois personagens principais, a policial Heather e o pistoleiro Tillman é ótima. Mas ... (vocês sabiam que viria um mas?) fiquei um pouco frustrada. E sabem por que? Por causa da sinopse do skoob.

Bom, a sinopse do skoob compara o livro com "O Código da Vinci" por isso esperei que fosse um livro muito semelhante, e isso me frustrou. Mas, fora isso, o livro é muito bom, com suas características distintas, tendo em comum a temática religiosa - e um enigma envolvendo um segredo inimaginável.

Abraços a todos e tod@s!

terça-feira, 27 de maio de 2014

#Lançamento: "Sangue na lua e outros contos" (Sheila Schildt)

Por Sheila: Oi Pessoas! Como estão? Eu estou feliz, exultante e muito, muiiiiiiiiiito ansiosa ... por que estou lançando um livro! Ele vai ser resenhado aqui pelo blog, pelo nosso querido Eliel Carvalho, que nos brinda com seus posts na coluna Gastronomia e literatura, por isso não vou tecer muitos comentários sobre os contos em si (até por que eu fico um pouco encabulada de me autopromover). 

Alguns dos contos que compõem a coletânea já foram publicados aqui pelo Dear Book como "Escuro", na semana de Halloween de 2011; "A Porta", na semana de Halloween de 2012; e "Um (algumas vezes verdadeiro) conto natalino", na semana de natal de 2011. Este último, ficou entre os 20 primeiros no 1° Concurso de Contos de Santo Ângelo - 2013.

Eu ainda sou nova nessa coisa de ser escritora e tals ... por isso estou me "quebrando" um pouco na questão da divulgação e precisando de muita ajuda! Participo de alguns grupos de escritores no Facebook e, por dica deles, criei a Fanpage do livro, então quem puder curtir, também agradeço! O endereço é https://www.facebook.com/sanguenalua.

A publicação desse livro é a realização de um sonho... e vocês? Tem algum? Tem algum escritor por ai? Se precisarem de ajuda, contem comigo!

Beijos pessoas, e obrigada Juny e a toda equipe Dear Book, por terem me acolhido e serem o meu espaço de "estréia"!  Até a próxima!


domingo, 25 de maio de 2014

Resenha: "Encontre-me" (Romily Bernard)

Por Sheila: Oi pessoas! Como vão todos e tod@s! Eu escrevo no feriadão de páscoa, apesar de que sei que provavelmente a resenha só vai ser postada bem depois. Mas mesmo assim, Feliz Páscoa! Comeram muito chocolate? Eu estou de dieta permanente! Então não pude aproveitar muito... 

Mas, deixando minhas frustrações alimentares de lado, vamos à resenha! “Encontre-me” é o primeiro livro de uma trilogia de Romily Bernard, que será publicada pela Globo livros. Romily já havia sido considerada autora Best seller pelo The New York Times, por seu livro “Os 13 porquês”, que eu não li e não faço idéia do que se trata! Mas “Encontre-me” venceu em 2012 o prêmio Golden Heart Contest, na categoria Young Adult, o que despertou consideravelmente meu interesse.

Pois bem, Wick e Lily Tate são duas órfãs de mãe. Seu pai, é um traficante de anfetaminas foragido, uma sombra na vida das duas filhas pois, no fundo, elas sabem: ele vai voltar. Ele sempre acaba voltando. E foi o ciclo de violência ao qual elas e a mãe ficaram submetidas, que levou a mãe das duas meninas ao suicídio, e as duas à lares adotivos.

Neste último, estão vivendo com Bren e Todd, um casal suburbano que parece dar a elas uma vida perfeita. Mas Wick sabe que tudo isso não passa de fachada. Além da sombra constante do medo pelo retorno de seu pai – não se, mas quando ele voltar – está sendo perseguida por um detetive da polícia, Carson. Ou, pelo menos, é isso que Wick acha.
É estúpido ficar com medo. Ele não pode mais me pegar. Não agora que tenho essa vida nova e dourada. Meus pais adotivos parecem saídos de um conto de fadas. Minha irmã e eu vivemos na parte rica da cidade. Não sou mais a menina que Carson encaminhou ao serviço social.
Pelo menos é isso que digo e repito para mim mesma.
Além do mais, são muitas as razões que o trariam até aqui. Pode não ter nada a ver comigo. Talvez por que essa é a área que tem que vigiar. Ou por que mora perto.
Mas Wick sabe que as coisas geralmente são bem piores do que parecem – bem pelo menos tem sido assim a sua vida toda. Afinal, Carson tem motivos para achar que o pai vai contatá-la mais cedo ou mais tarde. Por que Wick não é apenas sua filha; é sua parceira. 

Enquanto as outras crianças brincavam, o parceiro de seu pai, Joe, a ensinou a ser uma Hacker. E seu pai pode precisar de seus serviços mais uma vez. Além disso, Wick continua hackeando escondido, para poder juntar dinheiro, contando com o dia em que ela e a irmã terão de fazer as malas e fugir. E Wick sabe que, se for pega, será enviada para longe da irmã.

Só que Lily ainda é muito nova e, apesar de ter sofrido as mesmas privações que Wick, só quer ter uma vida normal junto aos novos pais adotivos, onde elas finalmente parecem estar se encaixando. Bom, pelo menos Lily esta, e tenta convencer a irmã.
- Wick, o certo é pensar que os policiais são bons.
Claro que são, penso eu. E os pais estão lá quando precisamos deles, os professores d preocupam com você e algum dia seu príncipe encantado vai chegar. Mas Lily conhece todas essas mentiras, então não falo nada. À meia-luz, minha irmã está tremendo. Mais um pouco e ela se estilhaça.
- Ah sim, geralmente são.

Mas esse não é. As palavras não ditas balançam entre nós, suspensas como luzes estroboscópicas.
Acontece que Wick não consegue mais acreditar. E, como se não bastasse a perseguição de Carson, que tem visitado a casa onde agora moram altas horas da madrugada, Wick encontra em frente a porta da frente um diário. Mas esse não é um diário qualquer. É o diário de Tessa Wayne, alguém que, há um bilhão de anos atrás, fora sua amiga – sua melhor amiga – até seu pai estragar tudo indo buscá-la bêbado, e o pai de Tessa proibir que as duas andassem juntas.
Sei de quem é o diário. A escrita é corrida, mas reconheço os contornos gordos das letras mesmo antes de ver o nome escrito no fim da página. Ela costumava escrever em todas as minhas pastas. Parecia que todas as minhas coisas eram dela nunca dei bola. Era como se fosse dela (...) Não sei por que viro outra página, mas faço isso e lá está – um post it amarelo colado sobre um dia qualquer de quarta-feira. Ele diz:
Encontre-me.
Enquanto tenta buscar algum sentido no diário que encontrou, Wick vai para escola e recebe uma notícia aterradora: Tessa, sua antiga amiga, a dona do diário que estava em sua posse, estava morta. Havia cometido suicídio e, aparentemente, ninguém sabia o motivo, já que ela era uma adolescente que tinha a vida perfeita.

Começa então uma caçada por respostas para Wick, e uma série de acontecimentos que deixarão sua vida de ponta cabeça. Quem teria lhe deixado o diário? O que suas páginas lhe revelariam? Em quem confiar em sua jornada em busca do que aconteceu a Tessa – e de que forma isso tudo esta relacionado a ela e sua irmã Lily?

“Encontre-me” é um suspense psicológico muito bem construído, que envolve o leitor da primeira a última página, onde todos os acontecimentos parecem ser essenciais à trama – e onde o que parece nem sempre é.

Narrado em primeira pessoa – o que a princípio me soou como algo negativo – é importante que assim seja, já que toda a trama se desenrola em torno de Wick, seus pensamentos mais íntimos, sentimentos, preocupações.

Apesar de ser uma trilogia, e autora deixar claro nos últimos parágrafos que haverá uma continuação a trama tem um fim em si mesma, e poderia ter acabado neste primeiro livro – você não terá que ler os próximos dois para saber como a história termina. Gostei muito e recomendo!
sexta-feira, 23 de maio de 2014

Resenha: "O segredo e Ella & Micha" (Jessica Sorensen)


Por Marianne: O segredo de Ella e Micha é o primeiro livro de uma série que já foi lançada no exterior e está chegando pra gente agora no Brasil. O livro conta a história dos protagonistas que dão nome ao título: Ella e Micha. Amigos e vizinhos desde sempre, os dois são aquele típico casal que crescem juntos, não se largam nunca e quando atingem uma certa maturidade todo mundo espera que fiquem juntos. 
Pelo que acompanhei da história é bem notável que os dois construíram essa amizade tão forte pelo fato de suas famílias serem bem bagunçadas. A mãe de Ella era bipolar e cometeu suicídio, o pai é alcoólatra e o irmão ficou totalmente ausente depois do suicídio da mãe. Já Micha foi abandonado pelo pai quando era criança e mora com a mãe, que trabalha em vários empregos pra sustentá-los. Tudo isso junto ao o gosto por festas, bandas de rock e atividades cheias de adrenalina (como tirar rachas, por exemplo) faz com que os dois sejam quase dependentes da amizade um do outro.

Até que um dia um acontecimento na ponte da cidade muda a percepção de Ella e no modo como vê sua vida na pequena cidade onde mora. É ai que Ella resolve pegar as malas e se mandar pra uma universidade de artes em Las Vegas sem avisar ninguém, nem mesmo seu querido amigo Micha. 

Quando a história do livro começa tudo isso que eu contei ai em cima já aconteceu e Ella está voltando pra casa para as férias de verão depois de oito meses sem contato com ninguém. Decidida a deixar o passado pra trás ela assume uma nova “identidade”. A garota que curtia festas, rachas e rock deu lugar a patricinha vazia e despreocupada (clichê pra que). Enquanto isso, na narrativa que nos conta o que se passa na vida de Micha, ficamos sabendo que desde que sua amiga se foi ele, já assumidamente apaixonado, dedicou todo seu tempo a procurá-la.
— Você sempre teve uma boa percepção de certo e errado. Só tem dificuldade de admitir que, às vezes, escolhe o errado.
— Sei disso — aponto para mesma. — É por isso que me transformei em uma Ella que não faz nada errado e que consegue manter a vida sob controle.
—Não é verdade. Isso é você fugindo da vida, e não pode controlar tudo. Mesmo querendo.
O encontro entre os dois é inevitável assim que Ella chega a cidade, afinal, eles são vizinhos. Micha fica desesperado pra saber por que a amiga sumiu sem dizer pra onde ia, por que ficou oito meses sem contato e por que ela está tão diferente da Ella que costumava ser. Já Ella tenta a todo custo ficar longe do amigo pra não “perder o controle” e não cair em tentação já que, esqueci de mencionar, Micha é o cara: lindo, músico, sedutor, sexy; praticamente o Adan Levine da cidade.

Apesar de ter passado os últimos meses fugindo do passado que tanto a atormenta, Ella tem que lidar com tudo de novo logo que volta pra casa. A culpa que sente pelo suicídio da mãe, a situação em que vive seu pai, sempre bêbado pelos bares, e seus sentimentos por Micha.

A história toda gira em torno dessa aceitação de Ella e o modo como ela administra seus conflitos. Apesar de em alguns momentos achar a personagem muito cheia das crises, aos poucos vamos descobrindo tudo o que aconteceu (o tal episódio da ponte, o que aconteceu na noite do suicídio da mãe) e vamos entendendo melhor o porque dessa vontade de fugir de tudo.

Ao mesmo tempo, no decorrer da história, vamos percebendo que os sentimento de Ella em relação a Micha já estão mais do que definidos, e essa resistência dela em relação as investidas dele não vão durar muito.
Micha tem os olhos mais penetrantes do mundo, azuis intensos como o mar. Ele está flertando comigo; costumava fazer isso o tempo todo de brincadeira, e eu entrava no jogo.
No fim das contas vamos descobrindo que não existe um segredo muuuuito secreto assim. Acredito que o segredo esteja mais relacionado ao fato de os personagem manterem seus problemas bem trancados a sete chaves dentro de suas cabeças É mais um segredo entre eles, pra nós leitores não há muito o que revelar já que vamos acompanhando a história ora pela narrativa de Ella, ora pela narrativa de Micha.

Os protagonistas são insuportáveis, já vou logo avisando. A “rebeldia” deles é muito de fachada, tomam umas cervejas e ficam bêbados de vez em quando, curtem rachas e são os “garotos inconsequentes” da cidade, não me convenceu. Por ser um new adult eu esperava mais ousadia da autora nesse quesito, que, aliás, ousa na medida certa na questão “sensualidade” no livro, considerando o público alvo, Jessica Sorensen acerta em cheio nas cenas mais calientes.

Outro ponto que eu considerei meio preocupante é a naturalidade e romantismo com que a autora mostra as invasões e abusos de Micha em relação a Ella. Por exemplo, num trecho da noite em que volta pra casa, Ella deixa bem claro que não quer nenhum tipo de aproximação em relação a Micha. E o rapaz faz o que? Pula a janela da moça —bêbado— e dorme abraçadinho com ela (que tá num sono tão profundo que não percebe nada). Lindo né, suspiros... Só que não! Imagine um cara ou moça qualquer pra quem você disse não pulando sua janela pra dormir abraçadinho(a) porque estava muito bêbado(a) e sentiu sua falta, não tão lindo né? Então... Esses abusos e violações de espaço sendo mostrados de forma mais romantizada são comuns em livros voltados pro público jovem e new adult, porém devemos sempre olhar de modo mais crítico esse tipo de situação, nem tudo que está no livro deve ser aceito de bom grado na nossa realidade meus queridos leitores (muuuita gente tem dificuldade de discernir isso e sonha com um Micha pulando sua janela).

Eu gostei bastante do livro, a história é muito bem escrita, cativa e é fácil de ler (eu li em alguns poucos dias). Confesso que sou fã de um romance meio teen (no caso aqui, um new adult), seja em livro ou em seriado, parei no tempo pra essas coisas hahahaha.

E é isso ai amigos, comentem, compartilhem, deixem suas opiniões, tudo é sempre muito bem vindo :) Abraço e até a próxima!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Resenha: "Boneca de ossos" (Holly Black)

Por Clarissa: Oi oi gente, tudo bem com vocês? Espero que sim, bem minha super indicação de hoje é “Boneca de ossos” para quem quer uma aventura misteriosa e surpreendente.

Poppy, Zach e Alice sempre foram amigos. E desde que se conhecem por gente eles brincam de faz de conta- uma fantasia que se passa num mundo onde existem piratas e ladrões, sereias e guerreiros. Reinando sobre todos esses personagens malucos está a Grande Rainha, uma boneca chinesa feita de ossos que mora em uma cristaleira. Só que os três amigos já estão grandinhos, e agora o pai de Zach quer que ele largue o faz de conta e se interesse mais pelo basquete.
“-Você está crescendo- disse ele, o que parecia ser uma daquelas coisas estranhas que os adultos diziam às vezes, coisas muito óbvias para as quais não havia resposta.”
Mas, de repente, Poppy conta para seus amigos que começou a ter sonhos com a Rainha e também com um fantasma de uma menininha. Então Poppy, Zach e Alice partem para uma aventura a descobrir este mistério da Rainha. Mas nada acontece do jeito que eles planejaram... A missão se transforma em uma jornada de arrepiar. Será que a boneca é apenas uma boneca ou existe algo mais sinistro por trás desses fatos?
“Em vez de sua pele normal, Zach viu um rosto feito de porcelana branca rachada com buracos pretos no lugar onde os olhos deveriam estar. E, quando ele abriu a boca para gritar, seu reflexo permaneceu perfeitamente sereno, os lábios sem movimento. Parecia quase uma máscara.”
Boneca de ossos é aquele terror leve, mas em algumas partes da um arrepio, é muito bom diversificar o gosto, a estória se desenvolveu bem, só achei que devia ter mais terror, é bem legal como cativa o leitor, você não vai conseguir parar de ler. A leitura é bem fácil, o livro é pequeno tem 217 páginas, a escritora não deixou perguntas em aberto e o final foi legal, não tem muitos erros ortográficos, a revisão foi boa, a capa do livro é muito bonita e misteriosa ao mesmo tempo, neste livro você vai encontrar: terror, aventura, humor, amor e muito mistério. Holly Black escreveu de um jeito que conquista qualquer tipo de leitor, a estória tem ternura, mistério e aventura, mesmo que o livro tenha poucas paginas Holly fez com que a estória evolui-se as ilustrações são fantásticas e dá um toque de terror, faz o leitor se aventurar junto com os personagens, se sentir parte do livro, é bem interessante, e não desponta nenhum leitor, e passa a mensagem para não deixarmos o nosso lado criança, aventureiro e brincalhão de lado, mas o mais importante é viajar no seu mundo. E como sempre a Editora Novo Conceito surpreendendo seus leitores.

Bem espero que tenham gostado não se esqueçam de deixar seus comentários dicas e criticas. Até em breve!

Boa leitura!

domingo, 18 de maio de 2014

Resenha: "Garota < 3 Garoto - Volume 3 - Três é Demais (Ali Cronin)

Tradução por Rita Sussekind

Por Eliel:
Sinopse: Cass está entre as mais inteligentes da classe. Tem uma família carinhosa, amigos incríveis, um namorado lindo, um futuro brilhante pela frente. Sua vida é perfeita ou pelo menos é o que parece. Seus amigos sempre deixaram claro que não aprovam seu namorado. Para piorar, seu melhor amigo se declara para ela e Cass não sabe como dizer não sem machucá-lo.Pouco a pouco, a vida de conto de fadas de Cass vai desmoronando, e ela terá que se esforçar muito para administrar os "pequenos" percalços que vão surgindo pelo caminho e ao mesmo tempo resolver seus grandes dilemas.Três é Demais é o terceiro volume de Garota <3 data-blogger-escaped-garota.="" data-blogger-escaped-i="">
Já acompanhamos Sarah e Ashley, agora é a vez de Cassandra, Cass para os íntimos. A garota nerd com futuro brilhante e um namorado lindo. Clichê e muito chato! Até que um C mancha seu histórico perfeito de As, a pressão para passar para Cambridge (faculdade onde a mãe dela estudou), os amigos que parecem sempre se divertir quando ela não está presente; aí sim temos uma boa leitura em mãos.
Sarah me lançou um olhar de você não sabe de nada."É um momento perfeito para conversa, Cassandra." Bateu com o dedo na cabeça. "Pessoas inteligentes chegam adiantadas. Sócrates disse isso."Dei risada.
Os problemas da garota perfeita não param por aí, o namorado não gosta dos amigos dela e vice-versa, o melhor amigo faz uma declaração bombástica e ela conhece um cara bem interessante em Cambridge.
[...] "Gostando ou não, ter Cambridge no currículo dá uma vantagem em relação a todo mundo.""Na verdade, não sei se concordo com isso", falei. "Se você for bom no que faz, não importa onde estudou."
Enquanto enfrenta a avalanche que virou sua vida essa garota aos poucos vai se tornando mais madura e é clara a evolução da sua personalidade ao decorrer das páginas.
"[...] todos sabem que bolos são calorias inúteis. Um segundo na boca, uma vida nos quadris e tudo mais. (Uma piadinha, é claro! Eu não acreditava nisso de fato. Não de fato, de fato.)
Não me envergonho em dizer que ri e chorei com essas páginas a veracidade da narrativa toca profundamente o seu leitor. Estou realmente viciado nessas personagens tão cativantes.
"Faça isso por mim, meu amor, por favor. Diga a ele para aproveitar a vida enquanto há tempo... Pode parecer bobagem para você", (não parecia), "mas pensei muito no assunto. Provavelmente é o mais próximo que chegarei de uma experiência religiosa. A vida é preciosa, Cass."
Adam, Jack ou Tom. Com que ela vai ficar diante de tantas propostas e oportunidades? Quer saber? Faça como fiz e devore mais esse volume da série Garota <3 data-blogger-escaped-garota="">

terça-feira, 13 de maio de 2014

[Gastronomia e Literatura] Abolição da Escravatura e uma Saborosa Contribuição

Olá Pessoas,

13 de maio de 1888 é marcado pela assinatura da Lei Áurea, que foi a lei assinada pela Princesa Isabel que extinguiu a escravatura no Brasil. Bem sabemos que os escravos se tornaram um dos pilares da sociedade brasileira da época, retirados da sua terra trouxeram consigo muitas das suas tradições.

A presença dos escravos no Brasil contribuiu para formação de uma gastronomia única em terras tupiniquins. É atribuída à eles a origem da famosa Feijoada. Reza a lenda que os escravos criaram o prato aproveitando as sobras de comida proveniente da casa do senhores, que incluíam partes descartadas do porco, como pés, orelhas e rabo.

Algumas tradições, como servir arroz branco, couve refogada e laranja, provavelmente foram incorporadas bem mais tarde na história. Já a tradição de comer esse prato às quartas e domingos, não tem uma explicação muita clara exceto que é proveniente dos hábitos de Portugal.

E hoje é terça-feira, bora se preparar para a Feijoada amanhã!! Vamos à receita:

  • 1 Kg de feijão preto
  • 100 g de carne seca
  • 70 g de orelha de porco
  • 70 g de rabo de porco
  • 70 g de pé de porco
  • 100 g de costelinha de porco
  • 50 g de lombo de porco
  • 100 g de paio
  • 150 g de linguiça portuguesa
Tempero:
  • 2 cebolas grandes picadinhas
  • 1 maço de cebolinha verde picadinha
  • 3 folhas de louro
  • 6 dentes de alho
  • Pimenta do reino a gosto
  • 1 ou 2 laranjas
  • 40 ml de de pinga
  • Sal se precisar

  Preparo:
  1. Coloque as carnes de molho por 36 horas ou mais, vá trocando a água várias vezes, se for ambiente quente ou verão, coloque gelo por cima ou em camadas frias
  2. Coloque para cozinhar passo a passo as carnes duras, em seguida as carnes moles
  3. Quando estiver mole coloque o feijão, e retire as carnes
  4. Finalmente tempere o feijão
13 de maio também é o Dia Internacional do Chef de Cozinha! Segue um vídeo do Chef Paulo Machado do site Tudo Gostoso, espero que esse vídeo ajude a preparar a receita de forma mais prática.


Boa Leitura e Bon Apetit


sábado, 10 de maio de 2014

Resenha: "Fênix A Ilha" (John Dixon)

Por Sheila: Oi gente! Como (e onde, no tempo) vocês estão? Pergunto onde, por que eu ainda escrevo no feriadão de páscoa, aproveitei estes quatro dias em casa para colocar a leitura – e claro, as resenhas! – em dia. O lado bom, é que tenho bastante tempo e posso escrever com calma. O ruim, é ver os “bordões” que acabamos criando em alguns momentos (ok, eu não suporto mais escrever “pessoas”, não na quarta resenha ...)

Desabafos à parte, vamos ao livro – que a capa já nos diz que deu origem à série de Tv Inteligence. Vocês conhecem? Não? Bom, nem eu (ou será que conhecem? Sem internet e #mesentindodesinformada). Comentem aí depois e me tirem dessa dúvida tremenda!

Agora falando sério: se vocês gostam de cenas de ação, de suspenses tensos, de caçadas implacáveis e conspirações malignas .... bem vindos à “Fênix A Ilha” pois é exatamente isso que vocês terão de John Dixon, ex boxeador profissional (sim, ele sabe do que esta falando quando descreve as cenas com muitos socos e chutes).

Nosso protagonista é Carl Freeman, um adolescente de 16 anos que está em frente a um juiz que irá decidir os rumos de sua vida – não pela primeira vez. Infelizmente, Carl tem um longo histórico de incidentes que se repetem. E é isso que o juiz do Condado de Dale tentava esmiuçar em seu interrogatório nada convencional.
- Esse menino, Eli, por exemplo. Era seu amigo?
- Não senhor.
- Você só decidiu defendê-lo então. E conhecia Brad Templeton?
- Não senhor.
- O que estou tentando compreender é por que faria algo assim. Não foi por rancor nem por amizade à vítima. Por que não me conta mais sobre como tudo aconteceu? Talvez até por que aconteceu.
- Não sei. – Carl lembrou-se dos óculos grossos de Eli, o corpo encurvado e, o pior de tudo, o sorriso: a aparelho odontológico cheio de pão branco e manteiga de amendoim. – Eu só... não gosto de valentões.
Acontece que é o fim da linha para Carl. Ele é um órfão, e seus pais adotivos são apenas mais um casal na longa lista de lares que ele já habitou desde a morte do pais, o que fez dele um órfão. Ele pode ser julgado como um adulto, e passar alguns anos dentro de um sistema prisional mais brutal; ou ele pode aceitar ter uma chance.

Pois bem, essa chance que o juiz de Dale lhe oferece, é o campo de treinamento Fênix, um acampamento militar onde Carl terá de ficar obrigatoriamente até os 18 anos. Após esse período de tempo, ele pode sair, com sua ficha limpa; ou continuar seu treinamento tornando-se um militar.

Carl percebe que, na realidade não há escolha, e aceita a determinação do juizado. Apesar de que, na ida para o campo Fênix, revê parte de sua vida e realmente aceita o que aconteceu como uma chance para um recomeço. Assim, chega na ilha onde ficará com o firme propósito de não se meter em encrencas. Bom, mas não é isso que acontece ...
- Tá me desrespeitando moleque?
- Ele não quis fazer isso, sargento instrutor – disse o garoto pequeno ao lado de Carl.
- O Senhor tomou minha medalha – afirmou Carl. Sabia que era um erro, mas não pôde evitar; aquele prêmio era o único símbolo de todo êxito que já tivera na vida.
- Sua o quê – O cara bateu em Carl com o chapéu de novo.
O garoto continuou a olhar para frente.
- Minha medalha.
O sargento soltou uma gargalhada na forma de um rugido.
Talvez seja neste momento que Carl perece que há algo estranho com a Ilha Fênix. Afinal, por mais que eles estejam sob treinamento militar, a rigidez dos sargentos inspetores – em especial Parker, o que ficou com sua medalha – vai ficando cada vez mais severa, beirando a brutalidade. Além disso, alguns dos garotos simplesmente somem, e a história de que voltarão para treinar na próxima equipe não se sustenta, já que não há ninguém da fase anterior treinando com eles- o que é muito estranho.

Por fim, Parker, que tomou-se de forte antipatia por Carl desde o primeiro dia, diz esperar com ansiedade que eles saiam da fase laranja para a fase azul – e Carl cada vez chega mais à conclusão de que talvez isso não signifique nada de bom para ele e os amigos que fez na ilha, Ross e Octavia.

Agora, com a iminência da mudança de fase, e a chegada do Ancião, que parece ser quem comanda a ilha, Carl Ross e Octavia terão que correr contra o tempo para descobrir o que há de errado com o lugar para onde o estado os enviou para que se regenerassem, e começam a acreditar que talvez suas vidas dependam disso.

“Fênix a Ilha” é um livro repleto de ação e suspense, com cenas de lutas detalhadamente descritas, onde estratégia é tudo – basta-se apenas saber afinal de contas qual o time em que se esta jogando.

É também um suspense tenso, cheio de reviravoltas e surpresas, e que parece retratar a faceta mais sórdida do ser humano, chegando a me lembrar, em alguns breves momentos, do livro “O senhor das moscas” de Golding. Este é apenas o primeiro livro, e fiquei curiosa pelos próximos que virão, para saber como a trama se desenrolará. Recomendo.



terça-feira, 6 de maio de 2014

[Gastronomia & Literatura] Doce Mamãe!

Olá Pessoas,

Já planejaram o presente da mamãe? E que tal preparar com as próprias mãos algo bem gostoso? A minha proposta é servir uma deliciosa Pavlova de Frutas como sobremesa no almoço de domingo!!

A Pavlova por si só já é uma receita muito bonita à base de suspiro que leva o nome da famosa Anna Pavlova, bailarina russa. Eu amo essa receita por "N" razões, as principais são:

- o ballet na gastronomia e;

- eu me sinto um verdadeiro chef quando preparo esse tipo de receita.

Vamos a receita do All Recipes:

Suspiro
  • 4 claras de ovo
  • 200 g de açúcar refinado
  • 1/2 colher (chá) de baunilha
  • 1/2 colher (sopa) de maisena
  • 1 colher (chá) de vinagre
  • Nozes picadas a gosto
  • Gotas de corante vermelho
Cobertura
  • 250 ml de creme de leite fresco ou para chantilly
  • 1 1/2 colheres (chá) de açúcar refinado
Decoração

  • 1 clara de ovo
  • 1 colher (chá) de água
  • Pétalas de rosas
  • Açúcar cristal, o quanto baste
  • Frutas vermelhas (ou as de sua preferência)
  • Açúcar de confeiteiro para polvilhar
Preparo:
Suspiro
  1. Preaqueça o forno em temperatura baixa (120ºC). Forre duas assadeiras com papel vegetal e reserve uma delas. Pegue a outra assadeira e desenhe no papel vegetal, com um lápis e com o auxílio de um prato, um círculo de cerca de 18 cm de diâmetro.
  2. Bata as claras em neve e acrescente o açúcar aos poucos. Bata até formar um merengue. Adicione a baunilha, a maisena e o vinagre. Misture delicadamente com uma colher até ficar tudo bem incorporado.
  3. Espalhe cerca de metade do merengue dentro do círculo desenhado no papel vegetal, sem deixar ultrapassar a linha desenhada, para formar a pavlova. Modele-a com as laterais mais altas do que o centro. Asse a pavlova por 75 minutos. Desligue o fogo em seguida e deixe esfriar dentro do forno, com a porta entreaberta.
  4. Retire a pavlova do forno e ligue-o novamente em temperatura baixa (120ºC). Divida o merengue restante em duas vasilhas. Em uma delas, misture as nozes picadas. Na outra, misture o corante. Faça suspiros com o merengue das duas vasilhas e coloque-os na assadeira preparada. Asse da mesma forma como a pavlova.
Recheio
  1. Numa vasilha, despeje o creme de leite. Adicione o açúcar e bata bem com a batedeira até ficar bem encorpado e formar chantilly. Espalhe-o no centro da pavlova.
Decoração
  1. Misture bem a clara de ovo com a água numa vasilha pequena. Coloque o açúcar num prato. Pincele as pétalas de rosa com a clara e passe-as no açúcar em seguida.
  2. Distribua as rosas nas bordas da pavlova e coloque as frutas no centro, sobre o recheio. Polvilhe com açúcar de confeiteiro e sirva.
É uma receita bem complexa e que leva um bom tempo dentro da cozinha. E para facilitar um vídeo do All Recipes:


E a título de curiosidade, Anna Pavlova interpretando "A Morte do Cisne" do famoso Ballet O Lago dos Cisnes:


Espero que minha goste da surpresinha que eu vou preparar!! E vocês o que estão aprontando para a mulher mais importante da sua vida? E mãe não é aquela que dá a luz e sim a que educa e que ama.

Boa Leitura e Bon Apetit

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Littera Feelings #15 – O abrir dos olhos no abrir das páginas

Oi, pessoal o/

Como vão suas leituras? Nas últimas semanas me voltei para umas coisas bem técnicas e acadêmicas e ando um pouco atarefada DD: Parece que eu vivo de mantra! Mas isso não impede a gente de dar umas espiadas, impede? :)

Estava preparando um post quando uma velha preocupação retornou. A partir de discussões em grupos diversos de leitura tratando de temas, abordagens, elementos narrativos e ademais aspectos literários que veio... um incômodo =/

É ótimo ver que as pessoas estão comentando mais sobre suas leituras, temos blogs literários a livre escolha, com os mais diversos gostos e nichos. Ás vezes acho que é muito – dada a minha própria história como leitora em que, até pouco tempo atrás, nada tinha a força como os blogs hoje em dia têm – mas ainda é pouco se verificar os índices de leitura do Brasil, que é baixo em relação aos produtos culturais em geral.

Fora desse lado mais “estatístico”, o caso que me levou a escrever esse post trata-se de uma realidade muito ignorada, embora mais visível nas escolas, de que já quase não ouvia falar senão pela perspectiva pedagógica: o analfabetismo funcional. A preocupação básica a que me refiro é sobre o que, de fato, as pessoas andam colhendo de suas leituras – em termos de qualidade.

As pessoas estão lendo? Ok, ótimo!

Mas, espera, estão elas entendendo o que é apresentado? O livro está acrescentando? Está modificando?

Infelizmente, em vista dessa situação, concordo que a “modinha de leitura” possa ter seu lado ruim.

As discussões mencionadas que de vez em quando vejo em grupos por aí envolvem sempre pouco argumento, princípios fracos e muito preconceito por isso talvez dê muito barraco? É como se tivessem muita cabeça aberta para ler, mas não se permitissem levar nada mais para si senão algumas questões mais fúteis e infantis. O senso crítico cedido ou exigido, movido por qualquer livro em pauta, acaba se perdendo no caminho.


Poderia dizer que falta em muitos dos “debatedores” uma maturação ou visão crítica, mas realmente não queria acusar isso. Acho que só porque uma pessoa é recém-leitora ou lê pouco não deveria justificar, e é isso que imagino que a maioria possa interpretar =/

Já entre nós, fiéis leitores, conversamos com amigos e tal, mantemos o senso em ativa. Mas e o “além disso”, como fica? Há ainda muitos leitores por aí que estão “comendo” livros apenas por estarem pilhados à mesa. Lendo por ler.


E é claro que é importante ler, só não basta apenas... ler. Digo, no sentido de a leitura passar batida. Se fosse por isso, então deveríamos bater uma bula de remédio com mais empolgação?! É como um “esforço” sem propósito, arrisco dizer.

Acredito em livro que nos divirta, que nos traga boas histórias. Mas também acredito em livro que nos acrescente. Que ceda perspectivas, reafirme convicções, dê ideias, balanceie as emoções, nos faça questionar. Que mude, enfim. Ao nos mostrar mundos, podem ser as maiores mentiras do universo, porém, desde que nos faça acreditar, estou bem com isso.

Quem acompanha a coluna pode até achar que estou sendo repetitiva em “exaltar” os efeitos que um livro pode exercer nos leitores, mas de verdade, dessa vez, acho que vale bater novamente nessa tecla.

Não são das indagações, dos incômodos, das dúvidas que vêm as melhores percepções? Que construímos o senso?

O crescimento da leitura e visão aberta disso foi bom nesse quesito. Só que, ok, já não batemos essa meta? Acho que nos valer, por maioria, de indicações de livros já não é mais o suficiente para o momento. Afinal, conquistamos leitores.

Mas e aí... Quem está acompanhando esse... enriquecimento deles?


O nosso próprio por vezes é até esquecido, não? Pode só acontecer comigo, pode alguém ter comentado por aí, mas me diga lá se, após muito ler ou ser conhecido por ler, as pessoas pararam de perguntar sobre o que pensamos a respeito do que é tratado? Por maioria somos nós que chegamos falando de tal livro, não?

De qualquer modo, temos tido avanços também. Pouco – tão pouco talvez quanto as marcas de leitura na pesquisa sobre produtos culturais acima citada – mas, melhor que nada.

São em muitos canais (de youtube), podcasts, senão posts mesmo que vejo/ouço/leio leitores indo além de suas opiniões. Papos têm incitado debates, conversas ou pelo menos jogado umas questões a se refletir e não deixar que o que livro traz se perca.

Nesse sentido, acho que estamos prontos para pelo menos trabalhar mais isso, se a “primeira meta” já foi. Se muitos leitores ainda são “fracos” em suas ideias, o melhor que temos a fazer é saber escolher as perguntas que possam guiá-los, pois só os livros, como visto, não estão sendo o bastante para lhes abrirem os olhos.

Não é que o mundo vá mudar e buscar mais senso crítico por isso - claro - mas, de passo a passo, pra começar a mudar, tudo o que se precisa é de uma boa abordagem. E para o mundo dos livros, vocês sabem, mais vale saber apresentar um do que apenas jogar uma leitura. Até porque, no fim das contas, pode sim um livro nos tocar; no entanto, ele mesmo pode ter muito mais a oferecer do que isso de primeiro alcance.

Até a próxima,

Kleris Ribeiro. 
 
Ana Liberato