Por Sheila: Oi pessoas! Como vão todos e tod@s! Eu escrevo no feriadão de páscoa, apesar de que sei que provavelmente a resenha só vai ser postada bem depois. Mas mesmo assim, Feliz Páscoa! Comeram muito chocolate? Eu estou de dieta permanente! Então não pude aproveitar muito...
Mas, deixando minhas frustrações alimentares de lado, vamos à resenha! “Encontre-me” é o primeiro livro de uma trilogia de Romily Bernard, que será publicada pela Globo livros. Romily já havia sido considerada autora Best seller pelo The New York Times, por seu livro “Os 13 porquês”, que eu não li e não faço idéia do que se trata! Mas “Encontre-me” venceu em 2012 o prêmio Golden Heart Contest, na categoria Young Adult, o que despertou consideravelmente meu interesse.
Pois bem, Wick e Lily Tate são duas órfãs de mãe. Seu pai, é um traficante de anfetaminas foragido, uma sombra na vida das duas filhas pois, no fundo, elas sabem: ele vai voltar. Ele sempre acaba voltando. E foi o ciclo de violência ao qual elas e a mãe ficaram submetidas, que levou a mãe das duas meninas ao suicídio, e as duas à lares adotivos.
Neste último, estão vivendo com Bren e Todd, um casal suburbano que parece dar a elas uma vida perfeita. Mas Wick sabe que tudo isso não passa de fachada. Além da sombra constante do medo pelo retorno de seu pai – não se, mas quando ele voltar – está sendo perseguida por um detetive da polícia, Carson. Ou, pelo menos, é isso que Wick acha.
É estúpido ficar com medo. Ele não pode mais me pegar. Não agora que tenho essa vida nova e dourada. Meus pais adotivos parecem saídos de um conto de fadas. Minha irmã e eu vivemos na parte rica da cidade. Não sou mais a menina que Carson encaminhou ao serviço social.
Pelo menos é isso que digo e repito para mim mesma.
Além do mais, são muitas as razões que o trariam até aqui. Pode não ter nada a ver comigo. Talvez por que essa é a área que tem que vigiar. Ou por que mora perto.
Mas Wick sabe que as coisas geralmente são bem piores do que parecem – bem pelo menos tem sido assim a sua vida toda. Afinal, Carson tem motivos para achar que o pai vai contatá-la mais cedo ou mais tarde. Por que Wick não é apenas sua filha; é sua parceira.
Enquanto as outras crianças brincavam, o parceiro de seu pai, Joe, a ensinou a ser uma Hacker. E seu pai pode precisar de seus serviços mais uma vez. Além disso, Wick continua hackeando escondido, para poder juntar dinheiro, contando com o dia em que ela e a irmã terão de fazer as malas e fugir. E Wick sabe que, se for pega, será enviada para longe da irmã.
Só que Lily ainda é muito nova e, apesar de ter sofrido as mesmas privações que Wick, só quer ter uma vida normal junto aos novos pais adotivos, onde elas finalmente parecem estar se encaixando. Bom, pelo menos Lily esta, e tenta convencer a irmã.
- Wick, o certo é pensar que os policiais são bons.
Claro que são, penso eu. E os pais estão lá quando precisamos deles, os professores d preocupam com você e algum dia seu príncipe encantado vai chegar. Mas Lily conhece todas essas mentiras, então não falo nada. À meia-luz, minha irmã está tremendo. Mais um pouco e ela se estilhaça.
- Ah sim, geralmente são.
Mas esse não é. As palavras não ditas balançam entre nós, suspensas como luzes estroboscópicas.
Acontece que Wick não consegue mais acreditar. E, como se não bastasse a perseguição de Carson, que tem visitado a casa onde agora moram altas horas da madrugada, Wick encontra em frente a porta da frente um diário. Mas esse não é um diário qualquer. É o diário de Tessa Wayne, alguém que, há um bilhão de anos atrás, fora sua amiga – sua melhor amiga – até seu pai estragar tudo indo buscá-la bêbado, e o pai de Tessa proibir que as duas andassem juntas.
Sei de quem é o diário. A escrita é corrida, mas reconheço os contornos gordos das letras mesmo antes de ver o nome escrito no fim da página. Ela costumava escrever em todas as minhas pastas. Parecia que todas as minhas coisas eram dela nunca dei bola. Era como se fosse dela (...) Não sei por que viro outra página, mas faço isso e lá está – um post it amarelo colado sobre um dia qualquer de quarta-feira. Ele diz:
Encontre-me.
Enquanto tenta buscar algum sentido no diário que encontrou, Wick vai para escola e recebe uma notícia aterradora: Tessa, sua antiga amiga, a dona do diário que estava em sua posse, estava morta. Havia cometido suicídio e, aparentemente, ninguém sabia o motivo, já que ela era uma adolescente que tinha a vida perfeita.
Começa então uma caçada por respostas para Wick, e uma série de acontecimentos que deixarão sua vida de ponta cabeça. Quem teria lhe deixado o diário? O que suas páginas lhe revelariam? Em quem confiar em sua jornada em busca do que aconteceu a Tessa – e de que forma isso tudo esta relacionado a ela e sua irmã Lily?
“Encontre-me” é um suspense psicológico muito bem construído, que envolve o leitor da primeira a última página, onde todos os acontecimentos parecem ser essenciais à trama – e onde o que parece nem sempre é.
Narrado em primeira pessoa – o que a princípio me soou como algo negativo – é importante que assim seja, já que toda a trama se desenrola em torno de Wick, seus pensamentos mais íntimos, sentimentos, preocupações.
Apesar de ser uma trilogia, e autora deixar claro nos últimos parágrafos que haverá uma continuação a trama tem um fim em si mesma, e poderia ter acabado neste primeiro livro – você não terá que ler os próximos dois para saber como a história termina. Gostei muito e recomendo!
Nuna tinha ouvido(lido) falar desse livro... Mas adorei sua resenha :D
ResponderExcluirxoxo
foradocontextoo.blogspot.com
Não tinha ouvido falar, mas parece ser bastante interessante!
ResponderExcluirAmei a resenha, você escreve muito bem! =D
bjs,
http://contos-de-duas-doidas.blogspot.com.br/