quarta-feira, 28 de maio de 2014

Resenha: "Manuscritos do Mar Morto" (Adam Blake)

Por Sheila: Oi todo mundo! Como vão? Muito calor por ai? Aqui eu tenho me sentindo num forninho ... E com muitas, mas muitas resenhas meio atrasadinhas, como essa de hoje por exemplo. Já notei que as resenhas que mais demoram para "sair" são justamente aquelas em que os livros acabam me impactando mais - positiva ou negativamente. E "Manuscritos do Mar Morto", bom, ele é um desses livros. 

Antes da resenha uma curiosidade: Adam Blake é um pseudônimo, de um aclamado autor inglês ... eu confesso que não faço idéia de quem possa ter escrito este livro. Há algumas teorias "rolando" por aí, mas até agora nenhuma me convenceu. E você? Já leu o livro? Tem algum palpite?

Mas chega de enrolar. vamos à resenha! Primeiramente, deletem a sinopse do skoob (se vocês sabem o que é, se não desconsiderem ...) Heather Kennedy é uma policial ambiciosa, mas não é por isso que vem enfrentando problemas com seus colegas de trabalho, e sim por que envolveu-se em uma situação com uma vítima fatal, em que negou-se a mentir para encobrir seus colegas.

Relegada ao ostracismo em seu local de trabalho, é por isso que a morte de um professordo Prince Regent’s College, Stuart Barlow, acaba em suas mãos: por que a polícia parece ter feito uma M# bem grande, e ninguém mais quer assumir o caso - nem mesmo a própria Heather.
A foto mostrava um homem morto esparramado ao pé da escada. O enquadramento da cena era perfeito e a nitidez, total, e ninguém parecia ter notado  coisa mais interessante a respeito dela, mas ainda assim não causava a Heather Kennedy nada semelhante a entusiasmo.

Ela fechou a pasta de papel manilha novamente e empurrou-a sobre a mesa. Não havia mesmo muito mais que olhar nela.

- Não quero – disse.
Só que Heather não tem escolha - e sabe disso. Assim, acaba não só com o caso, mas tendo de ser a "babá" de um novo colega transferido, Chris Harper. O caso mostra-se excessivamente intrincado: uma morte aparentemente por acidente, queda de escada, mostra-se um acidente planejado pela perícia médica, fazendo com que o caso seja reaberto.

Além disso, a própria irmã do professor Stuart não acreditou na primeira solução para o caso já que, segundo ela, o irmão vinha sendo perseguido e ameaçado. Mas as provas são inconclusivas, e Heather fica na dúvida: terá ocorrido um assassinato, ou o professor apenas tinha uma mania de perseguição que pode, inclusive, ter precipitado sua queda?

Mas não é só Heather que está em uma investigação: Tillman é um homem sem família. Ela simplesmente desapareceu, sem explicação, num dia como qualquer outro há muitos anos atrás. A única pista de Tilman é um nome que se repete: é o misterioso Brand que, assim como aparece, some de cena sem deixar um único vestígio. Tillman vem caçando seu rastro há anos, sem nunca obter sucesso, como se estivesse sempre um passo atrás de sua presa.
Nos sonhos de Leo Tillman, sua esposa  e filhos estavam vivos e mortos ao mesmo tempo. Conseqüentemente, essas imagens não tinham quase nada em que se apoiar – uns detalhes minúsculos que faiscavam criando associações erradas em seu subconsciente – e descambavam para pesadelos. Eram muito escassas as noites em que ele conseguia dormir até de manhã. Não poucas alvoradas o encontravam já acordado, sentado na beira da cama, desmontando e limpando seu revólver Ùnica ou vasculhando bancos de dados on-line na esperança de uma descoberta.
Outros acadêmicos  são mortos , e o único elo de ligação entre os três parecem ser os Manuscritos do Mar Morto, que são uma descoberta relativamente antiga no mundo dos caçadores de tesouros arqueológicos. Então o que teriam estes três acadêmicos descoberto de novo, que justifique sua morte? Agora Heather, a policial, e Tillman, o quase fora da lei, vão unir esforços para tentar descobrir o que esta por trás deste mistério.

Manuscritos do Mar Morto é um Thriller muito bem escrito; consegue envolver o leitor em todas as suas 480 páginas, ser coerente, não deixar nenhuma ponta solta. A química entre os dois personagens principais, a policial Heather e o pistoleiro Tillman é ótima. Mas ... (vocês sabiam que viria um mas?) fiquei um pouco frustrada. E sabem por que? Por causa da sinopse do skoob.

Bom, a sinopse do skoob compara o livro com "O Código da Vinci" por isso esperei que fosse um livro muito semelhante, e isso me frustrou. Mas, fora isso, o livro é muito bom, com suas características distintas, tendo em comum a temática religiosa - e um enigma envolvendo um segredo inimaginável.

Abraços a todos e tod@s!

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Ana Liberato