Por Sheila: Oi todo mundo! Como estão? Eu estou muito
feliz,escrevendo no último dia de feriadão de páscoa e cumprindo com a minha
meta de cinco-resenhas-no-feriado! Ok, eu ainda tenho outras nove resenhas para
fazer, mas pelo menos agora não me sinto mais DESESPERADA. Como há um defasagem
de tempo entre eu colocá-la em rascunho e ser publicada (quem decide isso é a
Junny, a administradora e dona do blog) eu não sei de quando falo com vocês mas
mesmo assim ... feliz páscoa! (de novo!)
Li o livro que vou resenhar para vocês já há um tempinho,
mas sofro da maldição como-é-difícil-falar-de-obras-que-nos-cativam, motivo
pelo qual demorei para me animar a começar a escrever sobre este livro em
particular. Mas vamos lá! Vocês se lembram do John Boyne? Aquele que escreveu
“O garoto do pijama listrado”? Pois então, eu descobri que ele já escrevia
antes deste livro “estourar”. Ou seja, “O ladrão do tempo” é um livro anterior.
Na trama, vamos conhecer as inúmeras vidas de Matthieu Zéla.
Sim inúmeras. Não por que ele tenha de fato vivido inúmeras vidas, mas por que
ele não envelhece, o que o faz viver um período muito superior ao de um ser
humano normal, e viver um sem fim de
experiências.
Eu não morro. Apenas fico mais e mais velho.
Se você me visse hoje, com certeza diria que sou um homem perto dos cinqüenta anos. Meço exatamente um metro e oitenta e quatro – uma estatura perfeitamente aceitável para qualquer homem, você há de concordar comigo (...) tive a sorte de meu cabelo – antes espesso, escuro e abençoado com uma ondulação sutil – ter resistido a tentação de cair todo de uma vez; ele só ficou um pouco mais ralo no alto da cabeça e assumiu um tom grisalho bastante atraente.
Atualmente, ele é um dos donos de uma emissora de televisão,
e tem de dar conta da eminente demissão de uma de suas melhores repórteres e
com seu sobrinho Tommy, uma celebridade juvenil que vem demonstrando um
preocupante envolvimento com uso de entorpecentes.
Bom, na verdade ... não fica tão preocupado assim. Afinal,
essa é a sina dos DuMarqué: nenhuma deles nunca consegue ultrapassar os vinte e
poucos anos, como se uma maldição tivesse sido lançada sob a família.
Voltando no passado, Matthieu era francês, e vivia com a mãe
e o pai em Paris, até que este morreu assassinado. Depois disso, a mãe casou-se
novamente com Philippe DuMarqué. Só que ele não era um bom marido nem padrasto.
Frequentemente, espancava a mulher e enteado, até o dia em que passou dos
limites e matou a esposa. A ultima coisa que Matthieu viu da França, foi o
enforcamento do padrasto, indo embora com as roupas do corpo e o meio-irmão
Tomas.
Foi no barco que pegou para Dover, que conheceu Dominique
Sauvet, uma adolescente como ele – só contava com 15 anos quando empreendeu
essa jornada. Só que ela era mais velha. E mais experiente. E, após uma noite
passada juntos, passaram a morar e viajar juntos, apesar de nunca mais terem
compartilhado da mesma cama após aquela noite.
Naquela noite, porém, tive uma surpresa desagradável. Dominique ordenou que eu dormisse no chão com Tomas (...) Quis perguntar o que havia de errado, porque de repente ela me rejeitava daquela maneira, mas não consegui encontrar as palavras ... eu já pensava em como queria cuidar dela, ficar ao seu lado para sempre, mas hoje não tenho dúvidas de que ela achava que, como eu tinha apenas quinze anos, se quisesse algum futuro neste mundo, provavelmente não conseguiria comigo.
Assim, no restante da narrativa, vamos acompanhar Matthieu
com as alegrias e tragédias envolvendo seu primeiro amor, as diversas outras
vidas que viveu ao longo de seus mais de duzentos anos, seus inúmeros
casamentos e, principalmente, a morte trágica de muitos Tomas e Tommys DuMarqué.
Sua vida atual e a primeira delas, junto com seu meu irmão
Tomas e Dominique, vai sendo contada aos poucos, ao longo do livro, recheada
por diversas histórias paralelas de sua vida pelo mundo, realizações, mas
também algumas tragédias, da construção de grandes museus, à Revolução Francesa
e a perda de um dos Tomas para a Guilhotina.
Para mim, foi impossível tirar os olhos das páginas do
livro. John Boyle conseguiu construir
uma narrativa cativante, com um ritmo absolutamente perfeito, fazendo com que todas
as 560 páginas fossem prazerosas e
proveitosas.
As reflexões de Matthieu, seus erros e acertos, tornaram a
obra – ao menos para mim – cativante! Recomendo!
.
Não conhecia o livro, depois vou ver se o consigo para ler. 560 páginas e você conseguir ler com rapidez. Deve ser bom.
ResponderExcluirE eu achando que o cara só escrevia partindo do ponto de vista de crianças. entrou pra minha lista esse :)
ResponderExcluirEsse escritor deve ser bom porque já ouvi bastante falando dele e enho muita vontade de ler o Menino Do Pijama Listrado mas por enquanto só assisti ao filme. Tem bastante páginas e pela resenha achei que o livro não perde o ritmo, mais um na listinha pra ler.
ResponderExcluirAmooooo os livros desse autor! Eles, como você diz, fazem a gente não tirar os olhos das páginas do livro *-* kkkk Essa capa me lembrou o menino do pijama listrado kkkkk Beijooos!
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