sexta-feira, 20 de junho de 2014

Resenha: "Quando eu era Joe" (Keren David)

Por Sheila: Oi pessoas, como estão? Trago a vocês hoje o romance de estreia de Keren David, o primeiro de uma série de três – sendo que o próximo livro tem sua previsão de lançamento para julho de 2015 L. Vou esperar ansiosa que a Novo Concito nos envie o próximo exemplar de cortesia...

Ty Lewis é um garoto de 14 anos, que parecia estar no lugar errado, na hora errada. Instado a fazer “a coisa certa” por sua avó – a quem considera mais sua mãe do que Nicki, sua mãe de fato – eles procuram a polícia e descobrem que Ty pode estar em perigo.

Afinal, ele presenciou a morte de outro garoto, também com 14 anos, e parece que os responsáveis pelo ocorrido não só sabem quem ele é, mas farão o que estiver a seu alcance para garantir que Ty não testemunhe a respeito do que viu naquela noite fatídica.
- Vamos – grita o policial. – Rápido, desçam!
Descemos correndo a escada íngreme que leva à rua, arrastando nossas malas conosco. Na metade do caminho, ouvimos um enorme estampido. Quase tropeço, e o prédio inteiro parece tremer. Um som crepitante, um cheiro sufocante... e há fumaça... fumaça subindo pelo vão da escada... mas conseguimos chegar ao térreo e saímos para a noite.
Só que eles não estão mais seguros. A explosão em seu prédio foi só um indício de até onde a família do garoto responsável pela morte que Ty presenciou está disposta a ir. Pela experiência da polícia, Ty e sua mãe Nicki estão correndo sério risco de vida, e precisarão entrar para o programa de proteção à testemunha.

Agora, Ty se tornará Joe, e irá morar com sua mãe na pequena cidade acerca de 80 kilômetros de Londres, onde moravam até então. Joe será um ano mais novo que Ty, terá de repetir o oitavo ano. Além disso, seu cabelo e sobrancelha foram escurecidos, assim como seus olhos – de verde-claro para castanho, com um par de lentes de contato.

Ajudando-os, estão os detetives Maureen, responsável pela mudança do visual de ty e Nicki – que não ficou nem um pouco feliz com o seu novo look; e Doug que tem muito pouca paciência com as reclamações dos dois, Nicki com a perda de seus amigos e trabalho. Ty tendo que iniciar do zero na nova escola, Academia Parkview.
A escola é o único lugar onde me sinto tranquilo. Fora dela, estou sempre na expectativa de lojas explodindo e bandidos surgindo das sombras. É exaustivo, pois nada jamais acontece, então estou gastando uma tremenda energia ficando constantemente ligado e me preocupando.
Mas quando cruzo o portão da escola, me sinto melhor. Ninguém vai me achar aqui. Estou camuflado no meio de centenas de crianças, todas vestidas do mesmo jeito. Não é como em Londres, onde todo mundo é diferente. No pátio, a maioria tem a mesma cor, o mesmo visual. Nunca imaginei que era possível ser tão invisível.
Ty também irá descobrir que há outras vantagens em ser Joe. Por estar em uma série anterior, ele já sabe todas as respostas. Por ser mais velho, se sobressai de seus colegas e chama a atenção das meninas de sua classe. Seu novo visual, assim como sua transferência repentina e misteriosa à escola, fazem-no assumir um ar misterioso.

Agora, ele é popular, começa a se destacar nos esportes e desentender-se com outros colegas valentões de sua escola – ele que deveria permanecer escondido, incógnito e praticamente invisível. Além disso, as coisas em casa também não vão bem. Nicki também não está se adaptando à nova vida, sobrecarregando Ty que precisa cuidar dos dois.

Em meio aos primeiros romances adolescentes, Ty, agora Joe, terá que pesar seus sentimentos e aprender a viver mentindo – apesar de que vamos descobrir de que talvez haja mais coisas que ele esconde. Ou será mais grave o que a polícia vem escondendo deles?

“Quando eu era Joe” é um romance policial envolvente, muitas vezes tenso, em que mergulhamos no complexo mundo adolescente do protagonista, em meio a sua busca de uma identidade, em meio às mentiras que precisa contar. Quais são necessárias à sua sobrevivência? Em que momento precisa ser honesto? Afinal de contas, quem ele é? E quem quer ser?

Fora o livro ser narrado em primeira pessoa, o que as vezes faz com que a leitura se torne um pouco cansativa – ao menos para mim que não gosto muito deste tipo de narrativa – fiquei empolgada com o livro e curiosa pela continuação. Recomendo.


comentários

  1. Oi Sheila, sei que este livro fez um sucesso quando foi lançado, e esta é a primeira resenha que leio sobre. Fiquei empolgada, não sabia que se trata de um romance policial. Fiquei curiosa para lê-lo, espero conhecer a história de Joe/Ty e acompanhar sua nova vida, haha. Beijos

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Ana Liberato