Por Sheila: Oi pessoas! Trago a vocês hoje a resenha do novo livro de Georgette Silen. O quê? Vocês não sabem quem ela é? Bom, eu também não sabia até me deparar com “O Cântico do Súcubo”, mas agora pretendo seguir mais de perto os trabalhos desta autora!
Ok, pausa para uma pequena biografia. Estamos falando de uma Arte Educadora e professora teatral que enveredou pelo campo da literatura há pouco, apenas em 2009. De sua autoria, temos a série Lázaros da qual nunca ouvi falar, As crônicas de Kira menos ainda, Fábulas ao anoitecer e, agora, O Cântico do Súcubo.
Vocês não sabem o que é um Súcubo? Bom, eu também não sabia e, infelizmente, não posso contar, vocês terão de ler o livro para saber. O que na verdade é relativamente fácil já que, por sua extensão, a história assemelha-se mais a um conto.
Mas vamos a ela. No início da narrativa, estamos em uma estrada e é noite (sim, é sempre à noite que criaturas pérfidas aparecem para atemorizar e surpreender os incautos ...). Não sabemos quem é o viajante, já que num primeiro momento não lhe somos apresentados. No entanto, pela descrição de sua vestimenta, podemos inferir tratar-se de detentor de funções eclesiásticas.
A noite quente de verão, aliada a alguns infortúnios do trajeto, não oferecia nenhum alento. A viagem fora longa. O hábito grosso, escuro, inapropriado ao tempo, mas adequado à função do viajante, contribuía para o suor excessivo que se acumulava nas dobras de seu corpo. Sua solitária figura procurava distinguir, entre os arbustos iluminados pela lua, possíveis buracos ou depressões que pudessem causar danos à montaria.
Sim ele está numa estrada escura, à noite, e é óbvio que alguma coisa vai dar errado. Na verdade, muito, muito errado para esse jovem – sim, ele é bastante jovem ainda – eclesiasta. E aqui começa a minha dúvida e martírio em iniciar esta resenha: como contar mais da trama sem estragar o final, já que ela possui apenas 65 páginas?
Bom caro leitor, mesmo correndo o risco de, ao final, ter uma resenha um tanto quanto “enxuta” decido parar por aqui e deixar a você imaginar o que o jovem frade encontrou na escuridão – ou o que o encontrou.
Das minhas impressões, posso dizer estar agradavelmente surpreendida. Georgette consegue utilizar-se da dose certa de suspense e mistério, num ritmo que se adéqua perfeitamente ao número de páginas do livro. Suas frases são muito bem construídas e o desenrolar da história e desfecho bem elaborados, sem nenhuma ponta solta.
Ah, e um aviso importante: há algumas partes (muitas delas, na realidade) beeeeeem picantes, então não deixem as crianças lerem! No mais, confiram o trabalho desta autora, realmente vale a pena. Recomendo!
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