A coluna "Minhas Palavras" apresenta textos originais, de diversos temas, produzidos pela equipe do Dear Book.
POR: Raquel Morelli
(Colunista de Cinema)
Ele e ela juntos já era um clichê de tanto tempo que fazia. Ele não era nada sem ela e ela não era nada sem ele. Já estavam todos acostumados que um só andava com o outro do lado.
Imagem: Google |
A avó dizia, aos risos: "Minha filha, você não aparece mais aqui. E quando aparece, é só com ele. Seu tempo é dele, não é mesmo?"
E claro que era.
Gostavam de estar juntos, gostavam do bem que um fazia para outro. Se dá pra viver junto, sem se desgrudar, de uma forma gostosa, então pra quê se desgrudar?
Eram dois em um.
Era gostoso de ver o belo par que formavam, sempre na mesma sintonia. Sempre aos risos, sempre um dando a mão para o outro ao caminhar, ao resolver um problema.
Amor bonito a gente gosta de ver.
As pessoas que observavam na rua achavam que era apenas aquela fase de início de namoro. Mas não era, era mais. Era a intimidade pura do longo relacionamento saudável.
Eles sabiam de suas diferenças e sabiam ser dois, separadamente. Sempre lidaram bem com isso. E então, por causa disso se tornaram um. Um coração, uma vida, um único amor. Daquele tipo de amor difícil de explicar.
Explicação não há. Destino, vidas passadas ou apenas sorte?
Sortudos sim, por terem se encontrado.
Ao longo dos anos, descobriram e compartilharam a peça chave de um relacionamento: a intimidade. Não apenas aquela intimidade carnal, mas a intimidade plena, aquela que se pode falar sobre tudo com a pessoa amada. A intimidade do diálogo, para que a relação seja sempre saudável.
Íntimos de corpo e de alma.
Quanto ao corpo, a velha sensação do novo a cada toque, a cada carícia.
Já se conhecem o suficiente para ter liberdade com o corpo do outro. É delicioso conhecer cada detalhe de alguém. É maravilhoso poder tocar sempre em um mesmo corpo amado. Já sabem as manhas, os segredos, as malícias.
Enfim, já sabem como ser apenas um.
Um em dois e não dois em um.
É quase uma alma que se dividiu por esses dois corpos e agora se unificou novamente, não deixando as diferenças de lado.
E assim ele e ela seguem, tornando-se eles. Sempre eles. Sempre juntos, nunca longe, nessa longa caminhada gostosa que é fazer ao lado do verdadeiro amor que te dá a oportunidade de ser um em dois.
(OBS: O texto termina aqui, mas fica o convite para quem quiser visitar meu novo blog, que publico em primeira mão no Dear Book: http://textosraquel.blogspot.com
Ele ainda está em processo de formação, mas já postei alguns textos :D)
Li escutando Clarice Falcão. <3
ResponderExcluirMuito singelo e meigo esse texto, parabéns. Mas está cada vez mais difícil encontrar casos assim. Espero que eles estejam escondidos por aí, apenas sendo felizes.
Também escrevo. Se quiser dar uma olhada, abre esse link:
omundodeamandab.blogspot.com
Raquel, que texto sensacional...achei fabuloso, tão rico e ao msmo tempo tao cativante..parabéns...
ResponderExcluirbjs