Por Kleris:
Oggi passeggiamo attraverso l'Italia
napoletana! Si prega di consultare google traduttore. Voltarei a ressaltar esse ponto.
Arrabal
e o capitão são irmãos gêmeos, vivem suas vidas de acordo com seus anseios, sem
um tocar na imagem do outro. Arrabal é Giuseppe, um artista, um poeta, um ator
da região, que encontra nas artes a verdadeira paixão de ser e viver; na outra
figurinha, o capitão é Giordano, aquele mais sério, que preza pela lealdade e
responsabilidade que é trabalhar na guarda real.
Com
artimanhas, eles dão um jeito de nunca estar no mesmo lugar e assim evitar
maiores desgraças para a família Romanelli – para o pai, Carlo, que nega a
profissão (e presença) de Giuseppe; para a mãe, Gioconda, que sofre dos nervos.
Ao que parece, algo desandou nessa família e separou os irmãos de vez. Isso até
a trupe de teatro reaparecer na cidade na mesma época da volta da guarda real e
Luigia Di Medinacelli se encantar por esses belos ragazzi.
Giordano não desviava dela os olhos, podia sentir. E então Luigia, desistiu de recuar. Desejava também ela olhar os olhos e foi o que ela simplesmente fez.
— Desculpe-me – Luigia iniciou, sorrindo – mas preciso lhe fazer uma pergunta.
— Se eu puder responder.
— Conheci um homem na semana passada... – decidindo ir direto á questão, perguntou: — O senhor tem um irmão gêmeo?
Giordano estacou. Luigia não compreendeu quando ele começou a rir de forma sarcástica. Ele novamente, ele pensou. Não adiantara permitir que ele vivesse a vida que desejava; não bastava protegê-lo com seu silêncio dos olhos do pai. Lá estava ele novamente se interpondo entre Giordano e o que de sincero pudesse desejar.
Acontece
que as famílias queriam rearranjar Luigia – jovem, viúva e sem filhos – com
Giordano, mas não podiam contar que ela teria suas preferências, seus ideais.
Conhecera Arrabal, o poeta, numa noite que escapou para ver o teatro de praça,
e então, sendo a única que o vira sem máscara, fica num dilema, pois também
começa a gostar deste homem que lhe destinaram a marido.
Transportada
para o século XVIII, fui arrebata por muitas personalidades napolitanas.
Confundi várias delas até pegar o jeito de cada um. Com jeitinho e onisciência,
Marisa vai nos apresentando a eles ao longo de toda a narrativa, pois cada um
tem sua história e seu momento.
Por outro lado, houve outros instantes em que “me perdi”, mas não era por não
reconhecer as figuras em cena ou mesmo por não entender os acontecimentos. Me senti sem
foco. Embora tenha gostado muito da ambientação e das tramas paralelas, o ponto
em que a Marisa queria chegar era muito nebuloso para eu adivinhar, as coisas
aconteciam, revolviam, iam de um lado para o outro e eu não via onde ia dar.
Foi estranho porque realmente parecia não ter foco a história. Parecia até que
a principal era mal aproveitada. Parecia.
Aí
a Marisa me pegou. Melhor, a mulher me derrubou!
Gostei
bastante. Um livro pretensioso sem ser exagerado, rico em detalhes e histórias,
dados seguros e pontuados. A desenvoltura é ótema e de diversas abordagens –
máscaras pessoais e produções artísticas são os pontos altos.
— A máscara. Por que não a tira? Deve ser incômodo.
— Ah, a máscara... A máscara, claro! Não, marchesa, ao contrário! Esta máscara é, digamos assim, parte de mim. Estou tão habituado a usá-la que quando tenho de tirá-la é como se tivesse arrancando parte de meu rosto.
Mas
tem outra coisa que devo mencionar: a edição.
A
capa faz parecer que é um romance histórico bem clichê, que resume a história em um triângulo amoroso de uma mulher e dois irmãos que não se gostam. Não dei
muito por ter a figura da mulher na capa, acho que concentra esse clichê desnecessário ao contexto – minha opinião pode estar comprometida nesse sentido
por eu não gostar da personagem Luigia (sou mais a Vitty), mas talvez isso
também seja outros quinhentos.
O
que me incomodou de verdade foram as passagens em italiano (e umas poucas vezes
em francês). Longe de mim desmerecer o trabalho da Marisa e da produção nesse
quesito, só acho que isso exige um pouco do leitor sem ceder um apoio. Eu sei
que muitas pessoas não gostam de notas de rodapé ou explicativas, porém, nesse
caso, acho que seriam bem necessárias.
Arrabal enlaçara Vittoria, suavemente, pela cintura. A marquesa podia sentir nele cheiro de flor, de terra molhada. Podia ver agora de perto seus olhos iluminados por entre as frestas da máscara, olhos de um azul mediterrâneo intenso. Era lindo, másculo, delicadamente sedutor.
— Só Arlecchino pode levá-la aonde deseja ir.
— Por que supõe que desejo ir a algum lugar? – articulou ela, com esforço.
— Está escrito em seus olhos. Pulsa em sua respiração – disse ele, começando a desfazer-lhe o laço do vestido. – Chi desidera sognare i miei sogni? Chi desidera i miei sogni da sognare?
Nem sempre havia no texto corrido a tradução das expressões e por isso passei a leitura toda com um app do Google Tradutor do lado (o que não me garantia muito, vide a menção que fiz lá em cima). Para o contexto do livro, essas passagens eram um toque bem legal. Às vezes davam até uma impressão de ser traduzido.
É
certamente um livro que eu gostaria de ler uma continuação, pois deixa uns panos pra camisa (não pontas soltas), mas ele como único, eu posso aceitar. Fica
a dica, moça Marisa, vai que spin-offs calhem de vir. Adoraria saber de outras
aventuras da trupe (saudades já) – principalmente da Vittoria (já disse que
gostei mais da Vitty?) – e mais do destino sobre essa escolha que o livro
guarda.
Deixe uma leitora
sonhar...
Até
a próxima o/
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