quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Resenha: "The Dig" (Audrey Hard)

Sinopse: Zoe Calder sempre foi meio excluída. Aluna de um internato desde que seus pais morreram, Zoe se enterra em estudos sobre mundos antigos. E o que mais a entusiasma, é passar o verão em escavações com seus tios arqueologistas. E um dia, durante uma investigação em um recém-descoberto templo em Creta, Zoe descobre um artefato luminoso que a transporta para a Grécia antiga.  Zoe descobre rapidamente que os deuses do Olímpio são reais, humanos com poderes misteriosos... Poderes que Zoe também chegou a possuir. No entanto, quando o povo da Grécia Antiga confunde Zoe com uma olimpiana, os deuses percebem que o equilíbrio do mundo antigo foi atingido e eles devem restaurá-lo o mais rápido possível.  Zoe é forçada a jogar um jogo perigoso e confuso assim que Hera coloca os deuses contra ela – menos Zeus, o deus jovem e belo que arrisca tudo para salvá-la.  Zoe se vê na Grécia antiga, lutando contra o poder do Olímpio e a vingança de uma deusa desprezada – tudo por um estranho garoto que ela veio a se apaixonar.
Fonte: Tradução livre de GoodReads
Por Eliel: Surpreso, é como posso me descrever ao ler esse livro. Começando por receber um convite da própria autora para resenhar a sua série de estréia sob o pseudônimo de Audrey Hart. A principio, sou um pouco preconceituoso quanto à releituras da Mitologia Grega, então não esperava que fosse tão bom. Li o primeiro capítulo e praticamente tinha que ler os outros. A leitura foi um pouco demorada em função da barreira linguística, meu inglês é bem bom, mas ler um livro fora do seu idioma materno dá um pouco de preguiça (principalmente para quem tem listas intermináveis de leitura).
"E não há nada mais perigoso neste mundo, em qualquer mundo, do que alguém calmo, claro e com raiva".
Mas como a maioria das releituras, esse tem uma nova forma de apresentar os mitos, uma abordagem bem mais contemporânea e pode parecer que se distanciam do original, e de fato o faz, até porque os grandes deuses olimpianos são adolescentes em idade escolar.

A personagem principal, Zoe, é muito racional e verdadeira. Gostei muito dessas características que permitem que ela não seja do tipo de personagem que acredita no inacreditável logo de início, com um humor ácido ela tenta se convencer o tempo todo de que não está na Grécia Antiga até que tem reações bem verdadeiras, caso alguém um dia se encontrasse na mesma situação, ou seja, ela pira.
"O amor é chato assim. Leva embora seu sentido de humor e auto-preservação".
A estória é repleta de altos e baixos e em alguns momentos dá até para adivinhar o desfecho de alguns personagens, mas não se iludam e aguardem as surpresas. Escrito com um tom leve e bem humorado e narrado através dos olhos de Zoe, que é um insegura e não faz amigos com facilidade e lhe falta autoconfiança. Seus pais estão mortos e agora ela vive com seus tios arqueólogos, nas férias de verão ela os acompanha em escavações. Zeus é um jovem forte, bonito. Ele está entediado e esta à procura de algo diferente. Quando ele põe os olhos em Zoe, ele percebe que ela é exatamente o que ele está procurando. O único problema é que ela não sabe que ele é um deus grego e não um deus qualquer, mas o rei dos deuses. Receita para uma aventura histórica.

No geral, uma leitura bem agradável e leve que vai agradar os fascinados por Mitologia Grega, altamente recomendado. Agora, para os leitores do Brasil nos resta aguardar a tradução dessa trilogia. O segundo volume ainda não foi publicado nos Estados Unidos.

P.S.: Quotes em tradução livre.

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Ana Liberato