quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Resenha: " A Rainha do Castelo de Ar" (Stieg Larson)

Por Sheila: Oi pessoas como estão? Trago a vocês hoje a resenha do último volume da trilogia “Millenium”, que começou com “Os Homens que não amavam as mulheres”, seguido por “A menina que brincava com fogo” e hoje – finalmente! Confessem, vocês acharam que eu nunca ia escrever a última resenha – “A Rainha do Castelo de Ar”.

Como sempre, o tema do livro de Stieg Larson é altamente político, envolvendo no primeiro livro o desaparecimento de Harriet da família Vanger e a questão da violência contra as mulheres na Suécia (onde o livro se ambienta) e no mundo. Já no segundo livro, veremos Lisbeth Salander sendo cassada como uma criminosa mentalmente instável.

O último volume da trilogia dá sequência às descobertas realizadas no segundo livro, e as conseqüências disso para o governo sueco em primeira instância e para Lisbeth. No segundo livro, deixamos Mikael Blomkovist às voltas com Lisbeth, após esta ter tido um confronto quase mortal com o perigoso espião russo Fredrik Torstensson – seu pai.

Após a caçada empreendida à Lisbeth por todo o país, como uma assassina implacável e perigosa, ela sabia que a única forma de reaver sua vida era encontrando seu pai. Mas o desfecho dessa dupla caçada foi imprevisível – tanto que pegou a inspetora Sonja Modig, avisada as quatro da manhã em sua casa, enquanto dormia ao lado do marido, totalmente desprevenida.
- Desastre absoluto nos lados de Trollhattan – declamou seu chefe, sem outro tipo de cumprimento. – O X2000 para Goteborg sai as 5h10.
- O que aconteceu?
- O Blomkvist encontrou a Salander, o Niedermann e o Zalachenko. Esta detido por desacato à autoridade, resistência e porte ilegal de arma. A Salander foi levada para o hospital Sahlgrenska com uma bala na cabeça. O Zalachenko está no Sahlgrenska com um machado na cara. O Niedermann está a solta por ai. Matou um policial esta noite.
Sonja Modig pisou duas vezes e sentiu cansaço. Antes de mais nada, sua vontade era voltar para a cama e tirar um mês de férias.
Mikael esta algemado, pois o agente Paulsson que o acompanhava não quis escutá-lo, o que custou a morte do agente Gunnar Andreson, e quase fez com que chegassem tarde demais para tentar ajudar Lisbeth.

Apesar da insistência de Mikael em defender Salander, as acusações parecem pesar contra ela, principalmente por que um dos assassinados e Nils Bjurman seu antigo tutor, e que abusou de Lisbeth sexualmente. Aliado a isso, houve toda uma mídia “negativa” do caso, produzida por Richard Ekstrom e sua tentativa de gerar sensacionalismo – e também sobresair-se, claro.
Richard Ekstrom, o responsável pelo inquérito preliminar, estava um tanto ansioso ... Durante um mês, ele fora o responsável pela investigação preliminar, o homem que caçava Lisbeth Salander. Ele a tinha descrito abertamente como uma psicopata, uma doente mental perigosa para a população. Tinha deixado vazar informações que seriam vantajosas para ele num eventual processo. Tudo parecia as mil maravilhas.
Na sua cabeça, não havia dúvida de que Lisbeth Salander era de fatoculpada do triplo homicídio e que o processp resultaria numa vitória tranqüila, uma mera encenação de marketing com ele próprio no papel principal.
No entanto, apesar das tentativas de Mikael de tentar explicar às autoridades a trama em que Lisbeth foi envolvida, devido às tentativas de Nils de se vingar de sua tutelada, e de seu pai de livrar-se dela, de uma vez por todas, os agentes não conseguem ser convencidos com facilidade. Afinal, uma trama envolvendo um ex espião russo – Zalachenko – e uma perigosa trama de espionagem e contra-espionagem, parece uma história muito fantástica. Mas Bublanski, um dos encarregados das investigações, acredita. E tentará provar. 
Bublanski se inclinou para frente e assumiu um ar confidencial.
- Richard ... a questão é a seguinte. A Lisbeth Salander foi vítima de uma serie de abusos judiciários, que tiveram inicio quando ela não passava de uma criança. Não pretendo deixar que isso continue. Você pode escolher me afastar das investigações, mas neste caso vou ser obrigado a escrever um relatório.
Agora, Salander terá de provar sua inocência – de dentro do hospital após de levar três tiros no corpo, um deles na cabeça. Mas ela não estará sozinha, terá Mikael, sua irmã advogada e o investigador Bublanski a seu favor. Mas isso será o suficiente?

Bom, só você lendo este livro até o fim para saber! Esta é uma trilogia que realmente vale a pena ser lida, pela escrita impecável, pela trama super bem elaborada e pelo final, que não chega a ser surpreendente, mas que com certeza é real. A trilogia toda nos faz sentir que estamos lidando com uma história que podia de fato ter acontecido.

Apesar das partes densas, e da minha dificuldade em lidar com os nomes dos personagens – afinal, o autor é Sueco – isso de forma alguma pesa no momento de avaliar a obra. Pena que Stieg Larson faleceu antes de nos brindar com outras histórias tão magníficas quanto esta.

Recomendadíssimo! Abraços, e obrigada a Cia das Letras por nos enviar o livro e permitir que eu terminasse de resenhar a trilogia a vocês. Abraços!

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Ana Liberato