26 POSTS, OMG!
Olá,
pessoal :) Como vão as leituras de fim de ano? Agora é a hora de se esbaldar, hein!
Fechei
o ano passado com um post de perspectivas sobre as leituras de 2013,
hoje convido vocês a fazerem uma retrospectiva pelos posts queridos da coluna Littera Feelings <3 Como sempre foi proposto, os temas passeiam por nossos variados momentos de leitor, assim
resgatei umas passagens bem legais que valem a releitura e já estou preparando
o último post do ano com uma surpresinha.
Enquanto isso...
Vamos
ver se de lá pra cá mudamos algumas opiniões? Vamos!
(os links dos posts estão em cada título)
Adoro ler dedicatórias,
e nem precisam ser pra mim. É um toque delicado, sabe, elas trazem um pé na
realidade, um pé no conteúdo. O texto pode ser de uma linha, uma frase
minúscula, mas ali está o ponto de ligação entre aquele que doa e aquele que
recebe. Quase... um abraço. [...] Pérola ou não, dedicatórias são mimos [...].
Penso que na maioria
das vezes em que deixamos um livro ir é quando não gostamos dele. [...] Muitas
foram as vezes que vi isso no sistema de trocas do skoob, livros que foram
“abandonados” em leitura ou levaram poucas ou nenhuma estrelinha de apreciação.
Livros ditos “fracos” pra quem os leu, então estão aí, no sistema, procurando
novos leitores.
Só que isso não é
bem... desgarrar. Não houve ligação entre vocês, afinal. O livro nem cumpriu
seu papel, ele só seguiu viagem. Assim quem certamente tá na sua estante é
aquele que seus corações abraçaram, agarraram, amaram. Então o que seria
deixá-los... ir? (Sim, plural!). Eles cumpriram seu papel, não? Possivelmente
poderiam cumprir de novo, noutra casa, noutras mãos, noutras prateleiras...
Sinto isso como aquelas cenas de filme, em que a pessoa cuida do passarinho
ferido, o adota e depois o devolve para a natureza.
[...] Para ter quem
receba, alguém primeiro deve doar.
Será mesmo o spoiler o
monstro do entretenimento? [...] Quando pode ser bom?
Quando conhecemos a
história. Ou partes preciosas dela, por senso de mundo, cultura e literatura.
[...] Não precisa necessariamente ser uma releitura, mas sendo uma, é que se
prova o lado amigável do spoiler, pois é nesse momento que ele revela-se...
auxiliar:
Na releitura o leitor
vai ler mais devagar e nem por isso de forma menos prazerosa. Livre da
ansiedade – que, nesse caso, também atende pelo nome de prazer – de saber como
continua a história e qual será seu desfecho, o leitor pode rastrear as pistas
que o autor foi lançando aqui e ali no romance e ele não percebeu. Ou pode se
deter um pouco mais num detalhe de um personagem, uma cena, na precisão de
diálogos, na forma engenhosa da montagem do enredo, etc. – Flávio Carneiro, O
leitor fingido.
Se livro é livro e
filme é filme, leitor é leitor e telespectador é telespectador.
[...] Deve ter muito
filme por aí que, por não termos lido o livro, aos nossos olhos parecem ótimos.
[...] A verdade, infelizmente, é essa: a adaptação apenas toma por base
determinada história (e somos avisados naquelas letrinhas no início e fim do
longa-metragem), não é a tradução de uma linguagem para outra. Por mais que
esperamos diálogos e cenas cruciais, é difícil bater o filme que fazemos na
nossa cabeça. E difííííícil às vezes largar esse nosso lado leitor pra
respeitar o do telespectador.
Tem problema em ler?
Não.
Deixe em paz quem
escolheu ler.
E TEM PROBLEMA EM NÃO
LER?
Claro que não! Tudo bem
quem não leia, a vida é sua, gostos e hábitos são seus. Gostar de correr, por
exemplo, não é ponto comum como o fato de sermos todos humanos.
A atividade da leitura
deve ser apresentada, não obrigada. [...] Acho que ler é uma escolha. Se você a
faz, seja bem-vindo, vamos conversar; e se não a faz, tudo bem, vamos conversar
da mesma maneira.
[...] E para quem não
lê, uma nota apenas: não estranhem se nós lemos, estranhem se não estivermos
lendo.
Às vezes fico
incomodada mesmo, e não só por já de início “prever” todo ou metade do roteiro
do livro, é por como o clichê em si é tratado dentro da história. Ele é, por
muitas vezes, banalizado! Ele não vem “encorpado”, não dá aquele
desenvolvimento à história, e às vezes também pela própria maneira de narrar.
[...] a gente busca por
isso - não busca? Pelo final feliz, pelo encanto, pelo sorriso bobo. Digo até
que Frozen – Uma Aventura Congelante poderia ser uma referência #EPICWIN pra
esse post se não se tratasse de um filme, mas lá, a gente vê claramente o show
de clichês e como todos foram tão bem trabalhados que o sucesso é geral :D No
final das contas, não é tão ruiiiiim assim, né?
E daí que é clichê?
Se me convencer, estou
ok com isso.
[...] Esse valor não
deve ser parâmetro, tampouco deve medir qualidade. Como comentado no começo, um
clássico pode ser assim considerado por várias razões, sem, em nenhum momento,
deixar de ser uma "obra". [...] a gente tá vivendo esse presente, mas
estamos sabendo reconhecer os marcos que esses tantos livros estão deixando no
nosso dia a dia? [...] Clássico, enfim, se trata do valor que damos. Valor esse
que, quem sabe, perdure pela história.
As pessoas estão lendo?
Ok, ótimo!
Mas, espera, estão elas
entendendo o que é apresentado? O livro está acrescentando? Está modificando?
Infelizmente, em vista dessa situação, concordo que a “modinha de leitura”
possa ter seu lado ruim.
[...] E é claro que é
importante ler, só não basta apenas... ler. Digo, no sentido de a leitura
passar batida. [...] Acredito em livro que nos divirta, que nos traga boas histórias.
Mas também acredito em livro que nos acrescente. Que ceda perspectivas,
reafirme convicções, dê ideias, balanceie as emoções, nos faça questionar. Que
mude, enfim. Ao nos mostrar mundos, podem ser as maiores mentiras do universo,
porém, desde que nos faça acreditar, estou bem com isso.
Há livros e livros,
amigos. Do mesmo modo que a literatura pode ser diversa, nosso coração avalia
por distinções. Reavaliei meus favoritos e 99% continuaram lá, na mesma marca.
Foi bom pensar neles de novo (e tenho revisto outros no desafio
#fotografeolivro), porque aí a história já assentou, a cabeça já alcançou
outros entendimentos e os feels já dizem algo mais.
~//~
Posso
hoje dizer que estou ficando boa em dedicatórias
(em exercício sempre!), pratiquei o desapego
(descobri um novo prazer ao doar livros \o/), estou cuidando mais dos spoilers
(e entendendo melhor os efeitos dele), já não condeno tanto as adaptações de livros em filmes, estou vendo alternativas para
aqueles familiares que não leem (ou
cogitando estratégias sobre como os influenciarem rs), procuro pelo bom clichê e por entender a marca dos clássicos em suas próprias épocas, além, claro, de fazer as perguntas certas quando a
leitura parece ter sido batida.
Ah,
tanta coisa! ^.^
Ao
passo que venho aqui escrever pra vocês também reflito pelas minhas leituras :)
Espero que tenham gostado desse especial e que também deem uma repensada sobre
esses tópicos. Mudaram de opinião em algum assunto? Comentem aqui embaixo!
Vejo
vocês em breve para a segunda parte o/
Bjos,
Kleris Ribeiro.