quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Resenha: "Coração de pedra - Livro 1" (Charlie Fletcher)

Por Sheila: Oi Pessoas! Como estão? Eu estou com muitas leituras atrasadas, e meu nível de leitura diminuiu horrooooooooooooooooooooooores este anos :(. Mas sempre me esforço bastante para não ficar muito tempo longe de vocês!

Bom, hoje vou começar a resenhar mais uma trilogia, a "Coração de Pedra" de Charlie Fletcher. Acabei de ler o primeiro e já vou começar a ler o segundo, então podem aguardar a próxima resenha muito em breve!

Mas vamos à história. Logo no início, conhecemos George, um garoto de 12 anos que está em meio a um passeio do colégio, dentro de um museu. Se num primeiro momento George está entediado, isso muda rapidamente: um dos valentões resolve notar que ele esta ali, e não vai facilitar.

O menino calmamente esticou o braço para trás e derrubou a prateleira, bem em cima de George. Ele deu um passo atrás, mas não havia espaço suficiente, e assim empurrou a coluna de metal com as mãos para se proteger. A prateleira bateu no chão com um barulho metálico estrondoso, espalhando os panfletos pelo chão de mármore ao redor de George.

Resta a George escolher se quer aceitar a provocação, ou assumir a responsabilidade por algo que ele não fez, o que acaba por fim acontecendo. Não, a vida não parece ser justa para George. Ainda não sabemos nesta parte da história, mas a vida deste pequeno garoto inglês não é fácil. Logo, esse acontecimento parece ser quase a gota de água no copo já transbordante de George.

E é assim que, em um instante de frustração e fúria, que George toma uma atitude impulsiva: foge do museu e quebra uma pequena cabeça de dragão de pedra, que adornava o museu onde estava. Foi um grave erro. Pois é exatamente neste instante que o mundo de George vira de cabeça para baixo, e tudo que até então parecia certo, acaba em caos.

Primeiro, por que um pterodáctilo de pedra começa a persegui-lo pela rua. Segundo, por que ninguém parece conseguir ver o que esta acontecendo, a não ser ele. Terceiro, por que uma estátua de pedra é quem o salva do pterodáctilo que o persegue. E, por último, George conhece Edie, uma menina que é uma "fagulha" que também parece poder enxergar esse mundo paralelo, onde ele parece ter caído quase sem querer.

O que George não sabe, é que sua atitude impensada acaba reacendendo uma guerra muito antiga, entre Estigmas (estátuas mitológicas) e Cuspidos (estátuas representando seres humanos). E que agora, terá que empreender uma jornada árdua, para reparar o mal causado, e entender pelo que está passando e por que.

A princípio, não me empolguei muito com a história. Ela parecia pouco desenvolvida, muito infanto-juvenil e ... bom, muito "bobinha". Mas eu me enganei. Redondamente. Conforme a trama se desenrola, vamos sendo cada vez mais apresentados a uma narrativa densa e pesada, ambientada em uma Londres sombria e carregada de mistério, conflito e drama. Além disso, os personagens são muito profundos e complexos.

Sua altura era a média para sua idade, talvez até um pouco mais que a média - no entanto ele se sentia menor, do mesmo que se sentia as vezes mais velho que sua idade. Ou talvez nem fosse exatamente mais velho, e sim um pouco mais batido e desalinhado do que os seus colegas na sala de aula - do mesmo jeito que suas roupas. Suas roupas eram lavadas todas juntas na máquina, as coloridas e as brancas, e embora sua mãe dissesse que não fazia a mínima diferença, fazia sim. As roupas ficavam encardidas, cinzas, desbotadas. E era assim que George se sentia na maioria das vezes.

No início, eu esperava uma aventura previsível. Me deparei com uma história extremamente rica em complexidade, cheia de reviravoltas, revelações inesperadas e mistérios ainda não desvendados. A história parece muito pouco ter a ver com o que George fez e muito mais com quem ele é - o que vamos descobrindo junto com ele, de maneira progressiva.

É uma história que fala de perda, mas também de verdadeira amizade. De uma guerra entre seres, mas também de vitórias sobre si mesmo. Mas, principalmente, é uma história que fala de uma jornada externa, que promove um crescimento interno e o reconhecimento de uma força que não se sabia que tinha.

Muito ansiosa pela continuação que vou começar a ler ... agora! Abraços e aguardem pela resenha da continuação!

PS: AMEI  a capa! Ficou super sombria e a textura ficou muito bacana! Bjus







comentários

  1. Vou amar ler as resenhas e acompanhar essa trilogia, depois vejo se leio.
    Mas, amo fantasia e se é bem elaborado e em um mundo paralelo tem tudo que me satisfaz.

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Ana Liberato