sábado, 28 de fevereiro de 2015

Resenha: “A Vez da Minha Vida: E se você tivesse a chance de mudar a sua vida?” (Cecelia Ahern)

Por Kleris: Estou seriamente me perguntando se muito de nós leitores sofrem/sofreram do mesmo preconceito ao se depararem com Cecelia Ahern. Eu, por exemplo, só de ouvir falar de P.S. Eu Te Amo já cogitava que iria chorar horrores (embora ainda não tenha lido) e como alguns sabem, corro de livros assim. Quase literalmente. Aí dar de cara com um livro chamado “A vez da minha vida” foi fácil pensar em algo como autoajuda. Não que eu ache terríveis os livros autoajuda, mas somar drama, impressão ruim e autoajuda, é outra história. É, infelizmente, uma nova impressão má-concebida.

Pois então, quando se encontrarem com Cecelia Ahern em mãos, ABORTEM AS CAIXINHAS DE LENÇOS!

A Vida de Lucy Silchester literalmente começa a chamá-la para um encontro. Liga, manda recados, manda cartas para a família, chama atenção de tudo que é jeito, até Lucy topar se encontrar com o moço. Sim, sua Vida é um moço, funcionário de uma empresa focada em fazer as pessoas darem melhor atenção às suas vidas, cuidar de seu bem- estar, mental, pessoal, profissional, familiar...

Para ser chamada assim com tanto afinco, a vida de Lucy devia estar um desastre, não? Errrr... estava, por assim dizer. Ela não estava de bem com os amigos, não tinha disposição com o trabalho, evitava a família, ainda pensava no ex, Blake, tinha um estúdio minúsculo como moradia e isso e tudo mais ela “levava com a barriga”, não fazendo nada a respeito porque Lucy aceitava sua realidade. Tinha lá acolá suas raivas, suas decepções e frustrações, mas tomar atitude, ela não tomava. Até surgir Vida.

— Que emocionante! Você acha que continuar a viver como robô realmente vai me fazer ir embora?

— Eu não acho que tenho vivido como um robô, mas, independentemente do que faço, é muito óbvio que você não está indo embora. Trouxe meu carro para a oficina hoje e Keith, o mecânico, me entregou uma carta sua, que ele já havia aberto e, em termos inequívocos, sugeriu que sexo com ele poderia resolver meu problema. Obrigada por isso!

— Pelo menos estou ajudando você a atingir os homens.
— Eu não preciso de ajuda para encontrar homens.
— Talvez para mantê-los então. 
Vida é um serzinho implicante... para o bem de Lucy. Pega no pé, discute com ela, puxa a orelha, joga baixo, todo um processo pra chamar atenção dela e fazê-la ver que ela poderia ser mais se se permitisse. Mas Vida também se engana se pensa que conseguirá atenção na base do grito de “apontar os erros”. Assim que ele vê que Lucy não é má pessoa ou mal intencionada, Vida propõe uma nova abordagem de ajuda: passar um tempo juntos para que pudesse ver o lado dela fora dos testemunhos e arquivos que ele tinha – sim, para cada situação ruim, Vida guardava uma documentação e comentários de amigos e familiares sobre o comportamento de Lucy.

— O que você está aqui para corrigir?

— Não sei, é uma cirurgia exploratória. Eu examino todas as áreas e vejo qual é o problema.

— Então, você é o endoscópio retal.  Ele fez uma careta.
— Mais uma vez estamos tendo problemas de metáforas. 
Era uma forma de Lucy se reconectar com sua Vida, pois Vida era um reflexo que literalmente pedia socorro. Quanto pior fosse a imagem daquele homem, queria dizer que pior era de fato a vida de Lucy; então quanto mais Lucy trabalhasse em prol de resolver pendências de si, mais saudável e bom seria Vida. Agora imagina uma personagem que mente tanto, mas tanto, que até na hora da narração fica difícil saber se ela fala a verdade ou não. O estado de Vida é péssimo mesmo! 

— O que aconteceu com seu rosto?

Vida olhou para mim irritado e terminou de comer.

— Não é apenas meu rosto, é meu corpo inteiro! – Puxou a gola da sua camiseta nova para baixo e vi que as manchas vermelhas estavam por todo o peito dele.
— É brotoeja! — respondeu. — Que merda!
(...)
— Tudo isso por causa de Blake?
— Blake, seu trabalho, seu pai, sua família... 

Cecelia trabalha essa história de maneira sensacional. Falo pela maneira escrita, pelo jeito que leva a história, como ela liga pontos e faz isso com uma simplicidade admirável. Descobri também um humor incrível, daqueles que me faz querer gritar por aí COMO ASSIM NINGUÉM ME AVISOU?, porque Cecelia é maravilhosa desse jeito. Ela tem essa singela forma de se expressar, que se aplica tanto na escrita quanto na construção da história e isso eu há muito buscava em livros. 

— Você sabe dirigir?

Ele enfiou a mão no bolso interno e pegou mais papelada. Ofereceu-me. Nem quis olhar, estava cansada demais para ler.

— Isso me permite dirigir qualquer veículo, desde que esteja de acordo com a assistência e o desenvolvimento de sua vida.
— Qualquer veículo?
— Qualquer um.
— Até motos?
— Até motos.
— Tratores?
— Até tratores.
— Quadriciclos?
— Até quadriciclos.
— E barcos, você pode dirigir barcos?
Ele olhou para mim com exaustão, então, desisti. 

Mais que não abusar de situações-drama, desenvolver uma história crível e dar muitas personalidades para se apegar, pontos que pelo que já vi de resenhas aqui no blog, da Mary e da Sheila, pontos esses que nos dão um parâmetro de estilo da autora, captei também um que foi o que mais me impressionou: mesmo se utilizando do óbvio, Cecelia foge ao lugar comum. Tanto que nem sei que rótulo literário dar, já que ela se faz num meio-termo de muita coisa.

A trama é ligeira, bem equilibrada entre o absurdo e o trágico divertido, me fez sentir ora em episódios de Gilmore Girls (principalmente no quesito sobre a família e aceitação), ora em páginas com a Becky Bloom (enquanto esta fugia do Sr. Smith rs). Além de Vida, personagens como Riley, irmão de Lucy, e Don, "o cara do tapete", eles nos arrancam boas risadas com as invenções de Lucy nos seus bolos de mentiras e verdades. Não dá pra não torcer por Lucy melhorar de vida. Por ser assim uma história ágil, as cenas se dão melhor pelas conversações, altamente etiquetáveis e colecionáveis! É quando a autora revela melhor seu humor, nada de frases de efeito.

Notei apenas uma incoerência inocente na história, nada que incomode muito. A autora só me deixou com uma pulguinha atrás da orelha sobre como funcionava a Agência Vida e como é possível uma pessoa ser a personificação, ou se conectar fielmente ao estado de vida de outra pessoa. É algo a se pensar. 

Tal como o jeitinho da autora, a edição é simples, com uma capa que conserva bem esse encontro com a vida. Gostei mais da capa da Novo Conceito do que da original. Do título eu só dispensaria o complemento, pois “A Vez da Minha Vida” já reserva uma boa surpresa. É uma leitura leve para qualquer hora e altamente recomendada!

Espero que também pulem o preconceito com a Ahern e se joguem nessa história.


Até a próxima o/





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

#2Em1: Das páginas para as telas!

Olá pessoal!

Meu nome é Alice Lauer, a nova colaboradora do Dear Book, e estou responsável pela nova coluna #2Em1.

Mas do que se trata a #2Em1?

É simplesmente 2 posts em 1! A primeira parte, #1..., sempre será uma resenha sobre algum filme que assisti recentemente, já na segunda parte, #...2, vai ser destinada às novidades, curiosidades, dentre outras coisas do mundo cinematográfico.

Espero que gostem dessa coluna tanto quanto eu, e vamos ao primeiro post.

#1... : Divergente


Falar de filme que tem um livro como base, na maioria das vezes, não é fácil; nem sempre conseguimos avaliar os filmes por eles mesmos, ignorando de certa forma a história original, mas é isso que vou fazer a princípio. Ao final farei uma breve comparação entre filme e livro.

Divergente foi uma distopia lançada mundialmente no formato de longa-metragem em março de 2014. A produção conta com Lucy Fisher, Pouya Shabazian, Douglas Wick, na direção geral, Neil Burger e, no roteiro, Evan Daugherty e Vanessa Taylor. O elenco é composto pelos atores Shailene Woodley (Tris), Theo James (Quatro), Kate Winslet (Jeanine Matthews) e Zoë Kravitz (Christina), dentre outros.


A história se passa na cidade de Chicago – EUA. Devastada por diversas guerras, a sociedade foi dividida em cinco facções: abnegação, que é responsável pelo governo da cidade; audácia, encarregada em manter a segurança e ordem; erudição, responsável pelo conhecimento e avanços tecnológicos; franqueza, representando a justiça e a verdade; e amizade, cultivadores da terra, responsáveis em prover os alimentos para todos que vivem dentro da cidade. Existe também os sem-facções, que são pessoas que não se encaixam em nenhuma facção e vivem pela cidade em pequenos grupos.

Ao atingir uma certa idade todo adolescente é obrigado a escolher qual facção irá pertencer pelo resto da vida. É a partir deste momento que a vida da até então Beatrice Prior muda radicalmente e a jovem assume a identidade de Tris. Nesta nova fase, Tris conhece novas pessoas que se tornam amigos, inimigos, namorado, pessoas que a seguem, de uma forma ou de outra, por sua jornada.

O filme é bem dinâmico e requer um tanto de atenção na hora de se assistir, a fim de que consiga pescar os detalhes da história. Os cenários e figurinos são muito bons e condizentes com a proposta distópica e pós-guerra do roteiro. A trilha sonora é repleta de músicas da cantora Ellie Goulding (são três, ao todo), dentre outras músicas tão lindas quanto.

Com relação à atuação, sinceramente nunca tinha visto muitos daqueles atores do elenco em outros filmes, exceto por Theo James e Kate Winslet (que eu lembre), então não posso avaliar individualmente. Entretanto, no conjunto, alguns atores não mostraram uma química extremamente perfeita, como no caso do par romântico (Theo James e Shailene Woodley) (apesar de terem me falado que são namorados), mas não creio que seja algo que prejudique consideravelmente o filme. Aguardo a sequência, Insurgente, para avaliar melhor esta parte.

Livro x Filme

O livro Divergente é narrado em primeira pessoa pela Tris, o que dificulta a adaptação para as telonas, já que você só tem um ponto de vista da história, enquanto filmes/series são contados, geralmente, em terceira pessoa. Dessa forma, quando o roteirista vai adaptar uma história assim, encontra algumas dificuldades, que variam de texto para texto (e que só um roteirista pode exemplificar melhor, meus conhecimentos não chegam a tanto rsrs).

Mas, então, Alice, a adaptação ficou boa ou não??

Na minha opinião, sim! Ficou boa.

As mudanças feitas não foram extremamente drásticas, e algumas até necessárias, como no caso de alguns cenários. Não vou comentar as mudanças nas características de alguns dos personagens, porque é quase impossível um ator (ou atriz) ser exatamente igual ao descrito em um livro.

Mas uma coisa que eu percebi logo de cara, é que no livro a autora deixa claro a idade dos personagens principais e no filme não é citado idade, em nenhum momento (pelo menos que eu percebi, já vi o filme 3x, culpa da minha faculdade de estendeu as férias). Tive a impressão de que eles omitiram a informação no filme, pois os atores que interpretam a Tris e o Quatro não aparentam ter 16 e 18 anos, respectivamente. Não sei ao certo se é isso, posto que não acompanhei a produção deste filme (quem acompanhou, pode me dizer se estou certa, nos comentários. Fiquem à vontade!), mas, se for, gostei de que tenham feito, dada a escolha dos atores.

Recomendo o filme Divergente tanto quanto o livro. Na minha opinião, os dois são bons, tanto avaliando os dois separadamente ou juntos. Ambos devem ser apreciados por todos, são obras incríveis e viciantes.

A resenha do livro Divergente – Veronica Roth pode ser vista aqui!

#...2: Adaptações 

Nos últimos anos, pudemos ver diversos livros de grande sucesso se tornarem filmes. Então, hoje vou fazer um apanhado e falar em que fase estão algumas dessas produções, em andamento ou prestes a serem lançadas. Tem bastante coisa, se liga só:

·         Simplesmente Acontece: adaptação do livro Simplesmente Acontece, de Cecelia Ahern – mesma autora de P.S. Eu te amo - chega às telonas brasileiras no dia 05 de março deste ano (semana que vem, para ser mais exata). O longa conta com Lily Collins (Instrumentos Mortais), Sam Claflin (Branca de Neve e o Caçador) e Christian Cooke (The Promise – minissérie), dentre outros.

Simplemente Acontece já teve sua estreia adiada duas vezes, espero que não aconteça a terceira às vésperas do lançamento (quero ver esse filme!!). Olha só o trailer:




Em breve haverá resenha do livro aqui no blog, pela Mary Leite.


·         Como Eu Era Antes de Você: Tem estreia prevista para o dia 21 de agosto de 2015 e terá a atriz de Game of Thrones, Emilia Clarke e Sam Claflin de Jogos Vorazes – Em chamas, nos papéis principais. O primeiro roteiro foi escrito pela própria autora do livro, Jojo Moyes. Contudo, o roteiro final ficou por conta da dupla Scott Neustadter e Michael H. Weber, os mesmos roteiristas de A Culpa é das Estrelas (não esqueçam suas caixinhas de lenço quando forem ao cinema, portanto).

A resenha do livro Como Eu Era Antes de Você pode ser lida aqui. 


·        Uma Longa Jornada: a adaptação tem estreia prevista para abril de 2015. O livro do autor Nicholas Sparks irá contar com Scott Eastwood, filho de Clint Eastwood, no elenco.


·         Insurgente: segundo livro da série Divergente, de Veronica Roth, será lançado no dia 19 de março de 2015, um dia antes dos Estados Unidos (Brasil está ficando chiques!), o filme é dirigido por Robert Schwentke. Vale a pena dar uma olhada nos últimos teasers/cenas liberados. No canal Divergente Brasil você encontrará todos legendados.

Fiquem com o trailer final:


Estas são apenas algumas das centenas de adaptações que estão sendo produzidas ou com data de lançamento breve. Tem alguma que você quer muito ver?! Deixa nos comentários aqui.

Ah!
A Kleris Ribeiro, da coluna Littera Feelings já falou um pouco sobre adaptações de livros também, vale a pena dar uma conferida, só clicar aqui!

Bjs e até logo!
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Resenha: "Fortaleza negra: a chegada da nova era" (Kel Costa)

Por Sheila: Oi todo mundo! Resenha nova na área! E de autora Nacional. Como eu nao sabia se resumia a história ou pegava a sinopse, procurei a sinopse do livro no skoob, que estava muiitttoo extensa. Ai fui ver na Saraiva ... e não é que era a mesma? Então reproduzindo aqui para vocês e, depois, passando  à minha humilde opinião.

De uma inóspita região da antiga União Soviética, vampiros, até então considerados criaturas lendárias, surgem inesperadamente e põem fim à Guerra Fria em 1985. Usando seu poder mental extraordinário e sua força sobre-humana, os Mestres da Realeza Vampírica exigem a rendição dos líderes mundiais e se autoproclamam senhores absolutos do planeta. Anos depois, vivendo num mundo de relativa paz entre humanos e vampiros, Aleksandra Baker, uma garota de 17 anos, se ressente por não ter a mesma liberdade que os jovens do passado. Agora, além de viver sob o jugo dos vampiros, Sasha, como é chamada por todos, está apavorada com uma nova ameaça, a invasão de predadores letais: os mitológicos! Em 2013, diante dos terríveis ataques de centauros e minotauros, a família Baker não vê outra saída a não ser se mudar para a Rússia e morar entre os muros do único lugar onde é possível viver livre dos seus ataques: a impenetrável Fortaleza Negra, reduto da Realeza Vampírica. Mas a ideia de se mudar para a Fortaleza não agrada Sasha. Ela não gosta de vampiros e para o seu desespero, Helena, sua melhor amiga, vai ficar para trás, correndo perigo constante. O que a adolescente ruiva não esperava era que os Mestres da Realeza Vampírica fossem tão fascinantes. Principalmente Mestre Mikhail, que parece ter uma implicância gratuita com a garota e sempre a deixa nervosa com seu jeito arrogante e autoritário. Dividida entre viver uma vida trivial ao lado dos novos colegas de escola ou se envolver num mundo cheio de segredos, jogos de poder, sedução e protocolos da Realeza, Sasha ainda precisará encontrar uma forma de levar Helena para a Rússia e se manter a salvo dos mitológicos que rondam a Fortaleza. A única esperança são as pesquisas do seu pai, um biólogo que estuda uma forma de extinguir de vez essas criaturas. Para isso ele conta com a ajuda de Blake, um prodígio adolescente, que balançará o coração de Sasha. Mas a jovem talvez já esteja envolvida demais com a obscuridade de Mestre Mikhail...

E o que eu achei do livro? Bom, ai é que esta. Demorei bastante tempo para conseguir fazer esta resenha justamente por isso. O problema é que sempre penso vinte e oito vezes (brincadeira) antes de avaliar um livro de uma forma, digamos, não totalmente positiva. E já vou começar me justificando. Em primeiro lugar, não gosto muito de histórias de vampiros (o que já me faz gostar 50% menos da leitura). E em segundo lugar, não me interesso muito por narrativas hot (o que essa com certeza é).

Claro que a história foi narrada de forma clara e coesa. E a escrita também não deixa nada a desejar. Há até alguns momentos cômicos que rendem algumas risadas. Mas ficou uma mistura de vampiros com "Um príncipe em minha vida" com "50 tons  de cinza" só que para adolescentes. Sasha e se Mestre por exemplo, fazem tudo (mas TUDO  mesmo) menos chegar a uma relação de fato. Tipo ...  ah, vocês entenderam.

Mas ... quando eu não gosto muito do livro, sempre procuro pelos blogs afora a opinião de outras pessoas, afinal não acredito que a minha seja soberana. E encontrei vaaaaaaaaaaaaaarias resenhas elogiosas ao livro, e outras tantas blogueiras que o adoraram. Então minha dica é: você gosta do tema vampiros? Então leia. Você terá muita ação, aventura, romance e pegação.

Abraços e até a próxima.



sábado, 21 de fevereiro de 2015

Resenha: "A Once Upon a Time Tale: Despertar" (Edward Kitsis & Adam Horowitz)

Por Clarissa: Oi pessoal tudo bem? Bem minha indicação de hoje é “ A Once Upon a Time Tale- Despertar” para leitores que adoram conto de fadas “diferente”.

Livremente inspirado em contos da fadas clássico, esta trama envolvente e cheia de mistérios, tem duas narradores principais: Branca de Neve e sua filha, Emma Swan. A história se passa na cidade fictícia de Storybrooke, cujos moradores são personagens de contos de fadas que, depois de atingidos por uma poderosa maldição, perderam a lembrança de sua verdadeira identidade e foram transportados da Terra Encantada para o mundo real. Depois que Emma chega à cidade, sua vida muda completamente, ela se vê em outro mundo, enfrentando desafios que faz ela se conhecer melhor, descobrir coisas novas sobre si o que mais fazia falta em sua vida o Amor em tudo.

“- sim, mas o amor nunca parece ter realmente um sentido - respondeu Emma – Nunca é baseado em algo. Não em algo que você possa ver de imediato, pelo menos.

- Mas então... O que eu faço?
- Você não acha que... - disse Emma - ... que os corações podem ver a verdade? Um pouco melhor que os nossos olhos?”
A única esperança de que os habitantes de Storybrooke recuperem a memória – e com ela seus poderes mágicos – reside em Emma Swan, que foi enviada para fora da Terra Encantada ainda bebê, antes de o feitiço ser lançado. E para que a filha de Branca de Neve seja bem sucedida, precisará contar com auxílio de seu filho Henry, que possui um livro de contos de fada que contem a chave para acabar com a maldição. O povo de Storybrooke vai passar por muitas mudanças para conseguir as lembranças de volta, e Emma Swan é quem tem o dever de salvar todos. Prepare-se para uma fábula moderna com reviravoltas emocionantes.



“- Você não é normal – disse ele, sorrindo. – Você é especial. Tudo o que tem a fazer é acreditar.
- Mas já falei, eu acredito! – disse Emma.
- Não na maldição – disse ele. – Em si mesma, Emma.”


Bom este livro é baseado na série de televisão A Once Upon a Time, é uma série fantástica, eu particularmente amo a série, a historia é fantástica, atores fantásticos, resumindo é maravilhosa esta série e como é baseado na série então se você ler e assistir vão estar exatamente iguais, o que é muito bom. O livro eu amei mais ainda, você não vai conseguir para de ler, e como os capítulos são curtos a leitura passa rápido e logo acaba. 

A história não é tão simples, muitas coisas se ligam, muitos detalhes são colocados, mas a leitura é tão “mágica” que não cansa você interage com a historia, queremos estar nesse mundo mágico para saber o que vai acontecer com cada personagem. Cada um tem seus devidos destaque na trama, os autores fazem os leitores conhecerem cada personagem, se apaixonar e aqueles que amamos odiar. 

A série de televisão já esta na quarta temporada de muita emoção e perfeição. Espero ansiosamente os outros volumes do livro, este é apenas da primeira temporada. Indico este livro e a série a todos, aposto que muitos vão amar A Once Upon a Time. Os autores da série Edward Kitsis & Adam Horowitz tem em mãos uma obra maravilhosa e de muito sucesso. Esta historia vai te segurar ate da primeira palavra ate o ultimo ponto final e você vai querer muito mais.


Espero que tenham gostado, leiam e assistam esta maravilhosa historia este já esta na minha lista de favoritos. Deixem seus comentários e dicas. Até a próxima indicação.

Boa leitura mágica!


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Resenha: "A Guerra dos Fae - Chamados às armas- Vol. 2" ( Elle Casey)

Por Clarissa: Ola pessoas, tudo bem? Hoje indico pra vocês “A guerra dos Fae- Chamados às Armas” volume dois. O primeiro se chama A guerra dos Fae- Crianças trocadas. Para leitores que adoram coisas sobrenaturais, viajar para outro mundo, este é uma ótima aventura.

Jayne é uma adolescente rebelde e desbocada. Não se encaixa em nenhum lugar. Sem dinheiro e sem rumo, ela e seu melhor amigo Tony fogem de casa e encontrar outros jovens em situação semelhante. Uma misteriosa organização oferece-lhes dinheiro para participarem de um estranho e suspeito experimento envolvendo uma competição. Eles são sequestrados e jogados em uma floresta sinistra repleta de seres sobrenaturais assustadores, eles tem que enfrentar muitos perigos e vencer a prova, mas ao decorrer da prova Jayne descobre que tem poderes, e que precisara dele para sobreviver neste mundo paralelo... O mundo dos Fae.
“Parecia que meu mundo estava sendo implodido. Ou, pelo menos, era como se estivessem puxando o tapete debaixo dos meus pés e eu houvesse caído com a cara no chão de um jeito cosmicamente horrível.”
Agora, as crianças trocadas deverão passar por um treinamento fundamental. A Mudança, para se transformarem em membros da raça dos Fae, recebendo dons mágicos para enfrentar uma situação grave: a guerra que os Fae da Luz deverão travar com o Submundo dos Fae das Trevas. A Floresta Verde, que era a floresta assustadora, tem vários enigmas, portas laterais que podem levar a diversos lugares. E o treinamento poderá trazer revelações importantes sobre Jayne. Jayne, Spike, Chase, Finn e Becky são seus amigos, que juntos participaram na competição. Eles poderão se transformar em elfos, ninfas, daemons, íncubos, anões e duendes verdes, querendo ou não.
“Droga! Todas as vezes que eu achava que entendia esses poderes, descobria algo totalmente novo que fazia que eu questionasse tudo que achava que sabia.”
Chegou à hora da guerra, como os novos Fae vão fazer para vencer esta nova guerra. Esta situação colocará muitas dúvidas, e os novos personagens poderão revelar facetas inesperadas. Como será resolvida a questão entre os Fae da Luz e os Fae das Trevas? Serão Jayne e seu grupo de amigos capazes de dar conta de uma missão to espinhosa? Muitas respostas a estas perguntas, e outras tantas que foram provocadas no primeiro volume da série, serão respondidas aos leitores. E surgirão novos e fascinantes enigmas.
“Lá estávamos nós, cara a cara, preparados para jogar nossa energia um no outro.”
Neste segundo volume, Jayne e seus amigos enfrentarão muitas coisas ao decorrer do dia a dia. E Elle Casey transmite essa sensação em palavras, parece que o leitor entra na estória, consegue sentir a emoção de cada personagem, ela se expressa bem e isso os leitores agradecem. É uma serie que te faz o leitor viajar literalmente para outro mundo, não consegue parar de ler. Li tudo em um dia e meio, de tão bom, a cada capitulo uma surpresa, e este esta sendo surpreendente e caliente, muitas adolescentes vão adorar (risos). E termina naquela parte que é a melhor, e a gente morre com isso, esperando chegar logo o próximo. A escrita é cativante, bem sarcástica, estilo adolescente com a língua despachada. Se pudesse daria um abraço na Elle Casey de tão bom que é esta série e pedir pra ela escrever mais e mais, nós agradecemos. A capa é divina, perfeita. Não tem erros de gramática. A editora Geração Jovem caprichou. Indico esta serie a todos, porem crianças abaixo de doze anos não é muito indicado, por causa da língua despachada da Jayne (risos). Mas é uma belíssima estória que devemos indicar a todos, é fantástico o jeito que o livro nos cativa e não larga mais.

Bem espero que tenham gostado resumindo tudo este livro é perfeito, leiam! E não se esqueçam de deixar seus comentários dicas e criticas. Beijos até logo!

Boa leitura!


Resenha: "A Máquina de contar histórias". (Maurício Gomyde)

Por Sheila: Oi gente! Como vocês estão? Vocês não devem saber - por que as resenhas são programadas e estão sempre sendo postadas - mas faz um tempãooooo que eu não escrevo nada :( . Minhas leituras também estão todas bem atrasadas, e ando me sentindo meio enferrujadinha... mas como recebi uns muitos livros da Junny, resolvi dividir com vocês minhas opiniões (antes que passe tanto tempo que eu até esqueça quais elas eram mesmo).

Hoje trago a vocês mais um autor nacional que eu não conhecia também: Maurício Gomyde. E olha só que bacana, a história é sobre um escritor best seller, Vinícius Becker (entenderam? Um escritor escrevendo sobre um escritor). Seu novo livro, “A máquina de contar histórias” – e que também intitula o livro – é um sucesso. 

Vinícius está acordando, de ressaca, no hotel em que passou a noite após o lançamento de seu novo livro, o décimo, quando resolve ligar seu telefone e vê que tem uma grande lista de chamadas não atendidas. Dezenove delas. Todas de sua filha adolescente Valentina. 

As mãos tremeram e o coração disparou, como se antecipassem a notícia que havia quatro anos ele esperava não receber. Imediatamente ligou de volta. Quem atendeu foi Dona Lourdes, a velha governanta da casa.
- Alô? Lourdes? Eu ... o quê?
A notícia veio dilacerando o peito de Vinícius, do jeito que ele jamais poderia ter descrito em uma de suas tantas histórias. Sentou-se na cama, uma tontura o invadiu.

Era isso. Sua esposa Viviana, que vinha há quatro anos lutando contra uma doença grave, havia falecido. E ele não estava lá, nem com Valentina, nem com Vida, a filha mais nova do casal.

A verdade, é que apesar de Vinícius escrever histórias cativantes, elas eram todas construídas de forma mecânica, baseadas em técnicas para encantar, emocionar, vender. E, na rotina rígida que Vinícius se auto impôs, as vezes acabava sobrando muito pouco tempo para as filhas, ou para a esposa doente. E isso, Valentina não iria perdoar.

- Meu amor, eu...
- MAIS UMA VEZ VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI! – o berro agudo ecoou dentro do carro.
Vida acordou chorando, dona Lourdes abraçou-a para confortá-la e preferiu ficar em silêncio.
- Mas... – ele tentou dizer alguma coisa.
- VOCÊ NÃO SE DESPEDIU DELA, você não se despediu dela, você não se despediu... – Valentina começou gritando e as frases foram diminuindo de volume, até ela murmurar pela última vez, olhando pela janela, ainda de costas para o pai.

O que fazer? Vinícius admite sua ausência. Mas como reconquistar o amor das filhas? É assim que Vinícius resolve entrar em uma viagem cheia de significados ocultos com as duas filhas, a fim de tentar cicatrizar as feridas latentes, e conhecer melhor as duas pessoas que mais importam em sua vida: suas duas filhas.

A história é muito bonita e bem escrita, a capa ficou um mimo (vocês o que acharam?) e também parece que o nome da família inteira começar com “V” foi não só proposital, mas utilizada como uma forma de dedicatória, já que o autor oferece o livro para Mi, Ma e Manu (muuuuuuiittoo ffoffo!).

Mas... não gostei muito do argumento da história. Não consegui criar empatia nenhuma pelo tal Vinícius (COMO assim ele deixa a mulher morrendo e vai lançar um novo livro?!?!?!?!?) e não consegui acreditar no final. E, bom, pelo menos para mim, uma história ficcional precisa me convencer, principalmente as que não são fantasia.

Mesmo assim, recomendo, é uma leitura fácil (terminei o livro em um dia) e contém algumas lições valiosas. Abraços e até a próxima.





segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Resenha: “Louco Por Você” (Jasinda Wilder)

*Por Mary*: Sabe quando você pega o livro, olha a capa, lê a sinopse, a orelha, pensa que ele vai seguir uma linha e quando começa a lê-lo descobre que é absolutamente diferente (não de um jeito ruim) do que você esperava? Pois é, aconteceu justamente isso. A abordagem, o modo como se explorou o conflito e a forma como os fatos se desenrolam ocorreram de forma bastante inesperada para mim.

Mas vamos por partes, não é? Fui para o final, antes de explicar do que se trata o livro!

Em Louco Por Você, conhecemos Nell. Com Kyle, ela forma o casal perfeito: bonitos, responsáveis e com um grande futuro pela frente. Por se conhecerem desde crianças e serem melhores amigos desde sempre, a descoberta do amor parece ter sido um caminho natural, mas Kyle se vai em um trágico acidente, deixando Nell devastada, mergulhada na culpa, no sofrimento e na dor. Colton, por outro lado, é o cara “errado”, o bad boy com uma doçura indescritível e irmão mais velho de Kyle. Curiosamente, Colt é quem Nell mais precisa no momento para ajudá-la a sarar as feridas, posto que ele mesmo tem as suas próprias para serem tratadas.

A narração se dá em primeira pessoa, variando-se os pontos de vista entre a protagonista Nell e Colton. A autora dividiu o livro em três partes, que eu, pessoalmente, prefiro chamar de fases. Essa forma de delimitação me pareceu essencial para ressaltar as mudanças ocorridas no decorrer da trama. Quero dizer, as “partes” são espécies de delimitações das fases do livro, que acentuaram mudanças de comportamento dos personagens, de momentos emocionais e até mesmo de ambientações.

Algo importante de mencionar é acerca da construção dos personagens. A Jasinda Wilder é muito feliz na composição de suas personas. Como não há muitos personagens no livro, é facilmente possível fazer uma breve análise deles. Não vou me ater aos pais, porque aparecem muito pouco e não dá para formar uma opinião sobre eles que mereça destaque. Contudo, Nell, Kyle e Colton possuem características muito distintas, que os tornam pessoas completamente autônomas e isso facilita até mesmo na identificação de suas falas.

Além disso, a relação que nasce entre Nell e Colton não se parece em nada com a relação que existia com o Kyle, mesmo porque as coisas acontecem em momentos bem diferentes da vida da protagonista. E isso acaba convergindo com outro ponto que eu queria tocar: a clara mudança no comportamento da Nell – mas isso eu deixo para comentar melhor mais à frente.

Deixo para falar do Colton mais adiante também, quando chegar ao conflito principal, assim não fico repetitiva. Quanto ao Kyle, eu só preciso confessar que não gostei muito dele, não sei bem o motivo. Não é o fato de ele ser perfeito demais. O moço era até bastante fofo e acho que ele realmente amou a Nell, só não me cativou. 
“Eu sei que somos jovens. E sei que a maioria das pessoas diria que somos apenas crianças, ou muito novos para saber o que é amor. Mas não eestou nem aí. Conheço você a minha vida toda. Dividimos todos os momentos juntos. Cada momento importante de nossas vidas aconteceu quando estávamos juntos (...). E agora estamos aprendendo a nos apaixonar juntos. Não me importa o que os outros digam. Eu amo você. Eu sempre vou amar você, não importa o que aconteça conosco no futuro. Amo você hoje e sempre.” 
Jasinda Wilder aborda temas como perda, recomeço, culpa, sofrimento e autoflagelo de forma direta e cuidadosa, sem abandonar o erotismo. Em geral, costumo ter certas reservas com relação ao erotismo, porque acredito que há uma linha muitíssimo tênue que o separa da pornografia e nem todos os autores conseguem administrar bem a trama, relacionando-a. Contudo, Louco Por Você consegue manter essa linha bem delimitada, de modo que Jasinda em momento nenhum perde o foco da história. Os momentos quentes são um plus para o leitor, mas a trama se sustenta por si só, sem necessitar de tais artifícios para ratificá-la.

Voltando ao comportamento da protagonista, a Nell que conhecemos na primeira fase não se parece em nada com a Nell da segunda fase. Há um verdadeiro contraponto entre sua clara imaturidade, insegurança e romantismo próprios de uma adolescente de 16 anos com a jovem de 20 anos em luto, machucada, deprimida e culpada.
“Não era nada combinado, necessariamente, apenas... impressão. O pai dele, o talentoso deputado; meu pai, o CEO, o empresário de megassucesso. Seus filhos lindos e perfeitos juntos: Bom, oras... Eu sei que isso parece arrogante ou sei lá o quê, mas é verdade. (...)”

“Ela tenta se afastar de mim e eu deixo. Ela se joga da cama, caindo de quatro no chão, e se arrasta até o banheiro. Eu a ouço vomitar e reprimir o choro. Levanto e a observo da porta. Ela crava as unhas nos braços com tanta força que vejo gotas de sangue escorrendo pelas mãos.” 
Nesses dois trechos acima vemos dois momentos distintos da Nell, que não consegue lidar com a perda do Kyle e começa a se destruir. O primeiro está inserido logo na primeira página do livro, enquanto o segundo está na segunda parte da obra. O Colton é imprescindível para puxar a Nell do poço em que ela está se afundando.

Falando em Colton <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3

Eu vi há algum tempo atrás um estudo que apontava que os homens com cara de mau são mais bonzinhos do que os demais e acho que o Colt facilmente se enquadraria nesse estudo. Ele é extremamente doce, gentil, compreensivo, carinhoso e protetor (a lista de adjetivos é imensa, acreditem). Em contrapartida, ele é um cara sofrido, que já viveu muita coisa, encarou a perda de perto e teve que aprender na marra a viver sozinho. O Colton é um homem que nos toca profundamente. Apesar de se tratar de um brutamontes (fisicamente falando), há momentos em que você só quer pegá-lo no colo e afagar seus cabelos, fazer um carinho e garantir que tudo ficará bem. 
“Mas quando você sente aquela necessidade por alguém que o consome por inteiro, uma pessoa por quem você faria qualquer coisa no mundo, sabe? (...) Eu amei desse jeito. E ela se foi. É por isso que tenho essas coisas no peito, as cicatrizes. Eu não conseguia lidar com essa dor.” 
(O trecho que eu queria mostrar para vocês tem um spoiler monstruoso, gente! Aí não dá.)

Louco Por Você relaciona o drama, o romance e o erotismo de forma inteligente, coordenada e coerente. Além disso, Jasinda Wilder consegue nos levar a um mundo desconhecido para muitos de nós: o de pessoas que sofrem com problemas psicológicos e precisam de ajuda, mas não conseguem gritar por socorro.

Para encerrar, quero citar o trecho de uma série que gosto bastante, chamada Forever. Assistindo ao episódio da semana passada – que, coincidentemente, tinha como tema a utilização da dor física como válvula de escape para a dor psicológica – tive uma espécie de clique ao ouvir o protagonista narrar a seguinte passagem e achei que tinha tudo a ver com o tema debatido em Louco Por Você
“Nosso corpo sente dor para nos alertar do perigo. Mas isso também nos lembra que estamos vivos, que ainda podemos sentir. Por isso que alguns procuram por isso. Enquanto outros por não sentir.”

sábado, 14 de fevereiro de 2015

[Novidades] Seleção de Colaboradores Dear Book - Resultado


Ansiosos?


Oi, pessoal!


Após umas semaninhas de inscrições, avaliações, decisões... e, claro, ansiedade por parte dos candidatos, enfim o esperado resultado!


Que rufem os tambores...


A Equipe Dear Book dá as boas-vindas à Patrícia Yuri (resenhista) e Maria Alice (colunista de filmes)! PARABÉNS, meninas! \o/ \o/ \o/ \o/ Chequem seus e-mails, que as instruções para integrar o blog vão estar lá.


Não foi dessa vez que resgatamos nossa coluna de séries, mas... quem sabe mais pra frente? Agradecemos a todos os inscritos dessa seleção, teve muito material bom e de difícil escolha.


Logo logo vamos ver Yuri e Alice aqui :)


Bom feriado, boas leituras,

Até a próxima!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Resenha: "O Livro do amanhã" (Cecelia Ahern)

Por Sheila: Oi pessoas! Como vocês estão? Já conhecem Cecelia Ahern, de P.S. Eu te amo? Eu ainda não conhecia, não li o livro nem vi o filme ainda ... e na verdade não tinha muita curiosidade a respeito. Pelo menos ao ler a sinopse do livro, não me senti muito empolgada não ... Aliás vou colocar aqui para vocês!
Nascida no luxo, Tamara Goodwin, de 16 anos, nunca precisou olhar para o amanhã, até que a morte abrupta de seu pai deixa a ela e a sua mãe uma montanha de dívidas e as obriga a se mudarem para a casa dos tios de Tamara, em um vilarejo no interior. Solitária e entediada, a única diversão de Tamara é uma biblioteca itinerante. E ali, ela encontra um livro muito misterioso. Tamara vê inscrições com sua própria letra e datadas para o dia seguinte. Quando tudo acontece exatamente como o livro previa, ela percebe que pode ter encontrado a solução para seus problemas. No entanto, Tamara descobre que é melhor não virar algumas páginas e que, apesar de muito tentar, não pode mudar o destino.

Pois bem foi com muita má vontade que me aproximei deste livro de Cecelia ... e felizmente, tive uma agradável surpresa. Primeiro, por que Tamara não só perdeu seu pai abruptamente.  Na verdade, seu pai cometeu suicídio, pouco depois dos dois terem tido uma tremenda discussão. Para piorar, foi Tamara quem o encontrou em seu escritório, tendo de carregar também a culpa por não ter conseguido reanimá-lo.

Tamara não esta só solitária e entediada. Tamara levava uma vida totalmente fútil e sem objetivos, saindo com as amigas, viajando para Paris em compras, ganhando presentes caros, vivendo na casa dos sonhos. E, de um momento para o outro, seu pai vai à bancarrota financeira, comete suicídio, e deixa à ela e sua mãe na total falência financeira, tendo Tamara que abandonar tudo o que conhecia como certo em sua vida: as roupas de grife, as amigas, as festas regadas à álcool, as viagens exuberantes.

E então, Tamara encontra Marcus, um charmoso bibliotecário itinerante, que faz com que sua vida pareça ficar um pouco menos dura, enquanto perambulam pelo vilarejo em que agora vive, bem como em suas adjacências. Além de se perder dentro da história de alguns livros, e nos lábios de Marcus, é nessa biblioteca itinerante que Tamara acaba descobrindo o estranho livro que a faz capaz de saber a respeito de seu dia seguinte.

- O que você pegou ai?
- Não sei, não tem titulo na capa.
- Veja na lombada.
- Também não tem, já vi.
Ele pegou uma pasta ao lado e lambeu o dedo, antes de folhear alguma páginas.
- Qual o nome do autor?
- Não tem nome do autor.
Após franzir a testa, ergueu os olhos.
- Impossível. Abra-o e veja o que esta escrito na primeira pagina.
- Não posso. - Ri. - Está trancado.
O livro tinha as páginas fechadas com uma barrinha dourada, presa à qual se via um pequeno cadeado, também dourado.
Mas talvez seja ai que se encontra a grandiosidade do livro de Cecelia: o livro é apenas um dos elementos deste romance, e que no fim das contas, ao menos para mim, nem é o elemento principal. Acontece que Tamara foi morar com parentes que não conhecia muito bem. Seu tio, Arthur, é um homem que se comunica de forma extremamente econômica. Expressasse na maior parte do tempo por fungadelas, o que a exaspera enormemente.

Já sua esposa, Rosaleen bem, há alguma coisa acontecendo. Algo relacionado a um grande segredo do passado, e que parece envolver as ruínas de um velho castelo que parece assombrar as cercanias. Isso aliado ao alheamento de sua mãe, negada terminantemente por ..., sua mãe idosa que mora numa casa anexa, mas que vive com alguém que produz interessantes artesanatos de vidro, e um convento com uma irmã que parece errar constantemente sua idade ...

Acaba que "O Livro do Amanha", se transforma em um thriller psicológico eletrizante, que faz com que as páginas praticamente se virem sozinhas, com uma trama extremamente elaborada, e um final de tirar o fôlego. E, subentendido, uma lição mais profunda sobre a perenidade da vida, que se insinua pelas palavras sem fazer nenhum esforço. 

Virou, sem fazer nenhum esforço, um de meus livros favoritos! Um dos melhores que já li neste ano com certeza. Recomendadíssimo!




sábado, 7 de fevereiro de 2015

[Resenha] Legend - A Verdade se Tornará Lenda (Marie Lu)

Tradução por Ebréia de Castro Alves

Por Eliel: 
Sinopse: Ambientado na cidade de Los Angeles em 2130 D.C., na atual República da América, conta a história de um rapaz – o criminoso mais procurado do país – e de uma jovem – a pupila mais promissora da República –, cujos caminhos se cruzam quando o irmão desta é assassinado e a ela cabe a tarefa de capturar o responsável pelo crime. No entanto, a verdade que os dois desvendarão se tornará uma lenda. O que outrora foi o oeste dos Estados Unidos é agora o lar da República, uma nação eternamente em guerra com seus vizinhos. Nascida em uma família de elite em um dos mais ricos setores da República, June é uma garota prodígio de 15 anos que está sendo preparada para o sucesso nos mais altos círculos militares da República. Nascido nas favelas, Day, de 15 anos, é o criminoso mais procurado do país; porém, suas motivações parecem não ser tão mal-intencionadas assim. De mundos diferentes, June e Day não têm motivos para se cruzarem – até o dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado e Day se torna o principal suspeito. Preso num grande jogo de gato e rato, Day luta pela sobrevivência da sua família, enquanto June procura vingar a morte de Metias. Mas, em uma chocante reviravolta, os dois descobrem a verdade sobre o que realmente os uniu e sobre até onde seu país irá para manter seus segredos.Fonte: Skoob


Vocês devem ter reparado que o tema sobre um mundo distópico tem tido um crescimento nos últimos títulos que vem chegando às livrarias. Porém, do que se trata uma distopia? Segundo a definição de um dicionário trata-se de descrição de uma sociedade futura caracterizada por condições de vida alienantes ou extremas, que tem como objetivo criticar tendências da sociedade atual, ou alertar para os perigos de determinadas utopias. Apesar de fazer parte de uma febre de livros sobre o mesmo tema, não espere apenas mais do mesmo. Surpreenda-se, assim como eu fui.


Eles o usaram como cobaia, provavelmente para uso militar. Estou certa disso agora, e esse pensamento me enoja.

O ano é 2130, estamos em Los Angeles, com os Estados Unidos estão divididos entre a República da América e os Patriotas, representando a elite militar e os rebeldes, respectivamente. Ao completar 10 anos de idade as crianças devem passar por uma avaliação cujo valor máximo a se atingir é 1500 pontos. Ter uma pontuação alta garante uma vaga em uma das melhores universidades e um emprego dentro da República, porém não atingir o minimo de 1000 pontos só garante uma passagem de ida para “trabalhar” nos campos de comida e nunca mais reencontrar suas família. Interessados pela História vão reconhecer algumas semelhanças com Guerras passadas.

Thomas sempre foi disciplinado.Hoje não foi diferente. Ele não hesitou nem por um segundo a obedecer à comandante.

Divido em entre os pontos de vista de June e Day, podemos ter noção tanto do lado privilegiado pelas circunstâncias quanto o menos favorecido. June é genial, nasceu em berço de ouro e tem um futuro brilhante dentro do alto escalão do exército da República; Day, tem origem bem mais humilde e atualmente é o criminoso mais procurado pela República. Ambos têm 15 anos e tiveram notas surpreendentes (1500 pontos), porém com destinos não tão justos. Devido aos rumos das suas jornadas tão diferentes nunca imaginaríamos que os seus destinos se cruzassem. 

Mas então recordo as palavras de meu irmão. Isso basta para fazer meus olhos arderem, e cerrar meus dentes, Já vim longe demais para desistir agora.

Gosto da forma que Marie levou a narrativa, simples, direta e limpa. Ela conseguiu construir muito bem os personagens dando a eles a profundidade necessária Mesmo em um livro curtinho com uma história acelerada, todos os personagens têm o seu momento de destaque e são muito bem construídos. Não é de admirar a capacidade de emocionar que eles tem, eles chegam a ser reais, apesar de não desejar nenhum um pouco que a situação (re)aconteça. Ficou intrigado? Leia e coloque seus conhecimentos à prova.


 
Ana Liberato