arco-íris*: nível alto
de fofura.
Tudo
começa quando Victoria Nolan morre e sua filha pequena Holly é deixada com o
tio Mark Nolan. Mark não é um irresponsável, ele só não é um cara muito
família, e tendo por parâmetro a sua, ele dispensava a formação de uma. Se
alguém deu sorte entre os Nolan foi a Victoria, que mesmo sendo mãe solteira,
estava sabendo criar bem sua menina. Agora vidas teriam que readaptar para
receber a garotinha de 6 anos.
Mark
passa a morar com o irmão Sam, pois ele era o único com uma casa grande o
bastante para receber uma criança. Além do mais, Mark não saberia como criar
uma menina, precisaria tanto do amparo dele quanto Holly precisava que alguém
cuidasse dela. Em horas difíceis como essa, o melhor era se unir e fazer o que estava
ao menos ao alcance deles.
— Sam, quando foi que eu pedi alguma coisa a você?
— Nunca. Mas tem de começar agora?Mark deixou seu tom discretamente persuasivo.— Pensei nisso desta forma... Vamos começar devagar. Vamos ser os guias de vida da Holly. Guias de viagem tranquilos, que nunca inventam besteiras como “punições razoáveis” ou “porque eu disse que sim”. Já aceitei o fato de que não vou fazer o melhor trabalho de criação de uma criança... Mas, diferentemente de nossos pais, meus erros vão ser benignos. [...] Com sorte, ela vai acabar tendo uma boa visão de mundo e um emprego que pague as suas contas. Deus sabe que, qualquer que seja o jeito como a gente faça isso, será melhor do que deixar que a menina seja criada por estranhos. Ou, pior, pelos nossos outros parentes.
Se
antes nenhum dos irmãos era muito ligado, algo que vinha de suas criações, a
chegada da menina muda em quase todas as perspectivas de seus tios, que, ao
longo do tempo, se revezam para cuidar e oferecer o melhor a ela. Até mesmo
Alex, o irmão caçula, tentava fazer alguma parte. Diferente de Victoria, que
morava em Seattle, os irmãos Nolan vivem em uma ilha na Baía Friday (Friday
Harbor), pertencente ao Estado de Washington. Mark, o mais velho, toca um
negócio com café, Sam com vinhos e Alex, o caçula, era do ramo de construção
civil.
Só
que, por mais que formassem alguma família para Holly, havia algo em especial
que eles nunca poderiam suprir: a presença e o amor de uma mãe. Não bastando
isso, desde a morte de Victoria, Holly não fala. Os tios então se reviram para
serem completos e suficientes de trazer a alegria da menina de volta, nem que
tivessem que se sacrificar pelo bem dela. Mark principalmente se mostra
disposto a tudo se for o caso.
É
em uma loja de brinquedos nova na cidade que surge uma esperança. Com jeitinho,
a dona da loja, Maggie, traz mágica e a imaginação uma vez perdida, conquista
fácil Holly e mexe também com um de seus tios, o Mark. Seria perfeito se Mark
já não estivesse comprometido e se Maggie não estivesse em luto pela perda do
marido.
— Fantasia e faz de conta são importantes para as crianças. As que podem usar a imaginação na verdade são melhores em estabelecer o limite entre fantasia e realidade do que as que não podem.
— Quem disse isso para você? A fada que vive na sua parede?
Apesar
de ser um livro bem curto, a história se desenvolve muito bem. Carismática, a
autora não explora a tragédia, Lisa tenta trazer um encanto para aquelas vidas
que parecem ter se perdido no caminho. Só o final que dá uma corridinha, mas,
pelo menos por mim, estava tão cheia de amor que nem me importei.
São
174 páginas de pura fofura e carinho que saltam dos personagens. Lisa foi bem
sensível nesse sentido em retratar as perdas, o cuidado e a amizade, tanto que
dá uma super pena de acabar – e olha que eu enrolei pra não finalizar numa
tarde só (e falhei). Foi difícil lutar contra a inércia dos <3 <3 <3
Corroborando
com a trama do livro, a edição é bem delicada. A capa traz uma menina
vislumbrando uma vitrine natalina e o título contempla bem a intenção – o
original, Christmans Eve at Friday Harbor,
refere-se à noite de Natal e a um pedido em especial de Holly.
Descobri
que é uma série (Friday Harbor, de 5
livros) e todos enfatizam encontros de pessoas e romances na Baía Friday, acho
que independentes. O próximo vai dar os holofotes para o tio Sam e estou DOIDA
para conhecer mais de sua história. Há também um filme de 2013 (Christmans with Holly) que já estou correndo atrás
para assistir.
Lisa
Kleypas é conhecida por outra série de livros (e de capas lindas), que espero ler em breve para matar a
saudade que já deixou. Recomendadíiiiiissimo!
— Eu não fazia ideia de como seria – disse Sam uma noite, carregando Holly para dentro da casa depois de ela ter adormecido no carro.
[...]— Como seria o quê? – Mark havia aberto a porta e acendido as luzes da varanda.— Ter uma criança por perto.Um pouco envergonhado, Sam esclareceu:— Ter o amor de uma criança.A presença de Holly na vida dele oferecia um tipo de graça que nenhum dos dois havia conhecido até então. Um lembrete de inocência. Algo acontecia com eles, descobriram, quando ganhavam o amor e a confiança incondicionais de uma criança.Eles queriam merecê-los.
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