Por Marianne:
A vida é um jogo de tabuleiro; daqueles que você joga o dado e anda uma, duas, cinco casas. Se você não aprender o que tem que ser aprendido na vida, vai ser obrigado a voltar ao início e tentar de novo até conseguir. Se você teimar nos mesmos erros, vai ter que voltar ao inicio do tabuleiro.
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Nossa protagonista é Vivian, típica mulher de classe média-baixa que
vive com o pai, Caetano, e o filho de oito anos, Lucas, na caótica São Paulo. Lucas
é fruto de um rápido relacionamento que teve com o conturbado e violento Gabriel, homem que a traumatizou no passado. Com medo da aproximação de Gabriel, Vivian corta
qualquer vínculo que tinha com o rapaz e mente pra Lucas dizendo que seu pai
está morto.
Vivian vive assombrada pelos fantasmas do passado, seu primeiro e único
amor de verdade, Joshua, morreu num acidente de carro. Sua mãe faleceu pouco
antes do nascimento de Lucas e Vivian carrega a mágoa de ter perdido a mãe, uma
mulher conservadora e católica fervorosa, vendo a filha grávida de um quase
estranho.
Aquele jeito como você ama uma das pessoas mais queridas da sua vida. Um jeito de amar diferente de todos os outros, tão profundo e especial, que só é reservado realmente às pessoas mais importantes. Somente aquelas que significam o mundo pra você
Numa tarde de mãe e filho no cinema as preocupações de Vivian tomam
conta do seu pensamento ao ver Gabriel os observando. Vivian se desespera e sai
imediatamente do lugar, levando seu filho totalmente confuso junto. Mas seus
pesadelos estão só começando...
Gabriel passa atormentar Vivian em seus pesadelos, e a persegui-la
durante o dia, e a fazê-la duvidar de sua própria realidade.
O desenrolar da história segue um rumo MUITO surpreendente que — SPOILER — não posso contar rs. Mas
posso dizer que me surpreendeu positivamente de todas as maneiras. Pela escrita
sincera, descritiva e agonizante da autora, que nos prende a história e nos faz
sentir por dentro as dores dos personagens. Pela delicadeza ao tratar de temas
tão intensos como a perda de quem amamos e ao lidar com alguns mistérios como,
por exemplo, o que existe depois da morte?
Karen Alvares, autora Acontece que não somos marionetes em um teatro de bonecos. Nós temos consciência e liberdade para pensar, para agir. Se alguém interferisse no que fazemos, que mérito teríamos quando finalmente acertássemos? É como se o professor pegasse a mão do seu aluno e resolvesse o exercício. O aluno não teria ganho de verdade sua nota no final da prova. Se pegassem na nossa mão e nos conduzissem, qual seria nosso valor? Seríamos apenas controlados. Como marionetes.
Alameda dos pesadelos é o primeiro romance da autora Karen Alvares, que
já teve vários contos de terror
publicados.
Está mais do que recomendado, é muito bom descobrir autores talentosíssimos
aqui da nossa terrinha tupiniquim.
Deixem seus comentários e opiniões sobre o livro, até a próxima
resenha! ☺
Marianne, que resenha maravilhosa! Obrigada demais por sua leitura e pela resenha incrível que fez de Alameda dos Pesadelos. Fiquei muito, muito contente que curtiu a leitura (e que te salvei de uma ressaca literária! Que responsabilidade! <3 Adorei!).
ResponderExcluirSua leitura do livro foi maravilhosa. Ganhei o dia lendo essa resenha. O dia não, a semana, o mês! Obrigada mesmo. <3
Fiquei muito feliz que gostou da resenha Karen! Foi um prazer pra mim a leitura e escrever sobre a história :)
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