*Por Mary*: Hoje trago um livro que já era de meu interesse há um
tempo. Tão logo vi a sinopse, antes mesmo do lançamento, pensei: “Preciso!”. Às
vezes, precisamos de livros cujo seu único objetivo é nos entreter. Então, sem
demora, vamos a ele!
Dois irmãos. Uma aposta infantil.
Quem casar com a garota, leva um milhão de dólares. Tantas coisas aconteceram
depois dessa aposta... Cada um seguiu o seu caminho, mas quis o destino – e a
Vovó Nadine, que é tão poderosa quanto – reuni-los outra vez. Kacey está de
volta a Portland ao lado de Jake – por quem demonstrou desde sempre certa
predileção – fingindo ser sua noiva. Um noivado de mentirinha, claro. Um fim de
semana de fingimento seria suficiente para agradar Vovó Nadine, melhorar a
imagem demasiado arranhada do cafa e,
de quebra, ainda ajudá-lo com o conselho da empresa Titus Enterprise, certo? Depois disso, é vida que segue. Só. Que. Não. Kace, definitivamente, não pretendia
encontrar Travis, seu inferno pessoal, irmão mais velho de Jake, aquele que
quebrava suas bonecas, puxava seu cabelo e colocava bichos nojentos em sua
cama. Pretendia menos ainda descobrir que ele se tornou um homem tão bonito.
“Kacey se encolheu.
- Seu nariz está proporcional, depois que você cresceu.
Jake se aproximou e ficou entre os dois.
- Vocês podem pelo menos fingir que se dão bem?
- Não. – disseram os dois ao mesmo tempo.”
O livro era mais curtinho do que
eu imaginava. Isso, ou o tempo realmente voa quando você está com ele em mãos.
Sem se dar conta, lá se foi metade da trama em um piscar de olhos – ou passar
de páginas. Com uma narrativa em terceira pessoa, alternando a percepção entre
os personagens do triângulo principal da obra, Rachel Van Dyken nos introduz de
forma ágil, divertida e irreverente à maluca família Titus.
Pode-se dizer, aliás, que, em
alguns momentos, o livro – como um todo, tanto relativo a seus personagens,
quanto à construção da história – se assemelha a um roteiro de comédia
americana. Sabe aqueles Sitcom, como “As
Visões da Raven” e “Friends”? Pois então, algumas situações apresentadas são
tão improváveis, que o leitor quase poderá ouvir mentalmente aquelas risadas
gravadas que são soltas durante as piadas do seriado.
Os personagens são
verdadeiramente apaixonantes, mas preciso fazer dois adendos: Vovó Nadine e
Travis. Que me desculpem os demais, porém, em minha opinião, estas são as
verdadeiras personagens estrelas da obra.
Vovó Nadine é uma senhorinha
super descolada que já está vindo com o bolo de fubá, quando você ainda está
indo com o milho. O que quero dizer com isso? Ah, vocês terão que ler para
compreender. Declaro, de antemão, que, quando eu crescer, quero ser como ela.
“- Você não ouviu a vovó? Estamos presos aqui por três horas.
- Dez pratas que a vovó tá mentindo. – Jake fez um sinal com a cabeça em direção à porta. – Vai ver.
(...)
- Velhinha manipuladora a nossa vovó.”
“Ela deu um risinho e puxou a própria blusa. (...) e, então... as luzes se acenderam.
- Vovó!
- Travis! Kacey! – Ela colocou a mão sobre o coração.
(...)
Sua avó inclinou a cabeça.
- Kacey, esse sutiã é bem bonito. Cor-de-rosa. Por que eu não tenho roupas íntimas cor-de-rosa?”
E o Travis... bem, o Travis é um Boy Magya muito Magya. Me expressei
bem? Certo, acho que não.
Ok, para muito além do corpo
lindo, Travis é um cara que sempre foi apaixonado pela Kacey. Desde criança.
Contudo, além de um pouco desajeitado e de um sério problema de gagueira que
tendia a se intensificar ao falar com a moça, digamos que o rapaz não era tão
primoroso em sua abordagem.
“Ele sabia que Kacey adorava histórias de princesas. Ela sempre dizia que os meninos deveriam ser príncipes e tratar as meninas como princesas.Mas como ele poderia ser um príncipe se não havia dragões para matar?
Como poderia provar o seu valor se não havia monstros?Pelo menos ele era o garoto mais esperto da turma. Sabia exatamente o que fazer. Precisava apenas provocar o acidente e, depois, salvá-la.”
Apesar disso (da falta de tato
para chegar na moça), Travis demonstra uma lealdade impressionante com ela. É
tocante o quanto ele sempre a amou, mesmo quando a Kace apenas tinha olhos para
o Jake, Travis esteve ali, vigiando, cuidando, amando-a à distância.
Tá, é só isso que posso dizer. ;)
Não espere um grande conflito ou
uma reflexão profunda sobre um aspecto qualquer da vida. Aliás, creio que nem
seja essa a intenção da autora. Não julgo esta uma característica negativa.
Todavia, para quem curte livros mais sérios, talvez esta aqui não seja a melhor
opção. Por outro lado, para quem adora uma comédia romântica e que, às vezes,
só quer mesmo jogar as pernas para o alto e ler um bom livro que o entretenha,
temos uma excelente alternativa com A
Aposta.
*Habemus Continuação*
A sequência de A Aposta se chama O Desafio - tendo como casal protagonista Jake e Char - e já está à venda. Segue abaixo capa e sinopse:
É, bem, eu só quero muito muito muito essa continuação. E pra ontem, de preferência!
“O passado é chamado de passado por um motivo. Se você está constantemente olhando para trás, seus olhos não veem a estrada à sua frente. Você não pode dirigir um carro desse jeito, então por que deveria viver a vida assim?”
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