Por Kleris:
Certamente vocês já se encontraram em situações do dia a dia em que os pensamentos
e atitudes não bem condiziam com o que as pessoas do espaço exterior (e
extrínseco ao ser) imaginam. Eis um livrinho que mostra bem essa ~realidade~.
Conheci
o trabalho da Fernanda Nia pelas andanças na internet (ou por algum sábio
retweet). Inicialmente era um site onde a Fernanda postava pequenos quadrinhos
com situações cotidianas e comentários sobre o que realmente se passava em sua
cabeça quando se encontrava nelas. O projeto cresceu e Fernanda já lançou o segundo volume agora em maio! =)
Pelas
80 páginas de “exageros e esquisitices de uma garota criativa demais”, há casos
críticos, casos triviais e casos que só estando na situação para entender o que
são as criações malucas da cabeça. Ao passo que entramos na da Fernanda, ela
parece saber muito sobre a nossa. Como eu realmente reajo a essa ~invasão~? Com
risadas, claro!
Prazer, sou a Niazinha, a não-exatamente-brilhante estrela do Como eu realmente. Sou uma garota como outra qualquer, apaixonada por bolinhos e fofurinhas em geral, que acabou tendo de desenvolver uma imaginação exagerada demais para compensar todas as situações constrangedoras ou socialmente esquisitas pelas quais sou obrigada a passar por aqui.
A
edição é como uma revista e é um mimo! Conta com 5 seções temáticas que reúnem
vários conteúdos já postados pela Fernanda e outros mais inéditos. Temos Fofuras, exageros, inseguranças; Srta. Garrinhas, sargento fofura e outros
bichinhos; Parentes, amigos, amores;
Livros, filmes e jogos; e Estudos e aulas. Cada quadrinho remete
a um caso ou situação e não há uma história ou enredo, são conteúdos independentes
unidos por um tema comum e mais uns comentários engenhosos da autora (aí sim pode ter uns contos especiais e citações de ótimos romances não publicados pela Niazinha).
Este é um balãozinho de bate-papo pós-tirinha. É aqui que eu extravaso tudo o que não deu tempo de dizer em tão poucos quadrinhos. Histórias pessoais inusitadas, reflexões psico-pseudo-sociológicas ironicamente válidas ou até contos inventados completamente surreais. Enfim, qualquer coisa que o lado mais esquisito da minha imaginação me convença a compartilhar. Só não me carreguem para o hospício, por favor.
— Não posso voltar – ela murmurou, mais para si mesma do que para Zico, seu bode montanhês de estimação. – Sinto saudades da cidade, confesso. Mas nunca mais terei coragem de voltar e encarar o julgamento silencioso daquelas pessoas. Não depois do erro que cometi. Aquela vida foi condenada pelo meu próprio crime.
Zico levantou seu rosto mastigante para a anciã. Ela entendeu a pergunta em seus olhos inexpressivos, e uma lágrima solitária lhe escapou.
— Foi o pior crime de todos, meu amigo. Eu... cometi um erro de português na frente do gatinho da outra sala.
No entanto, temos personagens! A Niazinha é quem conversa conosco pelas
páginas e nos apresenta ao Sargento Fofura (um cachorro); à Maria Modinha, ao
Sílvio Sem Senso Social, Mãe e Pai, figuras “ilustres” que “tornam a vida mais
louca e interessante”.
(clique em cima para melhor visualizar o texto)
Como eu realmente...
é uma HQ de leitura super rápida e ótema
para quando estamos em alguma espera. Tem viagem, tem teorias malucas, tem
conspiração, tem fofura, tem pôneis, tem bolinhos e... tem uma surpresinha ao
final.
Alô,
Fernanda, quando teremos uma bonequinha da Niazinha?
-QQQQQQQQQQ
Deixe uma fã boba sonhar...
Recomendo!
Ah!
Visitem o site ou
acompanhem mais tirinhas pelas redes sociais:
Adorei a resenha, Kleris! Fico feliz que tenha gostado. Obrigada pelo carinho! <3
ResponderExcluir