*Por Mary*: Sinto-me uma mocinha ruborizada do Séc. XIX.
Olha, se tem uma coisa da qual me
orgulho é não ser uma pessoa facilmente chocável. Juro. Contudo, Olivia Cunning
me deixou DES-MAI-A-DA com suas cenas altamente picantes recheadas de
voyerismo, brinquedinhos sexuais, fetichismo e ménage.
Mas calma, que já, já chegamos
nessa parte.
Em Acesso Aos Bastidores,
Myrna Evans é uma professora universitária de psicologia – especialista em
sexualidade humana – com um passado traumático e, durante uma conferência,
conhece os integrantes da banda de rock Sinners (que dá nome à série).
Inicialmente movida por uma verdadeira admiração de fã, Myrna se aproxima dos
rapazes com o intuito de se apresentar, uma vez que utiliza alguns dos riffs da banda como objeto de estudo em
suas aulas. Apesar de flertar abertamente com os cinco rapazes, sua atenção
está voltada para Brian Sinclair, o guitarrista que a inspira nos estudos de
seu curso.
Em resumo, tirando as drogas, é
muito sexo e rock’n roll.
Bom, para quem tem um interesse
todo especial por romances eróticos, Acesso
Aos Bastidores não deixa nada a desejar e é, definitivamente, a escolha
perfeita. É o tipo de livro que promete e cumpre o proposto, com uma trama
recheada de cenas ferventes e
explícitas.
Por outro lado, quem curte uma
trama mais elaborada, com bons motes,
enredo denso e ganchos bem construídos... talvez seja melhor escolher outro
livro para ler. O que eu quero dizer é que, não obstante haver cenas de sexo
bastante bem escritas – e criativas – a trama em si não é muito desenvolvida,
porque o foco é, realmente, a vida sexual do casal de protagonistas.
Apesar disso, acho que as cenas
eróticas acabam por justificar a história, haja vista que a relação entre Myrna
e Brian começa de forma puramente carnal. Quer dizer, para ela, porque o
guitarrista principal da banda Sinners é um romântico incorrigível e já fica
ligado na professora desde o início.
“’Eles avisaram que sou um romântico irreparável, não avisaram?’
Ela virou-se para fitá-lo. ‘Hein?’
‘Pode parar de disfarçar. Não precisa pisar em ovos comigo, Myr. Se sou burro o suficiente para me apaixonar por você em doze horas, mereço ter o coração partido’.”
Além disso, devemos considerar
que Acesso Aos Bastidores é o romance
de estreia não só de uma série inteira, mas também da escritora Olivia Cunning.
Por esse motivo, talvez seja um pouco cedo para expressar uma opinião mais
incisiva acerca da trama, de um modo tão amplo.
Narrada em terceira pessoa,
Olivia Cunning nos introduz no mundo das estrelas do rock’n roll – mais especificamente na turnê da banda Sinners – e eu
aposto, minha cara leitora (e leitor, por que não?!), que você vai se apaixonar
por pelo menos um de seus integrantes. Ou por todos, o que não é difícil. A
autora é muito feliz em criar personagens que, apesar de possuírem suas
similitudes, são muito diferentes entre si. Isto é, em uma banda com cinco
integrantes, seria muito normal confundi-los no início, mas as características
dadas a cada um deles auxilia o leitor nesta distinção.
Também merece destaque a
protagonista Myrna, que foge completamente do clichê da mocinha indefesa sendo
introduzida aos “prazeres carnais” por um homem másculo e controlador. Pelo
contrário, às vezes queremos é que ela seja um pouco mais sentimental, já que o
pobre Brian tenta a todo custo declarar seu amor por ela, mesmo quando esta o
proíbe de dizê-lo abertamente.
“Brian, não sou contrária à ideia de me casar com você. Sou contrária à ideia de me casar com qualquer pessoa. Além do mais, a gente mal se conhece, como pode ser tão doido?”
“Ele olhou para o amigo e riu. ‘É, mas o jeito como ela me prendeu – forte o suficiente para chamar minha atenção, mas não tão forte que eu queira fugir – é tão bom’.”
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