*Por Mary*: O Ministério da Resenha Literária Adverte: Não vai dar
para ser imparcial.
Desde que conheci a Rachel Gibson
em Loucamente Sua, me apaixonei por
ela. Sendo assim, informo-lhes desde já que não esperem a minha costumeira
imparcialidade nesta resenha, porque acho que não conseguirei tal proeza.
Mas vamos lá?
Em Daisy Está Na Cidade,
conhecemos inicialmente Jack Parrish. Dono de uma oficina restauradora de
carros antigos e solteiro inveterado, ele convive por quinze anos com a dor de
ter perdido a namorada e o melhor amigo no mesmo dia – quando os dois traidores
fugiram juntos e se casaram em segredo. E acredita viver bem assim, até receber
a notícia de que Daisy está de volta à cidade de Lovett, no Texas. Steve, seu
ex melhor amigo, está morto. O perdão não é uma possibilidade, contudo, uma vez
que a mágoa e o rancor estão fortemente enraizados em seu coração. E, bem, a
revelação que Daisy traz não ajuda muito a um eventual perdão...
“- Antes que eu me desculpe – ele disso, fechando a porta da geladeira com o pé -, preciso saber por que estou me desculpando.
Ela olhou para ele. Tinha uns borrões pretos sob os olhos vermelhos e seu rosto estava todo manchado.
- Você não fez nada, Jack.
Ele também achava que não, mas, com as mulheres, nunca se sabe. Se não há nada errado, elas simplesmente inventam um problema.”
Percebi algumas similitudes deste
livro com Loucamente Sua. A mágoa profunda entre os protagonistas e a ambientação
de uma pequena cidade na qual todos os seus habitantes se conhecem, por
exemplo. Mas as semelhanças ficam por aí, porque as tramas são bem distintas e
o mote da obra também é completamente
outro.
Além disso, em Daisy Está Na Cidade, somos novamente
apresentados a personagens apaixonantes. Algo que elogiei em Loucamente Sua e
novamente elogiarei aqui é o fato de as cenas quentes não serem o aspecto
principal da obra. Cenas eróticas são bacanas – ótimas, por sinal – mas um
livro que se baseia apenas nisso...
simplesmente não dá. A Rachel consegue administrar muito bem esse aspecto, além
de compreender muito bem a linha tênue entre o erotismo e a vulgaridade.
Em minha opinião, o conflito
principal foi bem desenvolvido, apesar de não se tratar de um segredo “Oooooooooooh!”. Na verdade, logo nas
primeiras páginas o leitor já consegue matar o motivo do retorno da Daisy
(comigo foi assim, pelo menos) à cidade. Por outro lado, a grande sacada fica
por conta do Jack, na cena em que ele próprio acaba se dando conta da revelação
e quando a confronta sobre o fato.
Eu mencionaria o Jack como um
show à parte, também. E não me refiro a beleza ou algo assim. Me refiro ao
crescimento do personagem no decorrer da obra. O Jack do primeiro capítulo é
muito diferente do Jack do último, de modo que ouso dizer que o personagem
consegue cumprir o seu propósito, passando por uma grande mudança no decorrer
das páginas.
“Ele podia falar arrastado, mas não era idiota. E amar Daisy seria idiotice. Ele não sabia por que estar com ela era diferente, mas também não queria saber. Não era o tipo de cara que disseca a própria vida em busca de significados ocultos. Não. Ele era o tipo de cara que enterra as coisas bem lá no fundo, até que elas sumam por si mesmas.”
Já ia esquecendo-me de citar a
ambientação, feita no Texas, que eu adorei. Me lembrou um pouco a Sandy (amiga
do Bob Esponja) e fiquei me perguntando se não era um pouco estereotipado – já
que nunca estive no Texas, não posso responder a essa pergunta, mas aceito a
resposta dos leitores aqui do blog que queiram me contar –, mas, apesar disso,
achei bem original e, ao mesmo tempo, saído um pouco do comum.
Por fim, quero indicar muito o
livro (e a autora!). A Rachel Gibson é uma escritora maravilhosa e que gosto
muito. Sua escrita é excelente, seus personagens são apaixonantes e as tramas envolventes. É o tipo de livro que você quer ler tudo de uma vez, mas não quer
terminar rápido e aí começa a economizar nas últimas páginas – quem nunca ficou
enrolando para terminar de ler um livro, não sabe o que é dificuldade em se
despedir. J
“Mas não é assim que deve ser? Não é certo que eu queira apertar você contra mim até poder continuar te sentindo, mesmo depois de você se afastar? – Ele a pegou pelos ombros e deslizou a mão pelas bochechas dela. – Respirar o mesmo ar, e sentir a mesma pulsação, enquanto você me faz derreter?”
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