Baseado nas lembranças da autora e, claro, das anotações de seu diário, temos aqui um romance super leve e gostoso ambientado no (lindo) Nordeste brasileiro, principalmente em Recife contado por Jordana, ou apenas Jojô, ao longo de 10 anos de sua vida... Seus pais se separaram quando ela tinha 6 anos e ela e o irmão foram morar com o pai. Seu irmão é um nerdzão que não curte muito relações sociais, seu pai é um cara do bem, mas meio "caretão", ao contrário da mãe, com quem ela não tem uma relação muito próxima.
A vida de Jordana seguia muito bem entre o colégio, os gatinhos e as diversões com a prima-gêmea, Jaque, que são unha-e-carne. Sabe aquele papo de "separadas na maternidade"? Então. Até que em uma das férias a avó materna a convida para ir à Disney. E é nessa viagem que tudo muda e ela encontra seu Príncipe Encantado, como ela mesma diz:
Ele passou por mim me encarando, e eu sabia que não era aquele tipo de olhar, assim, por estar achando esquisito meu moletom verde-abacate.A viagem foi super bacana, ela aproveitou e se divertiu muito. Ao voltar para o colégio ela descobre que o seu príncipe encantado não só se chama Edgar, como também estuda ali! Gente, a partir desse momento Jordana pira! Não só pelo fato de eles estudarem no mesmo lugar, mas também porque ela descobre que ele tem 12 anos, enquanto ela, 13, o que nessa idade é um abismo de diferença. Eles se tornaram grandes amigos e passavam cada vez mais tempo juntos... no intervalo quando ele disse que o cabelo dela cheirava morangos, mas era só seu Bubbaloo. E aí quase rolou o primeiro beijo, nas festinhas, lá no Damata, na patinação... enquanto isso ela só pensava se perder em beijos e amassos com o dono daqueles incríveis olhos azuis...
Crescer era muito complicado, ainda mais quando o garoto que eu tanto amava, parecia que nunca amadureceria.
A partir daí acompanhamos o desenrolar da vida da garota no ensino fundamental e como é difícil mudar de colégio no último ano e deixar o Edgar para trás. Aí vem a época de ensino médio vestibular e a universidade (ê tempos bons!), muitas festas... A autora conduz a narrativa em primeira pessoa de um modo muito leve e parece até que Jordana está sentada no sofá da sua casa e relembrando todos aqueles momentos com você...
Um dos pontos altos do livro é que vamos conhecendo vários pontos de Recife, de cidades e estados vizinhos, bem como um pouco da cultura e do sotaque nordestino (como não amar?) e também o que há de referências musicais e artísticas bacanas... é de cantar lendo as letras de música! Mas o que mais me agradou foi o quanto eu me identifiquei com a expressão época de morangos, afinal, quem não tem aquele período da sua vida em que tudo é tão doce que só de lembrar já te faz voltar os cheiros, paisagens, sabores e risadas? Rafa, obrigada por compartilhar suas lembranças comigo e me trazer uma nostalgia doce de ótimos momentos...
Um dos pontos altos do livro é que vamos conhecendo vários pontos de Recife, de cidades e estados vizinhos, bem como um pouco da cultura e do sotaque nordestino (como não amar?) e também o que há de referências musicais e artísticas bacanas... é de cantar lendo as letras de música! Mas o que mais me agradou foi o quanto eu me identifiquei com a expressão época de morangos, afinal, quem não tem aquele período da sua vida em que tudo é tão doce que só de lembrar já te faz voltar os cheiros, paisagens, sabores e risadas? Rafa, obrigada por compartilhar suas lembranças comigo e me trazer uma nostalgia doce de ótimos momentos...
fagulhas, pontas de agulhas
brilham estrelas de são joão
babados, xotes e xaxados,
segura as pontas, meu coração...
Os postes decorados por balões, o céu iluminado pelas estrelas, as pessoas vestidas com roupas juninas, as pintinhas no rosto e os chapéus de palha. Tudo era festivo e envolventes. Tudo era alegre. O clima era contagiante.
O florescer do amor e sempre grande descoberta de emoções na vida dos adolescentes ,
ResponderExcluirSem dúvidas, Helio! O amor em suas várias formas... <3
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