Por Marianne: Primeiro amor é um livro que não me pegou de cara. A
história começa bem clichê: Axi é uma adolescente toda regrada e certinha que
vive sozinha com o pai alcoólatra. Atormentada pelas lembranças do falecimento
de sua irmã em consequência do câncer Axi junta todas as economias e abandona sua
casa para seguir uma viagem de libertação de uma realidade que a incomoda
muito.
Seu convidado especial para acompanha-la na viagem é seu melhor amigo
(e paixonite secreta) Robinson. O rapaz é o extremo oposto de Axi. Parou de
frequentar o ensino médio por não se adaptar, é irresponsável e totalmente
despreocupado. O perfeito bad-boy-porém-bom-moço
que os autores tanto amam colocar em suas histórias.
Os dois saem na fuga detalhadamente programada por Axi e seguem o
itinerário preparado pela protagonista.
Antes de partir, pensei que parte de mim sentiria saudade de minha cidade natal. Ruim como era, ainda era minha cidade. Mas eu não sentia falta de nada, porque tudo o que verdadeiramente importava já havia partido ou estava ao meu lado ali no museu, segurando minha mão.
A história se desenrola num monte de acontecimentos improváveis na vida, mas
bem prováveis num romance. A viagem não segue bem o roteiro preparado por Axi e
as inconsequências de Robinson por muitas vezes quase estragam tudo. Roubo, fuga
e dormir na casa de estranhos entram inesperadamente no roteiro dos dois.
Agora, sob um céu do Colorado tão azul que machucava meus olhos, nós chegamos à verdade aterrorizante. Você pode planejar sua fuga, pode abandonar sua vida e sua família, você pode acelerar por uma pista dupla em um carro roubado. Mas há certas coisas das quais você nunca poderá escapar.
A tensão entre o casal de amigos vai “piorando” no decorrer da
história e o romance é inevitável, mas o que mais incomoda durante a história é
de onde surgiu o vínculo criado entre os personagens. Como duas pessoas
completamente diferentes criam um laço tão forte?
As questões que levantei, e me incomodaram boa parte da história, foram
respondidas e quebrei a cara bonito.
Sim, duas pessoas completamente diferentes podem criar laços e se tornar
amigos. A vida sempre reserva surpresas que ninguém pode imaginar.
Apesar das muitas situações improváveis vividas pelos protagonistas é
entendível a necessidade de fuga de cada um. O romance segue na linha “amor
adolescente” sem ser muito profundo em muitas questões. A leitura flui
tranquila e alguma vezes meio cansativa, mas o desfecho é bonitinho e pode
render algumas lágrimas se você faz o tipo leitor sensível.
Espero que tenham gostado da resenha, deixam as opiniões nos
comentários.
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