sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Resenha: “Depois do que aconteceu” (Juliana Parrini)

*Por Mary*: Olaaaaar, pessoas queridas!

Confesso que recebi esse livro com certa desconfiança. Confesso.

Confesso que, por conta de tal desconfiança, comecei a leitura com uns quatro pés atrás. Confesso também.

E eu quebrei a cara? Eu quebrei a cara!

Ainda bem!

Em Depois do que aconteceu, Isabel viu seu mundo ruir ao perder Alex – seu namorado de infância – e, mesmo depois de passado um ano do que aconteceu, ela, ainda assim, não consegue seguir em frente. Isso tudo até que conhece Daniel Clark, casualmente, em meio à Avenida Paulista. A atração com aquele bonito estranho de olhos azuis quase transparentes é imediata, o que a excita e assusta ao mesmo tempo. Embora acredite ter se tornado incapaz de amar de novo, Bel se depara com um homem que a faz acreditar novamente na felicidade. Mas ninguém disse que seria fácil viver esse amor, principalmente quando não é somente seus próprios fantasmas que impedem o seu final feliz.
- Isabel, fecha os olhos.
- Daniel...
- Por favor.
Atendo ao seu pedido. Sinto medo pelo que pode acontecer.
- O que você vê? – pergunta.
- Nada.
Ele respira fundo e fala sussurrando em meu ouvido:
- Essa é a minha vida sem você.
Eu gosto de clichês bem trabalhados e eu diria que a Juliana Parrini domina perfeitamente esse dom. Em seu romance de estreia, esta autora nos presenteia com um drama bem escrito, coerente, conciso e verossímil. Não há dramalhões, mocinhas sofridas e choronas, protagonistas belos e heroicos, nada dantesco e surreal. Em seu lugar, encontramos uma romance sensível que em momento algum parece impossível de acontecer na vida de qualquer um de nós. Ou até mesmo, sei lá, do seu vizinho.

Todos os elementos dessa equação me pareceram na medida certa: os clichês, os dramas, os pensamentos, os mistérios... os fatos foram todos colocados sob perspectiva em seu exato momento. Isto é, eles foram surgindo de acordo com as situações, passo a passo, jamais sendo jogados aleatoriamente sobre o leitor. Você é introduzido gradativamente à trama – e nos mistérios – quase morrendo de curiosidade para saber o que, de fato, ocorreu.

Além disso, os núcleos, tramas e situações são muito bem amarrados, com começo, meio e fim, de modo que, apesar de possuir uma sequência, Juliana Parrini faz este primeiro volume parecer independente, criando uma narrativa em primeira pessoa sem se perder em divagações desnecessárias. Aqui, você não terá aquela sensação de que o livro acabou no meio de uma ação. A autora sabe prender o leitor sem cansá-lo. 
Posso passar mil anos sem te ver, mil anos sem sentir sua presença, sem sentir seus braços rodeando meu corpo, mas isso nunca me fará deixar de te amar, infelizmente. Você acabou com a minha vida! Confesso meus sentimentos a mim mesma, indo contra minha tática inicial de encontrar motivos para odiá-lo. Eu o odeio por tudo o que fez, mas eu o amo ainda mais por tudo o que significou.
O livro é excelente. Ponto. Apesar disso, não consigo ignorar o fato de que a história do casal protagonista começou toda errada. Daniel e Isabel não são um casal pelo qual consigo torcer, por mais que a autora tenha justificado cada detalhe, pensando nas situações para que elas se tornassem coerentes e perfeitamente possíveis. Ainda assim, não consegui me apegar ao Daniel. Consigo torcer e amar o Alex. Muito. Mas não o Daniel.

Creio que isso seja questão de gosto, que não interfere na trama. Eu não torço pelo Daniel, sou Team Alex declarada. Você, por outro lado, pode achar o Daniel irresistivelmente shippável. Aí vocês precisam ler e virem aqui me contar: qual o Team de vocês? 
- Não somos um casal normal, Bebel, não mais.- Ei, nós nunca fomos. – Sorrio. – Você conhece algum outro casal tão apaixonado quanto nós dois? – Ele nega. – O casal perfeito não é aquele que não tem problemas, mas sim aquele que, apesar dos empecilhos, sempre permanece junto. Estarei sempre com você.
Estou bem curiosa para a sequência “Antes que aconteça”.

Portanto, se você quer uma trama bem construída, envolvente, apaixonante e, por que não, surpreendente – ou vocês acham que clichê não pode surpreender?? – mergulhe de cabeça na leitura fluida que essa carioca estreante nos proporciona em um romance verossímil, sensível e sutil.
Eu sei que nada do que vivemos foi pouco. Tudo foi real, foi amor da maneira mais pura e bela que duas pessoas podem ter na vida. (...) Penso em você a cada segundo e me pergunto sempre o que será que você está fazendo ou se ainda pensa em mim. Você ainda pensa em mim, minha Bebel?


Deixei meu coração com você. O que me dá forças é saber que o que pe verdadeiro o tempo não apaga, ele eterniza. E tenho certeza de que estaremos unidos para todo sempre. Um amor tão forte assim é simplesmente impossível de esquecer. E o nosso amor foi o mais lindo que já conheci.


Eu te amo, sempre amei e sempre amarei.

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Ana Liberato