segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Resenha: “Problemas à Vista” (Rachel Gibson)

*Por Mary*: Olaaaaaaaaaar, sociedade!

Devo reconhecer que, quando recebi este livro da Editora Pandorga, saí dançando vergonhosamente pela casa. Por sorte, não tive muitas testemunhas. Seria constrangedor.

Como eu amo a Rachel Gibson!

Vocês sabem, ela faz parte do meu rol de escritores que incitam fangirlismos. É impossível ser imparcial com relação a ela.

Problemas à Vista segue o universo de Simplesmente Irresistível. Não, não se engane pensando que se trata de algum tipo de continuação. Não é. São dois livros que não se interligam e que, inclusive, podem ser lidos independentemente do outro, sem que isso influa na compreensão da história.

- Eu menti para você.
Ela o olhou por cima do ombro.
- Você não aceitou o emprego com os Chinooks?
- Não... Sim! – Ele balançou a cabeça. – Eu menti antes disso.
- Sobre a casa?
- Eu menti quando disse que você não significava nada para mim. Menti quando disse que não a amava.

Chelsea é uma atriz cuja carreira não decolou. Em seu currículo constam inúmeros comerciais de pouca expressividade, figuração e breves participações em filmes de terror classe B. Com alguma experiência como assistente pessoal de celebridades, Chelsea assume a missão de assistir a estrela acidentada do hóquei, Mark Bressler – que é mencionado algumas vezes em Simplesmente Irresistível.

Mark também não está vivendo seu melhor momento. Abandonado pela esposa interesseira – que o trocou por um velhote milionário – Mark sofre um acidente que o obriga a se afastar das pistas de gelo justo antes de conquistar o seu maior momento de glória: a Copa Stanley. Sendo um cara acostumado à dor e que prefere se virar sozinho, dá um jeito de expulsar todas as enfermeiras enviadas por seu time, o Seattle Chinooks.

Até chegar Chelsea. Um mulherão em tamanho miniatura, irritante, intrometida e controladora. Da implicância mútua nasce uma parceria inesperada.
- Você normalmente se senta e pensa em várias formas de ser uma pessoa difícil ou é apenas um reflexo natural? Como respirar?
Ele colocou os óculos espelhados na parte de cima do nariz.
- Pensei que estava sendo agradável hoje.
- Sério?
- Sim. – Ele deu de ombros.
Ela balançou a cabeça.
- Não reparei.
Rachel Gibson domina como ninguém a arte de criar personagens aparentemente rasos, mas que demonstram no decorrer da trama um quê de verossimilhança, os tornando únicos. São pessoas que se escondem por baixo da carapaça de futilidade e encontram nessa sobreposição de camadas uma forma de se protegerem do mundo. Estas pessoas podem, facilmente, ser nós mesmos, pessoas normais sob uma armadura brilhante que irá nos defender da rejeição ou nos proteger das demais decepções diárias.

Aliás, por falar em habilidade, a Rachel arrasa ao abordar a questão dos pré-julgamentos que inconscientemente fazemos em relação a pessoas que não conhecemos bem. Tenho certeza que devo ter comentado isso nas resenhas anteriores que fiz sobre livros dessa autora, quanto a como ela é capaz de trazer à tona o modo como tendemos a julgar as pessoas sem as conhecermos realmente, seja por sua profissão, estilo ou aparência física. 
Durante o mês seguinte, passou a vê-lo como algo distante. Algo que ansiava como brownie e sorvete. Algo que seria ruim para ela. Mas quanto mais dizia a si mesma que não poderia tê-lo, mais parecia querer, nem que fosse uma mordida. E, assim como acontecia com brownie e sorvete, ela sabia que jamais deveria se permitir, pois uma mordida não seria suficiente. Uma mordida levaria a duas. Duas levaria a três. Três a quatro, até que se deleitaria com a coisa toda e não haveria nada mais que um arrependimento e uma dor de estômago.
Com seu característico humor inteligente, Rachel Gibson nos apresenta personagens apaixonantemente divertidos e, como tece tramas com poucos personagens, administra bem os núcleos, dando um ar de intimidade, de simplicidade à sua obra.

Para quem estiver com saudade de John, Georgeanne, Hugh e Mae, eles aparecem muito brevemente em Problemas à Vista. Não dá para matar a saudade, contudo. E também não foi de interesse da autora nos saciar deles. Porém, adorei “vê-los”, mesmo que tão brevemente. Senti como se reencontrasse velhos amigos. Sensação doida, né?

Bom, não preciso nem dizer que indico imensamente a Rachel Gibson, todo e qualquer livro dela. Sou suspeitíssima! Sendo assim, se você quer amor, diversão, humor, erotismo... este é o livro certo para você! 
Seus dedos deslizaram sobre a superfície lisa, enquanto sentia o corpo vivo, feliz. Não havia como voltar para aqueles dias em que ela achava que ele era um idiota colossal. Muito tarde. Amava tudo que dizia respeito a ele. Amava o som de sua voz e sua risada. Amava seu cheiro e o toque de sua mão no braço dela ou na parte mais baixa de suas costas. Amava como se sentia quando ele a olhava ou simplesmente entrava em uma sala. Amava saber que sua aparência dura guardava um coração terno.

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Ana Liberato