Por Marianne: Bloqueei bonito na
hora de escrever essa resenha e isso geralmente acontece com livros que me
cativam muito falar mal é sempre mais fácil né gente risos.
Em Carta de amor aos mortos
conhecemos o mundo de Laurel, uma adolescente que perdeu recentemente sua irmã,
May. Laurel tinha aquela típica inspiração e adoração pela irmã mais velha. A
diferença de idade entre elas era pouca e isso fazia com que a proximidade
entre as irmãs fosse bem intensa, Laurel entrando na adolescência e May já
vivendo essa fase aparentemente com tanto domínio.
O livro é narrado em primeira
pessoa, acompanhamos a história lendo as cartas que Laurel escreve pra seus
ídolos que já morreram. A ideia de escrever cartas para alguém que já morreu
foi da professora de inglês da escola, que pediu a tarefa como lição de casa.
A morte de May é um mistério,
sabemos através das cartas de Laurel que May caiu de uma ponte, mas o que a
levou a cair (ou pular?) é um mistério pro leitor.
Além de ter de lidar com a culpa que sente pela morte da irmã (Laurel acobertava as constantes fugas de May na madrugada) a vida e a família de Laurel sofreram grandes mudanças depois que May se foi. Sua mãe, vítima de uma crise de depressão, sai de casa e muda de cidade deixando Laurel e seu pai pra trás. Sua tia Amy, mulher conservadora e bastante religiosa, numa tentativa de ajudar Laurel e o pai convida a menina para morar algumas semanas em sua casa. E pra completar toda a bagunça, Laurel decide começar o ensino médio em uma nova escola para não precisar conviver com as lembranças de May na escola antiga.
Mas a questão é que May era linda; tinha aquele tipo de beleza que marca as pessoas. Seu cabelo era sedoso e ela parecia pertencer a um mundo melhor, então a roupa fazia sentido. Eu a vesti e fiquei me olhando no espelho dela, tentando sentir que pertencia a algum mundo, mas, na verdade, parecia que eu estava fantasiada. Então pus minha roupa preferida do fundamental, um macacão jeans com uma camiseta de manga comprida e brincos de argola. Quando pisei no corredor do colégio West Mesa, senti imediatamente que tinha sido um erro.
A história aborda temas bem
tabus no universo adolescente como suicídio, depressão, homossexualidade,
violência doméstica e abuso sexual UFA.
Apesar de toda essa carga emocional num livro onde a protagonista (e
grande parte dos personagens) é adolescente, Ava Dellaira não caiu no clichê
megadramático que geralmente essas histórias acabam se rendendo e respeitou e
traduziu com coerência o drama de cada personagem sem estereotipá-los.
E o que mais me encantou no
livro: como Ava Dellaira explorou os relacionamentos entre mulheres na história. A
relação de Laurel com May, com sua tia Amy e com suas amigas não fica apenas
como pano de fundo na história quando surge um romance entre Laurel e um colega
da escola, o que geralmente acontece em muitos roteiros que vemos por ai. Quantos filmes/livros você já viu onde as
amigas da protagonista~~~~somem~~~~~depois que a mocinha engata um romance?
May parou de cantar e virou para mim.
— Laurel, nunca deixe nada de ruim acontecer com você, tá? — Ela olhou para trás, para a rua, e disse: — Não seja como eu. Quero que você seja melhor.
O livro é delicado, intenso e
cativante. Conquistou meu coração e está guardado num cantinho especial da
minha estante (até rimou).
Espero que tenham gostado da
resenha, deixem nos comentários suas opiniões.
Até a próxima!
Esse livro é um amorzinho mesmo!
ResponderExcluirJá escolheu o curso para o qual prestará vestibular?
Dicas de quem passou em MEDICINA numa federal!
http://zip.net/bwsSwh
Beijão da Babi
A historia é de uma delicadeza sem fim :)
ExcluirComprei por saber que a personagem escrevia para vários ídolos, achei muito legal e diferente a proposta. Realmente, o livro é cativante!!
ResponderExcluirQue bom que gostou Raquel, é um dos meus referidos!
Excluir:D