Por Yuri: Johanna tem catorze anos e mora em Wolverhampton, uma cidade decadente da Inglaterra nos anos 90. Após passar a maior vergonha no programa de televisão local ao imitar o Scooby Doo, Johanna Morrigan decide começar uma nova vida como Dolly Wilde, uma roqueira, gótica e beberrona.
“Fiz minhas anotações, vejam vocês, sobre do que é feita uma garota e como lança-la no mundo. Todo mundo bebe. Todo mundo fuma. A Miki-Esponja-Berenyi é uma puta de uma mulher legal. Fingir até conseguir. Você conversa sobre sexo como se fosse um jogo. Você tem casos. Você não faz citações extraídas de musicais. Você faz tudo aquilo que os outros estão fazendo. Você fala coisas para ser ouvida, mais do que para estar certa.”
Dolly Wilde narra com bom humor seu
início na carreira profissional e na vida sexual, com histórias que fazem o
leitor rir com o absurdo da situação.
Aos 16 anos, Dolly Wilde fuma, bebe,
trabalha para uma revista de música escrevendo críticas para destruir bandas e
transa com todo tipo de homem. Mas e se Johanna tiver feito Dolly com as peças
erradas?
“Então o que você faz quando se contrói? – e se dá conta que você se construiu com as peças erradas? Você rasga tudo e começa de novo. Esse é o trabalho dos seus anos de adolescência – construir e rasgar e construir de novo, repetidas vezes, infinitamente, como filmes acelerados de cidades durante bombardeios e guerras. Ser destemido e infinito em suas reinvenções – continuar se retorcendo aos dezenove, fracassar e começar de novo, e de novo. Inventar, inventar, inventar.”
A complexidade da personagem e o
amadurecimento de Johanna ao longo da história torna o livro interessante, no
entanto, não senti conexão com a personagem. A realidade de Dolly Wilde é tão distante
do que foi a minha adolescência e tão diferente de como eu imagino que são as
adolescentes (essa sou eu sendo bem ingênua), que não me cativou.
Outro ponto que vale a pena destacar
são as referências musicais do livro. Para os que não conhecem a cultura
musical da década de 90, talvez não se ligue tanto com o universo da
personagem, porque basicamente toda a história de Dolly Wilde envolve os
artistas e banda da época.
Pra tentar explicar qual foi o meu
problema com o livro, vou fazer uma analogia com uma experiência que vivi na
Universal Studios com a minha irmã. Quando eu, que já li todos os livros “Harry
Potter”, visitei o mundo mágico do Harry Potter, queria conhecer a loja da
Zonko’s e experimentar as tão famosas guloseimas, beber a cerveja amanteigada,
entrar no castelo de Hogwarts, enfim, queria desbravar cada pedaço daquele
mundo e me encantava com o quanto ele era parecido com aquilo que eu li nos
livros. Para a minha irmã, não foi nada demais, ela sequer experimentou a cerveja!!!
Espero que a minha analogia faça
sentido, porque os leitores que conhecem as referências musicais citadas,
conseguem aproveitar o livro de outra forma. Provavelmente vão entender as
piadas e as críticas da personagem sobre as músicas e as bandas que para mim
não fizeram sentido.
Experimentem ler o livro e
compartilhem a sua opinião.
Até a próxima!
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