quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Resenha: “Vermelho como o sangue” (Salla Simukka)


Por Yuri: Olá pessoal! Vermelho como sangue é mais um livro naquele estilo new young. Não tenho nada contra esse gênero, nem quem curte. Eu mesma já li livros com essa temática, mas depois que os primeiros new young foram publicados, veio uma enxurrada de livros dessa linha. A única diferença entre eles era o nome dos personagens e a capa do livro (às vezes nem isso era diferente).

Quando um tema fica meio modinha, eu perco o interesse. Acho que falta originalidade na história e nos personagens. Para mim, é isso o que acontece com Vermelho como sangue. Tem a personagem principal, que é deslocada, que se acha diferente dos outros. Daí ela conhece novas pessoas, e se torna extremamente leal a elas. Nessa jornada a personagem principal vai se descobrindo e encontra uma heroína em seu interior.

Eu já tive a minha cota de trilogias adolescentes sem graça, mas vou deixar um breve resumo para que vocês leitores possam tirar suas próprias conclusões sobre o livro e decidir se querem ler ou não.

Vermelho como o sangue narra a história de Lumikki Andersson, uma jovem de dezessete anos, que se transferiu para uma famosa Escola de Arte de elite para fugir do seu passado e desde então mora sozinha, longe dos pais.
“Lumikki Anderson. A menina sueco-finlandesa de Riihimäki. A que tinha uma opinião cuidadosamente pensada sobre tudo. A que tirava notas perfeitas em Física e Filosofia. A que representara Ofélia tão bem que dois professores enlouqueceram e o resto ficou tomado de emoção. A que não participava de nenhuma pegadinha ou festa da escola. A que sempre comia sozinha, mas nunca parecia solitária. Ela era a peça do quebra-cabeça que não tinha seu próprio lugar, mas poderia de repente preencher quase qualquer buraco que fosse necessário. Ela não era como os outros. Ela era exatamente como os outros.”

Resultado de imagem para vermelho como sangueCerto dia para fugir do mundo a sua volta, Lumikki entra na câmara escura da escola em que estuda e encontra cédulas de dinheiro penduradas para secar manchadas de sangue. A partir de então, aguçada por sua curiosidade, a personagem persegue a quem pertence o dinheiro.

Lumikki descobre que o dinheiro pertence ao grupo mais top da Escola de Arte, formado por Tuukka (o garoto mais bonito), Elisa (a mais bonita) e Kasper (o garoto problema), que acharam uma sacola com o dinheiro após uma noite regada à bebida e drogas.

Sem querer, acaba se envolvendo no caso das cédulas manchadas. A partir de então, o mundo de Lummiki vira um caos e a personagem é perseguida por traficantes, participa de festas organizadas por máfias e perde todo o controle que tinha da sua vida.

Achei a história chata e o livro confuso. As lembranças de Lumikki se misturam com os acontecimentos e às vezes fica uma bagunça de interpretar. Geralmente quando eu não entendo algum trecho, eu volto pra ver se fica mais claro. Nesse livro não ficava e chegou um momento que eu fiquei com preguiça de interpretar. Por exemplo, não ficou claro para mim qual era a sexualidade da personagem. Apenas lendo os trechos que a autora incluiu a respeito desse assunto, eu li e reli... e preferi ficar sem entender mesmo.

Se eu não soubesse que este é só o primeiro livro da trilogia, diria que a autora foi bem preguiçosa pra fazer um final pro livro. Como eu disse antes, as lembranças se misturavam o tempo todo, e deu para perceber que a infância da personagem foi bem sofrida e que os pais dela tem algum segredo. Daí a história fica bagunçando com memórias para que o leitor fique curioso sobre a vida da personagem antes de se mudar de cidade, e no final ela decide que não quer saber esses mistérios. (WHAAAAT?? O.o Como assim não quer saber? Tudo bem que tem coisas da minha vida que eu também não quero saber, mas isso é um livro!!! É lógico que eu quero saber sobre a vida dela.)

Resolvi dar o ar da dúvida pra autora e não vou chamar o final de preguiçoso até que toda a coleção seja publicada, pois provavelmente essas pontas soltas serão resolvidas nos próximos livros. 

Eu indicaria esse livro para quem curte livros com personagens adolescentes ou pra quem está interessado em uma leitura rápida para se distrair.

Nota: 2/5

Até a próxima!

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Ana Liberato