quinta-feira, 26 de maio de 2016

[Novidades] Mary Del Priore lança livro em São Luís


Esse sábado, dia 28 de Maio, às 19hs, na Livraria Leitura do Shopping São Luís, em São Luís - MA, a historiadora Mary Del Priore lançará seu mais novo livro, intitulado Histórias da Gente Brasileira. Esse é o primeiro volume de uma série em que a autora pretende abordar as pessoas comuns e pequenos fatos que colaboraram para formar o caráter nacional.

Nesta data, Mary Del Priore fará uma sessão de autógrafos, que será seguida de um debate com o Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), Euges Lima, e terá como mediador o professor Sebastião Moreira Duarte.

Nesse mesmo dia, um pouquinho mais cedo - às 15h - vai acontecer o Planeta de Leitores, com um debate bem legal sobre temas relacionados ao livro Beije-me Onde o Sol não Alcança, com a autora e a participação de duas convidadas de apoio - sendo uma delas resenhista aqui do blog \o/ Quem não puder participar do encontro, o Dear Book vai fazer uma cobertura pelo SnapChat - add "DearBook" - e também postaremos aqui no blog. Acompanhem também o Clube do Livro Maranhão, o hostess do encontro! 

Como vocês podem perceber, o sábado será animado! Não percam!

Ficou curioso para saber mais sobre o livro?


Histórias da gente brasileira
Volume 1: Colônia
Mary Del Priore
LeYa| 432 páginas | R$ 54,90



 Mary Del Priore apresenta uma outra história do Brasil
Primeiro volume da série Histórias da gente brasileira aborda o cotidiano da Colônia

Por trás da história dos grandes feitos, datas marcantes e personalidades notáveis estão as narrativas do cotidiano, um passado escrito por personagens anônimos que, ao longo dos anos, acabaram por se misturar ao próprio tecido social. O que Mary Del Piore oferece na nova série Histórias da gente brasileira (LeYa) é um estudo desse tecido, uma “histologia histórica” que analisa os fios miúdos que entrelaçam as tramas do passado e, com simplicidade e frescor, apresenta uma história do Brasil diferente. No Volume 1: Colônia, a autora lança luz sobre o universo multicolor das pessoas comuns e coisas pequenas que formaram um caráter nacional ainda hoje presente em nossas vidas e formas de pensar.

“O que parece uma cacofonia, ruído desencontrado, é música. São os sons da rua, da casa, dos instrumentos de trabalho ou de festas. Para isso é preciso olhar pelo retrovisor para ver como nossa gente era, como morava, vestia, comia, trabalhava, ria, amava e sonhava. De que forma seus problemas foram ultrapassados de geração em geração. Mas é preciso também olhar pelo buraco da fechadura, para enxergar como se comportava em sua intimidade nos momentos de medo, dor ou prazer”, escreve Mary na apresentação.

Em seus primeiros anos, a Colônia foi precariamente povoada pelos “desassistidos”, portugueses desenraizados a quem a Coroa se dispunha somente a distribuir machados para a extração das eventuais riquezas de uma terra em que, nas palavras de Américo Vespúcio, “não encontramos nada de tirar proveito”. Medindo o passar do dia por meio de orações (“tempo de duas Ave-Marias”) ou de funções fisiológicas (“de uma mijada”), eles não dispunham de muito além de obstáculos e incertezas, mas mesmo assim investiram em construir uma sociedade europeia sobre os ombros dos habitantes nativos – os índios, que mantinham uma elaborada agricultura e um conhecimento sofisticado da fauna e da flora.

Por isso esta é uma história repleta de texturas e sabores, como mandioca, mel de abelhas selvagens, larva de taquara, bunda de tanajura, araçá, pitanga, umbu e os múltiplos usos das palmeiras: palmito, óleos e frutas que, amassadas e fervidas, eram transformadas em um pó castanho consumido como sal. As diversas tribos locais ainda ensinaram os europeus a utilizar a natureza na vida prática. Uma folha de capim selvagem, por exemplo, fazia as vezes de lâmina de barbear. Os objetos, aliás, também surgem como protagonistas desta trama: marcados pela intenção de seu criador (e, depois, de seus detentores), são o signo de uma ação.

Como em todas as nossas épocas, prazer, angústia, harmonia, conflito, civilização e barbárie coabitam neste Volume 1: Colônia, que detalha como os homens e as mulheres que viveram no Brasil entre mais de três séculos e dois Pedros – o Cabral e o de Alcântara – se relacionavam com terra, trabalho, casa, comida, nascimento, adolescência, uniões, doença e morte.

Mas essas nunca deixaram de ser também histórias da destruição do meio ambiente, da exploração do outro, da enxada e do chicote. É surpreendente constatar tudo o que mudou de lá para cá, porém o que mais impressiona é o tanto que continua igual. As Histórias da gente brasileira abrem nossos olhos para verdades a respeito de quem somos, o que torna a leitura ainda mais pertinente. Porque, nas palavras de Mary Del Priore, “descobrir os caminhos da gente brasileira e conhecer mais e melhor o nosso passado é a receita para se gostar mais e melhor dele”.

O próximo tomo, com lançamento previsto para novembro, vai acompanhar a ação do tempo e as transformações na rotina de nossos ancestrais durante o Império. O terceiro e o quarto tratam do período republicano.

A autora

Mary Del Priore, ex-professora de história da USP e da PUC/RJ, pós-doutorada pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, é autora de 45 livros de história. Recebeu mais de vinte prêmios literários nacionais e internacionais, foi colunista do jornal O Estado de S. Paulo por dez anos e é sócia titular do IHGB, IHGRJ, Academia Portuguesa de História, Real Academia de la Historia de España, PEN Club do Brasil, Academia Carioca de Letras, entre várias academias latino-americanas. Atualmente leciona no curso de pós-graduação da Universidade Salgado de Oliveira.



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Ana Liberato