quarta-feira, 29 de junho de 2016

#2Em1: Especial “Como Eu Era Antes de Você”



*Por Mary*: Oi, gente!

Estou aqui hoje invadindo – autorizadamente – a coluna da Alice por motivos de: não estou sabendo lidar com o pós-filme de Como Eu Era Antes de Você.

E assim como eu não soube lidar com o livro (cuja resenha vocês podem conferir aqui), preciso compartilhar com vocês a minha opinião sobre o filme.

Antes de tudo, eu quero dizer que vivi para ver a doce e amigável interação entre Tywin Lannister e Daenerys Targaryen. Não acredito que nenhuma santa alma da zueira criou memes relacionados a isso. #chatyada #vidaingrata

Sem sombra de dúvidas, esta é uma das melhores adaptações de livros que eu já vi. Achei muito fiel não só ao texto, mas também aos personagens.




Eu costumo dizer que, em se tratando de adaptações, alguma coisa tem que dar errado. E se não for na elaboração do roteiro, é na escolha dos atores e vice-versa. Mas desta vez nada ficou a desejar.

Para a adaptação, algumas cenas do livro foram cortadas – até por que não daria para encaixar tudo em duas horas – mas os fatos foram modificados o mínimo possível. A produção do filme mostrou para o mundo que é sim possível transformar um livro em longa sem transmutar completamente a obra. Nesse quesito, creio eu que nenhum leitor sairá da sala de cinema reclamando.

E, cá entre nós, estamos calejados disso, né?




A escolha dos atores foi outro grande acerto da produção. E quando me refiro a escolha, quero dizer física e talentísticamente – lá vem eu criando palavras outra vez, haha.

Todos os atores se encaixaram perfeitamente no que eu tinha imaginado. Talvez a ex-noiva do Will eu teria trocado pela Natalie Dormer, mas acredito que a cota Game Of Thrones do elenco já havia sido preenchida. #entendedoresentenderao #piadinhamarotadodia

E já que toquei no assunto Game Of Thrones, caramba, eu fiquei CHO-CA-DA com a Emilia Clarke, talvez por nunca tê-la visto atuando em nada mais além da nossa amada ou não Kaleesi. Fato é que a atriz deu show na pele da maluquinha, tagarela e de gosto duvidoso para roupas, Louisa Clark. Penso que a Emilia conseguiu transmitir perfeitamente a essência da personagem, com uma atuação impecável e de um talento inigualável.




Quanto ao Sam Claflin, eu já sabia que ele era bom, então não foi lá uma grande surpresa que o Will estaria muito bem representado.

Aliás, que química maravilhosa a desse casal!

Uma química muito boa, somada ao talento dos dois, não teve para mais ninguém.

Outra coisa que me impressionou muito, de um modo geral, foi como os atores conseguiam falar muito, sem dizer exatamente com palavras. Quero dizer, o filme se valeu muito das expressões faciais e da linguagem corporal para transmitir a mensagem do livro ao telespectador.

Não sei se muita gente reparou nisso, ou se estou sendo um pouco presumida ao afirmar, mas não sou atriz e só consigo supor que é algo muito difícil incorporar a tal ponto o personagem e viver a história de tal maneira que se é capaz de atuar muito mais com o olhar do que com os diálogos propriamente ditos.




Ao fim da sessão, quando cheguei ao banheiro, ouvi algumas pessoas competindo por quem chorou mais e comparando o quanto chorou ao ver A Culpa é das Estrelas. Bom, não entendo que a qualidade de um filme seja medida pela quantidade de lágrimas que você verteu, mas sim pelo conjunto da obra.

Além disso, não acredito que as duas obras possam ser comparadas, porque são absolutamente diferentes. Sinceramente, comparar duas obras dessa maneira – seja filme ou livro – me parece injusto de inúmeras formas.

Comecei esse texto acreditando que seria curtinho (foi inclusive isso que eu disse para a Alice quando ela me autorizou a invadir sua coluna para falar de Como Eu Era Antes de Você), mas, como vocês sabem, não consigo escrever pouco.

Enfim, deixem aqui nos comentários as impressões de vocês sobre o filme, porque quero muito saber o que acharam dessa adaptação e se eu não disse muita besteira no texto. Para quem ainda não viu, indico muitíssimo o filme. É excelente!



Beijos e obrigada pelo espaço!

:*



Resenha: "O Pálido Olho Azul" (Louis Bayard)

Tradução por: Lea Zylberlicht

“E agora, Leitor, uma história!”


Por Marii: E que história! Terminei o livro surpresíssima, mas, principalmente, e certamente, satisfeita.

Eu já nem mais esperava terminá-lo, já que estava na minha estante há um tempão e devo ter tentado terminar por duas ou três vezes. Entretanto, meu desinteresse pela leitura, em geral, não me permitiu passar nem das primeiras páginas. Abri o livro por esses dias e ali estava a marca do tempo em que havia abandonado o prazer ávido e visceral que eu tinha por livros, três anos. Determinada a  lê-lo ate a ultima página tomasse o tempo que fosse, os três anos foram esquecidos em três dias.

Um bom leitor sabe o quanto é prazeroso entrar pelas madrugadas acompanhado de uma boa história. E O pálido olho azul que me tomou algumas noites, pois tinha essa história extremamente intrigante. Além, de personagens extremamente envolventes.

Mas vamos por parte, o livro se passa mais ou menos no século XVI em uma academia militar americana para cadetes. E um dos pontos positivos do livro foi o quanto o autor foi cuidadoso com a linguagem rebuscada remetendo ao tempo da história. E mesmo assim, essa linguagem ainda permitiu um tom mais intimista dos personagens com o Leitor (com quem Gus Landor dialoga por toda historia). Os capítulos são em primeira pessoa, e há alternância de personagens entre os capítulos, e eu percebi que essa alternância servia para nos lembrar, como leitores, que não se tratava de um narrador onisciente e também que poderíamos pensar e julgar cada ponto de vista. 
“Fico embaraçado em dizer que, naquele momento, fui tomado por uma conjetura – do tipo que, normalmente, Leitor, eu não o aborreceria com ela. Parecia-me que a única coisa que sobrara de Leroy Fry era uma pergunta. Uma simples questão, colocada pelo enrijecimento dos membros, pelo tom esverdeado da sua pele pálida e sem pelo...
Quem?
E pela palpitação que experimentava, eu soube que era uma questão que eu devia responder. Não importava se fosse perigoso para mim, eu tinha que saber quem havia tirado o coração de Leroy Fry.”
O personagem principal é o Gus Landor, quem descreve a maior parte do livro em uma quantidade de detalhes impressionantes, ate mesmo os anatômicos.  Ele é o detetive chamado para resolver o caso de um cadete que havia se suicidado e teve o seu coração, literalmente, roubado na mesma noite. 

Na Academia ele conhece Edgar A. Por, ou cadete Poe, o mesmo famoso poeta e escritor americano, quem mais tarde vai ajudar o detetive na resolução do caso. A referência ao famoso poeta também é perceptível pela esfera de poesia, misticismo e mistério. A personagem feminina Lea também deve ser destacada, pois além de ser responsável pelo romance no livro, demonstra sua posição como mulher na sociedade e auxilia na ambientação militar e antiga. 
“Não gritei. Duvido que tenha me mexido. O púnico sentimento que me lembro de ter tido era o de uma mera curiosidade, do tipo, suponho, que um homem da infantaria deve sentir quando contempla abala de um canhão que está prestes a encontrar sua cabeça. Fiquei parado no meio do quarto e olhei outra mão – a gêmea da primeira – agarrar o parapeito. (...). Seguido por uma franja suada de cabelo preto e dois grandes olhos cinzentos, fixos e tensos, e duas narinas dilatadas pelo esforço. E  oh, sim, duas encantadoras fileiras de dentes, rangendo fortemente.
Cadete Poe, do primeiro ano, ao meu dispor.”
Praticamente todos os personagens são bens construídos e tem sua relevância. Não existe um para apenas preencher espaço. Aliás, as informações que são dadas tem sua importância e vão se entrelaçando na historia. No decorrer do livro, não muito tarde, o autor para de nos apresentar personagens, ou suspeitos, e na gama que ele nos deu, imaginar o "quem, como e porquê".

E, apesar de tudo, o final não é tão previsível e se apresentou como uma excelente saída para a trama.
O narrador é bem comparativo e detalhista sobre os acontecimentos ou ambientes. E, para mim, acabou deixando o inicio um pouco lento e, em alguns momentos a investigação também. Porém todos os fatos são bem amarrados e justificados, já que praticamente não ocorrem sem propósitos. 
“Quão repentina chega, essa benção do amor! E como nos desconcerta até no momento de seu nascimento! Embora possamos isolar o próprio céu para alcança-lo, não podemos envolvê-lo. Não, não, ele deve sempre nos escapar. Precisamos fracassar – CAIR.”
Por fim, achei a obra pra lá de inteligente por todos os seus detalhes; o início lento, a consciência de um Leitor e até a consciência da manipulação da mente de um Leitor.  Recomendo esse livro, principalmente para quem hosta de um bom romance investigativo e não esteja procurando algo que fuja das resoluções óbvias. Adverto só um pouco de força de vontade no início. De resto, como diria minha professora de literatura, deleitem-se.
Você pode encontrar o livro aqui na Folha.



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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Resenha: “O Pescoço da Girafa” (Judith Schalansky)

Por Kleris: Uma das coisas mais incríveis que a literatura pode nos proporcionar é nos colocar dentro da cabeça de outra pessoa, enxergar o mundo através de sua visão e nos permitir observar como suas engrenagens funcionam. Em O pescoço da Girafa nós temos justamente isso. Através do recurso de fluxo de pensamento, adentramos a mente de uma professora de biologia que possui uma compreensão muito particular da vida ao redor: Inge Lohmark crê piamente nos princípios fundamentais da natureza – melhor dizendo, na seleção natural. 
— Vejam, ninguém, nenhum animal, nem o ser humano, pode existir sozinho. Entre os seres, prevalece a competição. Às vezes pode haver também alguma cooperação, mas isso dificilmente acontece. As principais formas de coexistência são a competição e o relacionamento entre predador e presa.

Tradução de Petê Rissati
Inge é uma senhora impassível. Ao termos acesso direto aos seus pensamentos, acompanhamos seu dia a dia, seu trabalho, vida pessoal e observações. Essa narração é tão detalhista para nos ilustrar o que Inge está vendo, passando, considerando, que vez ou outra você pode se perder. Mas essa é a natureza do pensamento, né, nem a gente consegue acompanhar aos nossos às vezes. E os de Inge, em seu papel extremista e formal, são tão ácidos que até chegam a ser engraçados – só que de um modo bem trágico. 
— Por exemplo, existem dois milhões de espécies no mundo. Se as condições do meio ambiente mudam, elas correm risco.
Desinteresse absoluto.
— Vocês saberiam dizer algumas espécies que já foram extintas?
Um punhado de braços erguidos.
— Digo, tirando os dinossauros.
Na hora, os braços abaixaram. Essas pestes não conseguem diferenciar um tordo de um estorninho, mas enumeram a taxonomia de grandes répteis extintos. Desenham de cabeça um braquiossauro. Entusiasmo prematuro pelo mórbido.

O pescoço da Girafa é, nesse sentido, um livro muito intrigante e instigante. Próprio do estilo, não há história, mas sim um recorte de percepção. É nessa pouca ação que a autora quer nos mostrar sentimentos de uma maneira mais nua e crua. Ali, em sua própria cadência, eles se libertam. As excessivas descrições e concepções, por sua vez, são pistas para o leitor sacar o que há de natureza e humanidade na personagem. 
O assunto netos não parecia ir bem. Um salto no vazio. Um beco sem saída. Claudia já estava com trinta e cinco. Mas os avestruzes também não voltavam a olhar seus filhotes. No reino animal, ninguém passava aos domingos para um cafezinho. Não se esperava gratidão e também não havia direito a devolução. Sem proximidade. A distribuição dos cromossomos pela meiose acontecia por acaso. Nunca se sabia o que surgiria dali.

Ao nos colocar nessa posição, Judith nos prende a uma persona absurda. Orgulhosa, exigente, distante. Se num primeiro momento a nossa aproximação nos permite rir das loucuras que são as concepções de Inge, noutro, quando passamos a entender mais das suas engrenagens, esse riso passa a ser mais contido... até parar de vez. Ficamos incessantemente em busca de mais e mais traços de humanidade nela, como que para provar que existe, em algum lugar, mesmo nas pessoas mais amargas.

Inge na verdade é a porta para compreendermos a seleção natural em prática; aliás, em seu autoritarismo de professora, traz à tona o sistema de educação ultrapassado que ela, como outros, insiste em manter. Não apenas somos socados no estômago pela inacessibilidade emocional da personagem, mas também pelo próprio caminhar do ambiente em que ela vive; ela não se conecta a pessoas – e por não se conectar, muita coisa passa atropelado por suas vistas (como família e responsabilidade social) sem qualquer intervenção.  

A leitura de O pescoço da Girafa é interessante pela empatia – à Inge e às pessoas ao seu redor – mas também pela crítica social e escolar. Não é porque o homem, biologicamente, é um animal, que ele se comportará como tal; na vida em sociedade as leis são outras. Diferentemente do mundo animalesco, temos a vantagem do pensamento, da estima e do respeito.
Os vencedores eram os mais capazes. Quem vencia, vencia por direito. Na natureza não havia injustiça. Nenhuma injustiça. Tudo era natureza. Na natureza das coisas. Quem sobrevive, venceu. Não, não mesmo. Quem sobrevive, sobrevive. Ponto. O que hoje era exceção, amanhã podia ser regra. [...] Era um planeta dinâmico. Podia-se almejar a perfeição, mas ela não previsível. Não havia avanço. Avanço era um erro de lógica. Tudo era imperfeito, mas não desesperançado. [...] Tudo era temporário. [...] Espécies complexas nunca sobreviveram muito tempo.

Judith criou um recorte social com uma delicadeza incrível. Nunca fui muito fã de fluxo de consciência/pensamento, mas neste livro em particular a leitura fluiu em um ritmo bom. Sempre curti a ideologia da seleção natural e do pescoço da girafa, embora nunca muito dada aos aspectos biológicos em si. A sacada do livro – corroborada pela capa linda – puxa das entrelinhas e da nossa sensibilidade para compreender a interação social ali desenhada. Vale a nota para observar os cabeços das páginas que trazem, assim como as imagens surpresas nas páginas, mais pistas para a leitura.

Recomendo, porém, com ressalvas, pelo estilo incomum. Apesar de uma leitura rápida, a maneira como os elementos literários aqui se encaixam pode ser um desafio para alguns leitores, pois há muita sugestão no ar, como um filme silencioso. Indico a quem curte o lance do fluxo de pensamento, ler comportamentos, críticas sensíveis, altas descrições, o embate ciência biológica vs ciências sociais. É por certo um livro que fica na cabeça para ser digerido por semanas. 
Como devia ser bom seguir um instinto. Sem sentido ou razão.

Percebe-se que O pescoço da girafa foi um livro difícil de parir, imagino que tanto pra escrever quanto pra trabalhar nele para publicação e tradução, mas é daqueles que ao trabalho final a gente concorda que valeu a pena. Aliás, ele faz parte de uma leva de livros alemães que estão chegando ao Brasil por conta da parceria de tradução do Goethe Institute. Espero em breve ler mais livros da autora – apesar de ser seu terceiro, é o livro de estreia nas terras tupiniquins.  

E não posso deixar de dizer que dou RT no texto da contracapa!

Até a próxima! 
— [...] Muitos animais se esforçam para alcançar seu objetivo, que está bem diante do seu focinho. Todo dia treinarão e se acostumarão a esticar-se na direção das folhas. E esse costume se tornará aos poucos, mas, com certeza, um modo de vida. E, em algum momento, compensará. Para os filhos e os filhos dos filhos. O pescoço, ele se alongará. [...] A vida é estirar-se e alongar-se. Para cada um de nós. Às vezes, o objetivo parece estar a um passo. Mas mesmo assim precisamos nos esforçar para alcançá-lo de fato. Em cada um de nós existe o impulso para o ponto mais alto, para se desenvolver até o ponto mais alto. [...] As influências externas têm consequências. Tudo influencia o caráter, as tendências, as atividades e a estrutura corporal, tudo. Tudo é bom para alguma coisa. Tudo tem um sentido. [...] Claro que nosso entorno nos influencia. Adaptação é tudo. E o costume faz o homem. E quando o entorno muda, mudam também os organismos que nele vivem. Não existem organismos sem meio ambiente. 


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sábado, 25 de junho de 2016

[Novidades] Lançamentos de Junho da Editora Draco

[Novidades] Lançamentos Jun/Jul da Editora Draco

Hey peoples! Lançamentos, quem não ama né?! Bom está recheado de novas histórias, de temas de suspense à histórias em quadrinhos. 

Algumas resenhas feita pelo Dear Book

Agora vamos ao que interessa!

Lançamentos:

Reverso, Karen Alves
E se do outro lado do espelho estivesse tudo o que você mais teme?
Megan gostaria de ter deixado todos os seus medos do outro lado do espelho, presos com Megami e sua perigosa obsessão. Mas ela sabe que nada é tão fácil e, rápido demais, o espelho cobra seu preço também deste lado. Megan se vê dentro do seu maior pesadelo, um que conhece muito bem. E agora, além de lutar contra Megami, precisa fazer uma terrível escolha que definirá o seu futuro e o das pessoas ao seu redor.
Em meio a tantos segredos e dúvidas, Megan deve descobrir a verdade sobre Megami e, acima de tudo, sobre si mesma.
Reverso é a conclusão da história iniciada em Inverso, de Karen Alvares, a jornada de uma garota em busca de sua própria identidade. Para proteger quem mais ama, Megan enfrentará seus maiores temores e irá compreender seus sentimentos mais profundos. Mas será que ela é assim tão diferente da garota que a encara do outro lado do espelho?

A Fonte ÂmbarAna Lúcia Merege
Quem pode perceber a diferença entre o Bem e o Mal?
A ameaça de uma guerra mágica paira sobre Athelgard. Muitos magos preferem não se envolver, mas Kieran de Scyllix empunha suas espadas e parte para sua terra natal, decidido a derrotar o feiticeiro que acompanha o exército invasor. Por sua vez, a Mestra de Sagas Anna de Bryke continua a lutar pela liberdade das águias douradas, fazendo alianças perigosas e chegando cada vez mais perto da verdade sobre o passado de Kieran.
A Fonte Âmbar fecha a trilogia de Ana Lúcia Merege, autora que já é referência nacional de literatura fantástica. Dessa vez, as vozes dos narradores de O Castelo das Águias e A Ilha dos Ossos se somam às de outros personagens, a quem a expectativa da guerra afeta de diferentes maneiras. Aprendizes da Escola de Artes Mágicas, nobres elfos, guerreiros, camponeses e até membros das tropas inimigas contribuem para trazer aos leitores uma história cheia de nuances e desafios inesperados.
Na conclusão da primeira série em Athelgard, a diferença entre o Bem e o Mal pode ser mais estreita do que o fio de uma lâmina.

Último RefúgioJ. M. Beraldo
Uma cidade fantástica onde se controlam sonhos, vidas e planos de existência
Conheça Último Refúgio, cidade remanescente de um reino eterno que uma vez conquistou mundos inteiros, mas hoje desmorona a cada dia. Governada por uma casta de seres capazes de incríveis feitos através da magia, atrai o interesse de refugiados da guerra contra o Império de Diamante e a gananciosa Companhia Mercantil de Valmedor.
Em meio a esse caos social, Vema Thevar, treinada na arte panjek da Mente, é contratada por um aristocrata para criar sonhos perfeitos. Enquanto isso, o capitão Kasim, que acabou de chegar da guerra, investiga uma rebelião nascendo entre os descontentes da cidade. Se não resolver a insurgência antes que ela exploda, a Companhia dará ordem para iniciar um massacre.
Neste mundo fantástico baseado nas culturas africana e indiana, o autor J. M. Beraldo conduzirá os dois protagonistas por uma trama entre poderosos que só querem garantir os seus privilégios. O que nenhum dos dois sabe é que suas histórias não são isoladas, mas sim ligadas por uma conspiração que mudará para sempre o mundo.

A Caçadora – Temporada de CaçaVivianne Fair
E agora querem viver felizes para sempre? Ah, não vai ser fácil!
Uma caçadora e um vampiro juntos? É, nem todo mundo está contente com o romance de Jéssica e Zack. Nem o Conselho – que enfim se toca dos dois! – nem os antigos bebedores de sangue.
Dante é um dos insatisfeitos e lidera vampiros rebeldes que querem Zack de volta no comando do clã. E aí sobra para Jessi fugir desses gelados enquanto atura seu querido caçado que fica tirando sarro dela o tempo todo.
Conseguirá Zack lidar com a insurreição de seus súditos? E Jessi, conseguirá se manter linda e arrumada enquanto enrola no trabalho como nunca? Mesmo brigando como gato e rato, os dois só pensam em ficar juntos. Mas dessa vez, a transformação de um dos dois deverá acontecer.
A Caçadora – Temporada de Caça fecha a trilogia A Caçadora, de Vivianne Fair, autora que conquistou fãs pelas suas divertidas comédias românticas cheias de referências à cultura pop.

Títulos de Nobreza e Hierarquias: um guia sobre as graduações sociais na históriaAntonio Luiz M. C. Costa
Como devemos nos dirigir a um Rei? Um Sultão é a mesma coisa que um Califa? Quem era mais importante, um Duque ou um Barão? Que cargos havia nas cortes da Idade Média? Para responder a essas e a outras perguntas de curiosos pelas organizações sociais e militares através do tempo, a Editora Draco traz uma pesquisa detalhada de Antonio Luiz M. C. Costa, autor de ficção especulativa e editor de política internacional da CartaCapital.
Títulos de Nobreza e Hierarquias: um guia sobre as graduações sociais na história é um extenso manual que vai desde os incas, polinésios, indianos e japoneses à Europa, berço de civilizações conquistadoras, tribos bárbaras e da maior organização religiosa do mundo, a Igreja Católica.
Com um texto acessível e que traz referências à literatura e cultura pop, explorar os intrincados labirintos das hierarquias será como um passeio.
Viajando pelos continentes, descubra como tratar nobres e plebeus da Antiguidade à atualidade, decifre as denominações e divisões dentro das sociedades secretas e marche pelas forças armadas de diversas culturas.
Depois dessa leitura, ler e escrever sobre história — real ou imaginária — será cada vez mais prazeroso.

Lançamentos DRACOMICS

Imaginários em Quadrinhos v. 4, Raphael Fernandes
Universos fantásticos imaginados por quadrinistas consagrados e novos talentos. Essa é a coleção Imaginários em quadrinhos, que em cada volume traz 120 páginas de roteiros e desenhos incríveis para o público adulto que curte boas histórias.
Neste volume da coleção Imaginários em Quadrinhos da Editora Draco, organizado por Raphael Fernandes, os quadrinistas Geraldo Borges, Jussara Gonzo, Rafael Dantas, Kaléo Mendes, Luís Carlos Sousa, Maxwell Duarte, MJ Macedo, Thiago Duarte, Péricles Ianuch, Milena Azevedo, Sara Prado, Marcel Ibaldo e Max Andrade invadem as barreiras do inconsciente para nos trazer aventuras gráficas de fantasia, ficção científica e terror.
Prepare-se para uma viagem sem volta pelo mundo das histórias em quadrinhos. Em um resgate do bom e velho mix de ação e entretenimento, essa série já é reconhecida como um novo espaço para o quadrinho nacional mostrar sua qualidade.

Ditadura no ar – Coração selvagemRaphael Fernandes e Rafael Vasconcellos 
Em uma São Paulo noir, o amor está enterrado pela crueldade dos homens
Após o desaparecimento de sua namorada Lenina, o fotógrafo Félix Panta entra em uma arriscada investigação para descobrir o que os militares fizeram com a estudante comunista. Músicas de protesto, exilados políticos, reportagens proibidas e o terror das torturas estarão em seu caminho nesse Brasil em que a população alienada encobre a ação de ódio dos que estão no poder.
Ambientada em 1969, depois do famigerado AI-5 e auge da ditadura, a trama noir destas páginas vai te levar para uma época em que era perigoso pensar diferente do governo. Baseada em relatos reais e em uma extensa pesquisa histórica, este quadrinho é uma ficção com os dois pés na dura realidade.
Ditadura no ar – Coração Selvagem reúne as quatro edições da minissérie independente ganhadora do Troféu HQMix, mas com artes e textos revisados. O roteiro policial é de Raphael Fernandes (Apagão) e a belíssima arte é de Rafael Vasconcellos, o Abel (Macbeth). Pode o amor de dois rebeldes vencer o ódio da conservadora ditadura militar brasileira?

Segundo TempoAlex Mir e Marcelo Costa
Todo mundo pro vestiário. O verdadeiro jogo está além dos gramados.
Acompanhe o Trinta de Junho, time da primeira divisão do Campeonato Paulista, na sua luta para fugir da zona de rebaixamento e continuar na elite do futebol. A situação é tensa e Telma, a presidente do clube, corre o risco de perder o cargo.
Como última cartada, ela tenta a contratação de Tobias, uma lenda com a bola nos pés, como o novo técnico. Mas Tobias não é mais boleiro há anos e, após um acontecimento trágico, não pretende mais voltar aos gramados. Para complicar ainda mais a situação, um grande investidor internacional quer comprar o time, o que pressiona o grupo a ter bons resultados e garantir a permanência dos anunciantes.
Segundo Tempo, escrito por Alex Mir e desenhado por Marcelo Costa, transporta para os quadrinhos o mundo e os bastidores da paixão nacional de uma forma nunca vista antes. Desde o dia a dia dos atletas até tudo que se passa por trás das quatro linhas. Quando o árbitro apita o fim de jogo, essa é a hora que o verdadeiro futebol entra em campo.


E estes são alguns dos lançamentos, essas HQs estão me chamando, eu adorei todos eles e vocês?
Quais são as suas histórias mais aguardadas da Editora Draco?

Para saber mais dos livros e da Editora Draco clique aqui e fique dentro de tudo do que acontece na editora!

 Até mais pessoal!

Por Clarissa e
toda equipe Dear Book

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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Resenha: “O Pulo da gata” (Fernanda França)

Por Yuri: “O Pulo da gata” da autora Fernanda França é daqueles livros fácil de ler. Com uma linguagem simples, o romance foi escrito para ser lido rapidamente, pois a leitura flui facilmente.

Livro - O Pulo da GataAntes de iniciar a resenha, só queria fazer um pequeno comentário sobre a capa do livro: observe a suavidade do vestido, os corações com gliter, o gatinho que dá medo (adoro gatos!!!). Achei uma capa super delicada.

O livro narra a história de Maggie May, uma veterinária cujo maior sonho é se casar na igreja, com vestido branco, festa com muitos convidados, viagem de lua de mel e tudo a que tiver direito. Desesperada para alcançar seu objetivo, sempre acessa sites de relacionamento a procura de alguém para compartilhar seu desejo, e não por acaso tentou arrastar quatro rapazes para o altar.

Em mais uma de suas tentativas para casar, Maggie conhece Gato Gatuno, que parece ser tudo o que ela procura em um homem, pelo menos de acordo com o perfil do site no qual se conheceram. Os dois decidem então se encontrar, marcam um lugar, horário e a roupa que cada um usaria. 
“[...] E ainda tinha o risco da decepção. Aquele que todos correm quando nunca se viram, mas já se conhecem.
Mas Maggie May não pensava nisso. Não havia chance de não gostar de Felipe. Ela sabia como ele era fisicamente: alto. O que mais poderia querer de um homem? Ele tinha os mesmos gostos que os seus e era gentil e amável.
O restante eu descubro aos poucos
.”

Chegando no local combinado, um rapaz, vestido com as mesmas roupas que Gato Gatuno estaria usando, inicia uma conversa com Maggie. A jovem se sente muito cativada por ele, que além de engraçado e divertido é também muito atraente. E para Maggie parece o cara ideal para se casar.

O grande problema é que o rapaz pelo qual Maggie se interessou nesse encontro, não era o Gato Gatuno, mas Eric, um comediante que apresentaria um show no local em que estavam. Depois desse primeiro encontro, o rapaz entra no círculo de amigos de Maggie (Luiza e Vidinha) e se apaixona pela jovem, mas que acaba namorando Felipe, o verdadeiro Gato Gatuno.

O clímax do livro é que Maggie finalmente vai realizar seu sonho e se casar com Felipe, embora ele seja muito suspeito e nada confiável.

Perdoem-me todas as Maggie’s May que existem por aí e que estão lendo essa resenha, mas desenvolvi uma relação de amor e ódio com a personagem. Para aqueles que não se enquadram nesse grupo, provavelmente conhecem alguém que se encaixa perfeitamente nessa descrição.

Maggie May é aquela pessoa:

- Necessitada de relacionamentos, que se desespera caso esteja sozinha;
“E foi lá que Luiza viu um post no mural de Maggie que lhe chamou a atenção.
Na legenda de uma foto colocada no dia anterior, estava escrito: “Eu e o marido em casa e um filme na TV. Não preciso de mais nada para ser feliz”.
Marido? Que marido? Desde quando ela tinha um marido? E casa? Que casa, se essa não é a casa em que ela mora?

- Cega e surda de relacionamentos, ou seja, fecha os olhos para todas as atitudes estranhas do parceiro e finge que não escuta as coisas que os outros falam dele;
“[...] Buscou-a no flat, mas estranhou quando Felipe não desceu.
- Ele tem uma prova muito importante amanhã, então eu pedi que ficasse para descansar.
O que você tem na cabeça? O seu pai morreu! Esse cara tem de estar com você!, remoeu na cabeça, Vidinha.”

- Que vê todas as atitudes do parceiro através de estrelinhas douradas.
“-Podemos fazer um jantar de recepção. E já casamos de vez! Nós já estamos casados Maggie.
Aquilo soava romântico aos seus ouvidos. “Nós já estamos casados, Maggie.”
“- Ih, gata... só tem um negócio que eu preciso te dizer.
- Pode dizer qualquer coisa, Miau.
Era realmente uma demonstração de alto nível de glicose.
- Eu não curto esse lance de igreja.
[...]
- Calma Meguinha... Podemos fazer nosso casamento em um salão lindo. É que eu não sigo nenhuma religião e eu acho muito desrespeitoso entrar em uma igreja se eu não acredito, sabe? Eu prefiro ser honesto com minhas crenças. E você pode decorar o lugar como quiser. Pode chamar um celebrante, já vi alguns muito bons em uns casamentos aí.
Parecia a coisa certa a fazer. Eu acho tão lindo ele ser honesto desse jeito... é um bom sinal.”
E só para deixar claro que estou me referindo aos namorados das Maggie’s May que mostra todos os indícios de que o relacionamento é uma furada. E quando alguém vai alertar uma Maggie May de que tem alguma coisa errada com o namorado dela, como toda boa Maggie May, ela simplesmente não acredita.

Como alguns já devem ter percebido, eu claramente não sou uma Maggie May, então essa é a parte que me deu raiva da personagem. A parte que eu gostei foi o amadurecimento da personagem e a sua evolução pessoal ao longo da história. Eu particularmente, gosto bastante desses livros que me fazem sentir alguma emoção e conexão com os personagens.

“O Pulo da gata” é uma história cotidiana que todo mundo já deve ter vivenciado alguma vez na vida, seja como Maggie May ou amigos/amigas de Maggie May. Vale a pena gastar um tempinho e se identificar com algum personagem do livro.

Fica a dica para uma leitura rápida. Espero que vocês curtam!

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Até a próxima!


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Resenha: “Minha vida dava um livro” (Guilherme Cepeda & Larissa Azevedo)

Por Kleris: Minha vida dava um livro... Quantas vezes não pensamos, escrevemos, declaramos alto o bastante isso?! Provavelmente a cada peripécia da vida, mas aqui com os blogueiros do Burn Book, Guilherme e Larissa, trata-se de nossa vida literária. Minha vida dava um livro é um livro interativo para preencher e guardar nossas impressões, colecionando e rememorando detalhes que acumulamos após tantas leituras – vide esse post.
                                     
Esse livrinho me chamou atenção em alguma passagem rápida pelo skoob e quando tive a oportunidade, lá estava no carrinho de compras ^.^ Não costumo trazer a sinopse nas minhas resenhas, mas dessa vez é excepcional, pra vocês serem igualmente capturados :)

Ei, aqui! Isso mesmo, estou falando com você. Você que anda pela livraria e muitas vezes perde a noção do tempo. Você, que distraidamente passa os olhos por pilhas de livros e lombadas coloridas e sempre compra mais edições do que pode ler no espaço de uma vida. Você, que agora parou para analisar esta capa entre tantas outras. Este livro é para você. A vida muitas vezes é tão maluca que chegamos a nos questionar se o que vivemos é realidade ou ficção. Experimentamos momentos e construímos enredos com tanta frequência que não surpreende pensarmos que nossa vida dava um livro. 
E dava mesmo! Que tal, então, escrevê-lo aqui? Se você é louco por livros tanto quanto nós, se perde o ponto e dorme tarde porque simplesmente não consegue deixar de terminar pelo menos mais um capítulo ou se já não sabe mais quantos livros leu e quantas vezes teve a vida salva por uma história, aqui estão as páginas que o aceitam e compreendem. Transforme seus sonhos, citações, lembranças e, principalmente, palavras na narrativa mais empolgante e emocionante que existe: a sua vida! E, claro, não se esqueça de compartilhar. Acompanhe a #SerieMinhaVida e divida conosco sua história. Sua vida dava um livro, é só virar a primeira página. Comece.

Apesar de bem curtinho (160 páginas), você não simplesmente preenche num sopro. Não, é mais para quando você quer se reorganizar nas suas leituras, parar e respirar sobre o que está sendo lido, o que tem mudado ao passar do tempo e possivelmente a cada página escrita, você vai sentir isso. Vai resgatar o nome do livro que fez você conhecer aquele amigo, listar os livros que te fizeram chorar, aqueles que você precisa anotar para não esquecer, reconhecer aprendizados, o que trouxe de bom, de ruim, enfim, ele trabalha bem com a memória ;)

 

Veja resenhas dos livros citados:

Ele também trabalha com essa de dividir os momentos, como contar a um amigo sobre aqueeeeeeele livro que te derrubou – é, afinal, um diário. Quando nos propomos de escrever cada anotação, além de remexer e exercer a memória, estamos exteriorizando pensamentos, ideias, considerações que podem ser lidos e compartilhados – inclusive, o livro incentiva muito que se poste a respeito, reunindo as propostas com a hash #SerieMinhaVida.

  

(Coloque uma citação favorita e termine dedicando o livro para uma pessoa especial)
Veja mais resenhas dos livros citados:

Minha Vida foi um dos primeiros livros interativos brasileiros a chegar nas prateleiras e tocar em diversos pontos da vida literária, desde as considerações mais intrínsecas de um leitor, sobre os personagens mais corajosos e medrosos ou sobre se imaginar numa ilha deserta com um livro, às extrínsecas situações, em que podemos nos envolver com opiniões de outros leitores e deles capturar umas boas ideias. É um verdadeiro livro de pequenos desafios para serem preenchidos ao longo de nossas leituras.

  

Para além da experiência mais individual, acho que ele é interessante para realizar atividades em grupo. Arrisco dizer até que, vez que estiver efetivamente completo (e talvez demore um pouco pra isso), é possível trocar com um amigo e resenhar a vida literária um ao outro, já que, no fim das contas, nossa vida dá um livro e um livro está aí, para ser lido e apreciado - bom, eu gostaria de conhecer mais da vida literária dos amigos haha


Digam lá o que vocês acham de livros desse estilo e da proposta das atividades ;) 
Até a próxima o/

Não tentem ler meu segredo!

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Ana Liberato