Tradução de: Tamara Sender
*Por Mary*: Sabe aquele livro que a gente não sabe dizer se gostou
ou não? Pois é.
Quem me acompanha aqui, sabe que
sou doida pela Megan Maxwell. Deixei isso
muito claro em todas as minhas resenhas de livros dela e sobretudo em Você se lembra de mim?, que acabou
comigo de uma maneira... Sendo bem franca, não tenho muita certeza se já
superei essa DPL.
Os príncipes encantados também viram sapos aborda o relacionamento de
Kate e Sam, que se conheceram muito jovens, enfrentaram um relacionamento à
distância durante anos e, após terminarem a faculdade, finalmente se casaram e
formaram uma família linda, com duas filhas maravilhosas.
Sam, que foi criado em um
orfanato e nunca soube o que significava realmente ter uma família, realiza com
Kate o seu grande sonho. Com muita luta, junto a Michael – seu melhor amigo e
quase um irmão – Sam e Kate abrem o seu próprio escritório de advocacia, vão
viver em uma casa confortável e criam, juntos, as duas filhas. Contudo, este
conto de fadas se vê ameaçado pela rotina e uma traição pode colocar tudo a
perder.
A trama, em si, é muito boa;
apresenta um lado até então desconhecido da autora. Pelo menos, para mim.
Apesar de Megan Maxwell não ser uma
escritora de perfeições – vida cor-de-rosa e pessoas maravilhosas de
personalidades perfeitas – este livro parece acentuar ainda mais as
imperfeições de seus personagens, suas fraquezas e as agruras da vida.
- Você sabe o que o Sam significava pra mim – disse Kate, enxugando as lágrimas. – Era meu príncipe encantado. O homem ideal! Mas sabe o que eu concluí com essa história toda?
- O que você concluiu?
Com a dor refletida em seu rosto, respondeu:
- Que a vida não é o maravilhoso conto de fadas que eu imaginava... porque os príncipes encantados viram sapos.
As informações vão sendo
reveladas aos poucos, o que parece ser feito de propósito, porque você começa
detestando um personagem para depois ir descobrindo suas motivações. Isso
acabou me fazendo refletir sobre as notícias totalmente descontextualizadas que
às vezes recebemos e nos fazem julgar uma pessoa, até que você conhece o
panorama real da situação e se dá conta de que, talvez, você se equivocou ao se
posicionar antecipadamente.
Há alguns meses - tá bom, faz alguns anos já - comentei com vocês que às vezes não temos a maturidade necessária para um determinado livro (falei disso em P. S. Eu te amo). Penso que talvez tenha ocorrido isso comigo e, lendo futuramente, chegarei a uma
conclusão distinta. Todavia, hoje, se me entregassem esse livro
sem contarem que é a Megan, eu não
saberia.
Apesar de termos aqui uma trama
bastante adulta, os personagens não agem de acordo. Temos adolescentes
agindo como adultos, adultos agindo como adolescentes e crianças de três anos
sendo anormalmente sábias.
Além disso, as quebras de cena também não são fluidas, falta um dos recursos que a escritora tão bem domina, que são os ganchos elaborados com maestria para não te deixar ir dormir antes de terminar o livro.
- Terry, você realmente me espanta. O cara de quem você é a fim e que estava incrível hoje te pega de jeito, te beija e diz que está louco por você. E você, em troca, humilha o sujeito na frente de dezenas de pessoas, dando uma joelhada onde mais dói. Sério, por que não pensa um pouquinho antes de agir?
Conversando com a Kleris, ela
comentou comigo que talvez este seja um dos primeiros livros escritos pela
autora e que somente foi publicado depois dos que anteriormente a tornaram Best-seller. Pode ser, não tenho essa
informação para garantir ou refutar.
Fato é que não seria honesto dizer que Os príncipes encantados também viram sapos é um livro ruim - porque não é. E também não seria justo com as pessoas que nunca leram Megan Maxwell afirmar algo neste sentido. Como já conversei com vocês, sou muito reticente em realizar afirmações tão incisivas, principalmente porque há inúmeros fatores que podem influenciar o leitor no que tange às emoções causadas pela leitura.
Os príncipes encantados também viram sapos é um livro que aborda,
essencialmente, o perdão, as segundas chances, a sobrevivência do amor e o
crescimento de uma família a partir dos percalços da vida.
- Roncando?! – gritou. – Foi mal, gatinho, mas sinto te informar que eu não ronco, não.
- Tem certeza?
- Absoluta!
Michael sorriu e fez menção de dizer alguma coisa, mas ela se antecipou:
- Você disse que são sete da manhã?
Michael se levantou e foi se acomodar ao lado dela no balanço.
- Pra ser mais exato, são sete e vinte.
Confusa, Terry retirou o cabelo do rosto, que estava despenteado por causa da brisa, e sussurrou:
- Sentei aqui pra tomar um copo d’água e... putz, devia ser uma ou duas da madrugada!
- Então que belo cochilo você deu no balanço, hein! Hoje você vai ficar com o corpo todo moído.
O que me dói é não ter coragem de te beijar, seu idiota, pensou ela, acalorada. Ter Michael tão perto era pertubador, mas Terry se esforçava para aparentar normalidade.
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