Tradução:
Luciana Garcia
Por
Marianne: A primeira coisa que pensei quando peguei Caçadores
de tesouros foi “Que livro lindo!”. O livro, publicado no Brasil pelo selo
jovem da editora Novo Conceito, o #Irado, foi feito pra encantar o público ao
qual se destina.
A família Kidd está mais do que
habituada à vida no mar. Desde pequenas as crianças vivem na embarcação, sendo
escolarizadas pelos próprios pais enquanto os acompanhavam em suas missões de
caça ao tesouro pelo oceano afora.
É, desde que Beck e eu tínhamos três anos de idade, nossa casa e nossa escola têm sido essa inacreditável embarcação a vela de 19 metros de comprimento. Foi aqui que aprendemos a cozinhar, a fazer aulas de caratê (o papai é faixa preta) e a praticar navegação tendo como referência as estrelas.O Perdido nos levou a mais portos e países do que qualquer um de nós pode se lembrar. (A não ser Tempestade, que, como eu disse, é capaz de se lembrar de tudo — até mesmo de que tipo de mancha de comida ficou na sua capa de chuva).
Mas após uma tempestade que balança pra
valer a embarcação a vela Perdido, o lar da família Kidd, os irmãos pré-adolescentes
Beck e Bick, Tommy e Tempestade se dão conta de que o pai, o professor e famoso
oceanógrafo Tom Kidd, não está mais no navio.
Sem a mãe, que desapareceu
misteriosamente uns meses antes, e agora sem o pai, que provavelmente foi
lançado ao mar durante a tempestade, as crianças se veem sozinhas e sem a menor
ideia do que fazer.
Decididos a continuar a caçada dos pais
pelos tesouros perdidos, as crianças seguem viagem no Perdido, sem se preocupar
com todos os perigos que existem no oceano. Tempestades, tubarões e o pior de todos:
os navios piratas. A família Kidd é famosa por encontrar os tesouros mais valiosos
que podem existir, transformando o Perdido no principal alvo de piratas e
saqueadores.
Havia todo tipo de memórias familiares embalado nas paredes dentro do famoso restaurante sugestivamente decorado. Então, muito embora estivéssemos degustando a mais alegre mistura de sorvete com chocolate jamais criada, estávamos todos nos sentindo meio tristes.
Considero a ficção de fantasia/aventura
é um gênero difícil de ser bem desenvolvido por facilmente cair nas armadilhas
clichês da saga do herói e muitas vezes desmerecer o intelecto do leitor jovem,
como se este publico não tivesse a capacidade de compreender situações mais
complexas. Não que seja pros autores transformarem numa intensa questão
filosófica cada questão abordada nas histórias, mas criar personagens bobos e sem
conteúdo não ajuda.
E nesse quesito os autores conseguiram
segurar a peteca em Caçadores de Tesouro. As crianças são perspicazes dentro
dos limites de sua inocência e suas personalidades nos cativam, fazendo com que
o leitor tenha vontade de, literalmente, embarcar no Perdido e seguir em alto
mar com as crianças Kidd.
De capa dura e repleto de ilustrações
lindas, do apelo visual à linguagem da escrita, o livro cumpre muito bem seu
papel de atrativo para os jovens leitores e conquista muito bem alguns dos mais
grandinhos também.
Espero que tenham gostado da resenha e
até a próxima!
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