segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Resenha: "50 Ideias de História do Mundo que você Precisa Conhecer" (Ian Crofton)

Tradução Elvira Serapicos

Sinopse: O livro 50 ideias de história do mundo que você precisa conhecer não é um mero relato trivial, uma simples lista de fatos que se sucedem sem maiores explicações. Levando em consideração todos os aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e geográficos, a obra ajuda a entender o passado e como ele interfere no presente e no futuro.Fonte: Skoob

Por Eliel: A história da civilização foi resumida em 50 importantes marcos por Ian Crofton. São fatos históricos desde o surgimento da agricultura na pré-história até o fatídico 11 de setembro de 2011 e suas consequências. Dentre tantos momentos marcantes deve ter sido um trabalho árduo escolher apenas 50.

Não pensem que se trata apenas de uma grande lista de fatos, o escritor tem um grande conhecimento e colocou isso em cada fase da história. Cada momento trás consigo aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e geográficos. Pense nesse livro como uma ajuda para entender o passado e como ele afeta o nosso presente e futuro.

"Apesar de não estar escrito na Constituição, ainda assim é obrigação inerente do governo federal evitar que seus cidadãos morram de fome" (Presidente F. D. Roosevelt)

No rodapé do livro corre uma linha do tempo que nos dá a noção de como aquele fato descrito afeta a história como um todo. Além disso, ele está repleto de citações de importantes figuras históricas e quadros com importantes informações complementares.Um resumo muito bem executado da história, um livro leve e curto repleto de informações úteis.

"Devemos prestar atenção aos impulsos dos tempos. Aqueles que se atrasam são punidos pela própria vida" (Mikhail Gorbachev)

No fim de cada capítulo tem uma ideia condensada do fato. Para estudantes será um importante aliado para tirar aquele 10 de dar orgulho.

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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Resenha: "Todos os Nossos Ontens" (Cristin Terill)

Tradução: Bárbara Menezes de Azevedo Belamoglie

Sinopse: O que um governo poderia fazer se pudesse viajar no tempo?Quem ele poderia destruir antes mesmo que houvesse alguém que se rebelasse?Quais alianças poderiam ser quebradas antes mesmo de acontecerem?Em um futuro não tão distante, a vida como a conhecemos se foi, juntamente com nossa liberdade. Bombas estão sendo lançadas por agências administradas pelo governo para que a nação perceba quão fraca é. As pessoas não podem viajar, não podem nem mesmo atravessar a rua sem serem questionadas. O que causou isso? Algo que nunca deveria ter sido tratado com irresponsabilidade: o tempo. O tempo não é linear, nem algo que continua a funcionar. Ele tem leis, e se você quebrá-las, ele apagará você; o tempo em que estava continuará a seguir em frente, como se você nunca tivesse existido e tudo vai acontecer de novo, a menos que você interfira e tente mudá-lo...Fonte: Skoob

Por Eliel: Tive um grande bloqueio quando comecei a escrever essa resenha. Levei muito tempo, escrevi, li, reli, não gostei, apaguei, reescrevi (algumas vezes). O que é estranho, pois distopia é um dos meus temas favoritos e praticamento devoro cada novo livro que chega nessa temática. Com esse não foi diferente, li relativamente rápido.

Luz cozinha quando está preocupada e, a julgar pelo conteúdo da bolsa, ela estava enlouquecendo.

Preciso confessar que quando li o título pensei se tratar de um romance, e pensei que não tinha tinha nada a ver com uma distopia tradicional. Bom, tenho o prazer em dizer que estava engando. É distopia sim, é romance sim e acima de tudo é uma obra ao amor. 

Todos os Nossos Ontens é o primeiro título de Cristin Terrill e já estreou com um importante prêmio literário como Melhor Ficção para Jovens Adultos. E depois de ler esse trillher distópico você vai concordar. A maestria empregada para criar essa narrativa é impressionante.

O subtema dessa distopia é a viagem não tempo. Me lembrou um pouco (bem pouco mesmo) o filme Efeito Borboleta. Se você pudesse mudar o passado, o que você mudaria? No caso dos nossos heróis, Em e e Finn, a única solução para se salvarem do terrível presente governado pelo impiedoso Doutor é destruir o passado.

Não sinto a mesma admiração. Viagem no tempo não é uma maravilha; é uma abominação.

Drástico não? Mas só depois de conhecer e saber pelo que Em e Finn passaram é que tudo fará sentido. Quando os conhecemos eles estão em celas sob a supervisão do Doutor, onde eles passam por sessões de interrogatório e tortura.  Tudo mudou há cerca de 4 anos, e pra lá que eles têm que voltar para evitar que o Doutor chegue ao poder.

A solução ou a esperança de uma solução surge na forma de um bilhete no ralo da cela de Em. A dificuldade está em fugir da cela e ajudar Finn a fazer o mesmo. 

Minha cabeça está em movimento constante, absorvendo tudo ao nosso redor. É o meu primeiro vislumbre do lugar desde que nos trancaram ali há sei lá quantos meses, e eu não estava em condições, naquele momento, de reparar no cenário.

Os capítulos são divididos entre Em e Marina, mas quem é Marina? Marina é uma doce garota vítima das crueldades de Doutor que vive no passado. Além disso, ela é uma peça fundamental para que o presente de Em não exista. Entre Marina e Em existem 4 anos que as separam.

Se eu falar mais sobre esse livro corro o risco de estragar a experiência de vocês. O livro pede uma entrega, um envolvimento ímpar. Aproveite o tempo que passar com esse livro, pois o tempo é algo muito delicado e frágil.

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Resenha: “Livre mente” (Isabela Xavier)

Por Kleris: Algumas leituras demandam da gente um sentimento certo, uma... necessidade. Poesia sempre foi assim comigo, vez que às vezes pode ser tão visceral ou íntima, que só compartilhando da mesma sensação para se ter o efeito certeiro – que é preenchermos as entrelinhas dos versos com nossas experiências.

Como ultimamente tenho feito alguns exercícios antiestresse, lembrei-me deste ebook da Isabela Xavier, que já havia lido faz um tempo. Versos, por assim dizer, são o tipo de coisa que mexem muito com a memória, tal qual a música. Na época de minha primeira leitura, sei que me identifiquei pouco, evocando mais da empatia, mas gostei da seleção de Livre mente; já nesta segunda leitura, sentei com Isabela e ela imprimiu em diversos poemas o que venho me dando conta. Sabe quando você pausa um pouco a vida para entender o que tá acontecendo? Que é preciso desacelerar? Desse jeito.


O que será que me espera para uma terceira leitura, né?

Gostei de como Isabela perpassou por sentimentos nobres e pobres de espírito. Como ela se detém a lampejos que se impregnam na nossa mente, e a gente se engana. Isabela não corre atrás do etéreo, nem do fantasioso; nem da crítica, tampouco do sentimentalismo, só do ser interior, que por si só, já se transborda. Um bem interessante é o Pessimismo da Esperança, que traz uma impressão controversa, nos levando ao outro lado da moeda: 

(Fuga)

Maldita esperança! 
Manipuladora, modifica minhas impressões 
Dissimulada, ignora as evidências contrárias   
Orgulhosa, nega-se a aceitar o não   
Mimada, não quer abandonar seu objeto de desejo 
Aproveitadora, arrebata-me no momento crucial   
E egoísta que é, arrasta-me comigo para o poço das ilusões   
Para mais tarde abandonar-me à própria sorte   
Quando chegarem as decepções

Noutros momentos pontua descobertas e lutas interiores: 
(Ao Luar)

[...]   
Permaneci imóvel, olhando fixamente 
Temendo o que momento se acabasse 
Que a paz sumisse de repente 
E a felicidade de dentro escapasse 

Caminhei, lentamente me afastando dali 
Gotas de chuva começaram um festim 
E sorri, percebendo a dádiva que recebi 
A paz tão desejada viera de dentro de mim  

E fugazes pensamentos: (Saudade)

Hoje 
Pensei que morreria   
De saudade 
De viver 
Possibilidades   
Impossíveis 
De reviver 
Lembranças   
Felizes   

Hoje 
Pensei que choraria 
Toda a dor 
A imensidão da dor 
Que cabe 
Na saudade   
Com a intenção   
De dissolver   
Em lágrimas 
A melancolia   
Estancada 

Falhei   
Em minha promessa 
De prender 
As lembranças   
Antes que elas   
Assaltem-me 
Quando percebi 
Voavam livres 
A me sufocar 

Hoje   
Consegui manter   
Mais uma vez 
Um pacto 
Que é só meu 
De ser firme 
Na escolha de 
Ser forte 
E de aguentar 
A força da correnteza 
Quando a represa   
Ameaça desmoronar  

(Incógnita)
(Prudente)

Resoluções: (Metade?)
Não, rapaz
Você não me completa   Porque eu já sou inteira
E não me falto
Eu me farto de mim
De você não me preencho, transbordo 






(Feito Pluma)
Os campos norte-coreanos são cinza guardo só pra mim :)
Abra este livro uma ou duas vezes. Leia um ou dois poemas.
Sinta uma ou duas vezes, antes de pensar: eu gosto de poesia? Eu gosto de poesia. Porque é impossível não gostar, quando a poesia lê você.

O ebook é bem organizadinho, de leitura rápida, e sua diagramação clean nos deixa uma boa sensação. A capa, linda da Marina Ávila, captura bem o sentimento que o livro guarda. Você pode encontrá-lo na Amazon (aqui) ou ler as primeiras páginas no Wattpad (aqui). Vale a pena ter as palavras da Isabela consigo. 

Para conhecer mais da autora, acesse:

Enfim, momentos de transição nos pedem uma compreensão que não temos, mas que precisamos fazer florescer e crescer. Se você entende do que tô falando, sabe o que procurar; se não entende, fica para uma próxima ;)

Deixe uma leitora filosofar...

“Não quero saber como as coisas se comportam.
Quero inventar comportamento para as coisas.
Li uma vez que a tarefa mais lídima da poesia
é de equivocar o sentido das palavras”
Manoel de Barros

Até a próxima!

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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Resenha: “O menino no alto da montanha” (John Boyne)

Tradução de: Henrique de Breia e Szolnoky

*Por Mary*: Olá, pessoinhas! Hoje não vou enrolar, não. Vem comigo, que tem livro bom pra gente conversar.

Meu primeiro – e, até então, único – contato com este autor foi com O Menino do Pijama Listrado, que é um livro que indico para todo mundo. Fiquei impressionada, tocada e sem palavras com a narrativa inteligente, sutil e incisiva de Boyne.

John Boyne, aliás, parece ostentar a habilidade de arrancar distintas emoções de seu leitor. Se, por vezes, a gente sente raiva, em outras somos tomados pela sensação de impotência, para logo depois ficarmos chocados com as ações de seus personagens e, muito frequentemente, sem palavras, olhando para o nada, sem saber como reagir a alguma de suas mais impactantes cenas. 
O que aconteceu com você, Pierrot? Era um menino tão doce quando chegou. É fácil assim corromper os inocentes?
Com O menino no alto da montanha não é diferente.

Pierrot é um garotinho parisiense de sete anos, filho de mãe francesa e pai alemão, que tem como melhor amigo Anshel – um judeu com deficiência auditiva – e vive a efervescência do nazismo. Após a perda dos pais e uma temporada no orfanato das irmãs Durand, Pierrot se muda para Berghof, onde mora a tia Beatrix, em uma bela mansão no alto de uma montanha alemã próxima à divisa com a Áustria.

O senhor de Berghof é Adolf Hitler, líder do Partido Nacional-Socialista e fundador do crescente movimento nazista; um homem sisudo, de bigode estreito e com ideias distorcidas sobre as coisas, que logo se torna seu protetor. Constantemente vítima das piadas e violência dos mais fortes, Pierrot experimenta pela primeira vez, ao lado do Führer, o viciante sabor do poder. Seduzido pelo futuro glorioso vislumbrado para o Reich, Pierrot trai não apenas as pessoas que ama, mas, principalmente, a si mesmo. 
Me apavora pensar no tipo de homem que ele vai se tornar, se isso continuar – disse Breatrix. – Alguma coisa precisa ser feita. Não só por ele, mas por todos os meninos como ele no mundo. Se não for impedido, o Führer vai destruir o país todo. A Europa toda. Ele diz que está iluminando a mente do povo alemão, mas é mentira. Hitler é a própria escuridão.
Com uma narração em terceira pessoa, John Boyne desenha de modo muito delicado os fatos que compõem sua trama, impondo em sua escrita impressões e marcas tão sutis que somente um leitor mais atento não deixará passar despercebido. Não é nenhum demérito, muito pelo contrário, porque o leitor desatento, apesar de perder parte da maestria deste grande escritor, ainda poderá se deliciar com uma história bem contada, envolvente e fundamentada com uma pesquisa minuciosa acerca do corte histórico a que se propõe contar.

E por falar em leitores atentos, aposto que estes terão notado breves participações literárias, já conhecidas, entre as páginas de O menino no alto da montanha. Mas não posso contar o que é, afinal, estragar a surpresa não tem graça nenhuma.

É muito difícil não encarar O menino no alto da montanha de uma tacada só – eu mesma não consegui fazer isso. Contudo, eu aconselho uma leitura com calma, pois, francamente, Boyne é uma leitura que precisa ser apreciada, curtida, refletida. Sabem como é, façam o que eu digo e não o que eu faço. Embora nada os impeça de ler várias vezes, claro. 
[...] Sempre odiara qualquer forma de violência, e se afastava instintivamente de conflitos. Alguns meninos na escola de Paris começavam uma briga por qualquer provocação – e pareciam gostar daquilo. [...] Pierrot nunca via; não entendia o prazer que certas pessoas tinham em machucar os outros.
Merece um adendo o desfecho desta história, que foi escrito no curso de uma disciplina de escrita criativa ministrada pelo autor a mestrandos da Universidade de East Anglia, Norwich. Já queremos cursar escrita criativa com o John Boyne pra ontem? Queremos! Urgentemente!

Enfim, vou ficar por aqui deixando a minha mais sincera indicação aos leitores que se interessam por temas históricos, especialmente a Segunda Guerra Mundial. Portanto, se você deseja um romance interessante, uma trama envolvente e reflexiva, inteligente, bem amarrada e com mil outras qualidades, não deixe de conhecer Pierrot, O menino no alto da montanha.
- Olhe para mim, Pieter. Olhe para mim.
Ele levantou os olhos cheios de lágrimas.
- Não finja que não sabia o que estava acontecendo aqui – disse Herta. – Você tem olhos, tem orelhas. E esteve naquele escritório inúmeras vezes, tomando notas. Você ouviu tudo. Viu tudo. Sabia de tudo. E sabe também das coisas pelas quais foi responsável. – Herta hesitou, mas era algo que precisava ser dito. – As mortes que carrega na consciência. Você ainda é jovem, tem só dezesseis anos. Tem muitos anos pela frente para ficar em paz com sua cumplicidade no que foi feito. Mas jamais convença a si mesmo de que não sabia. – Ela soltou o rosto dele. – Seria o pior crime de todos.
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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Resenha: “100 cartas de uma saudade” (Ricardo Tagliaferro)


Resultado de imagem para 100 cartas de uma saudadePor Yuri: “100 cartas de uma saudade” é um livro narrado em forma de cartas. O personagem principal, Lincoln, é um jovem paulista que se mudou para Garibaldi para ficar perto do grande amor de sua vida, Manoella.

O casal se conheceu por meio da internet e apesar de Manoella parecer mais cuidadosa ao se envolver com alguém pela rede, Lincoln se apaixonou no momento em que viu a foto da jovem.
Estava me lembrando das vezes que conversávamos pela internet. Quem nos vê nem imagina que nos conhecemos por lá. Eu ficava aflito porque você sumia repentinamente por dias, até por um mês sem dar notícias. Não respondia as minhas mensagens. Nenhuma atualização de status, e, por vezes, cheguei a pensar que você me queria longe, às vezes eu tinha certeza disso, mas o que mais me deixava confuso era o fato de você reaparecer e dizer que eu era importante em sua vida.
Após viverem um tempo juntos e ser pedida em casamento, Manoella abandonou o noivo pois precisava de tratamentos para curar a depressão. Dessa forma, o personagem passou a escrever cartas para amada, durante 100 dias, relatando a sua rotina.
Sabe aquela vizinha do 301? Então, ela ganhou na loteria e está indo hoje viajar pelo mundo. Pediu para dar-lhe um abraço bem apertado e que não sabe se voltará, mas caso volte, te trará um perfume francês como você sempre quis.
E como eu queria poder lhe dar esse abraço. Sentir na tua nuca o perfume adocicado que te dei no nosso aniversário de namoro misturado com a fragrância inda espetacular do seu suor matinal de trabalho na padaria da sua tia.
Já se passaram 30 dias que você deixou ser levada para a cura porque não aguentava mais sentir essa dor que agora já é minha companheira.
Nesse tempo sozinho, Lincoln vai descobrindo coisas a respeito de Manoella que corroboram completamente a pessoa que ele idealizava: será que ela tinha um caso?
A maioria das mensagens eram da operadora; umas trinta e poucas de alguns dos seus contatos; mas a que mais me chamou a atenção fora de um número desconhecido que no corpo da mensagem havia: “Estou a te esperar, meu amor.”
A impressão que eu tive desse livro é que faltou conhecer um pouco mais sobre os personagens. Como são cartas, ficou mais difícil de se conectar a Lincoln, ainda mais quando o jovem passa a impressão de ser um tremendo “perdedor”. Depois de ser abandonado por quase um ano, o cara continua só escrevendo cartinhas e não vai procurar saber o que aconteceu com a noiva? Achei meio difícil de engolir essa atitude, ou a falta dela. 

No começo do livro eu achava que o personagem principal escrevia para a amada que havia morrido. Depois eu compreendi que ela estava em um hospital se tratando. No final eu achava que ela tinha mais é fugido do rapaz (não se preocupem que este não é o final do livro, ou talvez seja um spoiler que eu não deveria ter contado), e quem deveria estar se tratando era ele.

É possível que por não ser uma pessoa muito romântica, eu tenha julgado e interpretado mal o personagem, mas achei meio perturbador Lincoln ir a Garibaldi e passar a morar com a jovem sem que nunca tivessem se visto antes. E se ela não estivesse disposta a morar com alguém que aparecesse repentinamente?

Enfim, como não sou uma pessoa muito romântica,  talvez eu não tenha sido a pessoa mais indicada para ler esse livro. As coisas que pessoas normais achariam super fofo, talvez eu tenha distorcido um pouco.

A proposta do livro é muito interessante, em conhecer o personagem por meio das cartas que ele escreve. No entanto, achei o personagem tão fraco que não fiquei comovida pela história dele. Pelo contrário, pensei: “Bem feito, ninguém mandou ser trouxa.”

O final do livro é de querer morrer. Eu queria atirar o livro em algum lugar de tanta raiva que me deu. E não foi nem uma raiva de final ruim, só lendo mesmo para entender a minha indignação quando eu terminei de ler a história.

Esse livro com certeza não foi feito para ser amado por todos, mas para nos mostrar que o amor nem sempre é perfeito. O amor dói, o amor machuca, o amor é estranho, mas ainda assim é amor.

Leia o livro e compartilhe a sua opinião!
Até a próxima!

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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Resenha: “Aprendendo a seduzir” (Patricia Cabot)

Tradução: Olga Cafalcchio

Por Yuri: Só o nome do livro já me causa náuseas (sim, estou sendo dramática). Já disse em postagens anteriores que eu não curto muito essa onda de livros em que o autor quer escrever uma história de sexo e coloca uns personagens no meio.

Não é por questões de pudor ou conservadorismo, mas na minha opinião quando as cenas de sexo são utilizadas como parte da história, tudo bem, mas quando é só um artifício para atrair leitores, não faço questão de ler o livro. Acho que o autor acaba subestimando as pessoas que realmente prezam por uma boa história.

Além do mais, acho que essa moda já deu o que tinha que dar e ficou meio saturada de tanto que publicaram livros nesse estilo. Já existe até uma receita para isso: um homem charmoso, bonito e interessante; uma mulher “sem graça”, cenas hot, diálogos ruins, alguma reviravolta, um final feliz e um segundo livro sob a visão do homem.

Quero deixar bem claro que essa é exclusivamente a minha opinião, e que não julgo quem lê e gosta desse tipo de livro. Eu mesma já li vários livros nessa linha.

Resultado de imagem para aprendendo a seduzirA doce lady Caroline Linford contava os dias para o seu casamento com Hurst Slater, o charmoso e corajoso marquês de Winchilsea, que havia salvo a vida de seu irmão. No entanto, o trem do destino ameaça descarrilhar quando Caroline vê o amado noivo nos braços de outra mulher, a quem ele beija ardentemente.
Impedida de cancelar o matrimônio pelas regras sociais da Inglaterra vitoriana, e decidida a não desistir do futuro ao lado do homem que acredita amar, ela resolve se aperfeiçoar na arte da sedução de modo a fazer com que o marquês nunca mais deseje nem procure outra mulher que não ela.
Caroline procura o experiente e sedutor Braden Granville, que não lhe dá atenção. Porém ela reverte o jogo graças a uma informação que possui e que muito interessa ao maior conquistador da Inglaterra. Em troca do segredo, Granville aceita ser seu lascivo mestre.
Sob a competente tutela de Braden,  a jovem irá não só superar as expectativas do mestre, em quem fará surgir um sentimento que ele nunca imaginou nutrir por alguém: o amor.


Admito que quando me mostraram os livros disponíveis para resenhar, a história deste livro nunca me interessou. Era mesmo só uma curiosidade em analisar a autora Meg Cabot, a mesma que escreveu “O diário da princesa” e “A garota americana”, que tanto fizeram parte da minha infância, escrevendo livros hot.

Os personagens e o local onde ocorre a história me remetem um pouco à Jane Austen, com personagens de Orgulho e Preconceito e Emma. O lorde Braden Granville me lembra Mr. Darcy de Orgulho e Preconceito, com seu orgulho e charme. Caroline me lembra a personagem Emma, um pouco ingênua, mas com uma personalidade forte.
Ouso dizer que se Jane Austen escrevesse livros hot, seriam muito parecidos com Aprendendo a seduzir de Patricia Cabot.

O livro não é ruim, até porque Patrícia Cabot escreve bem e coloca uma pitada de sarcasmo nos diálogos dos personagens, que aliás são muito bem vindos nessa Inglaterra conservadora.
“- Estou extremamente agradecido, Lady Caroline – ele prosseguiu -, por sua mais que generosa oferta, mas prefiro não arrastá-la a essa situação um tanto... espalhafatosa entre minha noiva e mim. A senhorita é uma jovem dama respeitável, e seria inconcebível se eu permitisse que manchasse sua reputação por minha causa. Assim, espero que me compreenda quando digo que não posso aceitar seus termos.
- Entendo... – disse ela, friamente, pondo o queixo no lugar. Na verdade, tinha muita vontade de chorar. No entanto, refreou as lágrimas e continuou corajosamente: - Bem, isso é uma falta de sorte. Principalmente porque, pelo que sei, a única pessoa na Inglaterra com mais experiência com mulheres do que o senhor, sir Granville, é o Príncipe de Gales, e não estou nem um pouco segura de que ele vá me receber.”
Mas acho que mesmo para quem curte esse estilo de livro, Aprendendo a Seduzir deixa um pouco a desejar. Se a idéia era que Caroline ganhasse experiência com as aulas, ela tinha que ser uma excelente aluna para precisar de apenas duas, ficar expert e deixar o lorde completamente arrebatado por ela.
Acho que se é para ser um livro hot, a autora poderia pelo menos ter caprichado um pouco mais nas cenas.

Leiam e compartilhem suas opiniões!

Até a próxima!

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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Resenha: "Madonna Capadócia" (William Fernandez)



Por Marianne: Sempre fico feliz ao receber livros de autores brasileiros. É a oportunidade de conhecer e divulgar quem tanto batalha pra ter seu livro publicado nessa nossa terrinha onde tudo é sempre tão difícil.
Madonna Capadócia conta a história de Mileva, uma alemã que passa uma temporada na Ucrânia e lá conhece Magnus, Aleksei, Sasha e Shura. Apesar das diferenças sociais, Mileva é filha de aristocratas alemães e as outras crianças são filhos de camponeses ucranianos, a amizade entre eles se desenvolve rapidamente, como deve acontecer quando pré-adolescentes nas casas de seus quatorze anos se encontram.
   Mileva e Magnus desenvolvem um relacionamento mais próximo e intenso. É gostoso acompanhar o jovem casal descobrindo o primeiro amor e desenvolvendo dentro de si o carinho um pelo outro.

 Por alguns minutos, Magnus seguiu calado. A verdade é que, desde o dia que a conhecera, buscava continuar sua vida normalmente. Tinha consciência de algo mudara dentro dele, porém, aquela altura, com todos os problemas que o cercavam, sentia-se fraco e esgotado de tanto indagar a Deus o motivo de tudo aquilo. Por isso, achava que, talvez, daquela forma, fosse melhor. Pensava que seu mundo era pequeno para ela, não havia espaço para sonhar com aquela aventura. Tinha um pai ditador, uma irmã que lhe exigia os maiores cuidados, teria de trabalhar duro para viver, enquanto Mileva era uma menina alemã abastada que talvez nunca precisasse trabalhar.

    Mas a temporada de Mileva na Ucrânia está chegando ao fim, e mesmo sabendo da distancia e dos obstáculos geográficos que tem pela frente o casal promete continuar a se corresponder.
   Alguns anos depois quase tudo que existia na Ucrânia de 1932 está diferente. Os amigos se separaram e cada um seguiu com seu destino na tentativa de sobreviver à Segunda Guerra Mundial. Magnus agora é conhecido como Antony, um prestigiado atirador de elite da URRS e Mileva mudou de identidade e agora é Catarina, uma espiã alemã.
   Separados pelas tragédias do passado os amigos não tem ideia de que estão mais próximos do que podem imaginar. E, além disso, nem imaginam que uma maldição despertada ainda quando eram crianças e brincavam pelos campos na Ucrânia está de volta para assombrá-los nesses tempos de guerra.
   Ao começar a leitura, pela sinopse do livro e pela introdução do autor, tive certeza de se tratar de um romance que relata a vida de amigos que tiveram sua vida afetada durante a guerra. Mas o livro é muito mais do que isso. Ele passeia entra fatos históricos alternados com fantasia, utilizando a maldição da Madonna Capadócia como artifício fantasioso da história, e que funciona muito bem. Ao meu entender a maldição de Madonna Capadócia é nada mais que os piores fantasmas que assombram os homens que estiveram em campos de batalha na guerra, algo como um pós-trauma que foi personificado na história através da maldição.
   A história é muito bem construída e tem diálogos fascinantes e extremamente filosóficos acerca da sociedade, da guerra e dos valores da época.
   Minha única decepção com o livro foi a má revisão que pode ser um tanto traumatizante pra alguns leitores. Em algumas linhas a fonte muda completamente, frases são repetidas em sequência e palavras com a grafia errada aparecem bastante durante a leitura. Triste que o autor fez um ótimo trabalho que, na minha opinião, acabou perdendo um pouco de seu valor pela má revisão do livro. Fica a dica pra editora Pandorga, tenham mais atenção e dedicação com seus autores!
Essa foi a minha resenha de hoje, espero que tenham gostado e até a próxima!


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sábado, 15 de outubro de 2016

[Novidades] Editora LeYa


Novidades da Editora LeYa

Oba!! Mais livros lindos pra por  na big lista de próxima aquisição XD.
A Editora LeYa está trazendo mais livros fantásticos para nós, de youtubers a distopias que muitos são apaixonados. São muitas novidades que não como escolher só um.
Confiram algumas resenhas feito pelo DB

Confiram alguns dos lançamentos:

Para além do Diário de Anne Frank,
Casa de Anne Frank

Você sabia que pouco se conhece sobre como foi escrito o famoso diário de Anne Frank? Como Anne recebeu os papéis para contar ao mundo sobre o horror da perseguição aos judeus? Durante a Segunda Guerra Mundial, oito pessoas viveram na clandestinidade, escondidas, tentando simplesmente sobreviver, e conseguiram isso graças a outras cinco que decidiram assumir essa perigosa tarefa de ajudá-las. Entre os clandestinos estava Anne Frank, a menina que ficou conhecida no mundo inteiro graças ao seu famoso diário, escrito no Esconderijo, no período de confinamento. Juntas, durante dois anos intensos, essas pessoas partilharam as dores da reclusão, as angústias, o medo, a escassez de muita coisa, inclusive de comida, até quando foram traídos e enviados a campos de concentração. Num movimento de resgate dessa história real e para manter viva a memória de Anne, Para além do diário de Anne Frank conta o dia a dia dessas oito pessoas que enfrentaram o horror da Segunda Guerra.



Clube da luta 2,Chuck Palahniuk

Alguns amigos imaginários nunca vão embora... Vamos juntos quebrar a regra número um do Clube da Luta - não falar sobre o próprio Clube? Tyler Durden está de volta. Agora, ele já é pai de família. A continuação do clássico de Palahniuk surge num formato inovador: em HQ. A história se passa nove anos depois do final do primeiro livro. O casal deprotagonistas, que leva uma existência aparentemente normal, mais uma vez terá de rever alguns amigos imaginários que nunca foram embora. Só que agora as consequências podem fugir ainda mais do controle. Comemorando vinte anos da publicação do livro Clube da Luta, Chuck e o aclamado ilustrador Cameron Stewart se juntaram para criar o que já se tornou uma das mais aguardadas HQs da história: o retorno de Tyler Durden.







A rosa branca (A Cidade Solitária #2), 
Amy Ewing 

A continuação de "A cidade solitária” promete ser ainda mais emocionante. No livro A Joia, primeiro volume da série "A Cidade Solitária", Violet Lasting é comprada por uma das mulheres mais poderosas da realeza, a Duquesa do Lago, e vai viver com ela na Joia, o círculo onde mora toda a nobreza. Agora, Violet tem de fugir da Joia, do círculo nobre da Cidade Solitária para salvar a própria vida e a do seu amor, Ash. Junto com seu amado e Raven, sua melhor amiga, Violet tenta se libertar da terrível vida de servidão e crueldade. Só que ninguém disse que deixar a Joia seria fácil, e ela terá que passar por grandes obstáculos. No meio disso tudo, a jovem ainda descobre que há uma revolução sendo planejada contra a realeza e que seu papel nisso é fundamental. É hora de Violet descobrir que é muito mais poderosa do que sempre imaginou! A Rosa Branca é o segundo volume da trilogia "A Cidade Solitária" e traz novas e incríveis reviravoltas. Será impossível não ficar ansioso pelo último livro da saga.




Jornada nas Estrelas – O Guia da Saga
 Salvador Nogueira e Susana Alexandria 

Um livro indispensável para os fãs da série de TV mais cultuada de todos os tempos! Jornada nas Estrelas – O guia da saga é um panorama completo dos 50 anos de um dos maiores ícones da cultura pop no mundo. Com detalhes sobre a criação da série original, das séries derivadas, do desenho animado e dos filmes para cinema, esta obra vai emocionar todos aqueles que cresceram acompanhando as aventuras do capitão Kirk, do Spock e da nave estelar Enterprise. Descubra curiosidades sobre os bastidores das produções, com comentários e fotos, e entenda como ela se tornou referência na cultura geek como uma das maiores sagas de ficção científica da história.








Seja você mesmo!
 Felipe Calixto 

Um dos youtubers mirins mais queridos do país, Felipe Calixto lança seu primeiro livro para mostrar um pouco da sua vida para os milhares de seguidores, que ele considera amigos. Seja você mesmo! traz, tanto no título quanto no seu conteúdo, um lema que Felipe aplica em todos os seus dias: conservar sempre sua própria opinião e ser autêntico e original em tudo o que faz. Neste livro, Felipe conta como surgiu seu canal no YouTube, como é sua rotina, suas viagens mais divertidas, curiosidades sobre ele que só a família sabia, um segredo emocionante, além de um tema muito importante: a forma como superou o bullying que sofria. Repleto de fotografias e ilustrações, o livro tem, ainda, uma novelinha inédita criada pelo autor, com seus bonecos Descendentes e Baby Alive. As crianças vão amar!






E estes são só alguns dos lançamentos,tem muito mais no catálogo da Editora LeYa.
Veja também algumas resenhas no Dear Book, veja quais vocês se identificam mais e não percam tempo de ler. Amo a Editora LeYa porque tem livros para todas as idades, gostos e gêneros, uma diversidade de mundo.
Já anotem seus livros favoritos e leiam com muita paixão.
Espero que gostem e se divirtam.

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Clarissa e
toda equipe Dear Book



 
Ana Liberato